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Questões Sobre Avaliação Psicológica em Outros Contextos - Psicologia - concurso

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531) Acerca da Avaliação Terapêutica (AT), assinale a alternativa correta.

  • A) Consiste em um modelo de avaliação colaborativo.
  • B) É um método de intervenção estruturado.
  • C) Na sessão de intervenção, o avaliador poderá utilizar materiais de teste de maneira diferente da aplicação padronizada, ou outros procedimentos, para ajudar os clientes a perceberem ou encontrarem respostas importantes para suas questões de avaliação.
  • D) A sessão de follow-up (acompanhamento) permite avaliar as mudanças que ocorreram na vida do cliente desde a avaliação.
  • E) Os avaliadores de AT, habitualmente, utilizam uma abordagem multimétodos, composta de testes de autorrelato e testes projetivos ou baseados em desempenho.

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ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Questão anulada

 

Acerca da Avaliação Terapêutica (AT), assinale a alternativa correta.
a)  Consiste em um modelo de avaliação colaborativo.

Certo!

“Desse modo, a AT constitui um método específico de avaliação colaborativa que difere dos objetivos e técnicas tradicionais da avaliação psicológica e visa também a intervenção psicológica, em um modelo semiestruturado. Basicamente, ela consiste em uma forma de avaliação psicológica colaborativa, organizada em etapas, na qual o teste psicológico é usado no centro de uma intervenção terapêutica limitada no tempo (Aschieri, Fantini & Smith, 2016; Finn, 2017).”


b)  É um método de intervenção estruturado.

Errado. A avaliação terapêutica é um processo semiestruturado.


c)  Na sessão de intervenção, o avaliador poderá utilizar materiais de teste de maneira diferente da aplicação padronizada, ou outros procedimentos, para ajudar os clientes a perceberem ou encontrarem respostas importantes para suas questões de avaliação.

Certo!

“O terceiro passo fundamenta-se na sessão de intervenção realizada pelo avaliador, na qual poderá utilizar materiais de teste de maneira diferente da aplicação padronizada, ou outros procedimentos, para ajudar os clientes a perceberem ou encontrarem respostas importantes para suas questões de avaliação. Segundo Aschieri et al. (2016), o avaliador tenta fazer o cliente experienciar situações e constatar informações que seriam difíceis de ouvir e integrar, sem mais preparação, ao final do processo de avaliação, pois causariam ansiedade e ativariam suas defesas características. Essa sessão de intervenção da AT fornece uma oportunidade para o cliente e o avaliador trabalharem experimentalmente juntos para provocar, ao vivo, certas dificuldades do cliente e afetos relacionados para, então, refletir sobre possíveis soluções mais adaptativas, diferentes daquela das habituais que o prejudicam. As sessões de intervenção podem ser altamente complexas e, como tal, são previamente preparadas com base na formulação do caso e cautelosamente conduzidas para alcançar um ou vários pequenos objetivos, tais como explorar hipóteses derivadas do teste; compreender diversos aspectos dos achados da avaliação; aumentar aos poucos a conscientização sobre os achados que de outra forma seriam rejeitados; ajudar o cliente a descobrir por si mesmo certos resultados da avaliação e preparar-se para o próximo passo, a sessão de resumo e discussão. Como a AT não está vinculada a uma teoria ou abordagem psicológica específica, diversas estratégias terapêuticas podem ser empregadas nesse momento, de acordo com a experiência do avaliador. Exemplos de como conduzir sessões de intervenção em vários contextos e diante de diversos achados podem ser encontrados em Aschieri et al. (2016), Aschieri e Smith (2012), Finn (2017), Finn e Martin (2013), Fischer e Finn (2014) entre outros.”


d)  A sessão de follow-up (acompanhamento) permite avaliar as mudanças que ocorreram na vida do cliente desde a avaliação.

Certo!

“O quinto e último passo consiste em uma sessão de follow-up (acompanhamento) após dois a quatro meses da sessão de discussão dos resultados. Essa sessão permite avaliar as mudanças que ocorreram na vida do cliente desde a avaliação, propicia ao avaliador uma oportunidade de abordar possíveis novas perguntas dos clientes que podem ainda ser esclarecidas pelos resultados dos testes, ou retomar questões que não foram suficientemente esclarecidas, bem como refinar as recomendações de tratamento, processando-se formalmente o encerramento da AT.”


e)  Os avaliadores de AT, habitualmente, utilizam uma abordagem multimétodos, composta de testes de autorrelato e testes projetivos ou baseados em desempenho.

Certo!

“O segundo passo consiste na aplicação de testes psicológicos padronizados que estão claramente relacionados com a investigação das questões feitas pelo cliente. Isso ajuda o avaliado a sentir que a avaliação está direcionada para alcançar seus objetivos, engajando-se mais no processo de avaliação (Finn, 2017). Os avaliadores de AT habitualmente utilizam uma abordagem multimétodos, composta por testes de autorrelato – inventários, escalas, questionários – e testes projetivos ou baseados em desempenho, tais como o Teste de Rorschach ou Teste de Apercepção Temática – TAT.”

 

Assim, temos quatro afirmativas corretas e uma incorreta, mas como a questão pede a correta, a questão foi anulada.

 

Fonte: Villemor-Amaral, Anna Elisa de e Resende, Ana CristinaNovo Modelo de Avaliação Psicológica no Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2018, v. 38, n. spe [Acessado 22 Agosto 2022] , pp. 122-132. 

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532) Não é considerado um avanço da área de avaliação psicológica no Brasil:

  • A) a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos.
  • B) a criação de entidades científicas.
  • C) o rápido crescimento da quantidade de cursos de Psicologia.
  • D) melhora na qualidade dos manuais de testes.
  • E) desenvolvimento de pesquisas.

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A alternativa correta é letra C) o rápido crescimento da quantidade de cursos de Psicologia.

Gabarito Letra C

 

Não é considerado um avanço da área de avaliação psicológica no Brasil:
a)  a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos.
b)  a criação de entidades científicas.
c)  o rápido crescimento da quantidade de cursos de Psicologia.
d)  melhora na qualidade dos manuais de testes.
e)  desenvolvimento de pesquisas.

