“Pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela, mas também, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos.”(Paulo Freire)Sob a perspectiva de dar significado, sentido e criticidade ao que se ensina/aprende, Paulo Freire alerta para a necessidade de articulação entre os dois seguintes aspectos:
“Pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente à escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela, mas também, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos.”
(Paulo Freire)
Sob a perspectiva de dar significado, sentido e criticidade ao que se ensina/aprende, Paulo Freire alerta para a necessidade de articulação entre os dois seguintes aspectos:
- A)práticas sociais e autonomia acadêmica
- B)conteúdos acadêmicos e cultura popular
- C)saberes curriculares e experiência social
- D)conhecimentos científicos e senso comum
- E)exigências curriculares e necessidade social
Resposta:
A alternativa correta é C)
O pensamento de Paulo Freire sobre a educação dialógica ressalta a importância de estabelecer uma conexão significativa entre os saberes formais e a realidade vivida pelos educandos. No trecho citado, o autor defende que o ato de "pensar certo" exige do educador não apenas o respeito aos conhecimentos prévios dos alunos, especialmente os oriundos das classes populares, mas também uma reflexão crítica sobre como esses saberes se relacionam com os conteúdos escolares.
A alternativa correta (C) – saberes curriculares e experiência social – sintetiza essa perspectiva freireana. Freire propõe que a educação verdadeiramente transformadora deve articular o conhecimento sistematizado, presente nos currículos, com as vivências e práticas sociais dos estudantes. Essa articulação permite que o ensino transcenda a mera transmissão de informações e se torne um processo de construção coletiva de significado.
Essa visão se contrapõe a uma educação bancária, na qual os conteúdos são depositados nos alunos sem contextualização ou diálogo com suas realidades. Ao vincular saberes curriculares e experiência social, o educador possibilita que o aprendizado seja crítico e emancipador, cumprindo assim o papel político-pedagógico da escola na formação de cidadãos conscientes.
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