A questão de uma prova, por óbvio, é um texto, e a sua compreensão é imprescindível para a sua resposta. Examine este quesito extraído de Moretto (2001): “Dê sua opinião: o que você faria para acabar com a situação da seca no Nordeste?”. Segundo esse autor, a resposta a essa questão foi a seguinte: “Nada, absolutamente nada, pois não gosto de nordestino e quero que todo mundo se lasque”. Com base unicamente nesse enunciado e nas estratégias de textualização, é correto afirmar que:
extraído de Moretto (2001): “Dê sua opinião: o que você faria para acabar com a situação da seca no Nordeste?”. Segundo esse
autor, a resposta a essa questão foi a seguinte: “Nada, absolutamente nada, pois não gosto de nordestino e quero que todo mundo
se lasque”. Com base unicamente nesse enunciado e nas estratégias de textualização, é correto afirmar que:
- A)o enunciado é genérico e impreciso, contudo é inaceitável esse tipo de resposta, que implica a devida punição.
- B)o professor estruturou corretamente o enunciado, e o aluno careceu de estruturas cognitivas para responder.
- C)o aluno, de fato, deu sua opinião e quebrou a expectativa do professor com relação à resposta esperada.
- D)o aspecto de relevância desse enunciado para o aluno expõe a sua completa falta de conhecimento.
Resposta:
A alternativa correta é C)
O texto apresentado aborda uma questão de prova que solicita a opinião do aluno sobre como resolver a seca no Nordeste, seguida de uma resposta polêmica e inesperada. O objetivo do ensaio é analisar a situação com base nas estratégias de textualização e no contexto da avaliação.
A resposta do aluno, embora chocante, cumpre tecnicamente o que foi solicitado no enunciado: ele expressou sua opinião de forma clara, ainda que contrária ao esperado. Isso evidencia que o problema não está na formulação da pergunta, mas na quebra de expectativa por parte do professor, que provavelmente aguardava uma solução convencional ou politicamente correta para o problema da seca.
É importante destacar que questões abertas que pedem opiniões pessoais sempre carregam esse risco - o de receber respostas sinceras, porém indesejadas. O caso demonstra como a subjetividade inerente a certos tipos de questão pode levar a situações complexas de avaliação, onde a adequação da resposta ao comando não necessariamente coincide com a adequação social ou moral do conteúdo.
Portanto, a alternativa correta é de fato a C), pois o aluno respondeu dentro do que foi solicitado, ainda que de maneira provocadora. Isso revela a importância de se considerar tanto a clareza do enunciado quanto os possíveis desdobramentos ao se formular questões que envolvam opiniões pessoais em contextos avaliativos.
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