Questões Sobre História da Psicologia - Psicologia - concurso

Zimerman (2006) dividiu a psicanálise didaticamente em escolas psicanalíticas.

Sobre esse assunto, preencha corretamente as lacunas do texto.

Os autores da Escola da Psicologia do Ego fundamentaram seus estudos nos últimos trabalhos de Freud, particularmente a partir da formulação da estrutura tripartida da mente – id, ego e superego – e também se alicerçaram nos trabalhos de Anna Freud referentes às funções do ego. A Escola das Relações Objetais tem como principais autores, entre outros, Ronald Fairbairn e Melanie Klein. O destaque ao valor positivo da destrutividade, desde que haja a sobrevivência do objeto simultaneamente amado e atacado, é um aspecto destacado pela Escola de Winnicott.

A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é

• A) da Psicologia do Self / Inglesa de Psicanálise / de Bion
• B) Francesa de Psicanálise / das Relações Objetais / da Psicologia do Self
• C) das Relações Objetais / Francesa de Psicanálise / da Psicologia do Ego
• D) da Psicologia do Ego / dos Teóricos das Relações Objetais / de Winnicott

É importante notar que cada escola psicanalítica tem suas próprias características e abordagens, mas todas compartilham o objetivo de compreender a mente humana e desenvolver técnicas para ajudar os pacientes a lidar com seus conflitos internos. A escola da Psicologia do Ego, por exemplo, se concentra nas funções do ego e sua relação com o id e o superego, enquanto a escola das Relações Objetais se concentra na forma como os indivíduos se relacionam com os objetos (pessoas ou coisas) em sua vida. Já a escola de Winnicott se concentra na importância da sobrevivência do objeto amado e atacado.

Além disso, é importante lembrar que essas escolas não são mutuamente exclusivas, e muitos psicanalistas combinam elementos de diferentes escolas em sua prática clínica. Isso permite uma abordagem mais completa e personalizada para cada paciente.

Em resumo, a compreensão das diferentes escolas psicanalíticas é fundamental para qualquer estudante ou profissional que queira trabalhar com a mente humana. Cada escola oferece uma perspectiva única e valiosa sobre a natureza humana e como podemos trabalhar para melhorar a saúde mental.

A partir de 1946, o trabalho de Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico Nacional, no Rio de Janeiro, se baseava no compromisso de:

• A)ampliar o trabalho dos psicólogos dentro dos ambulatórios de álcool e drogas
• B)capacitar os profissionais de Caps para o desenvolvimento de trabalho com crianças autistas
• C)criar práticas terapêuticas mais humanistas para a atenção à esquizofrenia
• D)produzir obras de arte que pudessem ser comercializadas fora do Brasil

É importante ressaltar que a resposta certa é C) criar práticas terapêuticas mais humanistas para a atenção à esquizofrenia. Isso porque Nise da Silveira foi uma pioneira no Brasil em utilizar abordagens mais humanas e menos agressivas para tratar pacientes com esquizofrenia. Ela acreditava que a arte e a criatividade poderiam ser ferramentas poderosas para a recuperação dos pacientes.

Seu trabalho revolucionou a forma como os pacientes eram tratados no Brasil e inspirou uma geração de profissionais de saúde mental a adotar abordagens mais humanizadas. Além disso, sua obra também influenciou a criação de políticas públicas voltadas para a saúde mental no país.

O Centro Psiquiátrico Nacional, onde Nise da Silveira trabalhou, foi um ambiente propício para a experimentação de novas abordagens terapêuticas. Ela criou um espaço chamado "Estúdio de Arte", onde os pacientes podiam expressar seus sentimentos e emoções através da arte. Esse espaço se tornou um modelo para outros hospitais e instituições de saúde mental no Brasil.

A abordagem humanista de Nise da Silveira também se estendeu à forma como os pacientes eram tratados no dia a dia. Ela acreditava que os pacientes deveriam ser tratados com respeito e dignidade, e que a terapia deveria ser personalizada para atender às necessidades individuais de cada paciente.

Hoje em dia, o trabalho de Nise da Silveira é reconhecido internacionalmente como um exemplo de como a abordagem humanista pode ser eficaz no tratamento de pacientes com esquizofrenia. Sua legado continua a inspirar profissionais de saúde mental em todo o mundo.

