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Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso

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361) Acerca dos modelos de avaliação psicológica e psicodiagnóstico, julgue os itens a seguir.

I. Nos modelos mais tradicionais de realizar avaliações psicológicas ou psicodiagnóstico, ainda vigentes no Brasil e no mundo, o foco é a coleta de informações sobre o cliente.

II. Perspectivas emergentes compreendem o desempenho nos testes como algo a ser colaborativamente explorado, visando ampliar uma compreensão de fenômenos que são fruto de um contexto.

III. A avaliação terapêutica é baseada em princípios humanísticos/fenomenológicos e intersubjetivos, porém não está atrelada a uma abordagem teórica ou técnica específica.

Assinale a alternativa correta.

  • A) Apenas o item I está certo.
  • B) Apenas os itens I e II estão certos.
  • C) Apenas os itens I e III estão certos.
  • D) Apenas os itens II e III estão certos.
  • E) Todos os itens estão certos.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) Todos os itens estão certos.

Gabarito Letra E

 

 

 Certo! Veja:

Nos modelos mais tradicionais de realizar avaliações psicológicas ou psicodiagnóstico, ainda vigentes no Brasil e no mundo, o foco é a coleta de informações sobre o cliente ou clientes (família, empresas, contexto judiciário e assim por diante), com o objetivo de fazer indicações terapêuticas ou outros tipos de intervenção mais adequadas para a dada situação. Usam-se testes que avaliam o que se quer saber sobre a pessoa, comparam-se seus resultados com dados normativos, obtém-se um perfil que descreve o grau em que aquele aspecto aparece na pessoa e em que medida isso é esperado para a população em geral. Havendo desvios importantes com relação aos valores médios da população, isso terá implicações nas decisões a serem tomadas dali para frente, sendo, na melhor das hipóteses, decisões sobre seu tratamento.”

 

Certo! Veja:

 “Entretanto, paralelamente ao predomínio do modelo mais tradicional, um outro movimento surgiu com base nas teorias humanistas e fenomenológicas, principalmente de origem norte-americana. Em um texto que lança as bases para um novo paradigma no uso de testes e métodos de avaliação, Fischer (1979) enfatiza a avaliação como um processo intersubjetivo de construção. Para a autora, os testes são versões simplificadas dos desafios comuns que os clientes enfrentam em suas vidas, portanto as pessoas se desempenham nos testes de modo semelhante a como se desempenham em eventos e situações similares fora do consultório. Assim, nada melhor que transformar a avaliação em uma experiência de interação entre avaliador e cliente, mediada por algumas tarefas, os testes e outros procedimentos. Finn (2017) acrescenta que cabe ao avaliador “manter o foco nos fatores contextuais que influenciam o comportamento, porque é aqui que as coisas ficam interessantes quando se está tentando ajudar as pessoas a superar problemas vividos” (p. 246). Assim, o desempenho nos testes é algo a ser colaborativamente explorado visando ampliar uma compreensão de fenômenos que são fruto de um contexto e que, portanto, podem se manifestar em uma circunstância, mas não em outra.”

 

Certo! Veja:

A AT [avaliação terapêutica] consiste uma metodologia desenvolvida por Stephen Finn, Constance Fischer e outros colaboradores (Finn, 2015; 2017; Finn, & Kamphuis, 2006;Finn, & Martin, 2013; Finn, & Tonsager, 1997; Finn, v & Handler, 2012; Tharinger et al., 2008; Tharinger, Finn, Wilkinson, & Schaber, 2007; Tharinger, Gentry, & Finn, 2013), baseada em princípios humanísticos/fenomenológicos e intersubjetivos, porém não atrelada a uma abordagem teórica ou técnica específica. Trata-se de um processo no qual dois observadores (avaliador e avaliado) produzem uma compreensão construída por meio do compartilhamento de observações dos problemas expostos pelo avaliado, considerando três aspectos: os valores do avaliado; as teorias leigas do avaliado e as teorias profissionais do avaliador. Nesse contexto, os testes psicológicos são elementos cruciais da AT, pois representam situações controladas para observar e definir uma realidade. Uma definição do problema em questão a ser mutuamente acordada, para entender, contextualizar e intervir nos comportamentos problemáticos dos clientes (Krishnamurthy, Finn, & Aschieri, 2016).”

