É possível que a esfera laboral seja organizadora das demais esferas da vida humana, o quanto o mundo do trabalho se articula com a dimensão subjetiva, por isso, como mencionaram Sato, Coutinho e Bernardo (2017, p. 13), só se torna possível “estudar a dimensão psicológica dos trabalhadores, a intersubjetividade e as relações interpessoais no trabalho, situando-as concretamente nos contextos micro e macrossocial”. No texto acima, Gerusa Coutinho D’Ávila & Maria Chalfin Coutinho, citando Sato, Coutinho e Bernardo, apontam que

É importante ressaltar que a articulação da dimensão psicológica e interpessoal no trabalho é fundamental para entendermos como os trabalhadores interagem entre si e como essas interações afetam a sua subjetividade. Além disso, é preciso considerar que o trabalho não é um ambiente isolado, mas sim um contexto que está inserido em uma realidade social mais ampla.Assim, ao analisar as relações interpessoais no trabalho, devemos considerar tanto o contexto microsocial, que se refere às interações entre os indivíduos no ambiente de trabalho, quanto o contexto macrossocial, que abrange as estruturas sociais mais amplas que influenciam o trabalho, como a economia, a política e a cultura.Nesse sentido, a afirmação de que a articulação da dimensão psicológica e interpessoal deve ser situada na interconexão entre o micro e o macrossocial (opção B) é a mais coerente com o texto. Isso porque o estudo da subjetividade dos trabalhadores não pode ser feito de forma isolada, mas sim considerando a complexidade das relações interpessoais e das estruturas sociais que os cercam.Já as outras opções não são coerentes com o texto. A opção A é incorreta, pois o trabalho não é o único fenômeno produtor de subjetividade. A opção C é também errada, pois o micro e o macrossocial não são parte da esfera laboral, mas sim contextos que influenciam o trabalho. A opção D é limitada, pois o texto não afirma que há apenas interesse pela dimensão psicológica dos trabalhadores. Por fim, a opção E não é mencionada no texto, que não faz distinção entre a dimensão psicológica dos trabalhadores e dos não trabalhadores.Portanto, é fundamental considerar a complexidade das relações interpessoais e das estruturas sociais que influenciam o trabalho para entendermos a subjetividade dos trabalhadores. Somente assim podemos compreender como o trabalho afeta a vida humana e como podemos promover mudanças positivas nesse sentido.