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Questões Sobre Avaliação Psicológica em Outros Contextos - Psicologia - concurso

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451) Na avaliação psicológica de pacientes com dor crônica, NÃO deve ser avaliada, obrigatoriamente:

  • A) A percepção que o indivíduo tem de si mesmo, averiguando sua auto-estima e consciência corporal.
  • B) Se as idéias, crenças, expectativas e fantasias apresentam outros focos além da dor ou se estão baseados no sofrimento álgico.
  • C) As perspectivas, motivações e interesses que impulsionam a vida do paciente.
  • D) Como o indivíduo se relaciona com os outros, quais emoções prevalecem como raiva, frustração, depressão e ansiedade.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Como o indivíduo se relaciona com os outros, quais emoções prevalecem como raiva, frustração, depressão e ansiedade.

 

Na avaliação psicológica de pacientes com dor crônica, NÃO deve ser avaliada, obrigatoriamente:

 

Essa questão está baseada no livro "Dor: um estudo multidisciplinar" de Carvalho (org.):

 

"Na avaliação psicológica dos pacientes alguns pontos merecem ser averiguados:

 

Auto-imagem: qual a percepção que indivíduo tem de si mesmo, averiguando sua auto-estima e consciência corporal.

 

Cotidiano: avaliar interferências que ocorrem no dia-a-dia do paciente em diferentes áreas: social, lazer e trabalho.


Pensamento: averiguar se as idéias, crenças, expectativas e fantasias apresentam outros focos além da dor ou se estão totalmente calcados no sofrimento álgico em detrimento de outros interesses.

 

Afetividade: como o indivíduo se relaciona com os outros e consigo mesmo, quais emoções prevalecem: ansiedade, depressão, sentimentos de raiva, frustração etc.

 

Projeto de vida: perspectivas, motivações e interesses que impulsionam a vida do paciente."

 

"Dor: um estudo multidisciplinar" de Carvalho (org.)

 

A alternativa falsa é a Letra D, pois está incompleta. Estaria correta se estivesse desta forma: "como o indivíduo se relaciona com os outros e consigo mesmo".


a)  A percepção que o indivíduo tem de si mesmo, averiguando sua auto-estima e consciência corporal.


b)  Se as idéias, crenças, expectativas e fantasias apresentam outros focos além da dor ou se estão baseados no sofrimento álgico.


c)  As perspectivas, motivações e interesses que impulsionam a vida do paciente.


d)  Como o indivíduo se relaciona com os outros, quais emoções prevalecem como raiva, frustração, depressão e ansiedade.

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452) O laudo psicológico é um dos documentos que podem ser emitidos no âmbito hospitalar. Sobre as possibilidades de registro documental do psicólogo, é correto afirmar:

  • A) A resolução 7/2003 do Conselho Federal de Psicologia institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos.
  • B) O laudo visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico.
  • C) O atestado é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico.
  • D) A declaração é a apresentação descritiva sobre situações e/ou condições psicológicas pesquisadas no processo de avaliação psicológica.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) A resolução 7/2003 do Conselho Federal de Psicologia institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos.

 

O laudo psicológico é um dos documentos que podem ser emitidos no âmbito hospitalar. Sobre as possibilidades de registro documental do psicólogo, é correto afirmar:

 
 

Para a compreensão da correção desta questão, peço ao aluno que não deixe de acompanhar as seguintes observações em destaque divididas em três partes:

 

1) Observações sobre a RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003 X Resolução CFP nº 06/2019

2) Definições trazidas pela RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003

3) Análise das alternativas

  
  

1) Observações sobre a RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003 X Resolução CFP nº 06/2019

 
  • O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou no Diário Oficial da União dia 01/04/2019 a Resolução CFP nº 06/2019, que institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional. Tal Resolução revogou as Resoluções CFP nº 15/1996 e 07/2003, além de substituir a Resolução CFP nº 04/2019.
 
  • Considerando, porém, que a questão provavelmente ainda se fundamentou na Resolução 07/2003, é, portanto, com base neste material que procederemos a análise.
  
