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Questões Sobre Teorias e Práticas para o Ensino de História - Pedagogia - concurso

Questão 11

A avaliação é um juízo de qualidade sobre dados
relevantes, com vistas a uma tomada de decisão.

Cipriano Luckesi. Avaliação da aprendizagem escolar.
São Paulo: Cortez Ed., 1995 (com adaptações).

No intuito de atingir o objetivo explicitado acima por Luckesi, na
avaliação da aprendizagem em história, devem-se utilizar meios que
permitam

  • A)a memorização do conteúdo essencial para progredir na seriação da vida escolar.
  • B)a promoção de um ambiente lúdico e relaxado, sem cobranças.
  • C)a livre manifestação do saber do aluno por intermédio de instrumentos propostos por ele.
  • D)a verificação do rendimento e a eficiência do ensino de forma técnica e neutra.
  • E)a análise da capacidade de apreensão do que foi ensinado e das maneiras de ensinar.
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A alternativa correta é E)

A avaliação, conforme definida por Cipriano Luckesi, consiste em um juízo de qualidade sobre dados relevantes, com o propósito de embasar decisões. Quando aplicada ao contexto da aprendizagem em história, esse processo deve ir além da simples verificação de conteúdos memorizados ou da criação de ambientes descontraídos. Seu objetivo principal é analisar tanto a capacidade do aluno de assimilar o conhecimento transmitido quanto a eficácia das metodologias de ensino empregadas.

Entre as alternativas apresentadas, a opção E) se destaca como a mais alinhada ao conceito de avaliação proposto por Luckesi. Isso porque ela engloba dois aspectos fundamentais: a apreensão do conteúdo pelo aluno e a reflexão sobre as estratégias pedagógicas utilizadas. Diferentemente de uma abordagem neutra e técnica (D) ou focada exclusivamente na memorização (A), a alternativa correta reconhece a avaliação como um instrumento dinâmico, capaz de diagnosticar e melhorar o processo educativo como um todo.

Portanto, a avaliação em história deve ser compreendida como uma ferramenta que não apenas mensura resultados, mas também identifica caminhos para o aprimoramento contínuo do ensino e da aprendizagem. Essa perspectiva reforça o caráter formativo da avaliação, transformando-a em um elemento essencial para a construção do conhecimento histórico de forma crítica e significativa.

Questão 12

As músicas não se constituem em um discurso neutro, mas
identificam o modo como, em diferentes lugares e em diferentes
tempos, determinada realidade social é pensada e construída.

K. M. Abud. Registro e representação do cotidiano: a música popular na aula de história.
Cad. Cedes. Campinas, v. 25, n.º 67, p. 309-17, set/dez. 2005 (com adaptações)

Com referência ao texto acima, é correto afirmar que a utilização da
música em sala de aula, como forma de compreensão do passado,
é um método que

  • A)demonstra a necessidade de se privilegiarem as produções mais eruditas.
  • B)permite a aproximação às expressões culturais de uma época.
  • C)requer a análise sobretudo da letra.
  • D)exige cuidado para eliminar os elementos ficcionais.
  • E)provoca a dispersão dos alunos.
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A alternativa correta é B)

A música, enquanto manifestação cultural, transcende seu caráter artístico para se tornar um reflexo das dinâmicas sociais de uma época. Como destacado no texto de K. M. Abud, ela não é um discurso neutro, mas sim uma representação da forma como uma realidade social é construída e interpretada em diferentes contextos históricos. Nesse sentido, sua utilização em sala de aula como ferramenta pedagógica para a compreensão do passado revela-se um método eficaz, pois permite aos alunos uma aproximação autêntica às expressões culturais de determinado período.

A alternativa correta, B), afirma que a música "permite a aproximação às expressões culturais de uma época", o que está em consonância com a ideia central do texto. Ao analisar canções populares, os estudantes têm acesso não apenas aos eventos históricos em si, mas também aos sentimentos, valores e perspectivas da sociedade daquele tempo. Essa abordagem vai além da simples memorização de fatos, proporcionando uma imersão no imaginário coletivo de uma era.

As demais alternativas apresentam equívocos em relação ao propósito da utilização da música como recurso didático. A erudição (A) não é um requisito, já que as produções populares muitas vezes carregam representações mais genuínas de uma época. A análise exclusiva da letra (C) limita a compreensão, pois elementos como melodia, ritmo e contexto de produção também são significativos. A eliminação de elementos ficcionais (D) seria um erro, já que a ficção muitas vezes revela verdades sobre o espírito de uma época. Por fim, longe de provocar dispersão (E), quando bem empregada, a música pode aumentar o engajamento dos alunos com o conteúdo histórico.

