A privação emocional grave provoca nas crianças, dentre outros sintomas, profunda instabilidade emocional, falta de confiança na exploração do mundo físico e social, desmotivação, dificuldade de relação com professores e colegas. Com relação a esses fatores, pode-se afirmar que:

A privação emocional grave na infância é um fator crítico que impacta profundamente o desenvolvimento integral da criança, manifestando-se em diversas áreas de sua vida. Conforme destacado no texto, os sintomas incluem instabilidade emocional, desconfiança na exploração do ambiente, desmotivação e dificuldades de interação social – elementos que, em conjunto, comprometem diretamente o processo de aprendizagem e o rendimento escolar.

A alternativa B) é a correta porque sintetiza a relação causal entre privação emocional e desempenho acadêmico. As dificuldades mencionadas não são transitórias: a falta de vínculos seguros na primeira infância gera prejuízos cognitivos e emocionais duradouros, como comprovam estudos da psicologia do desenvolvimento. Crianças em situação de privação frequentemente apresentam:

• Déficit de atenção e memória, decorrentes da ansiedade crônica
• Dificuldade em estabelecer relações de confiança com educadores
• Reduzida capacidade de autorregulação emocional

As demais alternativas falham em captar essa complexidade. A opção A) subestima o impacto na aprendizagem, enquanto C) ignora a ligação comprovada entre problemas emocionais e fracasso escolar. Já D) inverte a lógica ao sugerir que a escola pode prevenir o problema, quando na realidade ela sofre suas consequências. Por fim, E) propõe uma solução simplista, desconsiderando que a superação exige intervenções multidisciplinares e tempo para reconstrução dos vínculos afetivos.

Portanto, a privação emocional configura-se como um obstáculo estrutural ao desenvolvimento educacional, demandando políticas públicas que integrem suporte psicológico, formação docente e acompanhamento pedagógico especializado.