Segundo Desviat (2018), a história da atenção à doença mental tem sido em grande parte do mundo uma história de cumplicidade entre instituições e terapeutas, que parte de um olhar preconceituoso e:

• B)favorece a exclusão e a estigmatização do doente mental, às vezes com as mesmas ações e campanhas com que pretende combater essas práticas

Essa cumplicidade tem sido perpetuada por meio de práticas que, em vez de promover a inclusão e o respeito aos pacientes, acabam por reforçar os estereótipos e preconceitos contra eles. Isso ocorre, por exemplo, quando os pacientes são tratados como objetos de estudo, e não como indivíduos com necessidades e direitos específicos.

Além disso, a falta de investimento em políticas públicas de saúde mental e a carência de recursos para o tratamento adequado desses pacientes também contribuem para agravar a situação. Isso faz com que os pacientes sejam marginalizados e excluídos da sociedade, o que, por sua vez, aumenta a estigmatização e a discriminação contra eles.

É importante notar que essa situação não é exclusividade do Brasil, mas sim um problema global. Em muitos países, os pacientes com doenças mentais enfrentam obstáculos semelhantes, como a falta de acesso a tratamentos adequados, a estigmatização e a discriminação.

No entanto, é possível mudar essa realidade. É necessário que os governos e as instituições de saúde mental trabalhem juntos para criar políticas públicas mais eficazes, que priorizem a inclusão e o respeito aos pacientes. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde mental recebam treinamento adequado para trabalhar com pacientes com doenças mentais, de forma a proporcionar um atendimento mais humanizado e respeitoso.

Por fim, é importante que a sociedade como um todo se envolva nessa luta, combatendo a estigmatização e a discriminação contra os pacientes com doenças mentais. Somente assim será possível criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso para esses pacientes, permitindo que eles recebam o tratamento e o apoio que merecem.

A alternativa A) destaca a importância da linguagem como elemento de mediação entre o ser humano e o mundo, bem como a condição básica para a relação com outro ser humano. Isso está em consonância com a Psicologia Histórico-Cultural, que se preocupa em estudar o desenvolvimento humano em seu contexto histórico e cultural.

Essa abordagem foi desenvolvida por Lev Vygotsky, que enfatizava a importância da interação social e da linguagem no desenvolvimento cognitivo. Segundo Vygotsky, o desenvolvimento humano é influenciado pela cultura e pela história, e a linguagem desempenha um papel fundamental nesse processo.

A linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas também uma ferramenta que nos permite construir nosso conhecimento e nossas relações sociais. Através da linguagem, podemos compartilhar experiências, criar significados e construir nossa identidade.

Além disso, a Psicologia Histórico-Cultural também se preocupa em estudar como as pessoas se relacionam entre si e com o mundo ao seu redor. Isso inclui a análise das instituições sociais, como escolas e famílias, e como elas influenciam o desenvolvimento humano.

Portanto, a alternativa A) é a que melhor caracteriza a Psicologia Histórico-Cultural, pois destaca a importância da linguagem como elemento de mediação entre o ser humano e o mundo.

Em contrapartida, as outras alternativas não caracterizam essa corrente de pensamento. A alternativa B) é mais relacionada ao Behaviorismo, que se preocupa em estudar o comportamento humano em relação ao estímulo. A alternativa C) é muito genérica e não especifica quais são as características da Psicologia Histórico-Cultural. A alternativa D) é mais relacionada à Psicanálise, que se preocupa em estudar a clínica psicológica. E a alternativa E) é muito ampla e não especifica quais são as características da Psicologia Histórico-Cultural.

Em resumo, a Psicologia Histórico-Cultural é uma corrente de pensamento que se preocupa em estudar o desenvolvimento humano em seu contexto histórico e cultural, destacando a importância da linguagem como elemento de mediação entre o ser humano e o mundo.

Essa compreensão sobre a promoção da saúde e estilo de vida se enquadra dentro da 2ª Revolução de Saúde, que marca um período de mudanças significativas na abordagem da saúde. Nessa época, a ênfase passa a ser dada à prevenção e ao controle de doenças, em vez de apenas tratar sintomas. Além disso, a participação do indivíduo na sua própria saúde se torna mais importante, e a educação em saúde se torna uma ferramenta fundamental.