Portanto, a música serve como uma janela para o passado, oferecendo insights valiosos sobre como as pessoas vivenciavam e interpretavam seu tempo. Seu uso em sala de aula, quando contextualizado e crítico, enriquece o processo de aprendizagem histórica ao humanizar o conhecimento e conectar os estudantes com as vozes daqueles que viveram outros momentos históricos.

Questão 13

      A História dá forma à identidade ao criar as chamadas
narrativas-mestras ou discursos-mestres. Essas narrativas expressam
experiências, esperanças e ameaças da unidade e da diferença. Elas
funcionam como um meio de orientação cultural na mudança
temporal dos fazeres humanos.

Jörn Rüsen. Cultura: universalismo, relativismo ou o que mais? In: História &
Ensino
. Londrina, v. 18, n.º 2, p. 281-91, jul./dez. 2011, p. 283 (com adaptações).

Ainda com relação ao texto apresentado, e considerando a História
como disciplina, assinale a opção correta.

  • A)Com relação aos direitos humanos, a narrativa da História permite comprovar um desrespeito milenar.
  • B)Sobre o meio ambiente, a narrativa da História mostra a insensibilidade dos antepassados com relação à sua preservação.
  • C)Do ponto de vista dos regionalismos, a narrativa da História tem a capacidade de alimentar os separatismos.
  • D)Sobre a diversidade étnico-racial, a narrativa da História constitui a possibilidade de erradicar o racismo no presente.
  • E)No que se refere às questões de gênero, a narrativa da História deve explicar as origens da discriminação.
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A alternativa correta é C)

A História, enquanto disciplina, desempenha um papel fundamental na construção de identidades por meio das chamadas narrativas-mestras, como destacado por Jörn Rüsen. Essas narrativas não apenas refletem experiências coletivas, mas também moldam a maneira como compreendemos a unidade e a diferença ao longo do tempo. No contexto das opções apresentadas, a alternativa correta é a C), que aborda a relação entre a narrativa histórica e os regionalismos.

A História, quando analisada sob a ótica dos regionalismos, pode, de fato, alimentar sentimentos separatistas ao enfatizar diferenças culturais, políticas ou econômicas entre regiões. Isso ocorre porque as narrativas históricas frequentemente destacam conflitos, rivalidades ou identidades locais que, em determinados contextos, podem ser instrumentalizadas para fortalecer discursos de autonomia ou fragmentação territorial. Embora a História também possa ser usada para promover a integração, sua capacidade de ressaltar particularidades regionais a torna uma ferramenta potencial para alimentar separatismos quando interpretada de forma seletiva ou ideológica.

As demais alternativas, embora relevantes em seus próprios contextos, não capturam com a mesma precisão a relação direta entre a narrativa histórica e os fenômenos mencionados. A História pode, sim, lançar luz sobre violações de direitos humanos, questões ambientais, diversidade étnico-racial ou discriminação de gênero, mas sua influência nesses campos é mais complexa e mediada por interpretações e usos sociais do que uma simples causalidade. Portanto, a opção C) é a que melhor se alinha com a ideia de que a narrativa histórica tem o poder de reforçar identidades regionais de modo a potencializar movimentos separatistas.

Questão 14

      A História dá forma à identidade ao criar as chamadas
narrativas-mestras ou discursos-mestres. Essas narrativas expressam
experiências, esperanças e ameaças da unidade e da diferença. Elas
funcionam como um meio de orientação cultural na mudança
temporal dos fazeres humanos.

Jörn Rüsen. Cultura: universalismo, relativismo ou o que mais? In: História &
Ensino
. Londrina, v. 18, n.º 2, p. 281-91, jul./dez. 2011, p. 283 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, é correto afirmar que
a história, como disciplina,

  • A)resgata a verdade acerca do passado.
  • B)inventa a cultura social.
  • C)constrói o futuro.
  • D)dá sentido ao passado das sociedades humanas.
  • E)determina as identidades dos indivíduos.
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A alternativa correta é D)

A história, como disciplina, desempenha um papel fundamental na construção da identidade coletiva e individual. Conforme destacado por Jörn Rüsen no texto de referência, as narrativas-mestras ou discursos-mestres são estruturas que organizam as experiências humanas, articulando tanto a unidade quanto a diferença em meio às transformações temporais. Essas narrativas não apenas orientam culturalmente os grupos sociais, mas também atribuem significado aos eventos passados, conectando-os ao presente e projetando expectativas para o futuro.

