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Leia o texto e responda à questão proposta.                    O fim da partida        Rola a pelota, o mundo roda. Suspeita-se que o sol é uma bola acesa, que durante o dia trabalha e de noite brinca lá no céu, enquanto a lua trabalha, embora a ciência tenha dúvidas a esse respeito. Por outro lado, está comprovado, com toda a certeza, que o mundo gira em torno de uma bola que gira: a final do Mundial de 94 foi contemplada por mais de dois bilhões de pessoas, o público mais numeroso de todos os que se reuniram ao longo da história deste planeta. A paixão mais compartilhada: muitos adoradores da bola jogam com ela nos gramados e nos campos de terra, e muitíssimos mais integram a teleplateia que assiste, roendo as unhas, ao espetáculo proporcionado por vinte e dois senhores de calção que perseguem a bola e, aos pontapés, demonstram seu amor       No final do Mundial de 94, todos os meninos que nasceram no Brasil se chamaram Romário, e a grama do estádio de Los Angeles foi vendida em pedaços, como uma pizza, a vinte dólares a porção. Uma loucura digna de melhor causa? Um negócio vulgar e comum? Uma fábrica de truques manipulada por seus donos? Eu sou dos que acreditam que o futebol pode ser isso, mas também é muito mais do que isso, como festa dos olhos que o olham e como alegria do corpo que o joga. Uma jornalista perguntou à teóloga alemã Dorothee Sölle:               – Como a senhora explicaria a um menino o que é a felicidade?       – Não explicaria – respondeu. – Daria uma bola para que jogasse.        O futebol profissional faz todo o possível para castrar essa energia de felicidade, mas ela sobrevive apesar de todos os pesares. É talvez por isso que o futebol não pode deixar de ser assombroso. Como diz meu amigo Ángel Ruocco, isso é o melhor que tem: sua obstinada capacidade de surpresa. Por mais que os tecnocratas o programem até o mínimo detalhe, por muito que os poderosos o manipulem, o futebol continua querendo ser a arte do improviso. Onde menos se espera salta o impossível, o anão dá uma lição ao gigante, e o negro mirrado e cambaio faz de bobo o atleta esculpido na Grécia.       […](GALEANO, Eduardo. O fim da partida. In: Futebol ao sol e à sombra. Tradução de Eric Nepomuceno e Maria do Carmo Brito. 3ª ed. PortoAlegre: L&PM, 2004. p. 203-204) (adaptado)No fragmento “Suspeita-se que o sol É uma bola acesa…” (§ 1), a forma verbal destacada pode, de acordo com a gramática normativa e sem prejuízo de sentido, ser substituída por:

Leia o texto e responda à questão proposta.                  

  O fim da partida

        Rola a pelota, o mundo roda. Suspeita-se que o sol é uma bola acesa, que durante o dia trabalha e de noite brinca lá no céu, enquanto a lua trabalha, embora a ciência tenha dúvidas a esse respeito. Por outro lado, está comprovado, com toda a certeza, que o mundo gira em torno de uma bola que gira: a final do Mundial de 94 foi contemplada por mais de dois bilhões de pessoas, o público mais numeroso de todos os que se reuniram ao longo da história deste planeta. A paixão mais compartilhada: muitos adoradores da bola jogam com ela nos gramados e nos campos de terra, e muitíssimos mais integram a teleplateia que assiste, roendo as unhas, ao espetáculo proporcionado por vinte e dois senhores de calção que perseguem a bola e, aos pontapés, demonstram seu amor
       No final do Mundial de 94, todos os meninos que nasceram no Brasil se chamaram Romário, e a grama do estádio de Los Angeles foi vendida em pedaços, como uma pizza, a vinte dólares a porção. Uma loucura digna de melhor causa? Um negócio vulgar e comum? Uma fábrica de truques manipulada por seus donos? Eu sou dos que acreditam que o futebol pode ser isso, mas também é muito mais do que isso, como festa dos olhos que o olham e como alegria do corpo que o joga. Uma jornalista perguntou à teóloga alemã Dorothee Sölle:        
       – Como a senhora explicaria a um menino o que é a felicidade?
       – Não explicaria – respondeu. – Daria uma bola para que jogasse.
        O futebol profissional faz todo o possível para castrar essa energia de felicidade, mas ela sobrevive apesar de todos os pesares. É talvez por isso que o futebol não pode deixar de ser assombroso. Como diz meu amigo Ángel Ruocco, isso é o melhor que tem: sua obstinada capacidade de surpresa. Por mais que os tecnocratas o programem até o mínimo detalhe, por muito que os poderosos o manipulem, o futebol continua querendo ser a arte do improviso. Onde menos se espera salta o impossível, o anão dá uma lição ao gigante, e o negro mirrado e cambaio faz de bobo o atleta esculpido na Grécia.
       […]

(GALEANO, Eduardo. O fim da partida. In: Futebol ao sol e à sombra. Tradução de Eric Nepomuceno e Maria do Carmo Brito. 3ª ed. PortoAlegre: L&PM, 2004. p. 203-204) (adaptado)

No fragmento “Suspeita-se que o sol É uma bola acesa…” (§ 1), a forma verbal destacada pode, de acordo com a gramática normativa e sem prejuízo de sentido, ser substituída por:

Resposta:

A alternativa correta é D)

Ao analisar o trecho “Suspeita-se que o sol é uma bola acesa…”, é possível notar que a forma verbal “é” pode ser substituída por “seja”, mantendo o sentido original do texto. Isso ocorre porque “seja” é a forma subjuntiva do verbo “ser”, utilizada para expressar dúvida ou incerteza, o que é coerente com o contexto do trecho, que apresenta uma suspeita ou conjectura sobre a natureza do sol.

Além disso, é importante destacar que a opção D) “seja” é a mais apropriada porque preserva a mesma estrutura sintática e semântica do texto original. As outras opções não apresentam o mesmo grau de coerência e naturalidade em relação ao texto.

A opção A) “era” não é adequada porque mudaria o sentido do trecho, transformando a suspeita em algo que ocorreu no passado. Já a opção B) “fosse” também não é uma boa escolha, pois apresenta uma conotação de hipótese ou condição, o que não condiz com o tom do texto.

A opção C) “fora” é igualmente inviável, pois mudaria completamente o sentido do trecho, tornando-o incoerente em relação ao contexto. Por fim, a opção E) “será” também não é uma boa escolha, pois apresenta uma conotação de futuro, o que não condiz com a suspeita ou conjectura apresentada no texto.

Portanto, a opção D) “seja” é a mais apropriada para substituir a forma verbal “é” no trecho “Suspeita-se que o sol é uma bola acesa…”, mantendo a coerência e o estilo do texto original.

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