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Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso

21) Em decorrência do aumento da idade, o funcionamento cognitivo dos idosos pode evidenciar a possibilidade de deterioração patológica, pois é comum que o mecanismo de pensamento esteja associado, transitoriamente, com padecimentos físicos e(ou) de conduta.

  • A) As perdas sensoriais apresentadas por idosos não são impeditivas nem complicadoras para avaliações psicológicas, pois, ao se escolher instrumentos avaliativos adequados, esses déficits perdeu relevância.
  • B) Em avaliações psicológicas de idosos, a cooperação é fundamental, contudo a motivação não é necessária, pois, no que tange a rotinas e cuidados pessoais, hobbies e atividades em geral do idoso, a família configura-se uma fonte inportante de informação.

  • C) Em avaliações neuropsicológicas de idosos, deve-se considerar se o déficit cognitivo é efeito da condição normal de envelhecimento ou se é consequência de deterioração patológica irreversível.
  • D) Não cabe ao avaliador diferenciar o caso, por exemplo, entre demência ou estágios normais esperados com o envelhecimento, pois os próprios instrumentos de avaliação são capazes de prever esses diagnósticos. Além disso, não é função do psicólogo considerar diferenças diagnósticas de cunho médico.
  • E) As funções cognitivas constituem um conjunto de atividades mentais independentes, caracterizadas, basicamente, por memória, pensamento lógico, capacidade de aprendizagem, atenção, linguagem, gnosias, praxias e funções executivas.

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A alternativa correta é letra C) Em avaliações neuropsicológicas de idosos, deve-se considerar se o déficit cognitivo é efeito da condição normal de envelhecimento ou se é consequência de deterioração patológica irreversível.

Gabarito Letra C

Em decorrência do aumento da idade, o funcionamento cognitivo dos idosos pode evidenciar a possibilidade de deterioração patológica, pois é comum que o mecanismo de pensamento esteja associado, transitoriamente, com padecimentos físicos e(ou) de conduta.

 

Acerca desse assunto e de doenças crônicas degenerativas e psicodiagnóstico, assinale a opção correta.


a) As perdas sensoriais apresentadas por idosos não são impeditivas nem complicadoras para avaliações psicológicas, pois, ao se escolher instrumentos avaliativos adequados, esses déficits perdeu relevância.

Errado! Argimon e Camargo apontam há uma série de particularidades na avaliação psicológica de idosos, incluindo situações em que as perdas sensoriais dificultam a comunicação entre avaliador e avaliado, de modo que as perdas sensoriais não são impeditivas, mas são complicadoras na avaliação psicológica.


b) Em avaliações psicológicas de idosos, a cooperação é fundamental, contudo a motivação não é necessária, pois, no que tange a rotinas e cuidados pessoais, hobbies e atividades em geral do idoso, a família configura-se uma fonte inportante de informação.

Errado! Tanto a motivação quanto a cooperação são fundamentais, e a falta delas é um problema encontrado na avaliação de idosos, principalmente nos casos em que a iniciativa de procurar a avaliação não partiu do próprio avaliando.

 

c) Em avaliações neuropsicológicas de idosos, deve-se considerar se o déficit cognitivo é efeito da condição normal de envelhecimento ou se é consequência de deterioração patológica irreversível.

Certo! Esse é um dos principais objetivos da avaliação psicológica de idosos.

“Na maior parte dos casos, trata-se de estabelecer se um determinado déficit cognitivo é produto de um declínio normal ou de uma deterioração patológica e irreversível e, neste último caso, ao que pode estar relacionado, assim como de que forma isso acontece.” (Argimon e Camargo, 2000)


d) Não cabe ao avaliador diferenciar o caso, por exemplo, entre demência ou estágios normais esperados com o envelhecimento, pois os próprios instrumentos de avaliação são capazes de prever esses diagnósticos. Além disso, não é função do psicólogo considerar diferenças diagnósticas de cunho médico.

Errado! É o avaliador que diferencia demência e estágios normais de envelhecimento, auxiliado pelos instrumentos de avaliação.

 
e) As funções cognitivas constituem um conjunto de atividades mentais independentes, caracterizadas, basicamente, por memória, pensamento lógico, capacidade de aprendizagem, atenção, linguagem, gnosias, praxias e funções executivas.

Errado! As funções cognitivas são interligadas, não independentes.

