São fatores que prevalecem nos contextos socioeducativos que contribuem para o fracasso escolar:
São fatores que prevalecem nos contextos
socioeducativos que contribuem para o fracasso
escolar:
- A)tratar as crianças como crianças, o que dificulta a construção precoce de indivíduos autônomos.
- B)limitar as possibilidades de aprendizado, uma vez que os currículos não incluem disciplinas encarregadas de organizar a vida acadêmica dos estudantes, confiando na parceria família-escola.
- C)incluir a família na resolução dos problemas relacionados ao fracasso escolar, o que resulta no aumento significativo da medicalização da infância.
- D)estigmatizar e “patologizar” a criança que apresenta dificuldades no processo de aprendizagem, que é tida como portadora de algum “transtorno mental”.
- E)excluir a psicologia da intervenção junto aos alunos, limitando sua abrangência ao trabalho junto aos professores e equipe técnica.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O fracasso escolar é um fenômeno complexo, influenciado por diversos fatores sociais, pedagógicos e institucionais. Dentre as alternativas apresentadas, a opção D) destaca-se como a mais relevante, pois aborda um problema estrutural na educação: a estigmatização e patologização das dificuldades de aprendizagem.
Quando uma criança enfrenta obstáculos em seu processo educacional, é comum que o sistema escolar, em vez de buscar soluções pedagógicas ou apoio multidisciplinar, recorra a diagnósticos precipitados. Rotular o aluno como portador de um "transtorno mental" não apenas desvia a atenção das possíveis falhas no método de ensino, mas também cria um estigma que pode acompanhá-lo por toda a vida escolar.
Essa prática ignora a diversidade de ritmos e formas de aprendizagem, transformando diferenças individuais em "problemas" a serem medicalizados. A medicalização da infância, muitas vezes incentivada por essa abordagem, mascara questões como falta de recursos educacionais adequados, formação docente insuficiente ou até mesmo condições socioeconômicas desfavoráveis.
Portanto, a alternativa D) aponta para um dos maiores entraves à educação inclusiva e de qualidade: a tendência de transformar desafios educacionais em patologias individuais, em vez de repensar as práticas pedagógicas e a estrutura escolar como um todo.
Deixe um comentário