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Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso

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231) Considerando os passos do processo psicodiagnóstico, assinale a alternativa CORRETA:

  • A) Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas);Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.
  • B) Formulação das perguntas básicas; Administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.
  • C) Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas); Administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.
  • D) Formulação das perguntas básicas; Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas); Administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Formulação das perguntas básicas; Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas); Administração de testes
e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.

Gabarito: Letra D

 

Considerando os passos do processo psicodiagnóstico, assinale a alternativa CORRETA:

 

Antes de ver as afirmativas, vamos ver cada um dos passos e uma pequena explicação sobre eles através do livro Psicodiagnóstico V:

 

FORMULAÇÃO DAS PERGUNTAS BÁSICAS OU HIPÓTESES

O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. (...)

 

CONTRATO DE TRABALHO

O psicodiagnóstico é um processo limitado no tempo. Esclarecidas as questões iniciais e definidas as hipóteses e os objetivos do processo, o psicólogo tem condições de saber qual o tipo de exame que é adequado para chegar a conclusões e, conseqüentemente, pode prever o tempo necessário para realizá-lo. A duração de um psicodiagnóstico constitui uma estimativa do tempo em que se pode operacionalizar as tarefas implícitas pelo plano de avaliação, bem como completar as tarefas subseqüentes até a comunicação dos resultados e recomendações pertinentes. No momento em que é possível ter uma previsão, deve-se formalizar com o paciente ou responsável os termos em que o processo psicodiagnóstico vai se desenvolver, definindo papéis, obrigações, direitos e responsabilidades mútuas.

 

ESTABELECIMENTO DE UM PLANO DE AVALIAÇÃO

Essencialmente, o plano de avaliação é um processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas.

 

ADMINISTRAÇÃO DE TESTES E TÉCNICAS: PARTICULARIDADES DA SITUAÇÃO DA INTERAÇÃO COM O EXAMINANDO E DO MANEJO CLÍNICO

É sempre importante salientar que o foco da testagem deve ser o sujeito, e não os testes. Mas, para que o psicólogo possa concentrar a sua atenção no paciente, deve estar perfeitamente seguro quanto à adequabilidade do instrumento para o caso em estudo, estar bem familiarizado com as instruções e o sistema de escore, saber manejar o material pertinente e ter em mente os objetivos a que se propõe para a administração de cada instrumento. Há, pois, algumas questões básicas que devem ser consideradas.

 

LEVANTAMENTO, ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS DADOS

Independentemente das informações dos testes, nesse momento, o psicólogo já possui um acervo de observações que constitui uma amostra do comportamento do paciente durante as várias sessões em que transcorreu o processo diagnóstico, desde o contato inicial até a última técnica utilizada. Em resumo, é capaz de descrever o paciente. Uma revisão das observações feitas é indicada para melhor entendimento da maneira como respondeu à situação do psicodiagnóstico. Dependendo dos objetivos do exame, um sumário de tais observações já constituirá uma parte introdutória do laudo.

 

DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO

Nem sempre o psicólogo precisa chegar, obrigatoriamente, ao nível mais elevado de inferência para obter uma hipótese diagnóstica ou o diagnóstico mais provável. Principalmente em casos mais graves, freqüentemente apenas o quadro sintomático e a história clínica contêm informações suficientes para que o profissional possa enquadrar o transtorno numa categoria nosológica. Esta modalidade de processo diagnóstico seguiria mais um modelo médico do que psicológico, o que não significa que somente o psiquiatra tenha competência para tal. Entretanto, mesmo quando parece não haver dúvidas quanto à classificação nosológica do paciente, o psicólogo muitas vezes é convocado para identificar déficits ou funções preservadas, enfim, para coletar dados mais substanciais como base para um prognóstico. Noutros casos, como há alternativas diagnósticas possíveis, o psicólogo pode assumir a responsabilidade de um diagnóstico diferencial, que se efetua através de um modelo psicológico, isto é, pelo psicodiagnóstico.

