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O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo, assim é CORRETO afirmar que esses processos são:

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) Levantamento, Análise, Interpretação e Integração dos dados.

Gabarito: Letra B

O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo, assim é CORRETO afirmar que esses processos são:
a)  Levantamento, Interpretação e Diagnóstico.
b)  Levantamento, Análise, Interpretação e Integração dos dados.
c)  Análise, Interpretação, Prognóstico e Diagnóstico.
d)  Análise, Levantamento, Integração dos Dados e Diagnóstico.

Após o levantamento de hipóteses iniciais e da definição dos instrumentos utilizados, deve-se fazer o levantamento, a análise, a interpretação e integração dos dados. Não há como fazer análise antes do levantamento dos dados, nem fornecer diagnóstico sem integrá-los. Quem traz essa sequência dessa forma é Jurema Alcides Cunha. Veja:

LEVANTAMENTO, ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS DADOS

Independentemente das informações dos testes, nesse momento, o psicólogo já possui um acervo de observações que constitui uma amostra do comportamento do paciente durante as várias sessões em que transcorreu o processo diagnóstico, desde o contato inicial até a última técnica utilizada. Em resumo, é capaz de descrever o paciente. Uma revisão das observações feitas é indicada para melhor entendimento da maneira como respondeu à situação do psicodiagnóstico. Dependendo dos objetivos do exame, um sumário de tais observações já constituirá uma parte introdutória do laudo. Convém, também, fazer um exame da história clínica, cujas informações poderão contribuir para atribuir significação a alguns dados e interpretar conteúdos do material da testagem. Dessa maneira, o relato sistematizado da história clínica não só constituirá uma outra etapa vencida para certos tipos de laudo, como também ajudará o psicólogo a se preparar para entender os dados colhidos. Isso não significa que o psicólogo vá procurar nos testes a confirmação de dados situacionais ou históricos, mas que se capacite para atribuir significação às respostas e aos escores que obtém, que podem diferir, muitas vezes, conforme variáveis demográficas e características do funcionamento do examinando. É necessário recapitular, então, as hipóteses levantadas inicialmente e no decorrer do processo, tendo em mente os objetivos do exame. As hipóteses levantadas servirão de critérios para a análise e seleção dos dados úteis, enquanto os objetivos fornecerão um enquadramento para a sua integração. Desta maneira, as perguntas indicarão que respostas devem ser buscadas, confirmando ou não as hipóteses. A presença de mais ou menos indícios e a sua compatibilidade e intervalidação permitirão hierarquizar a importância dos dados obtidos. O objetivo do exame norteará a organização de tais informações. Nos testes quantitativos, se ainda não o fez, atribua escores para as respostas. No caso das escalas Wechsler, o escore bruto deve ser transformado em ponderado. Em algumas dessas escalas, se administrou mais ou menos subtestes que os previstos para cálculo do QI, lembre-se de efetuar a transformação proporcional da contagem ponderada antes de determiná-lo. Além disso, deve verificar o percentil correspondente, o percentual da população em que se localiza o QI, calcular as médias dos escores em cada escala e considerar o desvio padrão da média do sujeito e da população antes de chegar a um entendimento do caso. A contagem, em alguns outros testes, deverá ser transformada em percentis, em quartis ou em escores T. Tais dados devem ser analisados e entendidos. Resultados de testes psicométricos são medidas estatísticas que, individualmente, podem subentender sistemas diversos, de maneira que é importante o psicólogo se familiarizar com sua significação e equivalência. Se tiver alguma dificuldade prática nesse sentido, a consulta ao item sobre entendimento dos dados, no Capítulo 14, sobre Avaliação psicométrica, nesta edição, é recomendada. Outros testes, que medem funções específicas, em geral usam os mesmos sistemas que os testes de inteligência, de maneira que a leitura desse texto ajudará a clarear certas dúvidas. Dependendo dos objetivos do exame e das hipóteses levantadas, provavelmente, a essa altura, algumas respostas podem ter sido encontradas. Em alguns outros testes, como o Bender, por exemplo, que, conforme o enfoque adotado, também envolve contagem, é necessário interpretar a significação do escore, eventualmente comparando-o com a média e o desvio padrão para a idade do paciente. Mesmo que o teste seja dito projetivo, muitas vezes é necessária a consideração de números brutos de percentuais ou da relação numérica entre escores de categorias, como no Rorschach. Damos ênfase aos dados quantitativos, uma vez que, havendo mais pesquisas a respeito, oferecem uma base probabilística maior de acerto do que as informações oriundas de uma análise qualitativa (Exner, 1983). No entanto, quando se pretende ter uma compreensão dinâmica sobre o paciente, muitas vezes, para fundamentar a formulação diagnóstica ou para chegar a uma orientação sobre o caso, os dados qualitativos assumem grande importância. Por outro lado, se os dados qualitativos perdem em objetividade para os dados quantitativos, podem ser validados, no caso individual, com a corroboração de alguns indícios por outros, e, por sua vez, a integração pode ficar consubstanciada por um embasamento teórico, que encontre denominadores comuns na história clínica e no comportamento sintomático atual.”

 

Nosso gabarito é Letra B.

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

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