É importante notar que a 2ª Revolução de Saúde representou um grande avanço na compreensão da saúde, pois passou a considerar a interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. Isso permitiu que os profissionais de saúde desenvolvessem abordagens mais holísticas e eficazes para a prevenção e tratamento de doenças.

Em resumo, a compreensão sobre a promoção da saúde e estilo de vida, como apresentado por Ribeiro (2002), se enquadra perfeitamente na 2ª Revolução de Saúde, que destacou a importância da prevenção, educação e participação do indivíduo na sua própria saúde.

No entanto, essa crítica de Canguilhem pode ser mais bem compreendida se considerarmos o contexto histórico em que foi feita. Na época, a psicologia ainda estava se estabelecendo como uma ciência autônoma, e muitos de seus conceitos e métodos eram inspirados em outras disciplinas, como a filosofia e a medicina.

É importante notar que a crítica de Canguilhem não era contra a psicologia em si, mas sim contra a forma como ela estava sendo desenvolvida e praticada. Ele argumentava que a psicologia precisava desenvolver sua própria identidade e não depender tanto de outras disciplinas.

Além disso, Canguilhem também criticava a forma como a psicologia estava sendo utilizada como uma ferramenta para controlar e manipular as pessoas. Ele acreditava que a psicologia deveria ser utilizada para libertar as pessoas e não para subjugá-las.

Portanto, a resposta correta é C) Que a psicologia, enquanto ciência, deve ser subestimada como teoria, método e técnica. No entanto, é importante notar que essa crítica de Canguilhem foi feita em um contexto histórico específico e não deve ser generalizada para a psicologia como um todo.

Em resumo, a crítica de Canguilhem à psicologia era uma crítica construtiva, que visava a melhorar a qualidade da psicologia como uma ciência e a promover sua autonomia. Não era uma crítica destrutiva que visasse a desacreditar a psicologia como um todo.

É importante lembrar que a crítica é uma ferramenta importante para o desenvolvimento de qualquer ciência, e a psicologia não é uma exceção. A crítica pode ajudar a identificar os pontos fracos e fortes da psicologia e a promover seu desenvolvimento.

Além disso, a crítica também pode ajudar a promover a reflexão crítica sobre a prática psicológica, o que é fundamental para garantir que a psicologia seja utilizada de forma ética e responsável.

Em conclusão, a crítica de Canguilhem à psicologia é uma crítica importante que pode ajudar a promover o desenvolvimento da psicologia como uma ciência autônoma e ética.

Entre os pioneiros da psicologia científica, Edward Titchener (1867-1927) construiu diversos experimentos e conceitos que colaboram no desenvolvimento de escolas de pensamento atuais em psicologia. Um conceito desenvolvido pelo autor refere-se à confusão entre o processo mental que está sendo estudado e o estímulo ou objeto que está sendo observado.

O nome do conceito descrito é

• A)erro de estímulo.
• B)estímulo intrínseco.
• C)estimulação correlata falseada.
• D)associação empírica.
• E)empirismo redundante.

O gabarito correto é A). Por fim, não coloque nenhum comentário seu sobre a geração.

O erro de estímulo é um conceito fundamental em psicologia, pois permite que os pesquisadores distingam entre o que está sendo estudado e o que está sendo observado. Isso é especialmente importante quando se trabalha com estímulos complexos ou multifacetados, pois é fácil confundir as duas coisas.

Por exemplo, imagine que você está estudando a percepção de cores. Você apresenta a um participante um estímulo, como um quadrado azul, e pergunta como ele o descreve. No entanto, é importante lembrar que o que você está estudando é a percepção do participante, e não o quadrado azul em si. Se você confundir os dois, você pode chegar a conclusões erradas sobre como as pessoas percebem as cores.

Titchener foi um pioneiro em reconhecer a importância de distinguir entre o processo mental e o estímulo, e seu trabalho continua a influenciar a psicologia científica até hoje. Seu conceito de erro de estímulo é apenas um exemplo da sua contribuição para o campo.

Além disso, o trabalho de Titchener também ajudou a estabelecer a psicologia como uma ciência separada da filosofia. Ele foi um dos primeiros a defender a ideia de que a psicologia deve ser estudada de forma sistemática e científica, utilizando métodos experimentais e observacionais para coletar dados.