Diante disso, a alternativa correta é a letra D) "dá sentido ao passado das sociedades humanas", pois a história não se limita a um resgate objetivo de fatos (como sugere a alternativa A), mas interpreta e contextualiza o passado, tornando-o compreensível e relevante para as gerações atuais. Ela não inventa a cultura (alternativa B), mas a reinterpreta; tampouco constrói o futuro diretamente (alternativa C), embora influencie sua percepção. Por fim, embora contribua para a formação identitária (alternativa E), não determina rigidamente as identidades, que são fluidas e multifacetadas.

Assim, a história opera como um mecanismo de significação, transformando eventos dispersos em uma trama coerente que permite às sociedades entenderem sua trajetória e, consequentemente, a si mesmas.

Questão 15

A passagem da sociedade feudal para a sociedade
capitalista foi marcada pela inserção dos adultos em
outros contextos trabalhistas. Não mais a relação
com o campo, com o rural, e sim, com as pequenas
fabriquetas e em seguida, com as indústrias. Esta
mudança marcou também as relações desses sujeitos
com as vivências no tempo do ócio. Nesse momento o
ócio era vivido pelo (s) seguinte (s) grupo(s) social(is):


Assinale a alternativa correta.

  • A)Somente pelos burgueses.
  • B)Somente pelos nobres.
  • C)Somente pelos trabalhadores.
  • D)Somente pelos escravos.
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A alternativa correta é A)

A transição da sociedade feudal para a capitalista representou uma profunda transformação nas relações de trabalho e na organização social. Com o surgimento das primeiras manufaturas e, posteriormente, das indústrias, os adultos foram inseridos em um novo contexto laboral, distante da vida rural que caracterizava o feudalismo. Essa mudança não apenas alterou a dinâmica do trabalho, mas também redefiniu as formas de vivenciar o tempo livre, ou o ócio.

Durante o período feudal, o ócio era um privilégio quase exclusivo da nobreza, que detinha terras e poder, enquanto os servos trabalhavam para sustentar esse estilo de vida. No entanto, com o advento do capitalismo, uma nova classe social emergiu: a burguesia. Composta por comerciantes, banqueiros e donos de manufaturas, essa classe acumulou riqueza e passou a usufruir de momentos de lazer e cultura, algo antes restrito aos nobres.

Os trabalhadores, por outro lado, enfrentavam longas jornadas nas fábricas, com pouco ou nenhum tempo para o ócio. Os escravos, quando existentes no contexto, também não tinham acesso a esse privilégio. Portanto, a alternativa correta é A) Somente pelos burgueses, pois foram eles que, nesse período de transição, conseguiram usufruir do tempo livre como forma de distinção social, enquanto as outras classes permaneciam submetidas ao trabalho intenso.

Questão 16

É importante que o aluno aprenda sobre acontecimentos
recentes da história do Brasil, pois, assim, poderá
compreender melhor a política atual. O aprendizado do
governo Collor é de extrema relevância, uma vez que
causou impactos profundos na sociedade brasileira
como um todo. Com base nas orientações do Centro de
Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação
de Minas Gerais, analise as afirmativas a seguir e
assinale a alternativa correta.

I. Desde o início da campanha eleitoral, Collor investiu
maciçamente em sua imagem política. Usando sempre
um tom demagógico e inflamado nos discursos,
prometeu lutara favor dos humildes e dos necessitados,
dos “descamisados”, assumindo a postura de salvador
da pátria.

II. É interessante que o professor procure saber dos alunos
se eles têm conhecimento de quando foram realizadas
as primeiras eleições diretas para presidente no país
depois da ditadura militar. Afinal, saber que não foi José
Samey o primeiro presidente eleito através de eleições
diretas, mas sim Fernando Collor, ajudará o aluno a
compreender porque a população brasileira depositou
tanta esperança neste último e se decepcionou de
forma tão intensa.

III. No dia 29 de setembro do mesmo ano a Câmara dos
Deputados votou o impedimento do presidente. Com
a aprovação do impeachment, Collor foi afastado do
poder, tendo seus direitos políticos suspensos por oito
anos. Em seu lugar, assumiu a presidência da República
o vice Itamar Franco.