  

2) Definições trazidas pela RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003

  

Segundo a Resolução 007/2003:

 
  • São Modalidades de Documentos produzidos pelo psicólogo: 1. Declaração; 2. Atestado psicológico; 3. Relatório / laudo psicológico; 4. Parecer psicológico;
 
  • A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso consideramos importante constarem deste manual afim de que sejam diferenciados.
 

Conforme a Resolução em destaque, segue o conceito e finalidade dos documentos produzidos pelo psicólogo:

  
  • Atestado psicológico: “é um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita”
 
  • Declaração: “é um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar: a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário; b) Acompanhamento psicológico do atendido; c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários). Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou estados psicológicos.”
  
  • Parecer: “é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo. O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questão problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.”
 
  • Relatório ou laudo psicológico: “O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo. [...] O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens: identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão.”
   
  

3) Análise das alternativas

  

a)  A resolução 7/2003 do Conselho Federal de Psicologia institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos.

CORRETA. A afirmação é compatível com o que o objetivo a que se propunha esta publicação do CFP, portanto, opção VERDADEIRA.

 

b)  O laudo visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico.

INCORRETA. Corrigindo: a declaração é que visa informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico.

  

c)  O atestado é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico.

INCORRETA. Corrigindo: o parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico.

  

d)  A declaração é a apresentação descritiva sobre situações e/ou condições psicológicas pesquisadas no processo de avaliação psicológica.

INCORRETA. Corrigindo: o relatório ou laudo psicológico é a apresentação descritiva sobre situações e/ou condições psicológicas pesquisadas no processo de avaliação psicológica.

  

______________

Fonte consultada:

Conselho Federal de Psicologia – CFP. Resolução CFP N.º 007/2003 _ Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo. Disponível em https://bit.ly/2VuZznI  Acesso em 05 de Out de 2021.

453) A respeito da Avaliação Psicológica, é incorreto afirmar:

  • A) O uso de testes para a tomada de decisões a respeito de uma pessoa, um grupo ou um programa sempre deve acontecer dentro do contexto de uma avaliação psicológica.
  • B) A avaliação e a testagem psicológica muitas vezes são sinônimos, por tratar-se de processos flexíveis e não-padronizados, que tem por objetivo a análise de dados e um objetivo em questão.
  • C) Embora as qualidades técnicas de vários testes estejam longe do ideal e possam contribuir para problemas em seu uso, de modo geral se admite que o motivo básico para o mau uso dos testes reside na competência insuficiente dos usuários.
  • D) Os padrões de testagem que classificam os testes em nível A, B ou C, dependendo da formação requerida para seu uso, não se faz tão relevante.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) A avaliação e a testagem psicológica muitas vezes são sinônimos, por tratar-se de processos flexíveis e não-padronizados, que tem por objetivo a análise de dados e um objetivo em questão.

 

A respeito da Avaliação Psicológica, é incorreto afirmar:


a)  O uso de testes para a tomada de decisões a respeito de uma pessoa, um grupo ou um programa sempre deve acontecer dentro do contexto de uma avaliação psicológica.

 

Essa questão está baseada no livro "Fundamentos da testagem psicológica" de Urbina. Veja o trecho:

 

"O uso de testes para a tomada de decisões a respeito de uma pessoa, um grupo ou um programa sempre deve acontecer dentro do contexto de uma avaliação psicológica. Este processo pode ocorrer em serviços de saúde, no aconselhamento ou em procedimentos forenses, bem como no contexto educacional e profissional. A avaliação psicológica é um processo flexível e não-padronizado, que tem por objetivo chegar a uma determinação sustentada a respeito de uma ou mais questões psicológicas através da coleta, avaliação e análise de dados apropriados ao objetivo em questão (Maloney e Ward, 1976)."

 

"Fundamentos da testagem psicológica" (Urbina)

 

Assertiva Correta.


b)  A avaliação e a testagem psicológica muitas vezes são sinônimos, por tratar-se de processos flexíveis e não-padronizados, que tem por objetivo a análise de dados e um objetivo em questão.