Dessa modo, nosso gabarito é Letra C.

 

Referência

Argimon, I. I. L. & Camargo, C. H. P. "Avaliação de sintomas demenciais em idosos: questões essenciais". In: Cunha, J. A. et al (orgs.). Psicodiagnóstico – V. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.

22) Com relação ao momento de integração dos dados em um processo psicodiagnóstico, assinale a alternativa correta.

  • A) É um momento trabalhoso no qual o psicólogo deve ater-se aos resultados dos instrumentos e guiar-se por eles. Daí a importância de uma avaliação precisa e rigorosa dos testes.
  • B) É um momento que depende especificamente da habilidade técnica do psicólogo, uma vez que, em função de uma situação contra-transferencial aguda, podem surgir elementos deformadores do panorama compreensivo do caso.
  • C) É um momento que depende especificamente da habilidade teórica do psicólogo, uma vez que, em função de um domínio precário de um referencial teórico, não surgirão possibilidades mais amplas de compreensão da personalidade do sujeito.
  • D) É um momento amplo e complexo que, além da experiência profissional, deve contar com forte embasamento teórico e técnico para que se possa chegar, a partir das concordâncias e discordâncias entre os dados observacionais, os resultados dos instrumentos e as hipóteses levantadas, a inferências clínicas confiáveis e esclarecedoras sobre a queixa manifesta e latente e suas diversas variáveis psicossociais.
  • E) O processo psicodiagnóstico não é mais utilizado atualmente em virtude da não confiabilidade dos instrumentos de avaliação psicológica.

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A resposta correta desta questão é:

Alternativa D) É um momento amplo e complexo que, além da experiência profissional, deve contar com forte embasamento teórico e técnico para que se possa chegar, a partir das concordâncias e discordâncias entre os dados observacionais, os resultados dos instrumentos e as hipóteses levantadas, a inferências clínicas confiáveis e esclarecedoras sobre a queixa manifesta e latente e suas diversas variáveis psicossociais.

23) A atuação do psicólogo na área clínica é muito conhecida e ela inclui fazer diagnóstico, intervir e

  • A) medicar.

  • B) publicar.

  • C) sentenciar.

  • D) avaliar.

  • E) induzir.

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A alternativa correta é letra D) avaliar.

Gabarito Letra D

A atuação do psicólogo na área clínica é muito conhecida e ela inclui fazer diagnóstico, intervir e

a) medicar.

Errado. O psicólogo não medica.

 

b) publicar.

Errado. O psicólogo que tem como atuação mais específica com publicações é o que atua na área acadêmica.

 

c) sentenciar.

Errado. O psicólogo não tem prerrogativa de sentenciar ninguém.

 

d) avaliar.

Certo! Realizar avaliações psicológicas é uma atuação comum do psicólogo clínico.

 

e) induzir.

Errado. O psicólogo não deve induzir ninguém a nada.

 

Nosso gabarito é Letra D

24) Segundo Jurema Alcides Cunha, autora da obra largamente conhecida Psicodiagnóstico-V, a expressão “Estratégias de avaliação psicológica”, cada vez mais utilizada na literatura específica, aplica-se a uma variedade de abordagens e recursos à disposição do psicólogo no processo de avaliação, sendo que, em relação à estratégia da avaliação comportamental, a autora considera que ela foi abdicando da simples identificação de comportamento salvo, perfeitamente distinguíveis e observáveis, para começar a incorporar (apesar das fortes objeções iniciais) modalidades

  • A) físicas e, mesmo, hipoafetivas.

  • B) emotivas e, mesmo, neuropsíquicas.

  • C) cognitivas e, mesmo, afetivas.

  • D) dinâmicas e, mesmo, não mensuráveis.

  • E) únicas e, mesmo, intransferíveis.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) cognitivas e, mesmo, afetivas.

