João, 10 anos, tem laudo de déficit de atenção e hiperatividade e veio transferido de uma escola rural da Paraíba, trazendo um histórico escolar indicando que ele frequentou turma multidisciplinar nos últimos 2 anos. A coordenação pedagógica indicou a necessidade de efetuar o processo de classificação do aluno. De acordo com o artigo 48 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica, a classificação consiste em
- A)matricular de acordo com sua idade na série ou etapa adequada, podendo ocorrer a partir do primeiro ano do ensino fundamental.
- B)realizar avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos.
- C)garantir a matrícula de alunos com deficiência ou com laudo em classes ou escolas especiais de forma a garantir que suas necessidades sejam atendidas.
- D)oferta facultativa de apoio pedagógico destinado à recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de estudantes com déficit de rendimento escolar.
- E)avaliar o rendimento escolar, observando, entre outros, a possibilidade de aceleração de estudos para estudantes com atraso escolar
Resposta:
A alternativa correta é E)
O caso de João, um aluno de 10 anos com diagnóstico de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transferido de uma escola rural da Paraíba após frequentar uma turma multidisciplinar por dois anos, levanta questões importantes sobre o processo de classificação escolar no Brasil. De acordo com o artigo 48 das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, a classificação deve priorizar a avaliação do rendimento escolar, considerando a possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar, conforme a alternativa correta (E).
Essa abordagem é fundamental para garantir que estudantes como João tenham suas necessidades educacionais atendidas de maneira adequada. A classificação não deve se basear apenas na idade cronológica (alternativa A), pois isso pode ignorar suas particularidades de aprendizagem. Também não é suficiente focar apenas em aspectos quantitativos (alternativa B), já que alunos com TDAH podem apresentar desempenho irregular que exige uma avaliação mais qualitativa.
As alternativas C e D, embora relevantes em outros contextos, não representam a solução mais adequada para o caso. Matricular João em classes especiais (C) poderia segregá-lo desnecessariamente, enquanto o apoio pedagógico facultativo (D) não garante a progressão adequada de seus estudos. A aceleração de estudos (E), quando bem planejada, permite que o aluno avance em seu ritmo, respeitando suas dificuldades e potencialidades.
Portanto, a classificação escolar deve ser um processo dinâmico e inclusivo, que considere as particularidades de cada estudante, especialmente daqueles com necessidades educacionais especiais como João. A alternativa E reflete melhor esse princípio, ao propor uma avaliação abrangente que pode resultar em estratégias personalizadas para garantir o direito à educação de qualidade para todos.
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