O plano de avaliação para realizar um psicodiagnóstico inclui a escolha de instrumentos para compor a investigação. Ao escolher os instrumentos específicos para realizar esse diagnóstico, um psicólogo deve considerar

A alternativa correta é letra C) o objetivo de sua avaliação e as características demográficas e pessoais do indivíduo avaliado.

De acordo com Cunha (2000)

A opção por um instrumento específico, além de eventualmente ficar delimitada pelo objetivo do exame, deve ser feita tanto pela consideração das características demográficas do sujeito (idade, sexo, nível sociocultural, etc), como por suas condições específicas (comprometimentos permanentes ou temporários de ordem sensorial, motora, cognitiva, etc). Também devem ser levados em conta fatores situacionais, como hospitalização do paciente e uso de determinadas medicações, que podem ter reflexos nos correlatos comportamentais, que têm efeitos nas respostas aos testes. 

Análise das alternativas:

a) Incorreta. O tempo de que dispõe para concluir a avaliação não deve ser impeditivo para a escolha de um instrumento mais específico para o caso. 

b) Incorreta. Se os instrumentos que dispõe em seu local de trabalho não forem adequados para a avaliação do sujeito, o profissional não deverá utilizá-los. Além disso, o psicodiagnóstico não deve ser feito apenas na abordagem teórica de escolha do psicólogo. Esse processo deve atentar, principalmente, para as características do sujeito avaliado. 

c) Correta. A única alternativa que vai de acordo com o trecho exposto acima. Para a escolha dos instrumentos no diagnóstico, o psicólogo deve considerar o objetivo de sua avaliação e as características demográficas e pessoais do indivíduo avaliado.

d) Incorreta. Um psicodiagnóstico e a escolha de seus instrumentos não deve se pautar nas informações que o cliente deseja receber. 

e) Incorreta. O sujeito que será avaliado, geralmente, é leigo no assunto, ou seja, não está habilitado a omitir uma opinião sobre os melhores instrumentos psicológicos a serem utilizados em seu psicodiagnóstico.

Fonte: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico V. 5ª ed rev. Porto Alegre: Artmed, 2000.