 

O crescimento acelerado de cursos de psicologia é um fator que atrapalhou a área da avaliação psicológica, porque forma profissionais pouco qualificados. O desenvolvimento de pesquisas, a criação do SATEPSI, que supervisiona melhor o desenvolvimento de testes, a melhora de qualidade dos manuais e a criação de entidades científicas são avanços.

 

“As principais dificuldades enfrentadas na área de avaliação psicológica durante as quatro últimas décadas do século XX no Brasil, foram, em grande parte, decorrentes de dois fatores: 1) confusão entre os conceitos de avaliação psicológica e testagem psicológica e 2) má qualidade psicométrica dos instrumentos. Esses fatores não surgiram no contexto brasileiro, ao contrário, são inerentes ao desenvolvimento das técnicas de avaliação psicológica, especialmente dos testes, no cenário internacional. (...) No entanto, esse cenário favorável logo se deterioraria em razão de dois fatores: 1) a criação acelerada de cursos de Psicologia e a falta de professores qualificados para o ensino, que culminaram na deficiência de formação, especialmente na área de avaliação psicológica, 2) o surgimento de novas correntes de pensamento, como a humanista e a sócio-histórica, que eram reativas à quantificação e ao positivismo e suas manifestações (Pasquali, & Alchieri, 2011). As críticas eram de que os testes serviam mais para rotular e estigmatizar as pessoas do que para ajudá-las a se desenvolver, pelo que propunham o abandono dessa prática que consideravam nociva à própria imagem da Psicologia (Noronha, 2002; Patto, 1997).” 

 

Nosso gabarito é Letra C.

 

Fonte: Bueno, José Maurício Haas e Peixoto, Evandro MoraisAvaliação Psicológica no Brasil e no Mundo. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2018, v. 38, n. spe [Acessado 19 Agosto 2022] , pp. 108-121. 

533) Sobre a testagem e a avaliação psicológica, julgue os itens a seguir.

I. A testagem psicológica pauta seus resultados nas informações obtidas por meio de entrevistas e testes psicológicos.

II. A avaliação psicológica envolve a integração de informações oriundas de diversas fontes.

III. O Satepsi determina qual teste psicológico o psicólogo deve utilizar em cada situação.

Assinale a alternativa correta.

  • A) Apenas o item I está certo.
  • B) Apenas o item II está certo.
  • C) Apenas os itens I e III estão certos.
  • D) Apenas os itens II e III estão certos.
  • E) Todos os itens estão certos.

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A alternativa correta é letra B) Apenas o item II está certo.

Gabarito Letra B

 

 

Errado. A testagem é o processo que obtém as informações a partir de testes psicológicos. A avaliação psicológica que pauta os resultados nas informações obtidas.

 

Certo!

A avaliação psicológica é um processo amplo que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes, dentre elas, testes, entrevistas, observações, análise de documentos. A testagem psicológica, portanto, pode ser considerada uma etapa da avaliação psicológica, que implica a utilização de teste(s) psicológico(s) de diferentes tipos”

 

Errado. O SATEPSI só diz quais testes estão ou não favoráveis para uso, quem determina qual teste utilizar é o próprio profissional.

 

Assim, apenas II está correta.

Nosso gabarito é Letra B.

 

Fonte: Cartilha de avaliação psicológica. Disponível em: https://satepsi.cfp.org.br/docs/cartilha.pdf

   

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534) Acerca da guarda e do envio de documentos decorrentes de serviços psicológicos, assinale a alternativa correta.

  • A) A responsabilidade pela guarda do material cabe à instituição em que o psicólogo prestou seus serviços profissionais.
  • B) Os documentos escritos decorrentes da prestação de serviços psicológicos devem ser guardados pelo prazo máximo de cinco anos.
  • C) É necessário um protocolo para registro da entrega de documentos.
  • D) Caso o solicitante seja um órgão ou uma instituição, o beneficiário não tem direito ao documento final.
  • E) O prazo de validade do laudo psicológico tem prazo máximo de um ano.

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A alternativa correta é letra C) É necessário um protocolo para registro da entrega de documentos.

Gabarito Letra C

 

Acerca da guarda e do envio de documentos decorrentes de serviços psicológicos, assinale a alternativa correta.
a)  A responsabilidade pela guarda do material cabe à instituição em que o psicólogo prestou seus serviços profissionais.

Errado. A responsabilidade é da instituição e do profissional, em conjunto.


b)  Os documentos escritos decorrentes da prestação de serviços psicológicos devem ser guardados pelo prazo máximo de cinco anos.

Errado. Esse é o prazo mínimo.


c)  É necessário um protocolo para registro da entrega de documentos.

Certo!

Art. 16 Os documentos produzidos pela(o) psicóloga(o) devem ser entregues diretamente ao beneficiário da prestação do serviço psicológico, ao seu responsável legal e/ou ao solicitante, em entrevista devolutiva.

§ 1º É obrigatório que a(o) psicóloga(o) mantenha protocolo de entrega de documentos, com assinatura do solicitante, comprovando que este efetivamente o recebeu e que se responsabiliza pelo uso e sigilo das informações contidas no documento.
§ 2º Os documentos produzidos poderão ser arquivados em versão impressa, para apresentação no caso de fiscalização do Conselho Regional de Psicologia ou instâncias judiciais, em conformidade com os parâmetros estabelecidos na Resolução CFP nº 01/2009 ou outras que venham a alterá-la ou substituí-la.”


d)  Caso o solicitante seja um órgão ou uma instituição, o beneficiário não tem direito ao documento final.

Errado. O beneficiário tem, sim, direito a devolutiva das informações obtidas em seu processo.


e)  O prazo de validade do laudo psicológico tem prazo máximo de um ano.

Errado. O CFP determina que o laudo psicológico para porte de arma tem prazo de dois anos.