 

COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

O psicodiagnóstico, quanto à sua estrutura, possui algumas unidades fundamentais: o sujeito ou examinando, o psicólogo, os testes ou as técnicas psicológicas, o informe psicodiagnóstico e o receptor. Em conseqüência, pode-se afirmar que o informe ou a comunicação dos resultados constitui uma unidade essencial do psicodiagnóstico e, portanto, deve ser previsto no contrato de trabalho com o sujeito e/ou responsável. Na operacionalização do processo, a comunicação dos resultados logicamente deve se realizar como último passo, seguida apenas pelas recomendações pertinentes e pelo encerramento. É da responsabilidade do psicólogo definir seu tipo, conteúdo e forma.”

 


a)  Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas);Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.
Errado. A alternativa ignora a formulação de perguntas básicas, a administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; e o Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados.

 

b)  Formulação das perguntas básicas; Administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.
Errado. A alternativa ignora o contrato de trabalho e o estabelecimento de um plano de avaliação.

 

c)  Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas); Administração de testes e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.
 

Errado. A alternativa ignora a formulação das perguntas iniciais.

 

d)  Formulação das perguntas básicas; Contrato de trabalho; Estabelecimento de um plano de avaliação (bateria de testes padronizadas e/ou não padronizadas); Administração de testes
e técnicas: particularidades da situação da interação com o examinando e do manejo clínico; Levantamento, análise, interpretação e integração dos dados; Diagnóstico e prognóstico (classificação diagnóstica cf. CID 10 e DSM-IV); Comunicação dos resultados.

Certo!

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

  
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232) O processo do psicodiagnóstico pode ter um ou vários objetivos, dependendo dos motivos alegados ou reais do encaminhamento e/ou da consulta, que norteiam o elenco de hipóteses inicialmente formuladas, e delimitam o escopo da avaliação. De acordo com Cunha (1996), os objetivos mais comuns de uma avaliação psicológica são apresentados em todas as alternativas, EXCETO:

  • A) Descrição
  • B) Prevenção
  • C) Prognóstico
  • D) Perícia Forense
  • E) Triagem

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) Triagem

Gabarito: Letra E

 

O processo do psicodiagnóstico pode ter um ou vários objetivos, dependendo dos motivos alegados ou reais do encaminhamento e/ou da consulta, que norteiam o elenco de hipóteses inicialmente formuladas, e delimitam o escopo da avaliação. De acordo com Cunha (1996), os objetivos mais comuns de uma avaliação psicológica são apresentados em todas as alternativas, EXCETO:
a)  Descrição
b)  Prevenção
c)  Prognóstico
d)  Perícia Forense
e)  Triagem

 

Triagem é um tipo de entrevista psicológica, e não um objetivo da avaliação. Vamos lembrar todos os objetivos:

 

 

Nosso gabarito é Letra E

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

  

233) O diagnóstico psicológico não é de exclusividade da psicologia. Devido ao contexto histórico do seu surgimento, algumas áreas do conhecimento se utilizaram deste fazer. Neste sentido, marque a alternativa que NÃO condiz por quem pode realiza-lo:

  • A) O psicodiagnóstico surgiu como consequência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais. Assim sendo, ao psicanalista também é livremente permitido a realização do diagnóstico psicológico.
  • B) Equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, assistente social ou outro) desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito interdependentes.
  • C) O psicólogo clínico exclusivamente, para a consecução de qualquer ou vários dos objetivos, quando é utilizado o modelo psicológico (psicodiagnóstico), incluindo técnicas e testes privativos desse profissional.
  • D) O psiquiatra (e, eventualmente, pelo neurologista ou psicanalista), com vários objetivos (exceto o de classificação simples), desde que seja utilizado o modelo médico apenas, no exame de funções, identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico.
  • E) No período anterior a Freud, o enfoque do transtorno mental era nitidamente médico. Os pacientes de interesse para a ciência médica apresentavam quadros graves, estavam hospitalizados, e eram identificados sinais e sintomas que compunham as síndromes. Para o diagnóstico psicológico médico, encontra-se restrito o uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) O psicodiagnóstico surgiu como consequência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais. Assim sendo, ao psicanalista também é livremente permitido a realização do diagnóstico psicológico.