 

Assim, I, II e III estão corretas.

Gabarito Letra E

 

Fonte: Villemor-Amaral, Anna Elisa de e Resende, Ana CristinaNovo Modelo de Avaliação Psicológica no Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2018, v. 38, n. spe [Acessado 22 Agosto 2022] , pp. 122-132.

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362) O psicodiagnóstico com idosos inicia-se com a entrevista de anamnese, que busca o conhecimento da demanda e a elaboração de hipóteses diagnósticas. A seguir, o psicólogo monta uma bateria de testes, fazendo então a correção e a interpretação de seus resultados. Depois, é preciso um raciocínio clínico que busque integrar dados dos testes com dados da história clínica e de vida do paciente, assim como suas queixas, sinais e sintomas, visando a uma compreensão dinâmica de seu funcionamento, de suas potencialidades e de suas dificuldades (Hutz & cols., 2016). Assinale a alternativa incorreta.

  • A) Na entrevista clínica com idosos, é importante identificar fatores sociodemográficos e alterações sensoriais, motoras e cognitivas que acompanham o envelhecimento e podem influenciar os resultados dos testes administrados.
  • B) Na entrevista clínica, deve-se questionar a profissão e a rotina do idoso antes de iniciar com as queixas de declínio cognitivo, para verificar se costumava fazer atividades como leitura, escrita e cálculos, e se essas se mostram atualmente comprometidas na avaliação.
  • C) Deve-se analisar também quanto as queixas trazidas pelo paciente e por seus familiares estão impactando a independência funcional e a rotina do paciente. Por isso, é importante verificar quais atividades ele consegue fazer sem ajuda e para quais precisa de supervisão.
  • D) O paciente idoso não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devem-se averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante. O informante deve, necessariamente, ser alguém da família do paciente.
  • E) Em diversas ocasiões, é preciso entrevistar profissionais que acompanham o paciente em casa, como técnicos de enfermagem e/ou “cuidadores” em geral. Nos casos em que o idoso estiver institucionalizado, o informante precisa ser alguém que tem contato direto, e preferencialmente diário, com o paciente.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) O paciente idoso não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devem-se averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante. O informante deve, necessariamente, ser alguém da família do paciente.

Gabarito Letra D

O psicodiagnóstico com idosos inicia-se com a entrevista de anamnese, que busca o conhecimento da demanda e a elaboração de hipóteses diagnósticas. A seguir, o psicólogo monta uma bateria de testes, fazendo então a correção e a interpretação de seus resultados. Depois, é preciso um raciocínio clínico que busque integrar dados dos testes com dados da história clínica e de vida do paciente, assim como suas queixas, sinais e sintomas, visando a uma compreensão dinâmica de seu funcionamento, de suas potencialidades e de suas dificuldades (Hutz & cols., 2016).

Assinale a alternativa incorreta.
a)  Na entrevista clínica com idosos, é importante identificar fatores sociodemográficos e alterações sensoriais, motoras e cognitivas que acompanham o envelhecimento e podem influenciar os resultados dos testes administrados.

Certo! Veja o que diz o autor:

Na entrevista clínica com idosos, é importante identificar fatores sociodemográficos e alterações sensoriais, motoras e cognitivas que acompanham o envelhecimento e podem influenciar os resultados dos testes administrados. No Brasil, muitos idosos apresentam baixa escolaridade e poucos hábitos de leitura e escrita. Todos esses fatores podem afetar os resultados da avaliação, especialmente em tarefas de linguagem ou até mesmo na compreensão das instruções mais complexas dos testes. Portanto, o clínico deve fazer uso de instrumentos que disponibilizem normas por idade e escolaridade, uma vez que essa é uma variável que impacta no desenvolvimento e no declínio cognitivo (Bueno & Dalgalarrondo, 2013; Parente, Carthery-Goulart, Zimmermann, & Fonseca, 2012). Por exemplo, dois idosos de 65 anos, de diferentes níveis de escolaridade, podem ter desempenhos diferentes nos testes, mas não necessariamente aquele que apresentar pontuação mais baixa tem um transtorno neurocognitivo.”


b)  Na entrevista clínica, deve-se questionar a profissão e a rotina do idoso antes de iniciar com as queixas de declínio cognitivo, para verificar se costumava fazer atividades como leitura, escrita e cálculos, e se essas se mostram atualmente comprometidas na avaliação.