 

Essa afirmativa distorce o seguinte trecho do texto de Urbina:

 

"Por motivos em grande parte relacionados à comercialização dos testes, alguns autores e editoras começaram a usar a palavra avaliação nos títulos de seus testes. Por isso, aos olhos do público leigo os termos avaliação e testagem muitas vezes são sinônimos, o que é um fato lamentável. Muitos profissionais desta área acreditam que a distinção entre os termos deve ser preservada e esclarecida para o público em geral, uma vez que essas pessoas são possíveis clientes de avaliações ou consumidores de testes.

 

O uso de testes para a tomada de decisões a respeito de uma pessoa, um grupo ou um programa sempre deve acontecer dentro do contexto de uma avaliação psicológica. Este processo pode ocorrer em serviços de saúde, no aconselhamento ou em procedimentos forenses, bem como no contexto educacional e profissional. A avaliação psicológica é um processo flexível e não-padronizado, que tem por objetivo chegar a uma determinação sustentada a respeito de uma ou mais questões psicológicas através da coleta, avaliação e análise de dados apropriados ao objetivo em questão (Maloney e Ward, 1976).

(...)

Os testes psicológicos costumam ser descritos como padronizados por dois motivos, ambos contemplam a necessidade de objetividade no processo de testagem."

 

"Fundamentos da testagem psicológica" (Urbina)

 

Assertiva Falsa.


c)  Embora as qualidades técnicas de vários testes estejam longe do ideal e possam contribuir para problemas em seu uso, de modo geral se admite que o motivo básico para o mau uso dos testes reside na competência insuficiente dos usuários.

 

Afirmativa de acordo com Urbina. Observe:

 

"Embora as qualidades técnicas de vários testes estejam longe do ideal e possam contribuir para problemas em seu uso, de modo geral se admite que o motivo básico para o mau uso dos testes reside no conhecimento ou competência insuficientes por parte de muitos usuários. Os testes podem parecer relativamente simples e diretos para usuários em potencial que não estão cientes dos cuidados necessários em sua aplicação. Por causa disso, nas últimas décadas, associações profissionais dos Estados Unidos e outros países têm desenvolvido documentos que delineiam mais clara e especificamente do que antes as habilidades e a base de conhecimentos necessárias para um uso competente de testes (American Association for Counseling and Development, 1988; Eyde, Moreland, Robertson, Primoff e Most, 1988; International Test Commission, 2000; Joint Committee on Testing Practices, 1988)."

 

"Fundamentos da testagem psicológica" (Urbina)

 

Assertiva Correta.


d)  Os padrões de testagem que classificam os testes em nível A, B ou C, dependendo da formação requerida para seu uso, não se faz tão relevante.

 

Outra afirmativa de acordo com Urbina. Veja:

 

"Durante as décadas de 1950 e 1960, os Padrões de Testagem incluíam um sistema de três níveis para a classificação de testes em termos das qualificações necessárias para seu uso (APA, 1966, p.10-11). Este sistema, que encaixava os testes nos níveis A, B ou C dependendo da formação requerida para seu uso, era facilmente burlado por indivíduos em escolas, órgãos governamentais e empresas. Embora muitas editoras ainda usem este sistema, os Padrões de Testagem não mais o adotam."

 

"Fundamentos da testagem psicológica" (Urbina)

 

Assertiva Correta.

 

Portanto, encontramos a alternativa incorreta na Letra B.

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454) Qual o principal objeto de análise na avaliação neuropsicológica?

  • A) Mente.

  • B) Neurônio.
  • C) Concentração.
  • D) Cognição.
  • E) Sistema nervoso.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Cognição.

Gabarito Letra D

Qual o principal objeto de análise na avaliação neuropsicológica?
a)  Mente.

b)  Neurônio.
c)  Concentração.
d)  Cognição.
e)  Sistema nervoso.

A avaliação neuropsicológica investiga as funções cognitivas. O conceito de “mente” é muito abstrato e não é passível de investigação direta. Os neurônios são estudados com exames médicos e não psicológicos. A concentração é uma função cognitiva avaliada, mas não a única nem a mais importante. O mais importante a ser avaliado na avaliação neuropsicológica é a cognição.

