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Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso

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91) O processo de psicodiagnóstico configura uma situação com papéis bem definidos, além de um contrato no qual uma pessoa (o paciente) pede que a ajudem, e outra (o psicólogo) aceita o pedido e se compromete a realizá-la. Dentro da caracterização do processo de psicodiagnóstico, pode-se afirmar que:

  • A) não é necessário trabalhar com os aspectos do passado, o foco deve ser o presente e o futuro (prognóstico) da personalidade, utilizando-se para isto as técnicas projetivas.

  • B) não é necessário explicitar a dinâmica do caso no parecer tal como aparece no material recolhido, o foco deve ser a queixa principal.

  • C) cabe ao psicodiagnóstico apenas um relato parcial do caso considerando apenas a queixa principal, não necessitando de recomendações terapêuticas que serão desenvolvidas por outro profissional.

  • D) é uma situação bipessoal (psicólogo – paciente) ou (psicólogo – grupo), de duração limitada, cujo objetivo é fazer uma descrição e compreensão profundas da personalidade total do paciente ou do grupo.

  • E) após o psicodiagnóstico, a terapêutica mais indicada para dar prosseguimento adequado ao caso é a terapia prolongada, levando em consideração os aspectos constitutivos da personalidade do cliente.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) é uma situação bipessoal (psicólogo – paciente) ou (psicólogo – grupo), de duração limitada, cujo objetivo é fazer uma descrição e compreensão profundas da personalidade total do paciente ou do grupo.

 

O processo de psicodiagnóstico configura uma situação com papéis bem definidos, além de um contrato no qual uma pessoa (o paciente) pede que a ajudem, e outra (o psicólogo) aceita o pedido e se compromete a realizá-la. Dentro da caracterização do processo de psicodiagnóstico, pode-se afirmar que:

 

a)  não é necessário trabalhar com os aspectos do passado, o foco deve ser o presente e o futuro (prognóstico) da personalidade, utilizando-se para isto as técnicas projetivas.

 

De acordo com Ocampo e Arzeno, o processo psicodianóstico abrange aspectos passados, presentes e futuros. Veja:

"Abrange os aspectos passados, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) desta personalidade, utilizando para alcançar tais objetivos certas técnicas (entrevista semidirigida, técnicas projetivas, entrevista de devolução)".

 

Assertiva Falsa.

 

b)  não é necessário explicitar a dinâmica do caso no parecer tal como aparece no material recolhido, o foco deve ser a queixa principal.

 

De acordo com Ocampo e Arzeno, é necessário, sim, explicar a dinâmica do caso tal como aparece no material recolhido. Veja:

 

"Em nossa caracterização do processo psicodiagnóstico adiantamos algo a respeito de seu objetivo. Vejamo-lo mais detalhadamente. Dizemos que nossa investigação psicológica deve conseguir uma descrição e compreensão da personalidade do paciente. Mencionar seus elementos constitutivos não satisfaz nossas exigências. Além disso, é mister explicar a dinâmica do caso tal como aparece no material recolhido, integrando-o num quadro global."

 

Assertiva Falsa.

 

c)  cabe ao psicodiagnóstico apenas um relato parcial do caso considerando apenas a queixa principal, não necessitando de recomendações terapêuticas que serão desenvolvidas por outro profissional.

 

Como veremos na alternativa "e", de acordo com Ocampo e Arzeno, faz parte do processo psicodiagnóstico fornecer recomendações terapêuticas.

 

Assertiva Falsa.

 

d)  é uma situação bipessoal (psicólogo – paciente) ou (psicólogo – grupo), de duração limitada, cujo objetivo é fazer uma descrição e compreensão profundas da personalidade total do paciente ou do grupo.