Gabarito: Letra A

 

O diagnóstico psicológico não é de exclusividade da psicologia. Devido ao contexto histórico do seu surgimento, algumas áreas do conhecimento se utilizaram deste fazer. Neste sentido, marque a alternativa que NÃO condiz por quem pode realiza-lo:
a)  O psicodiagnóstico surgiu como consequência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais. Assim sendo, ao psicanalista também é livremente permitido a realização do diagnóstico psicológico.

Errado. Apesar de a parte histórica estar correta, atualmente no Brasil é possível ser psicanalista sem ser psicólogo, e portanto não é livremente permitido a esse profissional a realização de diagnóstico psicológico. Em algumas circunstâncias é permitido, mas não em todas.

“O psicodiagnóstico surgiu como conseqüência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais. Anteriormente, o modelo para o estudo das doenças mentais remontava ao trabalho de Kraepelin e outros e às suas tentativas para estabelecer critérios de diagnóstico diferencial para a esquizofrenia”

O diagnóstico psicológico pode ser realizado:

a) pelo psicólogo, pelo psiquiatra (e, eventualmente, pelo neurologista ou psicanalista), com vários objetivos (exceto o de classificação simples), desde que seja utilizado o modelo médico apenas, no exame de funções, identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico;

b) pelo psicólogo clínico exclusivamente, para a consecução de qualquer ou vários dos objetivos, quando é utilizado o modelo psicológico (psicodiagnóstico), incluindo técnicas e testes privativos desse profissional;

c) por equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, assistente social ou outro), para a consecução dos objetivos citados e, eventualmente, de outros, desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito interdependentes (de natureza psicológica, médica, social, etc.).”


b)  Equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, assistente social ou outro) desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito interdependentes.

Certo! Vimos isso no trecho apresentado na alternativa anterior.


c)  O psicólogo clínico exclusivamente, para a consecução de qualquer ou vários dos objetivos, quando é utilizado o modelo psicológico (psicodiagnóstico), incluindo técnicas e testes privativos desse profissional.

Certo! Vimos isso no trecho apresentado na alternativa A
 

d)  O psiquiatra (e, eventualmente, pelo neurologista ou psicanalista), com vários objetivos (exceto o de classificação simples), desde que seja utilizado o modelo médico apenas, no exame de funções, identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico.

Certo! Vimos isso no trecho apresentado na alternativa A.


e)  No período anterior a Freud, o enfoque do transtorno mental era nitidamente médico. Os pacientes de interesse para a ciência médica apresentavam quadros graves, estavam hospitalizados, e eram identificados sinais e sintomas que compunham as síndromes. Para o diagnóstico psicológico médico, encontra-se restrito o uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico.

Certo! O médico pode fazer diagnóstico psicológico, mas não pode usar testes e técnicas privativas do psicólogo.

“No período anterior a Freud, o enfoque do transtorno mental era nitidamente médico. Os pacientes de interesse para a ciência médica apresentavam quadros graves, estavam hospitalizados, e eram identificados sinais e sintomas que compunham as síndromes. No período freudiano, a abordagem mudou. Os pacientes atendidos não apresentavam quadros tão severos, não estavam internados, e, embora fossem levados em conta os seus sintomas, estes eram percebidos de maneira compreensiva e dinâmica.”

 

Nosso gabarito é Letra A

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

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234) Sobre o psicodiagnóstico avalie as afirmativas CORRETAS.

 

I- É um processo que tem como objetivo identificar forças e fraquezas no funcionamento psíquico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.

 

II- É um processo científico, limitado no tempo, que se utiliza de técnicas e testes psicológicos, necessariamente em nível individual.

 

III- O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, introduzida por Lighter Witmer, em 1896, e criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica.

 

IV- Um psicodiagnóstico também pode ter o objetivo de prevenção.

  • A) I, II e III

  • B) I, II, III e IV

  • C) I e IV

  • D) I, II e IV

  • E) I, III e IV

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) I, III e IV

Gabarito: Letra E

 

I- É um processo que tem como objetivo identificar forças e fraquezas no funcionamento psíquico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.