Certo! Veja o que diz o autor:

“Ainda, na entrevista clínica, deve-se questionar a profissão e a rotina do idoso antes de iniciar com as queixas de declínio cognitivo, para verificar se costumava fazer atividades como leitura, escrita e cálculos, e se essas se mostram atualmente comprometidas na avaliação. As diferenças entre os níveis de atividades atuais e prévios são fundamentais na avaliação em casos de suspeita de transtorno neurocognitivo. Nem sempre o prejuízo detectado condiz com perda de desempenho em relação ao funcionamento durante a vida, ou seja, alguns prejuízos cognitivos podem estar presentes durante toda a vida. Nesses casos, a entrevista inicial é a ferramenta que temos para identificar o funcionamento prévio do paciente, como ele se comportava e o que era capaz de realizar.”


c)  Deve-se analisar também quanto as queixas trazidas pelo paciente e por seus familiares estão impactando a independência funcional e a rotina do paciente. Por isso, é importante verificar quais atividades ele consegue fazer sem ajuda e para quais precisa de supervisão.

Certo! Veja o que diz o autor:

“Em uma avaliação psicológica para o diagnóstico de transtorno neurocognitivo, deve-se analisar também o quanto as queixas trazidas pelo paciente e por seus familiares estão impactando na independência funcional e na rotina do paciente. Assim, é importante incluir na entrevista clínica informações sobre a rotina do idoso e quais atividades ele consegue fazer sem ajuda e para quais precisa de supervisão. Nessa entrevista, podem ser utilizadas as escalas de atividades da vida diária, que incluem questões sobre o quanto o indivíduo é independente para tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, deitar e levantar da cama, alimentar-se, usar o telefone, locomover-se por meio de transporte, fazer compras, arrumar a casa, preparar a comida, lavar roupa, cuidar do dinheiro e tomar medicamentos.”


d)  O paciente idoso não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devem-se averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante. O informante deve, necessariamente, ser alguém da família do paciente.

Errado. O informante deve ser próximo do paciente, não necessariamente da família.

“Contudo, justamente pelas alterações cognitivas, o paciente com suspeita de transtorno neurocognitivo não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devemos averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante O informante deve, necessariamente, ser próximo ao paciente e conviver com ele. Na maioria dos casos, trata-se de alguém da família do paciente e também quem o acompanha na consulta, como cônjuges e filhos. Contudo, em diversas ocasiões, é preciso entrevistar profissionais que acompanham o paciente em casa, como técnicos de enfermagem e/ou “cuidadores” em geral. Essa recomendação vale para pacientes mantidos em suas casas, mas com profissionais contratados pela família, responsáveis pela atenção diária e pelos cuidados do idoso. Nos casos em que o idoso estiver institucionalizado, o informante deve ser alguém que o acompanha na casa geriátrica ou instituição de saúde. Portanto, o informante precisa ser alguém que tem contado direto e, preferencialmente, diário com o paciente. A entrevista com o informante deve abranger os mesmos aspectos da anamnese com o paciente”


e)  Em diversas ocasiões, é preciso entrevistar profissionais que acompanham o paciente em casa, como técnicos de enfermagem e/ou “cuidadores” em geral. Nos casos em que o idoso estiver institucionalizado, o informante precisa ser alguém que tem contato direto, e preferencialmente diário, com o paciente.

Certo! Essa informação também está no trecho apresentado na afirmativa anterior.

 

Assim, nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: HUTZ, C. S. et al. (Org.). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

363) Sobre os comportamentos específicos do psicólogo no processo psicodiagnóstico, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo e a seguir assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

( ) Procurar solver questões relacionadas com inimputabilidade, como aptidão para o exercício de funções de cidadão, avaliação de inépcia ou de barreiras psicopatológicas.

( ) Especificar prognóstico e diagnóstico referencial.

( ) Captar dados sobre a história clínica e história pessoal, buscando distinguir denominadores comuns com a circunstância atual, do ponto de vista psicopatológico e dinâmico.