 

A alternativa está de acordo com Ocampo e Arzeno:

 

"Institucionalmente, o processo psicodiagnóstico configura uma situação com papéis bem definidos e com um contrato no qual uma pessoa (o paciente) pede que a ajudem, e outra (o psicólogo) aceita o pedido e se compromete a satisfazê-lo na medida de suas possibilidades. É uma situação bipessoal (psicólogo-paciente ou psicólogo-grupo familiar), de duração limitada, cujo objetivo é conseguir uma descrição e compreensão, o mais profunda e completa possível, da personalidade total do paciente ou do grupo familiar."

 

Assertiva Correta.

 

e) após o psicodiagnóstico, a terapêutica mais indicada para dar prosseguimento adequado ao caso é a terapia prolongada, levando em consideração os aspectos constitutivos da personalidade do cliente.

 

Não necessariamente a indicação será de terapia prolongada. Veja o que Ocampo e Arzeno falam:

 

"Uma vez alcançado um panorama preciso e completo do caso, incluindo os aspectos patológicos e os adaptativos, trataremos de formular recomendações terapêuticas adequadas (terapia breve e prolongada, individual, de casal, de grupo, ou de grupo familiar; com que frequência; se é recomendável um terapeuta homem ou mulher; se a terapia pode ser analítica ou de orientação analítica ou outro tipo de terapia; se o caso necessita de um tratamento medicamentoso paralelo, etc.)."

 

Assertiva Falsa.

 

A alternativa correta é, portanto, a Letra D.

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92) Analise as situações seguintes.

 

I. O paciente e/ou sua família apresentam dificuldades ou resistências em relatar sinais e sintomas, minimizando informações importantes.

II. O psicólogo exibe uma postura neutra, tentando lidar com os fenômenos de contratransferência que surgem nas sessões.

III. O paciente e/ou sua família apresentam percepção distorcida dos sintomas, podendo exacerbar algumas características ou situações.

IV. O psicólogo prefere ter uma impressão particular de seu paciente, portanto não entra em contato com outros profissionais relacionados ao caso.

 

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as situações que comprometem o resultado final de um psicodiagnóstico.

  • A) I e IV apenas.

  • B) I, II e IV apenas.

  • C) I, III e IV apenas.

  • D) I, II, III e IV.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) I e IV apenas.

Gabarito Letra A

Analise as situações seguintes.

 

I. O paciente e/ou sua família apresentam dificuldades ou resistências em relatar sinais e sintomas, minimizando informações importantes.

II. O psicólogo exibe uma postura neutra, tentando lidar com os fenômenos de contratransferência que surgem nas sessões.

III. O paciente e/ou sua família apresentam percepção distorcida dos sintomas, podendo exacerbar algumas características ou situações.

IV. O psicólogo prefere ter uma impressão particular de seu paciente, portanto não entra em contato com outros profissionais relacionados ao caso.

 

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as situações que comprometem o resultado final de um psicodiagnóstico.

 

A FUNDEP, banca responsável por essa questão, traz em quase todos os seus editais o livro Psicodiagnóstico V como referência bibliográfica, e essa questão parece ter sido tirada desse livro de Jurema Alcides Cunha, veja:

“há uma tendência para que o motivo explicitado ao psicólogo seja o menos ansiogênico e o mais tolerável para o paciente ou, ainda, para o responsável que o leva. Em geral, não é o mais verdadeiro. Conseqüentemente, há tendência para explicitação dos motivos, conforme a gradação e apropriação, pela consciência do paciente. As motivações inconscientes estão no nível mais profundo e obscuro da psique. Constituem-se nos aspectos mais verdadeiramente responsáveis pelas aflições do paciente. Cabe ao psicólogo observar, perceber, escutar com tranqüilidade, aproximar-se sem ser coercitivo, inquiridor, todo-poderoso. Somente assim se criam o silêncio necessário e o espaço para que o paciente revele sua intimidade, ou senão, denuncie os aspectos incoerentes e confusos de seus conflitos. (...)

Se a realidade está sendo distorcida, podem advir algumas dificuldades para o psicodiagnóstico, caso o psicólogo não perceba e/ou não altere essa situação. Em primeiro lugar, o processo pode ser iniciado com o conflito deslocado, comprometendo a investigação.