Certo!

“Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia. Isso não significa que a classificação psiquiátrica seja um objetivo precípuo do psicodiagnóstico, mas sim que, para medir forças e fraquezas no funcionamento psicológico, devem ser considerados como parâmetros os limites da variabilidade normal (Yager & Gitlin, 1999). É esta abordagem que confere a perspectiva clínica a esse tipo de avaliação de diferenças individuais.”

 

II- É um processo científico, limitado no tempo, que se utiliza de técnicas e testes psicológicos, necessariamente em nível individual.

Errado. O psicodiagnóstico pode ser em nível individual ou não.

“Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.”

 

III- O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, introduzida por Lighter Witmer, em 1896, e criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica.

Certo!

O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, introduzida por Lighter Witmer, em 1896, e criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica. Consta que nem ao fundador da psicologia clínica agradou a designação “clínica”, adotada apenas por falta de melhor alternativa (Garfield, 1965). Não obstante, tudo indica que essa tradição médica, associada à psicologia clínica, teria efeitos marcantes na formação da identidade profissional do psicólogo clínico, oferecendo-lhe, por um lado, modelos de identificação e, por outro, acentuando as suas dificuldades nas relações interprofissionais.” 

 

IV- Um psicodiagnóstico também pode ter o objetivo de prevenção.

Certo! Outros objetivos podem ser a classificação simples, a descrição, o diagnóstico diferencial, entre outros.

Um psicodiagnóstico também pode ter um objetivo de prevenção. Tal exame visa a identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, bem como da capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, conflitivas ou ansiogências. Em sentido lato, pode ser realizado por outros profissionais de uma equipe de saúde pública. Muitas vezes, é levado a efeito utilizando recursos de triagem, procurando atingir o maior número de casos no menor espaço de tempo, portanto, não pressupondo maior profundidade no levantamento de certos indícios de possível patologia, apenas para dar fundamentação ao desenvolvimento de programas preventivos, com grupos maiores. Não obstante, num exame individual, que pode requerer uma dimensão mais profunda, especialmente envolvendo uma estimativa de condições do ego frente a certos riscos ou no enfrentamento de situações difíceis, seria indicado um psicodiagnóstico.”

  

Assim, apenas I, III e IV estão corretas.

Nosso gabarito é Letra E

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

235) Cunha (2003) ao trabalhar o psicodiagnóstico, ressalta em seus estudos a importância da entrevista clínica. Sobre esta etapa do psicodiagnóstico é INCORRETO afirmar:

  • A) É um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos .

  • B) Processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas.

  • C) Quanto ao aspecto formal, as entrevistas podem ser estruturadas, semiestruturadas ou de livre estruturação.

  • D) Anamnese tem por objetivo avaliar a demanda do indivíduo e fazer o encaminhamento necessário. Geralmente é utilizada em serviços de saúde pública ou em clínicas sociais.

  • E) Classificando quanto a sua finalidade, as entrevistas podem ser de triagem, anamnese, diagnósticas, sistêmicas e de avaliação.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Anamnese tem por objetivo avaliar a demanda do indivíduo e fazer o encaminhamento necessário. Geralmente é utilizada em serviços de saúde pública ou em clínicas sociais.

Gabarito: Letra D

 

Cunha (2003) ao trabalhar o psicodiagnóstico, ressalta em seus estudos a importância da entrevista clínica. Sobre esta etapa do psicodiagnóstico é INCORRETO afirmar:

a) É um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos .

Certo! Essa é a definição de entrevista clínica:

“Em psicologia, a entrevista clínica é um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas

 

b) Processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas.

Certo! Esses são objetivos da entrevista clínica, como vimos no trecho apresentado na afirmativa anterior.

 

c) Quanto ao aspecto formal, as entrevistas podem ser estruturadas, semiestruturadas ou de livre estruturação.

