A indisciplina tem sido intensamente vivenciada nas escolas, apresentando-se como uma fonte de estresse nas relações interpessoais, particularmente quando associada a situações de conflito em sala de aula. Sobre a disciplina escolar, NÃO podemos afirmar que
A indisciplina tem sido intensamente vivenciada nas escolas, apresentando-se como uma fonte de estresse nas relações interpessoais, particularmente quando associada a situações de conflito em sala de aula. Sobre a disciplina escolar, NÃO podemos afirmar que
- A)a noção de indisciplina é uma questão de comportamento e é preciso que a escola se preocupe em resolver esses problemas de comportamento para que a indisciplina seja resolvida.
- B)hoje a ausência de uma cultura disciplinar preventiva nas escolas, bem como falta de preparo adequado por parte dos professores para lidar com os distúrbios de sala de aula, apesar da clareza quanto a este espaço ser um contexto social onde a indisciplina facilmente se expressa, parte da qual a própria escola pode estar ensinando e reforçando.
- C)deve- se considerar a indisciplina sob a dimensão dos processos de socialização e relacionamentos que os alunos exercem na escola, na relação com seus pares e com os profissionais da educação, no contexto do espaço escolar - com suas atividades pedagógicas, patrimônio, ambiente, etc.
- D)é preciso pensar a indisciplina no contexto do desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
- E)a ausência de bases democráticas no modo como se articulam as relações entre professores e estudantes no interior da escola, por exemplo, pode desencadear resistência e contestação, por parte dos estudantes, aos próprios esquemas da escola, o que deve ser considerado uma expressão de indisciplina carrega uma legitimidade e pertinência, difíceis de negar.
Resposta:
A alternativa correta é A)
A indisciplina escolar é um tema complexo que vai além da simples questão comportamental, como sugere a alternativa A. Embora muitos ainda acreditem que resolver problemas de comportamento seja suficiente para eliminar a indisciplina, essa visão é limitada e desconsidera os múltiplos fatores envolvidos.
As outras alternativas apresentam perspectivas mais abrangentes e pertinentes sobre o assunto. A alternativa B, por exemplo, destaca a importância de uma cultura disciplinar preventiva e da formação docente para lidar com conflitos, reconhecendo que a escola pode, involuntariamente, reforçar certos comportamentos disruptivos.
A alternativa C traz uma abordagem sociológica, enfatizando que a indisciplina deve ser compreendida nas relações que os alunos estabelecem no ambiente escolar, incluindo suas interações com colegas e educadores, bem como com a estrutura física e pedagógica da instituição.
Já a alternativa D propõe uma análise a partir do desenvolvimento cognitivo dos estudantes, sugerindo que a indisciplina pode estar relacionada a processos de aprendizagem e maturidade, não sendo apenas uma questão de má conduta.
Por fim, a alternativa E aborda a dimensão política da indisciplina, mostrando como a falta de democracia nas relações escolares pode gerar resistências legítimas por parte dos alunos, que muitas vezes são classificadas como indisciplina sem considerar seu contexto e motivações.
Portanto, enquanto a alternativa A reduz a indisciplina a um problema meramente comportamental, as demais alternativas apresentam visões mais complexas e multifatoriais sobre o fenômeno, reconhecendo suas diversas dimensões: pedagógica, social, cognitiva e política.
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