Quando o paciente chega por encaminhamento, deve-se esclarecer quem o encaminhou, em que circunstância ocorreu o encaminhamento e quais as questões propostas para a investigação. Isso pode ser feito ou complementado através de comunicação telefônica.

MacKinnon e Michels (1981) informam que alguns profissionais optam por esse procedimento, enquanto outros preferem desconhecer qualquer informação diversa da que lhe chega, por escrito ou verbalmente, via paciente. Conclui-se que é fundamental que o psicólogo esclareça, o mais amplamente possível e de forma objetiva, as motivações conscientes indicadas e as inconscientes envolvidas no pedido de ajuda. Cabe ter-se sempre presente que a natureza humana, como já foi dito por Heráclito, tem predileção por ocultar-se, embora a psique aspire a expressão e reconhecimento constantes.”

 

Vamos agora, a partir da bibliografia, analisar as situações apresentadas:

 

I. O paciente e/ou sua família apresentam dificuldades ou resistências em relatar sinais e sintomas, minimizando informações importantes.

Compromete resultado. Se as pessoas envolvidas no processo psicodiagnóstico ocultam ou minimizam muito informações relevantes que o psicólogo não tem condições de ter acesso de outra forma, isso pode comprometer o psicodiagnóstico.

 

II. O psicólogo exibe uma postura neutra, tentando lidar com os fenômenos de contratransferência que surgem nas sessões.

Não compromete resultado, pelo contrário. Essa é a postura que o psicólogo deve adotar.

 

III. O paciente e/ou sua família apresentam percepção distorcida dos sintomas, podendo exacerbar algumas características ou situações.

Não compromete resultado, uma vez que o psicólogo tem recursos para investigar essas características e situações, e alterar essa percepção distorcida. Caso o psicólogo não perceba essa distorção, pode sim comprometer o resultado, mas a distorção por si não necessariamente compromete o resultado.

 

IV. O psicólogo prefere ter uma impressão particular de seu paciente, portanto não entra em contato com outros profissionais relacionados ao caso.

Compromete resultado. É fundamental para que o psicodiagnóstico seja bem feito que todas as informações possíveis sejam levantadas, incluindo as que podem ser oferecidas por outras fontes, como outros profissionais relacionados ao caso.

 

Dessa forma, percebemos que o apresentado em I e IV, apenas, comprometem o resultado final de um psicodiagnóstico.

 

Gabarito Letra A.

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico-V. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.


 

93) Paulo, com 16 anos de idade, foi levado ao psicólogo por sua mãe, separada, com outro filho de 10 anos de idade. Na escola, Paulo foi motivo de observação de alguns professores diante de seus comportamentos de isolamento, seu jeito triste, sempre em um canto, esquivando-se de qualquer tentativa de aproximação por parte de colegas ou professores. Para a mãe, essa passividade estava em contraponto com a rebeldia que apresentava em casa, com o que já não sabe como agir, por exemplo, quando ele se recusa a ir para a escola, chegando a agredi-la, dizendo ter medo das pessoas.

Para a mãe, Paulo sempre foi uma criança tímida e agressiva em casa, e no início da adolescência parece ter ficado pior, mais fechado ainda, preferindo ficar em seu quarto, saindo de casa apenas para a escola. Ela também não o via com amigos. Acerca do psicodiagnóstico, examinando a problemática do caso hipotético acima em função das questões psicodinâmicas da fase da adolescência, analise as afirmativas seguintes, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.

 

( ) Na fase de integração dos dados, pode-se inferir que os problemas de Paulo não parecem estar circunscritos à fase da adolescência, sendo necessário buscar esclarecer a origem de sua timidez e do comportamento agressivo em fases anteriores que possam ter vinculação causal com os conflitos e medos atuais.

( ) Na formulação de inferências pela integração dos dados, tem-se que a agressividade, a timidez e a desconfiança em relação aos que se aproximam de Paulo são vulnerabilidades típicas da adolescência, constituindo apenas uma fase crítica a ser atravessada.