 

“A Avaliação Neuropsicológica consiste no método de investigar as funções cognitivas e o comportamento. Trata-se da aplicação de técnicas de entrevistas, exames quantitativos e qualitativos das funções que compõem a cognição abrangendo processos de atenção, percepção, memória, linguagem e raciocínio. Há métodos considerados clássicos e outros ainda em construção”

 

“Uma avaliação neuropsicológica completa deve incluir o exame das funções cognitivas e emocionais (Pawlowski, 2011). Os testes padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas investigam principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento de informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas (Tabaquim, Lima & Ciasca, 2012). A possibilidade de mudanças na personalidade ou nas emoções devido a um acometimento neurológico também deve ser avaliada, pois são frequentes as manifestações de desinibição, labilidade afetiva, impulsividade, apatia, afeto inapropriado, pobre tolerância à frustração, irritabilidade, entre outras (Pawlowski, 2011).”

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: Avaliação neuropsicológica [recurso eletrônico] / Leandro F. Malloy-Diniz ... [et al.]. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2010.

Avaliação psicológica : aspectos teóricos e práticos / Manuela Ramos Caldas Lins, Juliane Callegaro Borsa, (organizadoras). – Petrópolis, RJ : Vozes, 2017. – (Coleção Avaliação Psicológica)

455) Sobre a autópsia psicológica, analise as assertivas:

I. A primeira utilidade da autópsia psicológica foi a de melhorar a exatidão do veredicto de suicídio nos certificados de óbito;

II. A autópsia psicológica é um procedimento retrospectivo com uma abordagem definida;

III. A autópsia psicológica é um tipo de avaliação psicológica que enfoca o elemento que está faltando: a intenção do morto em relação à sua própria morte.

Está(ão) CORRETA(S):

  • A) Apenas I.

  • B) Apenas II.
  • C) Apenas III.
  • D) Apenas I e III.
  • E) I, II e III.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Apenas I e III.

Gabarito Letra D

 

Certo! Essa foi a primeira utilidade desse método, que também é usado em estudos científicos de suicídio de indivíduos com esquizofrenia e alcoolismo, bem como ferramenta em intervenção de crise após suicídio de pacientes ou apenados em hospitais e presídios e outros tipos de suicídio.

 “Sem dúvida, a primeira utilidade da autópsia psicológica foi a de melhorar a exatidão do veredicto de suicídio nos certificados de óbitos, mas, o método também tem sido usado, em estudos científicos de suicídios de sujeitos com diagnósticos de esquizofrenia (Farberow, Shneidmann & Leonard, 1969; Heilae, Isometsae, Henrriksson et alii, 1997), de depressão maior (Isometsa, Aro, Henriksson et alii, 1994; Isometsa, Henrikson, Aro et alii, 1994) e de alcoolismo (Heikkinen, Aro, Heriksson et alii, 1994), como ferramenta em intervenções em crise, em equipes psiquiátricas, de hospital geral e de presídio, após suicídios de pacientes ou apenados (Neill, Benensohn, Farber et alii, 1974; Spellman & Heyne, 1989), suicídios de crianças, adolescentes, adultos jovens e idosos (Alexopoulos, 1991; Brent,1989; Lau, 1994; Marttunen, Aro & Lönnqvist, 1993; Rich, Sherman e Fowler, 1990; Shaffer, Gould, Fisher et alii,1996; Younger, Clark, Oehmig et alii, 1990), em sujeitos com morte duvidosa (Berman, 1993; Kelly & Mann, 1996; Litman, 1984; Litman, 1989; Litman, Curphey, Shneidman et alii, 1963; Shneidman & Farberow, 1969) e em pessoas suicidas de diferentes idades do meio urbano e rural (Asgard, 1990; Finkel & Rosman, 1995; Isometsa, Heikkinen, Henriksson et alii, 1997).”

 

Errado. A autópsia psicológica é um procedimento retrospectivo com diferentes abordagens.