 

Nosso gabarito é Letra C

 

Fonte: Resolução CFP 06/2019 Comentada Orientações Sobre Elaboração De Documentos Escritos Produzidos Pela(O) Psicóloga(O) No Exercício Profissional. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-n-06-2019-comentada.pdf

535) Acerca da avaliação da capacidade decisional de pessoas com deficiência e/ou com doenças crônicas, julgue os itens a seguir.

I. A avaliação psicológica da capacidade decisional é uma avaliação global da capacidade da pessoa.

II. A avaliação psicológica de capacidade decisional equivale à avaliação de deficiência intelectual.

III. A avaliação psicológica de capacidade decisória deve considerar recursos de apoio para a tomada de decisão, tais como tecnologia assistiva e comunicação alternativa, utilização de tradução e intérprete.

Assinale a alternativa correta.

  • A) Apenas o item I está certo.
  • B) Apenas o item II está certo.
  • C) Apenas o item III está certo.
  • D) Apenas os itens I e II estão certos.
  • E) Todos os itens estão certos.

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A alternativa correta é letra C) Apenas o item III está certo.

Gabarito Letra C

 

 

Errado.  A avaliação psicológica da capacidade decisional não é uma avaliação global da capacidade da pessoa.

“A capacidade decisional como a capacidade para tomada de decisões sobre a própria vida, o que envolve entendimento de informações relevantes que permitam decisão sobre determinada dimensão da vida, levando em conta possíveis consequências. Em conjunto, a capacidade jurídica e a capacidade decisional permitirão o exercício da autonomia pessoal em situações cotidianas. Assim, em situações de dúvida quanto à capacidade decisional podem gerar demanda por avaliação psicológica, sendo obrigatório que a(o) psicóloga(o) reporte-se, em sua elaboração às normativas da profissão, especialmente à Resoluções CFP n.º 09/2018 e CFP n.º 06/2019, tendo como complemento as orientações constantes na Nota Técnica n.º 04/2019. A avaliação psicológica da capacidade decisional, portanto, não é uma avaliação global. Tratará sempre de domínios específicos, tais como: financeiro, afetivo, de saúde, educação, autocuidado etc.”

 

Errado. Essas avaliações não se equivalem.

“A avaliação psicológica de capacidade decisional difere de avaliação de deficiência intelectual, de capacidade ou transtorno mental, podendo complementá-las, mas, de modo algum, substituí-las ou a elas equivaler-se.”

 

Certo!

“A avaliação psicológica de capacidade decisória deve considerar recursos de apoio para a tomada de decisão, tais como tecnologia assistiva e comunicação alternativa, utilização de tradução e intérprete etc. A(o) psicóloga(o), ao fazer a avaliação, deve comprometer-se a orientar as(os) envolvidas(os) no processo de tomada de decisão sobre a necessidade de garantia de condições e de recursos favoráveis à autonomia da pessoa com deficiência para a tomada de suas decisões. Em consonância com o Código de Ética do Psicólogo e com a Resolução CFP, n.º 09/2018, em especial o item VI. Justiça e proteção dos Direitos Humanos na Avaliação Psicológica, a participação de psicólogas(os) em todo e qualquer processo de avaliação psicológica de capacidade decisional: Deve basear-se no princípio da proteção, defesa e promoção de direitos das pessoas que, por diferentes motivos, tenham obstaculizada, temporária ou permanentemente, sua capacidade de tomada de decisão. Não deve induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito Durante o processo de avaliação psicológica de capacidade decisional, devese garantir recursos como tecnologia assistiva e comunicação alternativa, a fim de que se garanta a expressão da própria pessoa ao longo de todo processo avaliativo. Não se pode, portanto, confundir barreiras que agem no processo de comunicação com prejuízos cognitivos. No processo de avaliação psicológica de capacidade decisional, é imprescindível considerar sistemas de opressão tais como violência doméstica, patrimonial, de gênero, orientação sexual e identidade de gênero, dependência afetiva e/ou financeira, racismo, capacitismo, que podem influenciar na livre expressão da pessoa avaliada e comprometer os resultados da avaliação.”

 

Apenas III está correta

Nosso gabarito é Letra C.

 

Fonte: Nota Técnica de Orientação às(aos) Psicólogas(os) sobre Avaliação da Capacidade Decisional de Pessoas com Deficiência e/ou com Doenças Crônicas. Disponível em: https://satepsi.cfp.org.br/docs/NotaTecnica-062019-Avaliacao-da-Capacidade-Decisional-de-PCDs.pdf

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536) Comparando a avaliação psicológica com a avaliação neuropsicológica, assinale a alternativa que corresponde à concepção incorreta sobre esse assunto.

  • A) Os dois tipos de avaliação se assemelham em seus processos à medida em que incluem entrevistas, anamneses, escalas e instrumentos padronizados.
  • B) A avaliação neuropsicológica encontra-se fundamentada em modelos neurocognitivos, ou seja, relação entre funções cognitivas, executivas e comportamentos com o funcionamento do sistema nervoso central.
  • C) A avaliação psicológica privilegia a abordagem nomotética, que busca comparar o desempenho do indivíduo com o grupo normativo.
  • D) A avaliação neuropsicológica foi inicialmente concebida para avaliar indivíduos com lesão encefálica durante o período de guerra.
  • E) Os dois tipos de avaliação diferenciam-se devido ao fato de que a avaliação neuropsicológica não deve incluir testes de personalidade.

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A alternativa correta é letra E) Os dois tipos de avaliação diferenciam-se devido ao fato de que a avaliação neuropsicológica não deve incluir testes de personalidade.

Gabarito Letra E

Comparando a avaliação psicológica com a avaliação neuropsicológica, assinale a alternativa que corresponde à concepção incorreta sobre esse assunto.
a)  Os dois tipos de avaliação se assemelham em seus processos à medida em que incluem entrevistas, anamneses, escalas e instrumentos padronizados.

Certo! Tanto a avaliação psicológica quanto a avaliação neuropsicológica utilizam instrumentos semelhantes, como os mencionados, respeitando as especificidades de cada tipo de avaliação.


b)  A avaliação neuropsicológica encontra-se fundamentada em modelos neurocognitivos, ou seja, relação entre funções cognitivas, executivas e comportamentos com o funcionamento do sistema nervoso central.