( ) Na última fase do psicodiagnóstico, deve-se comunicar a Paulo sobre os achados do processo e explicar possíveis dúvidas, além de explicar sobre o prognóstico e o melhor encaminhamento, para ele e sua família.

 

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

  • A) V F V.

  • B) V V V.

  • C) F V V.

  • D) F F F.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) V F V.

Gabarito Letra A

Paulo, com 16 anos de idade, foi levado ao psicólogo por sua mãe, separada, com outro filho de 10 anos de idade. Na escola, Paulo foi motivo de observação de alguns professores diante de seus comportamentos de isolamento, seu jeito triste, sempre em um canto, esquivando-se de qualquer tentativa de aproximação por parte de colegas ou professores. Para a mãe, essa passividade estava em contraponto com a rebeldia que apresentava em casa, com o que já não sabe como agir, por exemplo, quando ele se recusa a ir para a escola, chegando a agredi-la, dizendo ter medo das pessoas.

Para a mãe, Paulo sempre foi uma criança tímida e agressiva em casa, e no início da adolescência parece ter ficado pior, mais fechado ainda, preferindo ficar em seu quarto, saindo de casa apenas para a escola. Ela também não o via com amigos. Acerca do psicodiagnóstico, examinando a problemática do caso hipotético acima em função das questões psicodinâmicas da fase da adolescência, analise as afirmativas seguintes, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas.

 

A questão, apesar de apresentar termos técnicos do psicodiagnóstico, é basicamente uma questão de interpretação de texto, veja:

 

(V ) Na fase de integração dos dados, pode-se inferir que os problemas de Paulo não parecem estar circunscritos à fase da adolescência, sendo necessário buscar esclarecer a origem de sua timidez e do comportamento agressivo em fases anteriores que possam ter vinculação causal com os conflitos e medos atuais.

Verdadeiro. Quando o profissional responsável pelo psicodiagnóstico de Paulo for realizar a integração dos dados, perceberá que a mãe relata comportamentos agressivos desde a infância, o que indica que devem ser buscadas as origens destes comportamentos em períodos mais remotos.

 

(F ) Na formulação de inferências pela integração dos dados, tem-se que a agressividade, a timidez e a desconfiança em relação aos que se aproximam de Paulo são vulnerabilidades típicas da adolescência, constituindo apenas uma fase crítica a ser atravessada.

Falso. A mãe de Paulo relata que os comportamentos agressivos e tímidos não se iniciaram na adolescência, o que já inviabiliza a veracidade dessa afirmativa.

 

( V) Na última fase do psicodiagnóstico, deve-se comunicar a Paulo sobre os achados do processo e explicar possíveis dúvidas, além de explicar sobre o prognóstico e o melhor encaminhamento, para ele e sua família.

Verdadeiro. Ao final do processo psicodiagnóstico, o psicólogo responsável deve realizar com Paulo e com seus pais entrevistas devolutivas, em que lhes serão passadas as informações obtidas nos processos e serão esclarecidas suas dúvidas.

Chegamos então ao resultado: VFV.

 

Gabarito Letra A.

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94) Acerca do Psicodiagnóstico, é incorreto afirmar:

  • A) O Psicodiagnóstico é um dos tipos de avaliação psicológica que pode ser utilizada no contexto clínico.

  • B) São objetivos do diagnóstico clínico: investigar recursos e dificuldades do sujeito e subsidiar intervenção adequada.

  • C) Para ser considerado um psicodiagnóstico, o psicólogo deve se utilizar apenas dos testes psicométricos.

  • D) Um processo psicodiagnóstico pode produzir efeitos terapêuticos.

  • E) Um dos procedimentos básicos do psicólogo num psicodiagnóstico é o levantamento de hipóteses.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Para ser considerado um psicodiagnóstico, o psicólogo deve se utilizar apenas dos testes psicométricos.