Estão corretas as afirmativas:

  • A)I e III, apenas.
  • B)II e III, apenas.
  • C)I e II, apenas.
  • D)I, II e III.
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A alternativa correta é D)

O governo Collor e seu impacto na história recente do Brasil

O estudo do governo de Fernando Collor de Mello é fundamental para entender não apenas um período conturbado da política brasileira, mas também as consequências que reverberam até os dias atuais. Sua trajetória, desde a campanha eleitoral até o impeachment, oferece lições valiosas sobre democracia, esperança popular e desilusão política.

A construção da imagem política

Como mencionado na afirmativa I, Collor investiu pesadamente em sua imagem durante a campanha, apresentando-se como o "caçador de marajás" e defensor dos mais pobres. Essa retórica populista, que incluía referências aos "descamisados", ecoava um discurso salvacionista que encontrou terreno fértil em um país que emergia de anos de ditadura militar e enfrentava graves crises econômicas.

O contexto histórico das eleições

A afirmativa II destaca um ponto crucial: Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar. Esse fato histórico explica em parte o otimismo inicial da população e a subsequente decepção. Como sugere o texto, é importante que os alunos compreendam esse contexto para avaliar a dimensão da esperança depositada em Collor e o trauma político que seu governo representou.

O processo de impeachment

A afirmativa III descreve corretamente o desfecho do governo Collor, com seu impeachment em 1992 após intensa mobilização popular, especialmente dos "caras-pintadas". Esse episódio marcou a primeira vez que um presidente brasileiro foi afastado do cargo por esse mecanismo constitucional, estabelecendo um precedente importante para a democracia brasileira.

A importância do estudo desse período

Como todas as três afirmativas estão corretas (alternativa D), fica evidente que o governo Collor deve ser estudado em sua totalidade: desde suas estratégias políticas iniciais, passando pelo contexto histórico que o levou ao poder, até seu dramático final. Esse conhecimento é essencial para que os alunos possam compreender melhor a política atual e os mecanismos de participação democrática.

Questão 17

No ensino do tema “Estado e cidadania no Brasil atual:
a República Democrática e o neoliberalismo (1985 aos
dias atuais)”, o aluno precisa aprender a analisar o
contexto de formulação da “Constituição Cidadã” de
1988 e os avanços da cidadania nela expressos. Com
base nas orientações do Centro de Referência Virtual
da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais,
analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou
Falso (F).

( ) Se olharmos a trajetória histórica do país observamos
que os avanços em tornar as conquistas legais em
conquistas reais foram rápidos.

( ) O professor deve trabalhar com somente duas
dimensões básicas da cidadania: os direitos políticos e
sociais.

( ) Na Constituição de 1988 os direitos políticos adquiriram
uma amplitude nunca antes atingida.

( ) A Constituição de 1988 eliminou o grande obstáculo
ainda existente à universalidade do voto, tornando-o
obrigatório aos analfabetos.

( ) A Constituição de 1988 ainda inovou: criou o “habeas
data”, o que significa que qualquer pessoa pode exigir
do governo acesso às informações existentes sobre ela
nos registros públicos, mesmo que sejam confidenciais.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta de cima para baixo.

  • A)F - V - F - V - F.
  • B)V - F - V - V - F .
  • C)F - F - V - F - V .
  • D)V - V - F - F - V .
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A alternativa correta é C)

O ensino do tema "Estado e cidadania no Brasil atual: a República Democrática e o neoliberalismo (1985 aos dias atuais)" exige uma análise crítica da Constituição de 1988 e seus impactos na ampliação da cidadania. Conforme as orientações do Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, é essencial compreender os avanços e limitações desse marco legal.

A primeira afirmação, que sugere que as conquistas legais se tornaram reais rapidamente, é falsa (F). A história brasileira demonstra que a efetivação dos direitos constitucionais enfrenta lentidão e desafios estruturais. A segunda afirmação, que limita a cidadania a apenas direitos políticos e sociais, também é falsa (F), pois a cidadania abrange ainda direitos civis e outras dimensões.