Certo! A avaliação neuropsicológica considera a relação entre as funções e o funcionamento do SNC.


c)  A avaliação psicológica privilegia a abordagem nomotética, que busca comparar o desempenho do indivíduo com o grupo normativo.

Certo! Tanto a avaliação psicológica quanto a neuropsicológica utilizam ambas as abordagens, mas acabam privilegiando mais a abordagem nomotética.

“Também é significativo dicotomizar medidas a respeito da abordagem nomotética versus idiográfica. A abordagem nomotética à avaliação é caracterizada por esforços para entender como um número limitado de traços pode ser aplicado a todas as pessoas. De acordo com uma visão nomotética, certos traços de personalidade existem em todas as pessoas em graus variados. A tarefa do avaliador é determinar qual é a força de cada um desses traços no avaliando. Um avaliador usando um teste como o 16 PF, Quinta Edição (Cattell et al., 1993), provavelmente concorde com a visão nomotética. Isso porque o 16PF foi concebido para medir a força de 16 fatores de personalidade (que é o que “PF” – personality factors – significa no testando. De maneira similar, testes que se propõem a medir os “5 Grandes” traços da personalidade têm forte base na tradição nomotética. Em contraste a uma visão nomotética existe a visão ideográfica. Uma abordagem ideográfica à avaliação é caracterizada por esforços para entender a constelação única de traços de personalidade de cada indivíduo. A ideia aqui não é ver onde a pessoa se localiza no continuum de alguns traços considerados universais, mas entender os traços específicos únicos à constituição do indivíduo. A orientação ideográfica é evidente em procedimentos de avaliação mais flexíveis não apenas em termos de listar os traços observados mas também de nomear novos termos para eles”


d)  A avaliação neuropsicológica foi inicialmente concebida para avaliar indivíduos com lesão encefálica durante o período de guerra.

Certo!

“A neuropsicologia se consolidou com a investigação e a tentativa de reabilitação de déficits cognitivos e alterações comportamentais decorrentes de lesões encefálicas adquiridas, em meados do século XIX, especialmente no pós-guerra do século XX (Abrisqueta-Gomez, 2012). Até esse período, a avaliação neuropsicológica tinha um objetivo essencialmente diagnóstico e, a partir de pressupostos localizacionistas, buscava identificar e catalogar os déficits decorrentes da lesão de regiões específicas do cérebro (Mäder, 2010).”

“Originariamente, a ANP foi concebida para avaliar indivíduos que sofreram danos cerebrais durante período de guerra (Harvey, 2012) e investigar prejuízos funcionais associados a lesões cerebrais (Bilder, 2011). Até a década de 1950, a ANP estava centrada no diagnóstico diferencial, na tentativa de distinguir déficits funcionais de problemas orgânicos e identificar áreas cerebrais responsáveis por determinado perfil cognitivo prejudicado (Vakil, 2012). Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o trabalho e pesquisa com soldados sobreviventes que sofreram lesões cerebrais, realizados pelo médico e psicólogo russo Alexander Romanovich Luria (1902-1977), foram de fundamental importância para o desenvolvimento da neuropsicologia.”


e)  Os dois tipos de avaliação diferenciam-se devido ao fato de que a avaliação neuropsicológica não deve incluir testes de personalidade.

Errado. Pode ser muito relevante incluir avaliação da personalidade na avaliação neuropsicológica.

“POR QUE EXAMINAR A PERSONALIDADE DURANTE A AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA?

O exame da personalidade é um componente essencial das avaliações psicodiagnósticas. Em Neuropsicologia, a resposta às tarefas cognitivas pode ser influenciada por questões como desajuste emocional ou pela expressão de traços de personalidade. Gass (2000) sugere que os principais motivos para inclusão do exame da personalidade (e de alterações emocionais) na avaliação neuropsicológica são:

1. Alterações comportamentais e distúrbios emocionais estão presentes em praticamente todas as formas de comprometimento cerebral, sejam elas provenientes das reações diretas das lesões cerebrais ou resultado das novas relações do indivíduo com o meio.

2. Características psicológicas podem mimetizar transtornos neurológicos e vice-versa. Queixas de falta de atenção, esquecimento, alterações sensoriais e motoras, podem estar relacionadas a questões motivacionais ou traços de personalidade relacionados ao histrionismo, bem como podem estar associados a diversos tipos de quadros neurológicos.

3. O desempenho em testes neuropsicológicos pode ser prejudicado por alterações emocionais (como, por exemplo, na pseudodemência depressiva).

4. A identificação de alterações emocionais e relacionadas à personalidade podem ser alvo de terapias específicas (por exemplo, psicoterapia e farmacoterapia), sendo que a melhora nos quadros relacionados a esses fa tores pode também exercer impacto positivo sobre a melhora neuropsicológica global.

5. O exame da personalidade complementa a avaliação cognitiva, motora e sensorial na determinação de competências e prejuízos para lidar com questões laborais, familiares, autocuidado, etc

Nosso gabarito é Letra E

 

Fonte: Neuropsicologia : aplicações clínicas [recurso eletrônico] / Organizadores, Leandro F. Malloy-Diniz ... [et al.]. – Porto Alegre : Artmed, 2016.

Avaliação neuropsicológica [recurso eletrônico] / Leandro F. Malloy-Diniz ... [et al.]. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2010.

Cohen, Ronald Jay. Testagem e avaliação psicológicas : introdução a testes e medidas [recurso eletrônico] / Ronald Jay Cohen, Mark E. Swerdlik, Edward D. Sturman ; tradução: Maria Cristina G. Monteiro ; revisão técnica: Claudio Simon Hutz, Ana Claudia Vazquez, Juliana Cerentini Pacico. – 8. ed. – Porto Alegre : AMGH, 2014.

537) A avaliação psicológica é a única atividade privativa das psicólogas e dos psicólogos. Segundo Barros (2019), ao longo dos anos, a área vem evoluindo na qualidade dos instrumentos e das garantias científicas deles, mas, como se pode analisar a questão da inclusão? Assinale a alternativa que não está correta no que concerne aos procedimentos ou aos cuidados para a avaliação psicológica da pessoa surda.