 
 

Acerca do Psicodiagnóstico, é incorreto afirmar:

 
 

Segundo Cunha (2005, p. 105)

 

O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. Geralmente, temos um ponto de partida, que é o encaminhamento. Qualquer pessoa que encaminha um paciente o faz sob a pressuposição de que ele apresenta problemas que têm uma explicação psicológica.”

 

De maneira resumida, com base na obra de cunha os passos do processo psicodiagnóstico seriam:

 

“1)Formulação de perguntas; 2) Contrato de trabalho; 3) Estabelecimento de um Plano de Avaliação; 4) Bateria de Testes; 5) Administração de Testes e Técnicas; 6) Levantamento, Análise, Interpretação e Integração de Dados; 7) Diagnóstico e Prognóstico; 8) Comunicação dos Resultados”


Com base na literatura supracitada vamos a análise das alternativas:

 

a)  O Psicodiagnóstico é um dos tipos de avaliação psicológica que pode ser utilizada no contexto clínico.

(Alternativa CORRETA. Boa parte da literatura compreende o Psicodiagnóstico como  um tipo de avaliação psicológica, portanto, é verdadeiro o que afirma a alternativa.)


  

b)  São objetivos do diagnóstico clínico: investigar recursos e dificuldades do sujeito e subsidiar intervenção adequada.

(Alternativa CORRETA. Basicamente a essência do Psicodiagnóstico propõe levantamento de questões, conhecimento pertinente dos problemas do cliente, a fim de  programar uma intervenção.)

 

c)  Para ser considerado um psicodiagnóstico, o psicólogo deve se utilizar apenas dos testes psicométricos.

(Alternativa INCORRETA. Podem ser utilizados tanto testes psicométricos, quanto instrumentos projetivos, além de entrevista, observação clínica, escuta ativa, etc.)

 

d)  Um processo psicodiagnóstico pode produzir efeitos terapêuticos.

(Alternativa CORRETA. Evidentemente, na medida em que busca elucidar ao cliente, responsável ou profissional que fez o encaminhamento, uma compreensão sobre aspectos do funcionamento psíquico.)

 

e)  Um dos procedimentos básicos do psicólogo num psicodiagnóstico é o levantamento de hipóteses.

(Alternativa CORRETA. O procedimento “levantamento de hipóteses” constitui um dos passos que subsidiam o processo psicodiagnóstico; tais hipóteses podem ou não ser corroboradas, mediante a análise e interpretação dos dados obtidos nos passos que concretizam a avaliação psicológica em questão.)

 

_______________

Fonte consultada:        

 

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul

95) “O psicodiagnóstico é uma tarefa do psicólogo clínico e a única que lhe é privativa. É pois, de fundamental importância que consiga exercê-la bem” (CUNHA, J. A., 2000). Para isso, é preciso:


I. levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;
II. planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exames psicológicos;
III. realização unicamente de levantamento quantitativo dos dados;
IV. comunicação dos resultados, após análise, interpretação e integração dos dados.


Dos itens acima, verifica-se que está(ão) correto(s)

  • A) I, apenas.
  • B) III, apenas.
  • C) I, II e IV, apenas.
  • D) II, III e IV, apenas
  • E) I, II, III e IV.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) I, II e IV, apenas.

Gabarito: Letra C

 

"O psicodiagnóstico é uma tarefa do psicólogo clínico e a única que lhe é privativa. É pois, de fundamental importância que consiga exercê-la bem" (CUNHA, J. A., 2000). Para isso, é preciso:

 

A questão é, na verdade, sobre os passos do diagnóstico para Jurema Alcides Cunha. Vamos relembrá-los:

 

“Passos do diagnóstico (modelo psicológico de natureza clínica) De forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica, são os seguintes:

 

a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;

b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico;

c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;

d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame;

e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.”


I. levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;

Certo!


II. planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exames psicológicos;

Certo!


III. realização unicamente de levantamento quantitativo dos dados;

Errado. Deve ser feito um levantamento quantitativo e qualitativo.


IV. comunicação dos resultados, após análise, interpretação e integração dos dados.

Certo!

