Para o historiador que trabalha com a noção de identidade cultural, é fundamental considerar, como princípio metodológico, que esta
esta
- A)é produzida pelas elites e anula as identidades de classes sociais mais fracas, apagando-as.
- B)é plural e se encontra em constante processo de transformação e ressignificação.
- C)deve ser apreendida prioritariamente a partir da oralidade e testemunhos espontâneos.
- D)torna dispensável o estudo das identidades políticas e sociais sendo necessariamente uma abordagem totalizante.
- E)necessita ser subdividida por gênero, raça e religião, categorias determinantes de grupos coesos e homogêneos.
Resposta:
A alternativa correta é B)
O estudo da identidade cultural é um campo complexo e dinâmico, que exige do historiador uma abordagem sensível às transformações e pluralidades que a constituem. Como aponta a alternativa correta (B), a identidade cultural não é um conceito estático, mas sim um processo em constante movimento, sujeito a ressignificações ao longo do tempo e em diferentes contextos sociais.
Essa visão contrasta com perspectivas reducionistas, como a ideia de que a identidade cultural é imposta unilateralmente pelas elites (A), ou que pode ser compreendida apenas por meio de relatos orais (C). Da mesma forma, a identidade cultural não substitui outras formas de identidade, como as políticas e sociais (D), nem pode ser rigidamente categorizada em grupos homogêneos (E).
O historiador que trabalha com essa noção deve estar atento às múltiplas vozes e experiências que compõem o tecido cultural, reconhecendo que as identidades são construídas a partir de relações de poder, mas também de resistências, negociações e hibridismos. A riqueza do estudo da identidade cultural está justamente em sua capacidade de revelar as complexidades e contradições que definem as sociedades humanas.
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