  • A) Deve ser utilizada uma abordagem de avaliação psicometricamente justa, compreensiva e apropriada às pessoas com deficiência.
  • B) A psicóloga deve verificar se existem normas específicas para surdos ou se foram realizados estudos psicométricos para analisar diferenças entre ouvintes e surdos.
  • C) Na ausência de instrumentos adequados para a população com surdez, é fundamental utilizar outros recursos que fazem parte dos processos de avaliação psicológica.
  • D) Uma dificuldade para a atuação profissional é decorrente da falta de sinais para os termos comuns da Psicologia, reforçando a necessidade de usar o tecnicismo na comunicação com os surdos.
  • E) É fundamental seguir os parâmetros éticos da profissão, utilizando os recursos disponíveis, que tenham evidências de funcionalidade, respeitem as especificidades próprias da deficiência e estejam alinhados às perspectivas de garantias dos direitos humanos, por meio de práticas inclusivas.

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A alternativa correta é letra D) Uma dificuldade para a atuação profissional é decorrente da falta de sinais para os termos comuns da Psicologia, reforçando a necessidade de usar o tecnicismo na comunicação com os surdos.

Gabarito Letra D

A avaliação psicológica é a única atividade privativa das psicólogas e dos psicólogos. Segundo Barros (2019), ao longo dos anos, a área vem evoluindo na qualidade dos instrumentos e das garantias científicas deles, mas, como se pode analisar a questão da inclusão? Assinale a alternativa que não está correta no que concerne aos procedimentos ou aos cuidados para a avaliação psicológica da pessoa surda.
a)  Deve ser utilizada uma abordagem de avaliação psicometricamente justa, compreensiva e apropriada às pessoas com deficiência.

Certo! Toda avaliação psicológica, seja de pessoas com deficiência ou não, deve ser justa, compreensiva e apropriada.


b)  A psicóloga deve verificar se existem normas específicas para surdos ou se foram realizados estudos psicométricos para analisar diferenças entre ouvintes e surdos.

Certo! O profissional deve considerar as especificidades dos instrumentos para a população a ser avaliada.


c)  Na ausência de instrumentos adequados para a população com surdez, é fundamental utilizar outros recursos que fazem parte dos processos de avaliação psicológica.

Certo! Caso não hajam instrumentos específicos, o profissional deve buscar outras estratégias baseadas na ciência psicológica.


d)  Uma dificuldade para a atuação profissional é decorrente da falta de sinais para os termos comuns da Psicologia, reforçando a necessidade de usar o tecnicismo na comunicação com os surdos.

Errado. Essa falta de sinais reforça a necessidade de combater o tecnicismo na comunicação com os surdos.


e)  É fundamental seguir os parâmetros éticos da profissão, utilizando os recursos disponíveis, que tenham evidências de funcionalidade, respeitem as especificidades próprias da deficiência e estejam alinhados às perspectivas de garantias dos direitos humanos, por meio de práticas inclusivas.

Certo! Essa é uma obrigação ética na avaliação psicológica.

 

Nosso gabarito é Letra D

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538) Para Hutz, Bandeira, Terentine e Vazquez (2020), trabalhar com instrumentos de avaliação psicológica é um constante desafio, já que pressupõe necessariamente a atualização de conhecimentos por parte do psicólogo. A todo momento, novos testes são lançados, exigindo envolvimento do psicólogo com esses novos instrumentos, seja por meio de estudo, supervisão ou cursos práticos. Além disso, o uso de testes demanda conhecimentos básicos sobre medida em psicologia, ou seja, psicometria, área muitas vezes vista com preconceito por psicólogos, já que envolve certo conhecimento lógico-matemático. Além disso, a proposta de avaliação desses instrumentos pelo Conselho Federal de Psicologia é relativamente recente. Acerca da utilização e da adaptação de instrumentos de avaliação psicológica para o contexto organizacional e do trabalho, assinale a alternativa incorreta.

  • A) Atualmente, não há uma diversidade considerável de testes sendo utilizados na área da psicologia organizacional e do trabalho (POT). Os que existem são instrumentos somente usados em processos de seleção e avaliação de desempenho. Entre eles a Bateria Fatorial de Personalidade e a Escala Vazquez-Hutz de Avaliação de Desempenho. Os vários testes que eram utilizados em processos de seleção, principalmente os testes projetivos e de inteligência, foram considerados desfavoráveis pelo CFP, visto que não atenderam os requisitos mínimos obrigatórios e/ou não apresentaram novos estudos de normatização e/ou validade no prazo estipulado pela Resolução CFP nº 009/2018.
  • B) É preciso cautela na escolha do instrumento para a área de POT. É importante salientar que vêm sendo utilizados vários instrumentos que não foram devidamente adaptados para uso no Brasil, ou mesmo validados para o contexto organizacional. Mais uma vez, aponta-se para a necessidade de o psicólogo ter conhecimentos básicos de psicometria, de forma a entender o que é dito nos manuais dos testes, e mesmo ler estudos recentes que utilizam os instrumentos do seu interesse.
  • C) Recentemente, vários instrumentos que avaliam construtos da psicologia positiva começaram a ser utilizados em POT, sobretudo para verificar e melhorar condições de trabalho, satisfação e engajamento no trabalho e flow. Podem-se alocar também nesse rol instrumentos que avaliam esperança, os quais, quando começaram a ser empregados, constataram que há uma correlação elevada entre esperança e criatividade, e, portanto, instrumentos que avaliam esperança poderiam ser utilizados para uma avaliação indireta de criatividade em organizações.
  • D) Diante da realidade de instrumentos não adaptados ou de sua escassez para alguns construtos importantes na área de POT, o caminho natural é a construção ou a adaptação de instrumentos de avaliação psicológica. Entretanto é vital tomar a crucial decisão sobre se é melhor construir um novo instrumento ou adaptar um já existente. Vários aspectos devem ser considerados para chegar a essa resposta: a real necessidade do instrumento, os recursos pessoais e financeiros existentes, a capacidade de atingir diferentes regiões do Brasil, a necessidade de contar com uma editora de testes, entre outros.
  • E) A vantagem de adaptar um instrumento está relacionada com a possibilidade de comparar os dados em diferentes amostras, de diferentes contextos, permitindo uma maior equidade na avaliação, uma vez que se trata de uma mesma medida, que avalia o construto a partir de uma mesma perspectiva teórica e metodológica. Em contrapartida, construir o próprio instrumento oferece maior liberdade de escolha da teoria a ser selecionada como base, assim como do formato das questões/dos itens que vão compô-lo. A desvantagem da segunda escolha inclui tempo e recursos a serem investidos nessa construção.