 

Assim, apenas I, II e IV estão corretas.

Gabarito Letra C

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

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96) O psicodiagnóstico clínico utiliza as técnicas projetivas como estratégia de avaliação psicológica. É correto afirmar que seu uso é

  • A) autorizado pelas associações de psicanálise como modo de avaliar o comportamento humano e animal.
  • B) prática exercida por profissionais da área da sociologia compreensiva.
  • C) atividade de pesquisa do tipo quantitativa.
  • D) defendido por autores e profissionais que buscam explorar aspectos dinâmicos da personalidade.
  • E) metodologia de pesquisa e de estratégia na busca de opiniões humanas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) defendido por autores e profissionais que buscam explorar aspectos dinâmicos da personalidade.

Gabarito: Letra D

 

O psicodiagnóstico clínico utiliza as técnicas projetivas como estratégia de avaliação psicológica. É correto afirmar que seu uso é
a)  autorizado pelas associações de psicanálise como modo de avaliar o comportamento humano e animal.

Errado. O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica feita com propósitos clínicos, é um processo limitado no tempo, que utiliza testes e técnicas psicológicas e portanto é uma atividade privativa do psicólogo. Como nem todo psicanalista é psicólogo, essa não é uma atividade permitida a esse grupo.


b)  prática exercida por profissionais da área da sociologia compreensiva.

Errado. Como dito anteriormente, essa forma de avaliação psicológica é privativa do psicólogo.


c)  atividade de pesquisa do tipo quantitativa.

Errado. O psicodiagnóstico coleta dados quantitativos e qualitativos.


d)  defendido por autores e profissionais que buscam explorar aspectos dinâmicos da personalidade.

Certo! Os testes projetivos são instrumentos especialmente indicados para esse tipo de exploração dentro do psicodiagnóstico.


e)  metodologia de pesquisa e de estratégia na busca de opiniões humanas.

Errado. O psicodiagnóstico não busca coletar opiniões, e sim fazer uma avaliação clínica do indivíduo.

 

Nosso gabarito é Letra D

97) Tomando como base os objetivos do psicodiagnóstico, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.


1 – Descrição
2 – Classificação nosológica
3 – Prognóstico
4 – Prevenção


(   ) Exame.
(   ) Determina o curso provável do caso.
(   ) Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos.
(   ) Procura avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego.


Marque a sequência CORRETA, de cima para baixo.

  • A) 3, 1, 2, 4.
  • B) 1, 3, 2, 4.
  • C) 1, 3, 4, 2.
  • D) 3, 4, 2, 1.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) 1, 3, 2, 4.

 
 

Para a compreensão do assunto que traz a questão, acompanhe as possibilidades dos objetivos do psicodiagnóstico, conforme Cunha (2000, p. 27):

 

OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO SEGUNDO AVALIAÇÃO

Objetivos

Especificação

 

Classificação simples

O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual

 

Descrição

Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.

Classificação nosológica

Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos

 

Diagnóstico diferencial

São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.

Avaliação compreensiva

É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos

 

Entendimento Dinâmico

Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo vendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc

 

Prevenção

Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.

Prognóstico

Determina o curso provável do caso.

 

Perícia Forense

Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.

Fonte: Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000.

  
 

Tomando como base os objetivos do psicodiagnóstico, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira.

 

1 - Descrição

2 - Classificação nosológica

3 - Prognóstico

4 - Prevenção

 

1 ) Exame.

( 3  ) Determina o curso provável do caso.

( 2 ) Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos.

(  4  ) Procura avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego.

  

Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que a sequência CORRETA, de cima para baixo é 1, 3, 2, 4, portanto, a alternativa que apresenta a opção VERDADEIRA se encontra na LETRA “B”.

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98) O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. (CUNHA, 2000, p.105).


O psicólogo deve assegurar as condições ideais previstas para a aplicação dos instrumentos de avaliação, mesmo quando conduzidos em ambientes específicos (hospital, escola), ou seja, locais distintos do consultório.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Errado

 

O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. (CUNHA, 2000, p.105).


