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A tendência atual para o entendimento do dano psíquico é considerar-se que

Resposta:

A alternativa correta é letra E) o dano psíquico é modalidade inserida na categoria de danos morais.

Gabarito da Banca: Letra E.

 

Acredito que a questão poderia ter tido seu gabarito contestado, devido aos seguintes achados na literatura:

 

Cunha (2000) aponta as diferenças entre dano moral e dano psíquico:

A diferença entre ambos é que, neste último (dano psíquico), há uma lesão, parcial ou global, ao funcionamento psicológico de um pessoa; enquanto , no primeiro (dano moral), se identifica apenas o sofrimento, conceito que remete a uma dimensão de perturbação psicofísica, que coloca o sujeito entre a enfermidade e o pleno gozo da saúde, não implicando uma conformação patológica.

Além de Cunha, Rovinski (2005) cita Echeburúa, Corral e Amor (2002) para afirmar sobre as diferenças entre os conceitos:

Dano psíquico é passível de ser medido por instrumentos de avaliação adequados, diferenciando-se do dano moral, por ser mais preciso. O dano moral seria um conceito mais subjetivo e que implicaria uma percepção mais pessoal do prejuízo, principalmente em relação aos bens imateriais da honra ou da liberdade.

Acrescentando argumentos, a mesma autora cita Gomes (1998) que, segundo ela, afirma: 

Apesar da doutrina e jurisprudência tratarem do dano psíquico como se fosse dano moral, o primeiro deveria ser visto como autônomo e vinculado à área da saúde, implicando conformação patológica.


Portanto, com base nas referências acima, não poderíamos dizer que o dano psíquico é modalidade inserida na categoria de danos morais. Esse fato inviabiliza a seleção da alternativa E como resposta e invalida o gabarito oficial.

 

Não foram encontradas referências mais recentes na literatura que apresentem argumentos favoráveis à afirmação considerada correta pela banca.

 

Fonte:

 

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico-V. Artmed Editora, 2009.

 

SHINE, Sidney. Avaliação psicológica e lei: adoção, vitimização, separação conjugal, dano psíquico e outros temas. Casa do Psicólogo, 2005.

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