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A alternativa correta é letra A) Atualmente, não há uma diversidade considerável de testes sendo utilizados na área da psicologia organizacional e do trabalho (POT). Os que existem são instrumentos somente usados em processos de seleção e avaliação de desempenho. Entre eles a Bateria Fatorial de Personalidade e a Escala Vazquez-Hutz de Avaliação de Desempenho. Os vários testes que eram utilizados em processos de seleção, principalmente os testes projetivos e de inteligência, foram considerados desfavoráveis pelo CFP, visto que não atenderam os requisitos mínimos obrigatórios e/ou não apresentaram novos estudos de normatização e/ou validade no prazo estipulado pela Resolução CFP nº 009/2018.

 

Para Hutz, Bandeira, Terentine e Vazquez (2020), trabalhar com instrumentos de avaliação psicológica é um constante desafio, já que pressupõe necessariamente a atualização de conhecimentos por parte do psicólogo. A todo momento, novos testes são lançados, exigindo envolvimento do psicólogo com esses novos instrumentos, seja por meio de estudo, supervisão ou cursos práticos. Além disso, o uso de testes demanda conhecimentos básicos sobre medida em psicologia, ou seja, psicometria, área muitas vezes vista com preconceito por psicólogos, já que envolve certo conhecimento lógico-matemático. Além disso, a proposta de avaliação desses instrumentos pelo Conselho Federal de Psicologia é relativamente recente. Acerca da utilização e da adaptação de instrumentos de avaliação psicológica para o contexto organizacional e do trabalho, assinale a alternativa incorreta.

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"Atualmente, há uma diversidade de testes que são utilizados na área da psicologia organizacional e do trabalho (POT). São instrumentos utilizados em processos de seleção e avaliação de desempenho. Entre eles, destacam-se a Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) (Nunes, Hutz, & Nunes, 2010) e a Escala Vazquez-Hutz de Avaliação de Desempenho (EVHAD) (Vazquez & Hutz, 2008). No entanto, inúmeros testes são utilizados em processos de seleção, principalmente testes de personalidade (inclusive testes projetivos) e de inteligência.

 

Recentemente, vários instrumentos que avaliam construtos da psicologia positiva começaram a ser utilizados, sobretudo para verificar e melhorar condições de trabalho, satisfação e engajamento no trabalho e flow. Também recentemente, instrumentos que avaliam esperança começaram a ser utilizados. Alguns estudos constataram que há uma correlação elevada entre esperança e criatividade, e, portanto, instrumentos que avaliam esperança podem ser utilizados para uma avaliação indireta de criatividade (Hutz, 2017). Mais informações sobre esses instrumentos e como utilizá-los estão disponíveis em Hutz (2014, 2016) e Vazquez e Hutz (2018).

 

Contudo, é preciso cautela na escolha do instrumento. É importante salientar que vêm sendo utilizados vários instrumentos que não foram devidamente adaptados para uso no Brasil, ou mesmo validados para o contexto organizacional. Mais uma vez, apontamos para a necessidade de o psicólogo ter conhecimentos básicos de psicometria, de forma a entender o que é dito nos manuais dos testes, e mesmo ler estudos recentes que utilizam os instrumentos do seu interesse.

 

ADAPTAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

 

Diante da realidade de instrumentos não adaptados ou da sua escassez para alguns construtos importantes na área de POT, o caminho natural é a construção ou a adaptação de instrumentos de avaliação psicológica. Em primeiro lugar, temos de tomar esta decisão: devo construir um novo instrumento ou adaptar um já existente? Pela nossa experiência, podemos dizer que vários aspectos devem ser considerados para chegar a essa resposta: a real necessidade do instrumento, os recursos pessoais e financeiros existentes, a capacidade de atingir diferentes regiões do Brasil, a necessidade de contar com uma editora de testes, entre outros. A decisão final dependerá das respostas às ques- tões anteriores para a condução de processos de adaptação ou construção. Conforme Borsa, Damasio e Bandeira (2012, p. 424), a vantagem de adaptar um instrumento está relacionada com a possibilidade de comparar os dados em “[...] diferentes amostras, de diferentes contextos, permitindo uma maior equidade na avaliação, uma vez que se trata de uma mesma medida, que avalia o construto a partir de uma mesma perspectiva teórica e metodológica”. Em contrapartida, construir o próprio instrumento oferece maior liberdade de escolha da teoria a ser selecionada como base, assim como do formato das questões/dos itens que vão compô-lo. A desvantagem da segunda escolha inclui tempo e recursos a serem investidos nessa construção."