( ) Estabelecer um plano de avaliação.

( ) Proceder com o exame do estado mental do paciente (subjetivo), eventualmente completado por outras fontes (exame objetivo).

  • A) F, V, V, V, V.

  • B) F, V, V, F, F.

  • C) F, F, V, V, F.

  • D) F, F, V, V, V.
  • E) V, V, F, F, V.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) F, F, V, V, V.

Gabarito Letra D

Sobre os comportamentos específicos do psicólogo no processo psicodiagnóstico, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo e a seguir assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

 Vamos relembrar todos os comportamentos específicos do psicólogo:

“Os comportamentos específicos do psicólogo podem ser assim relacionados, embora possam variar na sua especificidade e na sua seriação, conforme os objetivos do psicodiagnóstico:

a) determinar motivos do encaminhamento, queixas e outros problemas iniciais;

b) levantar dados de natureza psicológica, social, médica, profissional e/ou escolar, etc. sobre o sujeito e pessoas significativas, solicitando eventualmente informações de fontes complementares;

 c) colher dados sobre a história clínica e história pessoal, procurando reconhecer denominadores comuns com a situação atual, do ponto de vista psicopatológico e dinâmico;

d) realizar o exame do estado mental do paciente (exame subjetivo), eventualmente complementado por outras fontes (exame objetivo);

e) levantar hipóteses iniciais e definir os objetivos do exame;

f) estabelecer um plano de avaliação;

g) estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito ou responsável;

h) administrar testes e outros instrumentos psicológicos;

i) levantar dados quantitativos e qualitativos;

 j) selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos para os objetivos do exame, conforme o nível de inferência previsto, com os dados da história e características das circunstâncias atuais de vida do examinando;

l) comunicar resultados (entrevista devolutiva, relatório, laudo, parecer e outros informes), propondo soluções, se for o caso, em benefício do examinando;

m) encerrar o processo”

(F) Procurar solver questões relacionadas com inimputabilidade, como aptidão para o exercício de funções de cidadão, avaliação de inépcia ou de barreiras psicopatológicas.

Falso. Questões de inimputabilidade e aptidão para funções de cidadão não são objetivos clínicos, consequentemente não são objetivos do psicodiagnóstico.

 

(F) Especificar prognóstico e diagnóstico referencial.

Falso. Esses não são comportamentos específicos do profissional.

 

(V) Captar dados sobre a história clínica e história pessoal, buscando distinguir denominadores comuns com a circunstância atual, do ponto de vista psicopatológico e dinâmico.

Verdadeiro!

 

(V) Estabelecer um plano de avaliação.

 Verdadeiro!

 

(V) Proceder com o exame do estado mental do paciente (subjetivo), eventualmente completado por outras fontes (exame objetivo).

Verdadeiro!

 

Assim, a sequência correta é F F V V V

Nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007

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364) Sobre o Psicodiagnóstico, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.

I. É fundamental que o psicólogo esteja sempre alerta à contratransferência, no sentido de percebê-la e entendê-la como um fenômeno normal, buscando dar-se conta de seus sentimentos, não permitindo que eles atuem no processo avaliativo.

II. Surgiu como consequência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais.

III. É uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos; portanto, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais.

IV. O foco ou motivo da avaliação é de extrema importância, pois será ele que irá guiar todo o processo de psicodiagnóstico, incluindo a escolha das técnicas e dos instrumentos que serão utilizados.

  • A) Apenas uma assertiva está correta.
  • B) Apenas duas assertivas estão corretas.
  • C) Apenas três assertivas estão corretas.
  • D) Todas estão corretas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Todas estão corretas.

   

Sobre o Psicodiagnóstico, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.

 

  

Essa a afirmativa está de acordo com o texto abaixo:

 

"É fundamental que o psicólogo esteja sempre alerta à contratransferência, no sentido de percebê-la e entendê-la como um fenômeno normal, buscando dar-se conta de seus sentimentos, não permitindo que eles atuem no processo psicodiagnóstico."

 

Fonte: "Psicodiagnóstico-V" (Cunha)

 

Assertiva Correta.