Gabarito Letra C

Segundo Jurema Alcides Cunha, autora da obra largamente conhecida Psicodiagnóstico-V, a expressão “Estratégias de avaliação psicológica”, cada vez mais utilizada na literatura específica, aplica-se a uma variedade de abordagens e recursos à disposição do psicólogo no processo de avaliação, sendo que, em relação à estratégia da avaliação comportamental, a autora considera que ela foi abdicando da simples identificação de comportamento salvo, perfeitamente distinguíveis e observáveis, para começar a incorporar (apesar das fortes objeções iniciais) modalidades

 

Segundo a autora, a simples identificação de comportamento foi sendo abdicada para incorporar modalidades cognitivas e afetivas. Veja:

“A tais linhas de pensamento corresponderam, originariamente, estratégias de avaliação específicas, isto é, métodos e instrumentos típicos. Mas, já nas últimas décadas, foi tomando corpo uma tendência para a integração, que já vinha se esboçando há algum tempo. Desse modo, a estratégia da avaliação comportamental foi abdicando da simples identificação de comportamentos-alvo, perfeitamente distinguíveis e observáveis, mas numa abordagem muito idiossincrásica, para começar a incorporar modalidades cognitivas e, mesmo, afetivas, apesar das fortes objeções iniciais. Por outro lado, até psicólogos da mais tradicional orientação dinâmica têm, muitas vezes, recorrido a estratégias de outra orientação conceitual, devido a razões práticas ou científicas, neste caso, por vezes, pressionados por membros da comunidade acadêmica para serem mais efi cientes, com menos tempo e custo. Também, profissionais com referencial cognitivo passaram a lançar mão de técnicas projetivas para entendimento de motivações pessoais e de outros aspectos idiossincrásicos (Piotrowski & Keller, 1984) e igualmente incorporaram avanços do campo da neurociência (Mahoney, 1993).”

a) físicas e, mesmo, hipoafetivas.

b) emotivas e, mesmo, neuropsíquicas.

c) cognitivas e, mesmo, afetivas.

d) dinâmicas e, mesmo, não mensuráveis.

e) únicas e, mesmo, intransferíveis.

 

Nosso gabarito é Letra C.

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007.

25) Em psicodiagnóstico, na avaliação psicométrica, ocorre que a maioria das escalas de medida em ciências do comportamento são escalas aditivas, isto é, são obtidas a partir da soma de vários itens selecionados como indicadores do constructo teórico em relação ao qual há interesse em

  • A) medir.

  • B) acirrar.

  • C) modificar.

  • D) suprimir.

  • E) desqualificar.

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A alternativa correta é letra A) medir.

Gabarito Letra A

Em psicodiagnóstico, na avaliação psicométrica, ocorre que a maioria das escalas de medida em ciências do comportamento são escalas aditivas, isto é, são obtidas a partir da soma de vários itens selecionados como indicadores do constructo teórico em relação ao qual há interesse em

Quando um profissional aplica uma escala, que tem um contexto de avaliação, ele tem interesse em medir um constructo, não acirrar, modificar, suprimir ou desqualificar.

“A maioria das escalas de medida em ciências do comportamento são escalas aditivas, isto é, são obtidas a partir da soma de vários itens selecionados como indicadores do constructo teórico que estamos interessados em medir. É muito comum utilizarmos itens medidos, cada um, numa escala de cinco pontos (embora itens com escalas, normalmente ordinais, com um menor ou maior número de categorias são também utilizados); esse tipo de escalas recebe o nome de Escalas de Likert (vide Pasquali, 1996). O primeiro passo na construção das escalas aditivas é decidir quantos e quais itens vão ser selecionados para compor a escala. Os itens escolhidos são baseados no referencial teórico existente sobre o conceito que estamos querendo medir e são, na verdade, uma amostra de todos os possíveis indicadores do constructo teórico em questão. Na pesquisa acadêmica, a construção de escalas aditivas é normalmente feita a partir de marcos teóricos estabelecidos e de resultados empíricos de pesquisas já realizadas. Outras vezes, escalas já construídas em outros países são traduzidas e adaptadas para o contexto cultural local, e, após alguns procedimentos formais de tradução e adaptação de escalas, elas devem ser novamente validadas, e a sua fidedignidade deve ser reavaliada. Tanto para avaliar uma nova escala ou teste, como para adaptar e reavaliar um escala construída em outro país, devemos ter amostras de tamanho grande. Amostras pequenas não são adequadas para validação de escalas e testes”

a) medir.

b) acirrar.

c) modificar.

d) suprimir.

e) desqualificar.

 

Nosso gabarito é Letra A.

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007.

26) Marque a alternativa CORRETA.

  • A) A seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico.
  • B) O levantamento dos motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais.
  • C) O levantamento quantitativo e qualitativo dos dados.
  • D) A integração de dados e informações e formulação de inferências.