 

Fonte: "Avaliação Psicológica no Contexto Organizacional e do Trabalho" (Hutz, Bandeira, Terentine e Vazquez)

 

Com isso, encontramos a alternativa incorreta na Letra A.


a)  Atualmente, não há uma diversidade considerável de testes sendo utilizados na área da psicologia organizacional e do trabalho (POT). Os que existem são instrumentos somente usados em processos de seleção e avaliação de desempenho. Entre eles a Bateria Fatorial de Personalidade e a Escala Vazquez-Hutz de Avaliação de Desempenho. Os vários testes que eram utilizados em processos de seleção, principalmente os testes projetivos e de inteligência, foram considerados desfavoráveis pelo CFP, visto que não atenderam os requisitos mínimos obrigatórios e/ou não apresentaram novos estudos de normatização e/ou validade no prazo estipulado pela Resolução CFP nº 009/2018.


b)  É preciso cautela na escolha do instrumento para a área de POT. É importante salientar que vêm sendo utilizados vários instrumentos que não foram devidamente adaptados para uso no Brasil, ou mesmo validados para o contexto organizacional. Mais uma vez, aponta-se para a necessidade de o psicólogo ter conhecimentos básicos de psicometria, de forma a entender o que é dito nos manuais dos testes, e mesmo ler estudos recentes que utilizam os instrumentos do seu interesse.


c)  Recentemente, vários instrumentos que avaliam construtos da psicologia positiva começaram a ser utilizados em POT, sobretudo para verificar e melhorar condições de trabalho, satisfação e engajamento no trabalho e flow. Podem-se alocar também nesse rol instrumentos que avaliam esperança, os quais, quando começaram a ser empregados, constataram que há uma correlação elevada entre esperança e criatividade, e, portanto, instrumentos que avaliam esperança poderiam ser utilizados para uma avaliação indireta de criatividade em organizações.


d)  Diante da realidade de instrumentos não adaptados ou de sua escassez para alguns construtos importantes na área de POT, o caminho natural é a construção ou a adaptação de instrumentos de avaliação psicológica. Entretanto é vital tomar a crucial decisão sobre se é melhor construir um novo instrumento ou adaptar um já existente. Vários aspectos devem ser considerados para chegar a essa resposta: a real necessidade do instrumento, os recursos pessoais e financeiros existentes, a capacidade de atingir diferentes regiões do Brasil, a necessidade de contar com uma editora de testes, entre outros.


e)  A vantagem de adaptar um instrumento está relacionada com a possibilidade de comparar os dados em diferentes amostras, de diferentes contextos, permitindo uma maior equidade na avaliação, uma vez que se trata de uma mesma medida, que avalia o construto a partir de uma mesma perspectiva teórica e metodológica. Em contrapartida, construir o próprio instrumento oferece maior liberdade de escolha da teoria a ser selecionada como base, assim como do formato das questões/dos itens que vão compô-lo. A desvantagem da segunda escolha inclui tempo e recursos a serem investidos nessa construção.

539) Na realização da Avaliação Psicológica, o profissional precisa de modo indispensável fundar sua decisão em métodos, técnicas e instrumentos psicológicos científicos. Para emprego de forma prática a psicóloga e o psicólogo devem utilizar fontes fundamentais de informação (baseados portanto na ciência), assim como usar fontes complementares de informação como procedimentos e recursos auxiliares. Marque a alternativa que corresponde a uma fonte de informação complementar:

  • A) Testes psicológicos aprovados pelo CFP.
  • B) Entrevistas psicológicas e anamnese.
  • C) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de equipes multiprofissionais.
  • D) Protocolos ou registros de observação de comportamentos adquiridos individualmente ou por meio de processo grupal.
  • E) Técnicas e métodos sempre da área psicológica que tenham respaldo da literatura científica.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de equipes multiprofissionais.

Gabarito Letra C

Na realização da Avaliação Psicológica, o profissional precisa de modo indispensável fundar sua decisão em métodos, técnicas e instrumentos psicológicos científicos. Para emprego de forma prática a psicóloga e o psicólogo devem utilizar fontes fundamentais de informação (baseados portanto na ciência), assim como usar fontes complementares de informação como procedimentos e recursos auxiliares. Marque a alternativa que corresponde a uma fonte de informação complementar:
 

a)  Testes psicológicos aprovados pelo CFP.

Errado. Essa é uma fonte fundamental.


b)  Entrevistas psicológicas e anamnese.

Errado. Essa também é uma fonte fundamental.


c)  Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de equipes multiprofissionais.

Certo!

“I – Fontes fundamentais:

a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional da psicóloga e do psicólogo e/ou;

b) Entrevistas psicológicas, anamnese e/ou;

c) Protocolos ou registros de observação de comportamentos obtidos individualmente ou por meio de processo grupal e/ou técnicas de grupo.

II - Fontes complementares:

a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam respaldo da literatura científica da área e que respeitem o Código de Ética e as garantias da legislação da profissão;

b) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de equipes multiprofissionais.”


d)  Protocolos ou registros de observação de comportamentos adquiridos individualmente ou por meio de processo grupal.
Errado. Essa também é uma fonte fundamental.

 

e)  Técnicas e métodos sempre da área psicológica que tenham respaldo da literatura científica.

Errado. Essas técnicas e métodos podem ser de outras áreas, desde que tenham respaldo científico.

 

Fonte:

RESOLUÇÃO Nº 9, DE 25 DE ABRIL DE 2018 Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos - SATEPSI e revoga as Resoluções n° 002/2003, nº 006/2004 e n° 005/2012 e Notas Técnicas n° 01/2017 e 02/2017. Disponível em: https://satepsi.cfp.org.br/docs/ResolucaoCFP009-18.pdf

 
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540) Ser psicólogo demanda uma grande responsabilidade, considerando as práticas e as ações do trabalho, além de lidar com a complexidade do ser humano. Diante das inúmeras possibilidades de atuação, a avaliação psicológica possui caráter exclusivo desses profissionais; é um processo técnico e científico que deve ser exercido com ética e compromisso. Apesar de todo estudo e orientação, ainda existem profissionais que cometem erros mediante essa prática. Sobre a avaliação psicológica, assinale a afirmativa que NÃO configura um erro relacionado à sua prática.

  • A) Utilizar um recurso técnico preciso e elaborado garantirá confiabilidade e exatidão da avaliação psicológica.
  • B) A comunicação dos resultados de uma avaliação psicológica utilizada para um relatório ou laudo deve ser de linguagem técnica e específica.
  • C) Ao fornecer os resultados de uma avaliação psicológica, o profissional deve conhecer a ciência e reconhecer que a ética está acima das técnicas utilizadas.
  • D) A graduação em psicologia, garante ao profissional, a qualificação e a capacidade técnica necessárias para utilizar testes psicológicos com escalas complexas.
  • E) Para realizar uma boa avaliação psicológica, é importante ter o mínimo de conhecimentos em abordagens psicoterapêuticas, além de reabilitação e terapia ocupacional.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) Para realizar uma boa avaliação psicológica, é importante ter o mínimo de conhecimentos em abordagens psicoterapêuticas, além de reabilitação e terapia ocupacional.