“Assim, entendendo o suicídio como o ato de se matar intencionalmente e a autópsia psicológica como uma forma de avaliar, após a morte, o que estava na mente da pessoa antes da morte, pode-se conceitualizar a autópsia psicológica como um tipo de estratégia de avaliação restrospectiva, que tem como finalidade reconstruir a biografia da pessoa falecida por meio de entrevistas com terceiros (cônjuge, filhos, pais, amigos, professores, médicos, etc.) e da análise de documentos (pessoais, policiais, acadêmicos, hospitalares, auto da necropsia, etc.). Pode-se dizer, então, que a autópsia psicológica é um procedimento retrospectivo com diferentes abordagens. Há, pois, quatro questões básicas a serem respondidas na autópsia psicológica: “Por quê?”, “Como?”, “De quê?” e “O quê?” E há quatro constructos subjacentes à estratégia da autópsia psicológica: motivação, intencionalidade, letalidade e precipitadores e/ou estressores.” 

 

Certo! Veja:

“A motivação poderá ser compreendida pela identificação das razões psicológicas para morrer, enraizadas na conduta, no pensamento, no estilo de vida e na personalidade como um todo. A avaliação do grau de lucidez, ou seja, do papel consciente do próprio indivíduo, no planejamento, na preparação e na objetivação da ação autodestrutiva, estabelecerá a intenção do sujeito. O grau de letalidade será medido através da identificação da escolha do método. Os precipitadores e/ou estressores são os fatos ou circunstâncias que acionariam o último empurrão para o suicídio. A autópsia psicológica é, então, um tipo de avaliação psicológica que enfoca o elemento que está faltando: a intenção do morto em relação à sua própria morte, e, considerando que a maioria das vítimas comunica de alguma maneira suas intenções, cabe aos psicólogos e psiquiatras encontrar as pistas deixadas atrás por elas.”

 

Assim, apenas I e III estão corretas.

Nosso gabarito é Letra D.

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007.

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456) Escore clínico de demência – Clinical Dementian Rating (CDR) – (Morris, 1993) – esta escala tem se tornado muito indicada para avaliação global de pacientes portadores de demência tipo Alzheimer, mas também é utilizada para outros tipos de demências. Avalia seis domínios: memoria, orientação, julgamento e resolução de problemas, assuntos comunitários, casas e hobbies, autocuidado. Desse modo, a escala cobre a intersecção entre a funcionalidade e os aspectos cognitivos. Assinale a alternativa CORRETA onde constam todos os níveis de classificação da atividade cognitiva da escala citada:

  • A) CDR 0 – Normal, CDR 0,5 – Questionável, CDR 1 – Demência de Leve e CDR 3 – Demência Avançada.
  • B) CDR 0 – Normal, CDR 0,5 – Questionável, CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.
  • C) CDR 0 – Normal, CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.
  • D) CDR 0 – Normal, CDR 1 – Demência de Leve e CDR 2 – Demência Moderada.
  • E) CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) CDR 0 – Normal, CDR 0,5 – Questionável, CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.

 

Escore clínico de demência – Clinical Dementian Rating (CDR) – (Morris, 1993) – esta escala tem se tornado muito indicada para avaliação global de pacientes portadores de demência tipo Alzheimer, mas também é utilizada para outros tipos de demências. Avalia seis domínios: memoria, orientação, julgamento e resolução de problemas, assuntos comunitários, casas e hobbies, autocuidado. Desse modo, a escala cobre a intersecção entre a funcionalidade e os aspectos cognitivos. Assinale a alternativa CORRETA onde constam todos os níveis de classificação da atividade cognitiva da escala citada:

 

A questão pode ser respondida com o seguinte texto:

 

"Escore Clínico de Demência Clinical Dementia Rating (CDR) (Morris, 1993) Esta escala tem se tornado o "padrão-ouro" para a avaliação global de pacientes portadores de demência tipo Alzheimer, mas também está indicada para a avaliação de outros tipos de demência. Avalia seis domínios: memória, orientação, julgamento e resolução de problemas, assuntos comunitários, casa e hobbies, autocuidado. Desse modo, a escala cobre a intersecção entre a funcionalidade e os aspectos cognitivos.