Certo! Vamos lembrar um pouco sobre cada uma delas:

“Quanto ao aspecto formal, as entrevistas podem ser divididas em estruturadas, semi-estruturadas e de livre estruturação. As entrevistas estruturadas são de pouca utilidade clínica. A aplicação desse tipo de entrevista é mais freqüente em pesquisas, principalmente nas situações em que a habilidade clínica não é necessária ou possível. Sua utilização raramente considera as necessidades ou demandas do sujeito avaliado – usualmente, ela se destina ao levantamento de informações definidas pelas necessidades de um projeto. (...)

É tradição se referir à entrevista de livre estruturação como entrevista livre ou não-estruturada. Temos argumentado que toda entrevista supõe, na verdade exige, alguma forma de estruturação. É necessário que se conheçam suas metas, o papel de quem a conduz e os procedimentos pelos quais é possível atingir seus objetivos. Estes e outros elementos próprios das entrevistas lhes conferem uma estrutura, mesmo que o entrevistador não a reconheça explicitamente. Por esse motivo, referimo-nos a esse tipo de entrevista como entrevista de livre estruturação.

As entrevistas semi-estruturadas são assim denominadas porque o entrevistador tem clareza de seus objetivos, de que tipo de informação é necessária para atingi-los, de como essa informação deve ser obtida (perguntas sugeridas ou padronizadas), quando ou em que seqüência, em que condições deve ser investigada (relevância) e como deve ser considerada (utilização de critérios de avaliação). Além de estabelecer um procedimento que garante a obtenção da informação necessária de modo padronizado, ela aumenta a confiabilidade ou fidedignidade da informação obtida e permite a criação de um registro permanente e de um banco de dados úteis à pesquisa, ao estabelecimento da eficácia terapêutica e ao planejamento de ações de saúde. Por esses motivos, as entrevistas semi-estruturadas são de grande utilidade em settings onde é necessária ou desejável a padronização de procedimentos e registro de dados, como nas clínicas sociais, na saúde pública, na psicologia hospitalar, etc.”

 

d) Anamnese tem por objetivo avaliar a demanda do indivíduo e fazer o encaminhamento necessário. Geralmente é utilizada em serviços de saúde pública ou em clínicas sociais.

Errado. Essa é a entrevista de triagem.

“A entrevista em que é feita a anamnese (vide A história do examinando, nesta obra) tem por objetivo primordial o levantamento detalhado da história de desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância. A anamnese é uma técnica de entrevista que pode ser facilmente estruturada cronologicamente. Embora a utilidade da anamnese seja mais claramente vislumbrada na terapia infantil, muitas abordagens que integram ou valorizam o desenvolvimento precoce podem se beneficiar deste tipo de entrevista.”

 

e) Classificando quanto a sua finalidade, as entrevistas podem ser de triagem, anamnese, diagnósticas, sistêmicas e de avaliação.

Certo!

“Dada a enorme variedade de objetivos instrumentais, conforme variações de abordagem, de problemas apresentados e de clientelas atendidas, não temos a intenção de tentar classificar as entrevistas neste nível. Por outro lado, alguns tipos de entrevista devem ser mencionados quanto à sua finalidade: de triagem, de anamnese, diagnósticas (que podem ser sindrômicas ou dinâmicas), sistêmicas e de devolução. Uma entrevista para a avaliação na clínica psicológica pode ter por finalidade características vinculadas a um desses tipos, ou pode ter por objetivo uma combinação de aspectos relacionados a mais de um desses tipos de entrevistas. Profissionais de todas as abordagens podem realizar entrevistas clínicas com esses objetivos.”

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnstico-V. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

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236) Em conformidade com CUNHA, em relação ao processo de psicodiagnóstico, assinalar a alternativa CORRETA:

  • A) É um sistema de avaliação que não exige plano inicial, restringe-se ao levantamento de hipóteses.
  • B) É um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos.
  • C) Recurso utilizado exclusivamente para classificação de casos.
  • D) É uma técnica específica que prevê apenas a coleta de informações da história de vida do paciente.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) É um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos.