Gabarito Letra E

Ser psicólogo demanda uma grande responsabilidade, considerando as práticas e as ações do trabalho, além de lidar com a complexidade do ser humano. Diante das inúmeras possibilidades de atuação, a avaliação psicológica possui caráter exclusivo desses profissionais; é um processo técnico e científico que deve ser exercido com ética e compromisso. Apesar de todo estudo e orientação, ainda existem profissionais que cometem erros mediante essa prática. Sobre a avaliação psicológica, assinale a afirmativa que NÃO configura um erro relacionado à sua prática.
a)  Utilizar um recurso técnico preciso e elaborado garantirá confiabilidade e exatidão da avaliação psicológica.

Errado. A confiabilidade e exatidão da avaliação psicológica depende de vários outros fatores além de apenas o instrumento em si. As condições do ambiente e o conhecimento e experiencia do profissional, por exemplo, também influenciam.


"De acordo com a Resolução CFP n. 002/2003, para que um teste psicológico esteja em condições de uso, este deverá atender aos requisitos técnicos e científicos e também a alguns requisitos éticos e de defesa dos direitos humanos. São eles: I – Considerar os princípios e artigos previstos no Código de Ética Profissional dos Psicólogos; II – Considerar a perspectiva da integralidade dos fenômenos sociais, multifatoriais, culturais e historicamente construídos; e III – Considerar os determinantes socioeconômicos que interferem nas relações de trabalho e no processo de exclusão social e desemprego (Redação dada pela Resolução CFP n. 005/2012)."

b)  A comunicação dos resultados de uma avaliação psicológica utilizada para um relatório ou laudo deve ser de linguagem técnica e específica.
Errado. A linguagem da comunicação deve respeitar a técnica da psicologia, mas não pode ser muito específica, uma vez que precisa ser compreendida por pessoas leigas e profissionais de outras áreas.

 

c)  Ao fornecer os resultados de uma avaliação psicológica, o profissional deve conhecer a ciência e reconhecer que a ética está acima das técnicas utilizadas.

Errado. Utilizar recursos técnicos baseados na ciência psicológica também é uma obrigação ética. A ética e a técnica caminham juntas.

"Para finalizar, é importante observar os princípios éticos que regem o processo de avaliação psicológica, segundo o CFP (2013). Certamente, o psicólogo deve, por compromisso ético primeiro, dominar e manter-se atualizado em relação aos instrumentos de avaliação psicológica, e utilizar somente aqueles instrumentos listados pelo SATEPSI, e para os quais esteja de fato qualificado. Para realizar o processo de avaliação psicológica deve cuidar de que o ambiente tenha as condições adequadas para tal, para que possa assegurar o sigilo das informações. O psicólogo é, do ponto de vista ético, responsável pela guarda dos documentos de avaliação psicológica em arquivos seguros e de acesso controlado. Ao comunicar os resultados do processo, deve fazê-lo apenas àquelas pessoas que detenham o direito de conhecer as informações daí derivadas. Deve ainda proteger o material no sentido da integridade dos testes, não comercializando os mesmos, publicando-os ou ensinando-os a não psicólogos. Rosa (2012) comenta que, do seu ponto de vista, “ética e técnica não são aspectos separados. A falta da formação adequada leva ao uso incorreto dos testes, tanto técnica quanto política e eticamente” (p. 164)."


d)  A graduação em psicologia, garante ao profissional, a qualificação e a capacidade técnica necessárias para utilizar testes psicológicos com escalas complexas.

Errado. A graduação não é suficiente para capacitar um profissional para aplicação de testes e escals complexas. É preciso atualização e aperfeiçoamento constantes.

"Noronha e Reppold (2010), por exemplo, defendem que a formação no Brasil deve ser repensada. As autoras sugerem que só deveria ser reservado o direito dessa prática aos psicólogos que, pela sua formação, tiverem a capacidade de compreender a complexidade do processo avaliativo. Em tal formação, os psicólogos devem ter acesso aos recursos e conhecimentos que lhes possibilitem analisar em quais circunstâncias uma avaliação deve ser realizada, quais os instrumentos de qualidade a utilizar em cada caso em particular e como interpretar, de forma contextualizada, os dados obtidos por meio da avaliação."


e)  Para realizar uma boa avaliação psicológica, é importante ter o mínimo de conhecimentos em abordagens psicoterapêuticas, além de reabilitação e terapia ocupacional.

Certo! Esse item nos parece estranho, mas conhecimentos amplos são relevantes para um bom profissional. Veja a bibliografia da qual foi retirada essa informação:

"Sabe-se que a Resolução n. 007/2003 do CFP (CFP, 2003) refere a importância de apresentar sugestões e projetos de intervenção integrem as variáveis envolvidas no caso. Em consonância com as ideias apresentadas na Resolução entendese que os laudos deveriam ajudar a organizar intervenções possíveis para o caso em questão, contribuindo assim de forma significativa para o profissional que requisitou a avaliação. Ainda, ressalta-se que o profissional que trabalha com AP deve possuir um conhecimento mínimo de abordagens psicoterapêuticas, de reabilitação e terapia ocupacional, além de observar também a necessidade de avaliações que complementem a compreensão do caso, como avaliações de profissionais da Psiquiatria, Neurologia, Genética, Fonoaudiologia. Nesse sentido, retoma-se a posição da Professora Susana Urbina (2011, comunicação pessoal) “se a avaliação psicológica não servir para fazer a diferença na vida das pessoas que passam por ela, por que fazer avaliação afinal?"

 

Nosso gabarito é Letra E

 

Fonte: Avaliação psicológica : aspectos teóricos e práticos / Manuela Ramos Caldas Lins, Juliane Callegaro Borsa, (organizadoras). – Petrópolis, RJ : Vozes, 2017. – (Coleção Avaliação Psicológica)

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