O processo psicodiagnóstico pode ter um ou mais objetivos, conforme os motivos do encaminhamento e/ou da consulta que orientam as hipóteses formuladas pelo profissional e delimitam o escopo da avaliação.
Na coluna 1 abaixo estão nomeados objetivos do psicodiagnóstico/avaliação psicológica clínica e na coluna 2 estão elencadas especificações dos mesmos.
Numere a coluna 2 de acordo com a coluna 1.
Coluna 1
1. Classificação simples
2. Diagnóstico diferencial
3. Prevenção
4. Prognóstico
Coluna 2
( ) Permite diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.
( ) Compara a amostra de comportamentos do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou grupos específicos.
( ) Determina o curso provável do caso.
( ) Investiga irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas.
( ) Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer estimativa de forças e fraquezas.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo:
- A) 1 – 2 – 4 – 3 – 2
- B) 1 – 4 – 3 – 2 – 3
- C) 2 – 1 – 3 – 1 – 4
- D) 2 – 1 – 4 – 2 – 3
- E) 2 – 3 – 1 – 4 – 3
Resposta:
A alternativa correta é letra D) 2 – 1 – 4 – 2 – 3
Explorando o assunto que traz esta questão dividiu-se a análise em duas partes:
1) Sobre o Psicodiagnóstico
2) Análise das alternativas
1) Sobre o Psicodiagnóstico
Segundo Cunha (2005, p. 26):
“Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”
Acompanhe as possibilidades dos objetivos do psicodiagnóstico, conforme Cunha (2000, p. 27):
OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO Fonte: Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000. |
Objetivos |
Classificação simples O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual |
Descrição Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos. |
Classificação nosológica Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos |
Diagnóstico diferencial São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia. |
Avaliação compreensiva É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos |
Entendimento Dinâmico Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo vendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc |
Prevenção Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes. |
Prognóstico Determina o curso provável do caso. |
Perícia Forense Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc. |
2) Análise das alternativas
Relacionando cada um dos objetivos do psicodiagnóstico/avaliação psicológica as especificações apresentadas, enumerando-as de acordo com a descrição correspondente, tem-se a seguinte associação:
Coluna 1 | Coluna 2 |
1. Classificação simples | ( 2 ) Permite diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia. |
2. Diagnóstico diferencial | ( 1 ) Compara a amostra de comportamentos do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou grupos específicos. |
3. Prevenção | ( 4 ) Determina o curso provável do caso. |
4. Prognóstico | ( 2 ) Investiga irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas. |
( 3 ) Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer estimativa de forças e fraquezas. |
Considerando a associação apresentada, ratifica-se que a alternativa que corresponde à sequência correta é “2 – 1 – 4 – 2 – 3”, portanto, LETRA “D”.
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Fonte consultada:
Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000.
Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
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