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A alternativa correta é letra B) O levantamento dos motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais.

 

Marque a alternativa CORRETA.

O primeiro passo do processo psicodiagnóstico é:

 
 

Base teórica para a compreensão da questão

  

Segundo Cunha (2005, p. 26):

 

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”

 

Complementando o assunto, segundo Cunha (2005, p. 30-31) de forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica, são os seguintes:

 

“a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados; d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame; e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.”

 
 

Análise das alternativas

 

a)  A seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico.

INCORRETA. Corrigindo: o passo informado pela alterativa corresponde ao que seria a etapa 2 no processo psicodiagnóstico, portanto, opção ERRADA.

 

b)  O levantamento dos motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais.

CORRETA. A informação trazida pela alternativa é compatível com o passo inicial do processo psicodiagnóstico, segundo a literatura de Cunha (2005), portanto, opção CERTA.

 

c)  O levantamento quantitativo e qualitativo dos dados.

INCORRETA. Corrigindo: a colocação destacada corresponde ao passo três do processo psicodiagnóstico, portanto, opção ERRADA.

 

d)  A integração de dados e informações e formulação de inferências.

INCORRETA. Corrigindo: a assertiva designa o que é compreendido como passo 4 do processo psicodiagnóstico, segundo a literatura de Cunha (2005), portanto, opção FALSA.

 

_______________

Fonte consultada:

ARZENO, M. E. G. Psicodiagnóstico clínico. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul

Hutz, D. R. Bandeira, C. Trentini, & J. S. Krug. (2016). Psicodiagnóstico. Porto Alegre, RS: Artmed.

27) Marque a alternativa que NÃO corresponde a um objetivo do processo psicodiagnóstico:

  • A) Análise Funcional.
  • B) Perícia Forense.
  • C) Classificação simples.
  • D) Prognóstico.
  • E) Diagnóstico diferencial.

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A alternativa correta é letra A) Análise Funcional.

 

Marque a alternativa que NÃO corresponde a um objetivo do processo psicodiagnóstico:

 
 

Explorando o assunto que traz esta questão dividiu-se a análise em duas partes:

1) Sobre o Psicodiagnóstico

2) Análise das alternativas

 
 

1) Sobre o Psicodiagnóstico

 

Segundo Cunha (2005, p. 26):

 

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”

 

Acompanhe as possibilidades dos objetivos do psicodiagnóstico, conforme Cunha (2000, p. 27):

 

OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO

Fonte: Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000.

Objetivos

Classificação simples

O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual

Descrição

Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.

Classificação nosológica

Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos

Diagnóstico diferencial

São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.

Avaliação compreensiva

É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos

Entendimento Dinâmico

Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo vendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc

Prevenção

Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.

Prognóstico

Determina o curso provável do caso.

Perícia Forense

Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.

   
 

2) Análise das alternativas

 

Considerando a requisição contida no enunciado em relação aos objetivos do psicodiagnóstico, destaca-se que com exceção da LETRA “A” (Análise Funcional) todas as outras alternativas encontram correspondência com o que expressa a literatura supracitada. Com base nisto, ratifica-se, portanto, que a LETRA “A”, de fato, constitui o GABARITO da questão analisada.

 

_______________

Fonte consultada:

Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000.

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

28) A duração de um Psicodiagnóstico constitui uma estimativa do tempo em que pode operacionalizar as tarefas implícitas pelo plano de avaliação, bem como completar as tarefas subsequentes até a comunicação dos resultados. Para tanto, torna-se imprescindível nesse processo o contrato de trabalho, ou seja, o estabelecimento de termos em que o Psicodiagnóstico vai desenvolver-se. Sobre o contrato de trabalho, é incorreto afirmar:

  • A) deve priorizar no processo do Psicodiagnóstico a realização de um cronograma de atividades entre profissional e paciente de modo a facilitar o início das entrevistas e a aplicação dos testes, instrumentos centrais na consecução de uma avaliação correta.

  • B) envolve um comprometimento de ambas as partes no cumprimento das obrigações formais.

  • C) deve envolver certo grau de flexibilidade, devendo ser revisto sempre que o desenvolvimento do processo tiver de sofrer modificações.

  • D) o momento mais propício para o estabelecimento de um contrato de trabalho é variável, pois depende da precisão das questões iniciais e dos objetivos, bem como da experiência do psicólogo.