 

Em conformidade com CUNHA, em relação ao processo de psicodiagnóstico, assinalar a alternativa CORRETA:

  
   

Segundo Cunha (2005, p. 26):

 

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”

  

Complementando o assunto, segundo Cunha (2005, p. 30-31) de forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica, são os seguintes:

 

“a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados; d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame; e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.”

  
   

a)  É um sistema de avaliação que não exige plano inicial, restringe-se ao levantamento de hipóteses.

INCORRETA. Note que de acordo com a obra de Cunha (2005) entre os passos do processo, tem-se justamente “definição das hipóteses iniciais” e “planejamento”, portanto, opção ERRADA.

  

b)  É um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos.

CORRETA. A informação é compatível com o que traz Cunha (2005), portanto, opção CERTA.

  

c)  Recurso utilizado exclusivamente para classificação de casos.

INCORRETA. Corrigindo: o psicodiagnóstico serve tanto para classificar um caso, como para prever seu curso possível.

  

d)  É uma técnica específica que prevê apenas a coleta de informações da história de vida do paciente.

INCORRETA. Provavelmente a informação refere-se a coleta por meio de “anamnese”. Segundo Freitas (2017, p. 18):

A anamnese, ou seja o histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social. O exame psíquico, também chamado exame do estado mental atual. Anamnese significa Ana= trazer de volta, recordar mnese= memória, e é realizada através da técnica da entrevista..”

  

_______________

Fonte consultada:

 

Freitas, Ozaniely Linhares de. Instrumento de acompanhamento aos pacientes em sofrimento mental no âmbito da assistência em enfermagem psiquiátrica / Ozaniely Linhares de Freitas. - Cajazeiras, 2017.

 

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

237) Assinale a opção correta em relação ao processo psicodiagnóstico, de acordo com Rigoni e Sá (in: HUTZ, 2016).

  • A) O psicodiagnóstico é um dos tipos de avaliação psicológica realizada com objetivos clínicos, portanto, abrange todas as formas de avaliação psicológica. Embora não seja sua principal finalidade, pode ser terapêutico, uma vez que o vínculo estabelecido entre o avaliador e avaliado pode contribuir.
  • B) Para que o psicólogo tenha clareza do que deverá ser investigado, bem como para que tenha dados suficientes para construir a história de vida do avaliando, podem ser realizadas quantas entrevistas forem necessárias. Ainda assim, o profissional dispõe de tempo limitado.
  • C) Quanto ao uso ou não de uma bateria de testes e retestes, os testes psicológicos e as técnicas são recursos disponíveis, mas que em nenhum momento substituem ou são mais importantes do que a escuta e o olhar clínico do avaliador, mas sempre será necessária a utilização dessas ferramentas.
  • D) Antes mesmo de iniciar as primeiras entrevistas, o psicólogo já tem o plano de ação elaborado, com todas as etapas do processo, número de encontros, bateria de testes que será utilizada, as entrevistas de devolução, honorários, se for o caso.
  • E) Quando pensamos na ordem de aplicação da bateria de testes selecionada, é recomendável que os primeiros testes sejam os mais ansiogênicos para a pessoa avaliada. O teste que mobiliza o motivo manifesto para a realização do psicodiagnóstico deve ser o primeiro a ser administrado.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Para que o psicólogo tenha clareza do que deverá ser investigado, bem como para que tenha dados suficientes para construir a história de vida do avaliando, podem ser realizadas quantas entrevistas forem necessárias. Ainda assim, o profissional dispõe de tempo limitado.

  

Assinale a opção correta em relação ao processo psicodiagnóstico, de acordo com Rigoni e Sá (in: HUTZ, 2016).

 
 

a)  O psicodiagnóstico é um dos tipos de avaliação psicológica realizada com objetivos clínicos, portanto, abrange todas as formas de avaliação psicológica. Embora não seja sua principal finalidade, pode ser terapêutico, uma vez que o vínculo estabelecido entre o avaliador e avaliado pode contribuir.

INCORRETA. Corrigindo: Hutz et al. (2016) menciona:

“O psicodiagnóstico é um dos tipos de avaliação psicológica realizada com objetivos clínicos, portanto, não abrange todas as formas de avaliação psicológica.”