A terceira afirmação, sobre a ampliação dos direitos políticos na Constituição de 1988, é verdadeira (V), pois o texto constitucional consolidou mecanismos de participação popular. Já a quarta afirmação, que alega a obrigatoriedade do voto para analfabetos, é falsa (F), pois a Constituição apenas garantiu o direito ao voto facultativo para essa parcela da população. Por fim, a quinta afirmação, sobre a criação do "habeas data", é verdadeira (V), representando um avanço na transparência e no acesso à informação.

Portanto, a sequência correta é F - F - V - F - V, correspondente à alternativa C).

Questão 18

O estudo do novo contexto internacional: fim da
Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria é importante para
que o aluno possa compreender a história do século XX
no que tange ao entendimento dos acordos e alianças
firmadas logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Com base nas orientações do Centro de Referência
Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas
Gerais, analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro
(V) ou Falso (F).

( ) O professor deve construir uma linha de tempo
que possibilite visualizar acontecimentos políticos
referentes ao período entre o fim da Segunda Guerra e
a desestruturação do bloco socialista (1989/1991).

( ) A intenção é a de que o aluno perceba que as histórias
locais e globais estão interligadas e que o conflito acima
citado repercutiu sobre praticamente todos os países do
mundo.

( ) A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos
objetivos, existia perigo iminente de guerra mundial.

( ) O professor deve demonstrar que o conflito entre as
duas superpotências do pós-guerra (EUA e URSS)
esteve restrito apenas a questões político-militares.

( ) Além da temática político-militar, o professor deve
trabalhar com aspectos ideológicos e culturais
veiculados pelos lados em confronto. Por exemplo, a
propaganda financiada por cada um dos blocos.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta de cima para baixo.

  • A)F - F - V - V - V.
  • B)V - F - F - V - F .
  • C)F - V - V - F - F .
  • D)V - V - F - F - V .
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A alternativa correta é D)

O estudo do contexto internacional após a Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria é fundamental para a compreensão das dinâmicas históricas do século XX. Esse período foi marcado por transformações geopolíticas profundas, acordos entre nações e a formação de alianças que moldaram o mundo contemporâneo. A análise das afirmativas apresentadas permite avaliar a abordagem pedagógica adequada para ensinar esse tema complexo.

A primeira afirmativa destaca a importância de construir uma linha do tempo para visualizar os eventos políticos entre o fim da Segunda Guerra e o colapso do bloco socialista. Essa estratégia é válida (V), pois ajuda os alunos a contextualizar os acontecimentos e entender sua sequência cronológica.

A segunda afirmativa ressalta a interligação entre histórias locais e globais, mostrando como a Guerra Fria afetou praticamente todos os países. Essa perspectiva é correta (V), já que o conflito entre EUA e URSS influenciou economias, políticas e culturas em escala mundial.

A terceira afirmativa menciona o perigo iminente de uma guerra mundial durante a Guerra Fria. No entanto, essa afirmação é falsa (F), pois o conflito foi marcado justamente por evitar um embate direto entre as superpotências, mantendo-se em disputas indiretas e tensões controladas.

A quarta afirmativa sugere que o conflito entre EUA e URSS se restringiu a questões político-militares. Isso é incorreto (F), pois a Guerra Fria também abrangeu competições econômicas, tecnológicas, culturais e ideológicas, como a corrida espacial e a propaganda de cada bloco.

Por fim, a quinta afirmativa recomenda que o professor trabalhe aspectos ideológicos e culturais, como a propaganda dos blocos. Essa abordagem é válida (V), pois amplia a compreensão dos alunos sobre as múltiplas dimensões do conflito.

Portanto, a sequência correta é V - V - F - F - V, correspondente à alternativa D).

Questão 19

O tema “A Era Vargas: autoritarismo, Estado e nação”
consta da Proposta Curricular do Conteúdo Básico
Comum (CBC) e tem como um dos objetivos levar o
aluno a relacionar o autoritarismo do governo Vargas
com a ascensão do nazifascismo. Sobre o ensino
desse tópico analise as afirmativas a seguir e assinale
a alternativa correta.

I. A Era Vargas foi um período de redefinição da
identidade nacional e foi marcada por avanços e recuos
relacionados à busca da consolidação da cidadania,
seja no âmbito do trabalho, seja no político.

II. A Era Vargas é um período em que se tem o início
do incremento da industrialização brasileira, com
aprofundamento de mudanças nas relações de trabalho
e de configuração do mapa populacional, sobretudo
após o deflagrar da Segunda Guerra Mundial.