O psicólogo deve assegurar as condições ideais previstas para a aplicação dos instrumentos de avaliação, mesmo quando conduzidos em ambientes específicos (hospital, escola), ou seja, locais distintos do consultório.

 

Essa questão está baseada no seguinte trecho do livro "Psicodiagnóstico-V" de Cunha:

 

"Geralmente, não há qualquer problema quanto à manutenção de uma situação padronizada quando a administração de testes é realizada no consultório do psicólogo. Outro é o caso quando a testagem deve ser levada a efeito em outro ambiente, como num hospital ou numa escola. Então, torna-se mais difícil manter condições ideais, sobretudo evitar ruídos e interrupções. Convém que, antecipadamente, o psicólogo tome as providências cabíveis para evitar, ao máximo, as interferências."

 

Portanto, o que Cunha recomenda é que o psicólogo "tome as providências cabíveis para evitar, ao máximo, as interferências". Ou seja, nem sempre será possível manter as condições ideais.

 

Assertiva Falsa.

99) O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. (CUNHA, 2000, p.105).

 

Pelo fato do gerar um conjunto amplo de informações, o processo diagnóstico impõe ao psicólogo a necessidade de selecionar aquilo que será comunicado, considerando-se os motivos do encaminhamento.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

 

O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. (CUNHA, 2000, p.105).

 

Pelo fato do gerar um conjunto amplo de informações, o processo diagnóstico impõe ao psicólogo a necessidade de selecionar aquilo que será comunicado, considerando-se os motivos do encaminhamento.

 

Essa afirmativa está de acordo com o seguinte texto do livro "Psicodiagnóstico-V" de Cunha:

 

"A comunicação dos resultados (output) não é mais que a formalização oral e/ou escrita de conclusões a que o psicólogo chegou, estabelecidas em função de um determinado nível de inferência. Todavia, a comunicação não abrange todos os dados e, quase sempre, não compreende todas as conclusões. Há uma seleção de informações que, por um lado, é pertinente aos motivos do encaminhamento e se mantém num determinado nível de inferência, previsto pelo objetivo do exame, e, por outro lado, se estrutura conforme a natureza do serviço ao qual será encaminhado o laudo ou de acordo com o tipo de profissional que o solicitou."

 

Assertiva Correta. 

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100) Por semiologia médica entende-se o estudo dos sintomas e sinais das doenças, estudo este que permite ao profissional de saúde identificar alterações, físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas. […] Na prática clínica, os sinais e sintomas não ocorrem de forma aleatória; surgem em certas associações, certos clusters mais ou menos frequentes. Definem-sem portanto, as síndromes como agrupamentos relativamente constantes e estáveis de determinados sinais e sintomas. (DELGALARRONDO, 2000, p. 19 e 21).

 

Com base no trecho apresentado, é correto afirmar:

 

O diagnóstico de um transtorno psicopatógico fundamenta-se nos possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador a partir dos relatos e das queixas dos pacientes.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Errado


  

Com base no trecho apresentado, é correto afirmar:

 

O diagnóstico de um transtorno psicopatológico fundamenta-se nos possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador a partir dos relatos e das queixas dos pacientes.

 

Segundo Dalgalarrondo (2008, p. 41):

 

“O diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psicoorgânicos (delirium, demências, síndromes focais, etc.), não é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador. Baseia-se principalmente no perfil de sinais e sintomas apresentados pelo paciente na história da doença e no momento da entrevista”

  

Contrariando o que traz a questão, a literatura supracitada indica que o diagnóstico de um transtorno psicopatológico não é baseado em aspectos etiológicos, mas nos sintomas e sinais relacionados ao paciente, verificados mediante a evolução do quadro e a entrevista empregada.

   

Considerando a análise realizada, ratificamos, que o ITEM está ERRADO.

 

______________

Fonte consultada:

 

Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos. 2. ed. Porto Alegre : Artmed.

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