 

b)  Para que o psicólogo tenha clareza do que deverá ser investigado, bem como para que tenha dados suficientes para construir a história de vida do avaliando, podem ser realizadas quantas entrevistas forem necessárias. Ainda assim, o profissional dispõe de tempo limitado.

CORRETA. Corroborando isto, Hutz et al. (2016) destaca:

Para que o psicólogo tenha clareza do que deverá ser investigado, bem como para que tenha dados suficientes para construir a história de vida do avaliando, podem ser realizadas quantas entrevistas forem necessárias. Ainda assim, o profissional dispõe de um tempo limitado, pois tanto a duração excessiva do processo como o seu abreviamento podem ser prejudiciais.”

 

c)  Quanto ao uso ou não de uma bateria de testes e retestes, os testes psicológicos e as técnicas são recursos disponíveis, mas que em nenhum momento substituem ou são mais importantes do que a escuta e o olhar clínico do avaliador, mas sempre será necessária a utilização dessas ferramentas.

INCORRETA. Corrigindo: de acordo com Hutz et al. (2016):

“Outro ponto relevante diz respeito ao uso ou não de uma bateria de testes e “retestes”, isto é, entendemos que os testes psicológicos e as técnicas são recursos disponíveis, mas que em nenhum momento substituem ou são mais importantes do que a escuta e o olhar clínico do avaliador, pois nem sempre será necessária a utilização dessas ferramentas.”

  

d)  Antes mesmo de iniciar as primeiras entrevistas, o psicólogo já tem o plano de ação elaborado, com todas as etapas do processo, número de encontros, bateria de testes que será utilizada, as entrevistas de devolução, honorários, se for o caso.

INCORRETA. Corrigindo: conforme Hutz et al. (2016):

O plano inicia com as primeiras entrevistas, e, ao longo delas, se constrói o contrato de trabalho, em que são previstos os papéis de cada parte; a questão de sigilo e privacidade; o número aproximado de encontros, incluindo-se as primeiras entrevistas; a bateria de testes que será utilizada, se necessário; as entrevistas de devolução; e a forma como serão pagos os honorários (caso se trate de consultas particulares ou em uma instituição paga).”

  

e)  Quando pensamos na ordem de aplicação da bateria de testes selecionada, é recomendável que os primeiros testes sejam os mais ansiogênicos para a pessoa avaliada. O teste que mobiliza o motivo manifesto para a realização do psicodiagnóstico deve ser o primeiro a ser administrado.

INCORRETA. Corrigindo: segundo Hutz et al. (2016):

“Quando pensamos na ordem de aplicação da bateria de testes selecionada, é recomendável que os primeiros testes sejam os menos ansiogênicos para a pessoa a ser avaliada, justamente para que não se desenvolva alguma resistência ante o processo.”

 

_______________

Fonte consultada:

Psicodiagnóstico [recurso eletrônico] / Organizadores, Claudio Simon Hutz ... [et al.]. – Porto Alegre : Artmed, 2016.

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238) Considerando a assistência em saúde mental, julgue o próximo item.

A informação acerca do diagnóstico, da evolução típica e do prognóstico para a condição clínica do paciente costuma ser ansiogênica, devendo, por isso, ser restrita à equipe, e não informada nem discutida com o indivíduo, que deve apenas aderir às orientações e atividades propostas pelo grupo terapêutico.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Errado

   

 

  

Na verdade, é fundamental compartilhar a informação. O sujeito deve ser visto como protagonista em seu tratamento.

 

Veja mais no texto abaixo:

 

"3. Modificação das atitudes dos profissionais de saúde

 

Doenças de longa evolução geralmente são vistas com desconfiança e pessimismo por profissionais de saúde, reduzindo a expectativa e o investimento do profissional e prejudicando o tratamento dos pacientes (Byrne, 2000), e isso é semelhante nas doenças mentais. Em função disso, identificar e combater as próprias atitudes estigmatizantes deveria ser uma das metas do profissional de saúde. Um dos instrumentos mais valiosos nesse processo é a educação e o uso cuidadoso da linguagem e das formas de abordar o portador. Compartilhar conhecimentos com os pacientes e seus familiares ajuda a diminuir a culpa e a vergonha que os afligem.

