Memória, como construção social, é a formação de imagem necessária para os processos de constituição e reforço da identidade individual, coletiva e nacional. Não se confunde com a história, que é operação intelectual de conhecimento, operação cognitiva.(…) A história não deve ser tratada como o duplo científico da memória, o historiador não pode abandonar sua função crítica, a memória precisa ser objeto da história. (MENESES, Ulpiano Bezerra de. “História, cativa da memória?” Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 34, São Paulo, 1992, p. 22) Segundo o autor, o historiador deve considerar a memória com
Memória, como construção social, é a formação de imagem necessária para os processos de constituição e reforço da
identidade individual, coletiva e nacional. Não se confunde com a história, que é operação intelectual de conhecimento,
operação cognitiva.(…) A história não deve ser tratada como o duplo científico da memória, o historiador não pode abandonar
sua função crítica, a memória precisa ser objeto da história.
(MENESES, Ulpiano Bezerra de. “História, cativa da memória?” Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 34, São Paulo, 1992, p. 22)
Segundo o autor, o historiador deve considerar a memória com
- A)cautela, visto que a memória produz a equivalência entre identidades individuais e coletivas.
- B)urgência, dada sua importância na constituição das imagens da sociedade.
- C)rigor científico, uma vez que a memória deve ser valorizada como duplicação do conhecimento histórico.
- D)ressalvas, pois esse tipo de fonte desvirtua o historiador impedindo-o de desempenhar seu ofício de intelectual.
- E)criticidade, pois deve ser estudada e avaliada em termos dos papéis que desempenha na constituição de identidades.
Resposta:
A alternativa correta é E)
O texto apresentado, extraído da obra de Ulpiano Bezerra de Meneses, aborda a relação complexa entre memória e história, destacando que a memória, enquanto construção social, desempenha um papel fundamental na formação de identidades individuais, coletivas e nacionais. No entanto, o autor ressalta que a memória não deve ser confundida com a história, que é uma operação intelectual e cognitiva voltada para o conhecimento. O historiador, portanto, não pode tratar a memória como um simples reflexo da história, mas deve analisá-la criticamente, compreendendo seus mecanismos e influências na constituição das identidades.
Diante disso, a alternativa correta é a E), pois o autor defende que o historiador deve abordar a memória com criticidade, examinando seus papéis e impactos na formação das identidades, sem abandonar sua função crítica. A memória não é um simples duplo da história, mas um objeto de estudo que exige análise rigorosa e contextualizada, evitando tanto a idealização quanto a desvalorização de seu papel social.
As demais alternativas não refletem adequadamente a posição do autor. A alternativa A) simplifica a relação entre memória e identidade, enquanto a B) superestima a urgência sem considerar a necessidade de análise crítica. A C) incorre no erro de equiparar memória e história, e a D) desconsidera totalmente o valor da memória como fonte histórica. Portanto, a resposta correta é E), por alinhar-se com a visão de que a memória deve ser estudada com criticidade, sem perder de vista sua importância social e histórica.
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