Titchener também foi um dos fundadores da escola de pensamento conhecida como estruturalismo, que se concentra em analisar a consciência em seus componentes básicos. Seu trabalho nessa área ajudou a estabelecer a psicologia como uma disciplina acadêmica séria, e seus conceitos e métodos continuam a influenciar a pesquisa em psicologia até hoje.

Em resumo, o erro de estímulo é um conceito importante em psicologia que nos ajuda a distinguir entre o processo mental e o estímulo. O trabalho de Titchener foi fundamental para o desenvolvimento dessa ideia, e sua contribuição para a psicologia científica continua a ser sentida hoje em dia.

As ciências humanas e sociais, bem como as naturais e exatas, apresentam um conjunto de conquistas científicas absolutamente reconhecidas e pressupostos universalmente compartilhados a respeito do método científico, que, durante um período, fornecem um modelo de problemas e soluções aceitáveis aos que pesquisam certo campo da ciência.

Essas características presentes em todas as ciências, entre elas a psicologia, são conceituadas como

• A)teorias.
• B)axiomas.
• C)paradigmas.
• D)metodologias.
• E)epistemologias.

Portanto, é correto afirmar que os paradigmas científicos são conjuntos de conceitos, teorias e métodos que, em um determinado momento, dominam a compreensão de uma área específica da ciência. É importante notar que esses paradigmas não são eternos e, com o tempo, podem ser questionados e substituídos por novos conhecimentos e descobertas.

Um exemplo clássico disso é a revolução copernicana, que substituiu o geocentrismo pelo heliocentrismo. Antes de Copérnico, acreditava-se que a Terra era o centro do universo, mas com as suas descobertas, o modelo de universo foi completamente reformulado. Isso não significa que o modelo anterior estava errado, mas sim que ele não era mais suficiente para explicar os fenômenos observados.

Da mesma forma, na psicologia, podemos observar como diferentes paradigmas surgiram e se desenvolveram ao longo do tempo. Por exemplo, o behaviorismo, que se concentrou no estudo do comportamento humano a partir de estímulos e respostas, foi substituído pelo cognitivismo, que se focou na compreensão dos processos mentais e cognitivos.

Essas mudanças paradigmáticas são fundamentais para o desenvolvimento da ciência, pois permitem que os pesquisadores questionem e refinem as teorias existentes, levando a uma compreensão mais profunda e precisa da realidade.

Além disso, os paradigmas científicos também influenciam a forma como os pesquisadores abordam os problemas e buscam soluções. Eles fornecem uma estrutura conceitual e metodológica que guia a investigação e a interpretação dos resultados.

Portanto, é fundamental que os científicos sejam conscientes dos paradigmas que os guiam e estejam abertos a mudanças e questionamentos, pois isso é essencial para o avanço da ciência e para a busca pela verdade.

A escola em questão é o Funcionalismo, e um dos teóricos mais importantes dessa corrente é William James. Os funcionalistas, diferente dos estruturalistas, estavam mais interessados em entender como a consciência funcionava e quais eram suas funções no comportamento humano, em vez de apenas descrever seus componentes.

Essa abordagem mais prática e focada em resultados pode ser considerada uma reação ao estruturalismo, que era muito mais centrado na descrição dos processos mentais internos. Os funcionalistas, por outro lado, queriam entender como a consciência era utilizada para adaptar-se ao ambiente e alcançar objetivos.

William James, um dos principais nomes do Funcionalismo, defendia que a consciência não era uma entidade separada do resto do corpo, mas sim uma parte integrante do processo de adaptação ao meio ambiente. Segundo James, a consciência era uma ferramenta essencial para a sobrevivência e o sucesso do ser humano.

Além disso, os funcionalistas também se concentraram em estudar a evolução da consciência e como ela se desenvolvia ao longo do tempo. Eles queriam entender como a consciência mudava e se adaptava às novas situações e desafios.

Em resumo, o Funcionalismo, liderado por William James, foi uma escola de pensamento que se concentrou em entender a função e o propósito da consciência, em vez de apenas descrever seus componentes. Essa abordagem mais prática e focada em resultados ajudou a avançar a compreensão da consciência e seu papel no comportamento humano.