 

  

Essa afirmativa também está correta. Veja:

 

"O psicodiagnóstico surgiu como conseqüência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais. Anteriormente, o modelo para o estudo das doenças mentais remontava ao trabalho de Kraepelin e outros e às suas tentativas para estabelecer critérios de diagnóstico diferencial para a esquizofrenia."

 

Fonte: "Psicodiagnóstico-V" (Cunha)

 

Assertiva Correta.

 

  

Outra afirmativa correta. Observe:

 

"As sementes da avaliação psicológica, que hoje constitui uma das funções do psicólogo, foram lançadas numa fase que abrangeu o fim do século XIX e o início do século XX, época que marcou a inauguração do uso dos testes psicológicos. Historicamente, portanto, justifica-se a imagem que o leigo formou do psicólogo, como um profissional que usa testes, já que principalmente testólogo é o que ele foi, na primeira metade do século XX (Groth-Marnat, 1999). Atualmente, o psicólogo utiliza estratégias de avaliação psicológica, com objetivos bem definidos, para encontrar respostas a questões propostas com vistas à solução de problemas. A testagem pode ser um passo importante do processo, mas constitui apenas um dos recursos de avaliação possíveis. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos; portanto, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (Cunha et alii, 1993; Cunha, 1996).

 

Fonte: "Psicodiagnóstico-V" (Cunha)

 

Assertiva Correta.

  

Essa também está correta. Veja:

 

"O psicodiagnóstico caracteriza-se por ser um tipo de avaliação psicológica desenvolvida no âmbito clínico. Inicia-se a partir de uma demanda e desenvolve-se por meio de um foco específico para avaliação. O foco ou motivo da avaliação é de extrema importância, pois será ele que irá guiar todo o processo de psicodiagnóstico, incluindo a escolha das técnicas e dos instrumentos que serão utilizados. As primeiras informações/queixas que recebemos do paciente, ou da fonte de encaminhamento, geralmente não são suficientes para delimitarmos de forma clara esse foco. Desse modo, destaca-se a importância das entrevistas iniciais que são realizadas tanto com o profissional que solicitou o psicodiagnóstico, quanto com o próprio paciente e outras fontes de informação como pais, responsáveis ou outros familiares. Essas entrevistas também podem ocorrer com professores, médicos ou demais profissionais que acompanham 0 paciente. Por meio delas poderemos aprofundar as queixas ou motivos trazidos em um momento inicial, assim como explorarmos essas questões a partir de outras perspectivas."

 

Fonte: "Psicodiagnóstico" (Hutz et al.)

 

Assertiva Correta.

 

Portanto, todas as afirmativas estão corretas. Encontramos a resposta na Letra D.

 

a)  Apenas uma assertiva está correta. b)  Apenas duas assertivas estão corretas. c)  Apenas três assertivas estão corretas. d)  Todas estão corretas.

365) Em relação à Avaliação Psicológica, um procedimento muito utilizado com crianças é a Hora do Jogo Diagnóstica. Em relação a esse procedimento, assinale a alternativa correta.

  • A) Consiste em um método psicométrico utilizado com crianças de qualquer idade.
  • B) Consiste em uma etapa obrigatória do processo avaliativo de crianças com mais de 05 anos e facultativa com crianças com menos de 05 anos.
  • C) Foi originalmente apresentado por Aberastury a partir de observações feitas durante o primeiro contato com a criança.
  • D) Foi severamente criticado por Sigmund Freud, que discordava da prática psicanalítica com crianças, delegando a ela o papel meramente educativo.
  • E) Foi criada por Winnicott no contexto de atendimentos infantil durante a Primeira Guerra Mundial.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Foi originalmente apresentado por Aberastury a partir de observações feitas durante o primeiro contato com a criança.

Gabarito Letra C

Em relação à Avaliação Psicológica, um procedimento muito utilizado com crianças é a Hora do Jogo Diagnóstica. Em relação a esse procedimento, assinale a alternativa correta.
a)  Consiste em um método psicométrico utilizado com crianças de qualquer idade.

Errado. A hora do jogo diagnóstica não é um método psicométrico.


b)  Consiste em uma etapa obrigatória do processo avaliativo de crianças com mais de 05 anos e facultativa com crianças com menos de 05 anos.