  • E) a definição de papéis, as obrigações e responsabilidades mútuas compõem o centro de um contrato de trabalho.

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A alternativa correta é letra A) deve priorizar no processo do Psicodiagnóstico a realização de um cronograma de atividades entre profissional e paciente de modo a facilitar o início das entrevistas e a aplicação dos testes, instrumentos centrais na consecução de uma avaliação correta.

Essa opção é incorreta porque o contrato de trabalho no psicodiagnóstico envolve mais do que apenas a elaboração de um cronograma de atividades. Embora seja importante estabelecer um cronograma para planejar as etapas do processo de avaliação, o contrato de trabalho abrange também o comprometimento mútuo das partes envolvidas no cumprimento das obrigações formais e a definição de papéis, obrigações e responsabilidades mútuas.

Portanto, o contrato de trabalho no psicodiagnóstico deve incluir a criação de um cronograma de atividades, mas não se limita apenas a isso.

29) Deve-se levar em consideração no processo psicodiagnóstico o(a)

  • A) sujeito como algo mutável e dinâmico, circunscrito num mundo maior que o da consulta psicológica, o qual é multideterminado e atua ativamente sobre sua realidade.

  • B) própria subjetividade do avaliador

  • C) a leitura dos dados de forma subjetiva e com deformações

  • D) sujeito que está sendo submetido a testes, bem como seu individualismo

  • E) nenhuma alternativa está correta

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A alternativa correta é letra A) sujeito como algo mutável e dinâmico, circunscrito num mundo maior que o da consulta psicológica, o qual é multideterminado e atua ativamente sobre sua realidade.

Gabarito Letra A


 

Deve-se levar em consideração no processo psicodiagnóstico o(a)

 

a)  sujeito como algo mutável e dinâmico, circunscrito num mundo maior que o da consulta psicológica, o qual é multideterminado e atua ativamente sobre sua realidade. –

Correto! O próprio CFP quando trata dos documentos decorrentes da avaliação psicológica diz que o psicólogo deve considerar, nesses documentos, a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do fenômeno psicológico. Além disso, o código de ética exige que o psicólogo em suas atividades profissionais analise criticamente a realidade, o que perpassa considerar a multideterminação da realidade do sujeito avaliado.

 

b)  própria subjetividade do avaliador –

Errado. Apesar de impossível descartar completamente a subjetividade do avaliador, o objetivo deste é chegar o mais próximo disso o possível, para fazer uma avaliação neutra e objetiva.

 

c)  a leitura dos dados de forma subjetiva e com deformações -

Errado. Mais uma vez, a objetividade na leitura

dos dados deve ser buscada, e com exatidão, não deformações.

 

d)  sujeito que está sendo submetido a testes, bem como seu individualismo -

Errado. O sujeito em avaliação deve ser considerado no processo psicodiagnóstico, obviamente, mas “seu individualismo” não fica claro.

 

e)  nenhuma alternativa está correta -

Errado. A letra A está correta.

 

Dessa forma, nosso gabarito é Letra A.

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30) Quanto aos objetivos do processo psicodiagnóstico. Podemos afirmar que:

  • A)  não devem estar relacionado a hipóteses formuladas, pois quem relaciona os objetivos com formulação de hipóteses são os psicometristas;

  • B)  não devem estar relacionados à fonte da solicitação, já que esta, por vezes, não detém o melhor conhecimento sobre a situação;

  • C)  nenhuma das alternativas corresponde aos objetivos do processo psicodiagnóstico;

  • D)  variam de acordo com a simplicidade ou complexidade das questões propostas;

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A resposta correta é letra D) Variam de acordo com a simplicidade ou complexidade das questões propostas.

Os objetivos do processo psicodiagnóstico não estão fixos ou padronizados, mas sim variam de acordo com a natureza e o contexto das questões a serem investigadas. Portanto, esses objetivos podem ser mais simples ou mais complexos, dependendo das circunstâncias específicas de cada situação. Não estão diretamente relacionados à formulação de hipóteses, como mencionado na alternativa A, nem necessariamente ligados à fonte da solicitação, como indicado na alternativa B. A alternativa C, que afirma que nenhuma das alternativas corresponde aos objetivos do processo psicodiagnóstico, está incorreta, pois os objetivos podem ser estabelecidos de acordo com as demandas específicas de cada avaliação psicológica.

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