III. O aluno deve analisar e compreender o processo de
constituição de uma nova identidade nacional ligada à
industrialização e à descentralização do poder.


Estão corretas as afirmativas:

  • A)I e III, apenas.
  • B)II e III, apenas.
  • C)I e II, apenas.
  • D)I, II e III.
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A alternativa correta é C)

A Era Vargas: autoritarismo, Estado e nação é um tema fundamental para compreender a formação do Brasil moderno. Esse período histórico, que se estendeu de 1930 a 1945, foi marcado por profundas transformações políticas, econômicas e sociais, sob a liderança de Getúlio Vargas. O estudo desse tema permite analisar como o autoritarismo do governo Vargas se relacionou com o contexto internacional, especialmente com a ascensão do nazifascismo na Europa.

A afirmativa I está correta, pois a Era Vargas representou uma redefinição da identidade nacional, com avanços e contradições na construção da cidadania. Por um lado, houve a consolidação de direitos trabalhistas através da CLT; por outro, o período foi marcado por medidas autoritárias, como a censura e a repressão política.

A afirmativa II também está correta, já que esse período foi crucial para o processo de industrialização brasileira. O Estado Novo (1937-1945) promoveu políticas desenvolvimentistas que alteraram profundamente as relações de trabalho e provocaram significativas mudanças no perfil populacional do país, especialmente com o êxodo rural e o crescimento urbano.

Já a afirmativa III apresenta imprecisões. Embora a Era Vargas tenha sido marcada pela construção de uma nova identidade nacional ligada à industrialização, o período se caracterizou pela centralização do poder, e não por sua descentralização. O Estado Novo estabeleceu um regime centralizador e autoritário, distante de qualquer processo de descentralização política.

Portanto, a alternativa correta é C) I e II, apenas, pois essas duas afirmativas apresentam análises precisas sobre o período varguista, enquanto a terceira contém equívocos conceituais sobre a natureza do poder durante a Era Vargas.

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Questão 20

A Revolução de 1930 no Brasil marca uma ruptura com a
antiga política de domínio de uma elite rural oligárquica
que dominava o país. Sobre o ensino desse tópico, com
base nas orientações do Centro de Referência Virtual
da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais,
assinale a alternativa incorreta.

  • A)São aspectos importantes, do período, a serem relacionados: a república velha, o domínio das oligarquias rurais e o clientelismo, a revolução russa, o movimento anarquista, a Semana da Arte de 1922, a Coluna Prestes, a crise de 1929 e suas repercussões na economia brasileira e o tenentismo.
  • B)Em vez de indicar um paulista para a presidência como era o hábito do rodízio das oligarquias do PRP e do PRM, Washington Luís preferiu apoiara candidatura do mineiro Júlio Prestes.
  • C)O professor deverá ensinar o momento político da sucessão presidencial, a aliança liberal, o governo provisório, revolução constitucionalista.
  • D)O movimento de 1930 tornou-se um marco político importante inaugurando algumas reformas no campo econômico e social e a emergência de um Estado forte preocupado em regulamentar as relações de trabalho, incentivar o desenvolvimento das indústrias, sem contudo alterara estrutura agrária baseada no latifúndio.
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A alternativa correta é B)

A Revolução de 1930 foi um marco na história do Brasil, representando uma ruptura com a política oligárquica da República Velha. Esse movimento trouxe transformações significativas no cenário político, econômico e social do país, encerrando o domínio das elites rurais e inaugurando uma nova fase de centralização do poder e reformas modernizadoras.

De acordo com as orientações do Centro de Referência Virtual da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, o ensino desse período deve abordar diversos aspectos interligados, como o contexto da República Velha, o tenentismo, a crise de 1929 e seus impactos no Brasil, além de movimentos culturais e políticos que antecederam a revolução. A alternativa B está incorreta porque, embora Washington Luís tenha de fato apoiado Júlio Prestes, rompendo o acordo do "café com leite" entre São Paulo e Minas Gerais, essa informação não reflete um aspecto central a ser ensinado sobre o significado histórico da Revolução de 1930.

O movimento de 1930 introduziu mudanças importantes, como a criação de um Estado mais intervencionista, preocupado em regulamentar as relações trabalhistas e fomentar a industrialização. No entanto, manteve intacta a estrutura agrária baseada no latifúndio, demonstrando os limites das transformações promovidas. O ensino desse tema deve priorizar a compreensão dessas contradições e seu legado para a formação do Brasil moderno.

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