Errado. O profissional que decide quais ferramentas utilizar, dependendo das características da avaliação. A hora do jogo diagnóstica não é obrigatória em nenhuma idade.


c)  Foi originalmente apresentado por Aberastury a partir de observações feitas durante o primeiro contato com a criança.

Certo!

“Aberastury evidenciou, assim, o valor diagnóstico da entrevista lúdica, falando, pela primeira vez, no nosso meio mais próximo, sobre a hora de jogo diagnóstica, estabelecendo diferenças com a primeira hora de jogo terapêutica. Para fins diagnósticos, segundo essa autora, não há necessidade de uma caixa com material lúdico exclusiva para cada criança, considerando que qualquer tipo de brinquedo, mesmo que sejam os mais simples, oferecem possibilidades lúdicas projetivas para o diagnóstico. Entretanto, quando se trata da primeira hora de jogo de tratamento, ao finalizar a sessão, além do terapeuta estabelecer as condições do contrato psicoterápico, deverá guardar junto com a criança todo o material lúdico numa caixa, que ficará fechada e à qual só terão acesso a criança e o terapeuta. Essa caixa, sem dúvida, se transforma durante o tratamento no símbolo do sigilo, similar ao contrato verbal que se estabelece com o adulto quando se inicia o tratamento. Na entrevista lúdica, Aberastury (1978) considera também conveniente não interpretar, já que ainda não temos como saber se a criança será tratada ou não e, em caso de encaminhamento, qual a técnica mais adequada para aplicar. Então, é muito delicado arriscar uma interpretação, porque podem se romper as defesas, cuja fragilidade ou rigidez ainda não conhecemos, e, como conseqüência, despertar muita ansiedade e/ou culpa, bem como alimentar fantasias de que seus impulsos podem atacar ou destruir a relação com o psicólogo, sentimentos estes que ficariam sem resolver, se a decisão for a de não acompanhar psicoterapicamente a criança.”


d)  Foi severamente criticado por Sigmund Freud, que discordava da prática psicanalítica com crianças, delegando a ela o papel meramente educativo.

Errado. Freud não fez essa crítica.


e)  Foi criada por Winnicott no contexto de atendimentos infantil durante a Primeira Guerra Mundial.

Errado. A hora do jogo diagnóstica foi criada por Aberastury. Winnicott criou o jogo de rabisco.

 

Nosso gabarito é Letra C.

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007.

   

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366) O processo científico que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso, é denominado Psicodiagnóstico. São características do psicodiagnóstico, exceto:

  • A) Entrevista inicial
  • B) Levantamento de hipótese inicial
  • C) Criação do plano de trabalho
  • D) Indeterminação de tempo para conclusão

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Indeterminação de tempo para conclusão

 

O processo científico que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso, é denominado Psicodiagnóstico. São características do psicodiagnóstico, exceto:

 
 

Para a compreensão do assunto que traz esta questão, dividiu-se a análise em três partes:

1) O que é psicodiagnóstico?

2) Etapas essenciais do processo psicodiagnóstico

3) Análise das alternativas

 
 

1) O que é psicodiagnóstico?

 

Segundo Cunha (2005, p. 26):

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”

 
 

2) Etapas essenciais do processo psicodiagnóstico

 

De maneira resumida, com base em publicação específica sobre o assunto apresentada por site especializado1, há etapas e fatores indispensáveis no psicodiagnóstico, as quais seriam:

 
  1. Entrevista inicial: trata-se do primeiro contato com o psicólogo e o paciente, em ambiente como o consultório ou a clínica. O psicólogo ouvirá o paciente, e realizará perguntas sobre a sua vida, comportamento, pensamentos e visão do mundo.
 
  1. Levantamento das hipóteses iniciais: essas hipóteses são o ponto de partida do psicodiagnóstico, que usará de diversos testes e técnicas para a confirmação, aprofundamento e descoberta do transtorno.
 
  1. Contrato de trabalho: o psicodiagnóstico é um processo que se limita em um determinado período de tempo, por isso, o especialista da psicologia prevê o possível diagnóstico e elabora uma série de técnicas, propondo um período para isso acontecer.
 