 

O CDR promove a classificação da atividade cognitiva em cinco níveis:

 

CDR 0 - Normal

CDR 0,5 - Questionável

CDR 1 - Demência leve

CDR 2 - Demência moderada

CDR 3 - Demência avançada"

 

Fonte: "Fatores relacionados à senescência e à senilidade cerebral em indivíduos muito idosos um estudo de correlação clinicopatológica" (Farfel)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.


a)  CDR 0 – Normal, CDR 0,5 – Questionável, CDR 1 – Demência de Leve e CDR 3 – Demência Avançada.


b)  CDR 0 – Normal, CDR 0,5 – Questionável, CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.


c)  CDR 0 – Normal, CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.


d)  CDR 0 – Normal, CDR 1 – Demência de Leve e CDR 2 – Demência Moderada.


e)  CDR 1 – Demência de Leve, CDR 2 – Demência Moderada e CDR 3 – Demência Avançada.

457) No que se refere a avaliação psicológica e psicodiagnóstico, bem como a seus fundamentos, etapas e instrumentos, julgue o próximo item.

Dois dos elementos que devem ser considerados na escolha da avaliação apropriada são o constructo e o formato de resposta.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: Item Certo

Certo. Além desses, outros elementos também devem ser considerados, mas a afirmativa não restringe os elementos nos apresentados. O constructo buscado é um aspecto fundamental de ser considerado na escolha dos instrumentos, para que a avaliação mensure o que de fato se propõe a mensurar. O formato de resposta também deve ser considerado pensando nas características individuais do avaliando, por exemplo, os testes de autorrelato podem não ser indicados para avaliandos que tenham interesse direto nos resultados da avaliação.

 

Compete ao psicólogo planejar e realizar o processo avaliativo com base em aspectos técnicos e teóricos. A escolha do número de sessões para a sua realização, das questões a serem respondidas, bem como de quais instrumentos/técnicas de avaliação devem ser utilizados será baseada nos seguintes elementos:

1. contexto no qual a avaliação psicológica se insere;

2. propósitos da avaliação psicológica;

3. construtos psicológicos a serem investigados;

4. adequação das características dos instrumentos/técnicas aos indivíduos avaliados;

5. condições técnicas, metodológicas e operacionais do instrumento de avaliação.

"Para decidir sobre a avaliação apropriada, o profissional deve considerar diversos elementos que caracterizam os instrumentos disponíveis. Entre elas, aponta-se o construto e a faixa que se destina avaliar, o contexto, o propósito e o público-alvo. Além disso, deve-se considerar a natureza do instrumento, o método de avaliação e o formato de resposta."

Fonte: Avaliação Psicológica. Nota Técnica Sobre Avaliação Psicológica. Disponivel em: https://crp13.org.br/regulacao-da-profissao/avaliacao-psicologica/

Gorentein, Clarice; Wang, Yuan-Pang; Hungerbühler, Ines (orgs). Instrumentos de avaliação em saúde mental. Porto Alegre: Artmed, 2016.

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458) No que se refere à avaliação psicológica, aos documentos produzidos pelo psicólogo e ao código de ética profissional, julgue o item que se segue.

No processo de avaliação psicológica, as informações e os resultados devem ser condizentes com os objetivos do serviço psicológico.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo


No processo de avaliação psicológica, as informações e os resultados devem ser condizentes com os objetivos do serviço psicológico.


 

Explorando o assunto que traz a questão, dividiu-se a questão em três partes:

  1. Passos de uma avaliação psicológica (com base em um modelo de natureza clínica)
  2. Objetivos de uma avaliação psicológica clínica
  3. Análise do Item

 

1) Passos de uma avaliação psicológica (com base em um modelo de natureza clínica)

Resumindo os passos de uma avaliação psicológica, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica, Cunha (2005, p. 31) os sintetiza da seguinte forma, acompanhe

a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;

b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico;

c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;

d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame;

e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.

 

NOTA: observe que na síntese trazida por Cunha (2005) as informações dos dados trabalhados estão relacionadas ao objetivo do serviço prestado.


