Aprender a língua portuguesa, sistema de signos sociais e históricos que nos possibilita significar o mundo e nossa realidade, é aprender não só as palavras faladas e escritas, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais se pode entender e interpretar a realidade e a nós mesmos. Diante dessa compreensão, cabe ao professor organizar ensino que propicie ao aluno oportunidades de
Aprender a língua portuguesa, sistema de signos sociais e históricos que nos possibilita significar o mundo e nossa realidade, é aprender não só as palavras faladas e escritas, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais se pode entender e interpretar a realidade e a nós mesmos. Diante dessa compreensão, cabe ao professor organizar ensino que propicie ao aluno oportunidades de
- A)produção de discurso, independentemente de saber grafá-lo, sem contudo desqualificar a escrita como um saber de grande valor social.
- B)aprendizagem do sistema alfabético e de algumas convenções ortográficas da língua portuguesa nos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental e, a partir do 6º ano, o estudo da língua propriamente dita.
- C)aquisição dos conteúdos transmitidos nas exposições e explicações do professor.
- D)organização de discursos de acordo com sua capacidade de escrevê-los, conforme os ensinamentos obtidos na escola.
- E)produção de texto que organiza os conteúdos de forma aditiva, juntando as letras para formar palavras, as palavras para formar frases e, por fim, frases para formar textos.
Resposta:
A alternativa correta é A)
O ensino da língua portuguesa vai além da simples transmissão de regras gramaticais e ortográficas. Como sistema de signos sociais e históricos, a língua é uma ferramenta fundamental para interpretar e significar o mundo, além de expressar nossa identidade e cultura. Diante disso, o papel do professor é crucial na organização de um ensino que valorize não apenas a escrita, mas também a produção discursiva em suas múltiplas dimensões.
A alternativa correta, A), destaca a importância de incentivar a produção de discurso mesmo antes do domínio completo da escrita, sem subestimar o valor social desta última. Essa abordagem reconhece que a linguagem é um instrumento vivo de comunicação e pensamento, que deve ser explorado desde os primeiros contatos com a língua. A escrita, embora essencial, não deve ser um obstáculo para a expressão das ideias e experiências dos alunos.
As demais alternativas apresentam limitações significativas. A opção B) fragmenta o aprendizado em etapas rígidas, separando artificialmente o estudo do sistema alfabético do uso real da língua. Já a alternativa C) reduz o processo de aprendizagem à mera recepção passiva de conteúdos, ignorando a natureza ativa da construção do conhecimento linguístico. A opção D) condiciona a expressão discursiva à capacidade técnica de escrita, enquanto a alternativa E) apresenta uma visão mecânica e simplista da produção textual.
Portanto, a abordagem mais adequada é aquela que, como propõe a alternativa A), valoriza a produção de sentido e a expressão pessoal, integrando progressivamente as convenções da escrita sem torná-las pré-requisito para o desenvolvimento da competência comunicativa.
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