 

Ofertar informações sobre a doença, o tratamento e recuperação é essencial, pois pode ajudar portadores e familiares a lidar com a mesma (White, 2001) da melhor forma, além de empoderá-los para isso. Nesse processo, é fundamental não confundir o paciente com seu diagnóstico, evitando utilizá-lo como um adjetivo. Uma intervenção a esse nível significa, além de diminuir desrespeito verbal à pessoa estigmatizada, uma tentativa de dizer que existe algo errado na linguagem daquele que estigmatiza."

 

Fonte: "Políticas de Saúde Mental" (Mateus)

 

Assertiva Falsa. 

239) Com relação a psicodiagnóstico e psicoterapia, julgue o item subsequente.

Diferentemente da psicoterapia, o psicodiagnóstico prevê a checagem de seus resultados como etapa de validação do corpo de conhecimentos e técnicas aplicados no contexto da avaliação psicológica.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Errado

Gabarito Item Errado

Errado. A psicoterapia também é um processo que deve buscar uma validação científica, então ambos devem realizar esse tipo de checagem.

“Hoje, há um número crescente de intervenções psicoterápicas, bem como uma série de subdivisões técnicas e teóricas dentro das formas clássicas de psicoterapia. Essa realidade, associada aos diversos campos do conhecimento interessados na psicoterapia e ao aumento de pesquisadores e publicações que abordam a ecácia dos tratamentos, torna praticamente inviável a realização de uma catalogação de todos os estudos e revisões. 1 O montante de literatura sobre o assunto, bem como a escassez paradoxal de boas evidências, diculta, de certa forma, responder à pergunta frequentemente formulada: “Qual a melhor técnica de psicoterapia para cada transtorno mental?”.

Psicoterapeutas e pesquisadores da área partilham um propósito central: aumentar a efetividade, a relevância e a segurança dos tratamentos psicoterápicos. Achados de pesquisa podem ampliar o campo de visão dos clínicos, minimizando as inuências de indícios parciais e de experiências seletivas recentes. Além disso, a pesquisa auxilia os clínicos e os próprios pesquisadores a se distanciar de seus inexoráveis vieses, a melhorar a validade das impressões derivadas do dia a dia, a esclarecer processos e a propiciar evidências que conrmem ou refutem a sabedoria acumulada

Uma maior aproximação entre a prática psicoterápica e os métodos de pesquisa sobre a efetividade e a ecácia de intervenções terapêuticas tem viabilizado a avaliação criteriosa dos diversos modelos de tratamento atualmente disponíveis. O conhecimento sobre os princípios básicos que norteiam a geração de evidências cientícas permite que o clínico possa avaliar criticamente o crescente número de estudos disponíveis na literatura. Diferentes delineamentos de pesquisa permitem abordagens quantitativas e qualitativas, bem como a avaliação de aspectos como processos e desfechos em psicoterapia.

Fonte:

Psicoterapias : abordagens atuais [recurso eletrônico] / Aristides Volpato Cordioli (organizador) – 3. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008.

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240) Com relação a psicodiagnóstico e psicoterapia, julgue o item subsequente.

Um dos riscos na atividade de psicodiagnóstico é a fragmentação em dimensões — biológica, psicológica, sociológica etc. —, o que contribui para a instabilidade, o reducionismo e a heterogeneidade da prática profissional.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito Item Certo

Certo. O ser humano é complexo, composto por diversas dimensões que interagem e se influenciam mutuamente, mas olhar para essas dimensões de forma integrada ainda é um desafio. No psicodiagnóstico, é mais fácil avaliar cada uma delas de forma isolada, até porque os métodos específicos de avalia-las difere entre si. Entretanto, é importante buscar formas de avaliação que as integre, uma vez que esse olhar separado é reducionista e não traduz a realidade apropriadamente.

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