Hoje é necessário utilizar e compreender o recurso digital como forma de ampliação de conhecimento coletivo dentro do curso da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O mundo contemporâneo tem demandas que se utilizam da comunicação digital e a EJA não pode ser desvinculada de seu uso. O principal desafio em trabalhar as tecnologias da informação e da comunicação digital com jovens e adultos é(são)
Hoje é necessário utilizar e compreender o recurso digital como forma de ampliação de conhecimento coletivo dentro do curso da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O mundo contemporâneo tem demandas que se utilizam da comunicação digital e a EJA não pode ser desvinculada de seu uso. O principal desafio em trabalhar as tecnologias da informação e da comunicação digital com jovens e adultos é(são)
- A)a homogeneidade do agrupamento turma, pois todos apresentam defasagem de aprendizagem e de idade/ série. Esse aspecto dificulta a aprendizagem colaborativa e a interação solidária. No contexto descrito, o computador passa a ser utilizado só para receber informações voltadas ao cotidiano do jovem e do adulto. Para a EJA não é possível programar currículos abertos, flexíveis e conectados.
- B)o desencanto dos alunos com a educação. Os alunos da EJA são sujeitos que chegam à escola carregando saberes, vivências, culturas, valores, visões de mundo e de trabalho já cristalizados e uma longa história de fracasso escolar. A inclusão digital é, em primeiro lugar, amplo acesso à tecnologia, e a escola é o único e centralizador polo de difusão desses conhecimentos para os alunos da EJA.
- C)a pobreza dos alunos e da EJA. Se o Telecentro ou mesmo as Lan Houses são lugares onde as pessoas podem aprender sobre novas tecnologias, isso não precisa, necessariamente, acontecer na escola. As escolas podem ser, no caso da EJA, o local onde os adultos aprendem a ler e escrever, e até mesmo sobre conhecimentos básicos de informática.
- D)os custos para implantar nas escolas as tecnologias da informação e comunicação. Comprar aparelhos eletrônicos de última geração tem alto custo. A educação com lápis, papel e borracha de um lado, lousa/ quadro- negro e giz de outro, com a obsolescência do conteúdo programático, já é difícil de ser garantida para os alunos da EJA, quanto mais uma educação tendo as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) transversais ao currículo.
- E)superar resistências. A escola só pratica a inclusão digital quando, nos currículos e nos projetos pedagógicos, as tecnologias da informação e da comunicação não são vistas apenas como ferramentas, mas como recursos instituintes de novas formas de aprender e ensinar, na perspectiva das redes colaborativas e de autonomia do sujeito. Diante do exposto, o professor precisa assumir uma postura mais relacional, dialógica, cultural, contextual e comunitária.
Resposta:
A alternativa correta é E)
O uso das tecnologias digitais na Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um tema que ganha cada vez mais relevância no cenário educacional contemporâneo. A integração desses recursos no processo de ensino-aprendizagem não apenas amplia as possibilidades de conhecimento, mas também prepara os alunos para as demandas de um mundo cada vez mais conectado. No entanto, esse processo enfrenta desafios significativos, sendo o principal deles a necessidade de superar resistências e transformar a forma como as tecnologias são incorporadas no ambiente escolar.
O gabarito correto aponta para a alternativa E), que destaca a importância de ir além da visão instrumental das tecnologias da informação e comunicação (TIC). A escola só efetivamente promove a inclusão digital quando essas ferramentas são compreendidas como elementos capazes de transformar as práticas pedagógicas, incentivando a colaboração, a autonomia e novas formas de construção do conhecimento. Isso exige uma mudança de postura por parte dos educadores, que devem adotar uma abordagem mais dialógica, cultural e contextualizada.
As outras alternativas apresentam desafios reais, como a heterogeneidade das turmas (A), o desencanto dos alunos com a educação (B), as limitações socioeconômicas (C) e os custos de implementação (D). No entanto, nenhum desses fatores é tão determinante quanto a necessidade de superar as resistências e repensar o papel das TIC na EJA. A tecnologia, quando bem utilizada, pode justamente ajudar a enfrentar esses outros obstáculos, promovendo maior engajamento, personalização do ensino e acesso a recursos educacionais diversificados.
Portanto, o maior desafio não está na disponibilidade de equipamentos ou na formação técnica dos professores, mas na capacidade de transformar as práticas pedagógicas para que as tecnologias digitais se tornem verdadeiros instrumentos de emancipação e construção coletiva do conhecimento na EJA.
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