 

2) Objetivos de uma avaliação psicológica clínica

Explorando as possibilidades dos objetivos de uma avaliação psicológica, confira o que preconiza Cunha (2005, p. 27):

OBJETIVOS DE UMA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA CLÍNICA

Fonte: Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2005.

Classificação simples

O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual

Descrição

Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.

Classificação nosológica

Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos

Diagnóstico diferencial

São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.

Avaliação compreensiva

É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos

Entendimento Dinâmico

Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo vendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc

Prevenção

Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.

Prognóstico

Determina o curso provável do caso.

Perícia Forense

Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.

 
 

3) Análise do Item


Comparando as explicações supracitadas com o que traz a banca, ratifica-se que no processo de avaliação psicológica, as informações trabalhadas e os resultados obtidos a partir destas devem ser condizentes com os objetivos do serviço psicológico.

 

Mediante a análise realizada, corrobora-se, portanto, que o ITEM está CORRETO.

__________________

Fontes consultadas:

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul

459) No que se refere à avaliação psicológica, aos documentos produzidos pelo psicólogo e ao código de ética profissional, julgue o item que se segue.

As informações relativas a avaliação psicológica que tenha sido solicitada por empresa ou instituição devem-se limitar ao estritamente necessário ao contratante.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: Item Certo

Certo. O indivíduo avaliado tem direito ao sigilo e, portanto, o psicólogo avaliador não deve divulgar informações obtidas na avaliação que ultrapassem os objetivos iniciais do processo.

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460) No que se refere à avaliação psicológica, aos documentos produzidos pelo psicólogo e ao código de ética profissional, julgue o item que se segue.

O prazo de validade de um laudo psicológico é de seis meses.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

 
 

Para a compreensão da correção desta questão, dividiu-se a análise em duas partes:

  1. Sobre Prazo de Validade do Conteúdo dos Documentos (conforme Resolução CFP N.º 006/2019)
  2. Análise do Item

 

1) Sobre Prazo de Validade do Conteúdo dos Documentos (conforme Resolução CFP N.º 006/2019)

 

Na Seção VI _Prazo de Validade do Conteúdo dos Documentos, a Resolução CFP N.º 006/2019 destaca o seguinte:

“Art. 17 O prazo de validade do conteúdo do documento escrito, decorrente da prestação de serviços psicológicos, deverá ser indicado no último parágrafo do documento.

§ 1.º A validade indicada deverá considerar a normatização vigente na área em que atua a(o) psicóloga(o), bem como a natureza dinâmica do trabalho realizado e a necessidade de atualização contínua das informações.

§ 2.º Não havendo definição normativa, o prazo de validade deve ser indicado pela(o) psicóloga(o), levando em consideração os objetivos da prestação do serviço, os procedimentos utilizados, os aspectos subjetivos e dinâmicos analisados e as conclusões obtidas.”


 

2) Análise do Item

Comparando o que traz o item com o que preconiza a Resolução supracitada, produz-se os seguintes destaques:

  • Nota-se que não há um prazo de validade estabelecido para os documentos decorrentes da prestação de serviços psicológicos, ratificando-se que é FALSA a informação de o prazo de validade de um laudo psicológico seria de seis meses.
 
  • Apesar de não haver um prazo padrão de validade definido, considerando-se as recentes diretrizes propostas pela Resolução 006/2019, compreende-se que há um norteamento conforme as seguintes possibilidades:
 

1) A validade deverá considerar a normatização vigente na área em que atua a(o) psicóloga(o);

2) Não havendo definição normativa, o prazo de validade deve ser indicado pela(o) psicóloga(o), levando em consideração vários aspectos relacionados ao documento emitido;

3) O prazo de validade do conteúdo do documento escrito deverá ser indicado no último parágrafo do documento.

 

Mediante a análise realizada, corrobora-se que o ITEM está ERRADO.

______________

Fonte consultada:

Conselho Federal de Psicologia _ CFP. Resolução CFP N.º 006/2019 _ Orientações sobre elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional. Disponível em https://bit.ly/3ia3dLH Acesso em 24 de janeiro de 2021.

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