Leia o excerto a seguir: “Eysenck, eminente estudioso no campo da personalidade, considerava as diferenças individuais como sendo produzidas pela herança genética, sendo que seu principal foco de interesse era o temperamento […]. Este teórico postulava que o temperamento tem origem biológica, e seus traços são universais. A partir de exaustivos estudos de análise fatorial conduzidos durante várias décadas, com várias populações, assim como resultados de técnicas psicométricas e experimentações de laboratório, concluiu que a estrutura de temperamento consistia de três fatores básicos:_____, _____ e_____ conhecidos entre teóricos da personalidade como _____ (STRELAU, 1998 apud Ito; Guzzo, 2002 – Scielo).
Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas
- A) Introversão (I)/Extroversão (E)/Neurose (N)/ IEN
- B) Psicoticismo (P)/Extroversão (E)/Neuroticismo (N)/PEN
- C) Sociopatia (S)/Sociocultural (S)/Socioneural (S)/SSS
- D) Persona (P) Genética (G)/Afetividade (A)/PGA
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Psicoticismo (P)/Extroversão (E)/Neuroticismo (N)/PEN
Para a compreensão do assunto que traz a questão dividiu-se a análise em duas partes:
1) Sobre os três traços ou dimensões da personalidade conforme Eysenck
2) Análise das alternativas
1) Sobre os três traços ou dimensões da personalidade conforme Eysenck
Hans Jürgen Eysenck foi um psicólogo nascido na Alemanha, que elaborou medidas psicométricas (questionários), utilizando-se de técnicas estatísticas fatoriais, a fim de relacionar variáveis de análise. Considerando as contribuições do autor, Ito & Guzzo (2002) destacam:
“Eysenck, eminente estudioso no campo da personalidade, considerava as diferenças individuais como sendo produzidas pela herança genética, sendo que seu principal foco de interesse era o temperamento (Boeree, 1998a). Este teórico postulava que o temperamento tem origem biológica, e seus traços são universais. A partir de exaustivos estudos de análise fatorial conduzidos durante várias décadas, com várias populações, assim como resultados de técnicas psicométricas e experimentações de laboratório, concluiu que a estrutura de temperamento consistia de três fatores básicos: psicoticismo (P), extroversão (E) e neuroticismo (N), conhecidos entre teóricos da personalidade como PEN”
Complementando o assunto e explicitando cada um dos elementos propostos por Eysenck, Perez & Cols. (2013) acrescentam:
Eysenck descreveu três traços ou dimensões da personalidade, quais sejam: Extroversão-Introversão (E), Neuroticismo (N) e Psicoticismo (P). Os traços são expressos em termos de um contínuo, podendo a classificação das pessoas incidir sobre qualquer ponto, desde os extremos até pontos medianos.
- No traço E, num extremo as pessoas são altamente sociáveis (Extrovertidos) e no outro, muito reservadas (Introvertidos).
- No traço N, também denominado emotividade, altas pontuações indicam pessoas extremamente emotivas e baixas pontuações indicam pessoas muito estáveis emocionalmente.
- Por fim, no traço P ou impulsividade, as pessoas com alta pontuação são impulsivas, agressivas e tendem a serem hostis; a baixa pontuação indica uma pessoa precavida, sem tendências de hostilidade ou agressividade
2) Análise das alternativas
Considerando as alternativas disponíveis, produz-se os seguintes destaques:
- Apenas a LETRA “B” (Psicoticismo (P)/Extroversão (E)/Neuroticismo (N)/PEN) corresponde ao que requisita o enunciado e é mencionado pela literatura supracitada;
- Concluindo a análise, destaca-se que embora algumas das alternativas até citem alguns fatores relacionados a proposta de Eysenck, estas não são compatíveis ao que solicita a questão na íntegra, pela ausência de literalidade, em relação a requisição do que é especificado pelo enunciado;
- Mediante isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “B” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.
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Fonte consultada:
Perez, C. R., Rabelo, I. S., & Rubio, K. (2013). Avaliação de traços de personalidade em futuros educadores do esporte brasileiro. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 21(4), 48-55.
Ito, P. D. C. P., & Guzzo, R. S. L. (2002). Diferenças individuais: temperamento e personalidade; importância da teoria. Estudos de Psicologia (Campinas), 19, 91-100.
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