No item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, a respeito de intervenções psicológicas em problemas específicos, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Miguel, sessenta e oito anos de idade, divorciado, pai de três filhos, encontra-se prestes a adquirir aposentadoria compulsória, o que implicará diminuição da sua renda e a perda do status que o trabalho lhe confere. Há dois anos, encontra-se em processo terapêutico, iniciado após o casamento de sua ex-esposa. Relata que se sente derrotado e desonrado, sem ver sentido na vida, além de apresentar ideações suicidas. Ao perceber sintomas de depressão, o psicólogo o encaminhou para tratamento medicamentoso com psiquiatra e iniciou uma intervenção terapêutica denominada autópsia psicológica de Schneidman. Nesse caso clínico, a intervenção terapêutica foi bem empregada, uma vez que, por meio dela, utiliza-se a reconstrução narrativa e exalta-se o contexto sócio-histórico das pessoas com comportamentos depressivos e tendências suicidas, de modo a direcioná-las ao restabelecimento da saúde física e mental.
- A) Certo
- B) Errado
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Errado
ITEM ERRADO
Segundo Werlang (2000),
Autópsia psicológica é uma forma de avaliar, após a morte, o que estava na mente da pessoa antes da morte, sendo um tipo de estratégia de avaliação retrospectiva, que tem como finalidade reconstruir a biografia da pessoa falecida por meio de entrevistas com terceiros (cônjuges, filhos, pais, amigos, professores, médicos, etc.) e da análise de documentos (pessoais, policiais, acadêmicos, hospitalares, auto da necropsia, etc).
Como podem ver através do trecho acima, a autópsia psicológica não é um método utilizado enquanto a pessoa se encontra viva, mas depois de sua morte, geralmente, em casos suicidas.
Em vista disso, a intervenção terapêutica não foi bem empregada pelo psicólogo.
Fonte: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico V. 5ª ed rev. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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