  1. Criação do plano de avaliação: realizado o contrato, o psicólogo passa a desenvolver as atividades, o planejamento das tarefas e o cronograma do acompanhamento. Essa etapa é realizada de acordo com a disponibilidade do paciente, que após concordar, deve comparecer a todas as reuniões determinadas pelo profissional.
 
  1. Bateria de testes: a etapa 5 já compreende o psicodiagnóstico em si, em que são aplicados procedimentos com o objetivo de avaliar a condição do paciente, observando seu comportamento, sintomas mais exacerbados e outras características que podem significar determinado diagnóstico.
 
  1. Interpretação e análise dos dados: a última etapa compreende o trabalho posterior à bateria de testes, que deve ser realizado pelo psicólogo. Aqui, ele irá levantar todas as informações observadas, analisá-las criteriosamente e por fim, interpretar todas elas e chegar a uma conclusão, um diagnóstico.
 
 

3) Análise das alternativas

 

Considerando as alternativas disponíveis, apenas a LETRA “D” (Indeterminação de tempo para conclusão) constitui exceção entre as etapas essenciais do processo psicodiagnóstico, já que este é um processo científico com tempo delimitado. Mediante isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “D” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.

   

_______________

Fonte consultada:

1 https://bit.ly/3f1o8Tv

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul

367) Segundo Jurema Alcides Cunha, o passo final de um psicodiagnóstico corresponde à comunicação dos resultados, à formalização oral e/ou escrita de conclusões a que o Psicólogo chegou, estabelecidas em função de um determinado nível de inferência.

A autora assinala que a comunicação dos resultados

  • A) em uma entrevista de devolução deve abranger todos os aspectos percebidos no material colhido, pois é dever do Psicólogo compartilhar os seus achados.
  • B) não abrange todos os dados e, quase sempre, não compreende todas as conclusões, pois há uma seleção de informações pertinente aos motivos do encaminhamento.
  • C) deve ser realizada com responsabilidade, tendo cuidado em como comunicar todos os dados profundos obtidos na situação de exame, inclusive referentes à sexualidade.
  • D) ocorre somente nos casos em que ela foi solicitada pelo cliente, incluindo emissão de laudo para ser analisado com outro especialista que acompanha o caso.
  • E) necessita ser necessariamente por escrito para que outras pessoas significativas do examinando, inclusive principais parentes, também possam ter acesso à leitura.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) não abrange todos os dados e, quase sempre, não compreende todas as conclusões, pois há uma seleção de informações pertinente aos motivos do encaminhamento.

Gabarito Letra B

 

A autora assinala que a comunicação dos resultados
a)  em uma entrevista de devolução deve abranger todos os aspectos percebidos no material colhido, pois é dever do Psicólogo compartilhar os seus achados.

Errado. Nem todos os dados devem ser comunicados.


b)  não abrange todos os dados e, quase sempre, não compreende todas as conclusões, pois há uma seleção de informações pertinente aos motivos do encaminhamento.

Certo!

“A comunicação dos resultados (output) não é mais que a formalização oral e/ou escrita de conclusões a que o psicólogo chegou, estabelecidas em função de um determinado nível de inferência. Todavia, a comunicação não abrange todos os dados e, quase sempre, não compreende todas as conclusões. Há uma seleção de informações que, por um lado, é pertinente aos motivos do encaminhamento e se mantém num determinado nível de inferência, previsto pelo objetivo do exame, e, por outro lado, se estrutura conforme a natureza do serviço ao qual será encaminhado o laudo ou de acordo com o tipo de profissional que o solicitou.”


c)  deve ser realizada com responsabilidade, tendo cuidado em como comunicar todos os dados profundos obtidos na situação de exame, inclusive referentes à sexualidade.
Errado. Nem todos os dados devem ser comunicados.

 

d)  ocorre somente nos casos em que ela foi solicitada pelo cliente, incluindo emissão de laudo para ser analisado com outro especialista que acompanha o caso.

Errado. O cliente não precisa solicitar a entrevista de devolução, ela deve acontecer independente disso.


e)  necessita ser necessariamente por escrito para que outras pessoas significativas do examinando, inclusive principais parentes, também possam ter acesso à leitura.

Errado. A entrevista é verbal, por escrito são os documentos decorrentes do processo.

 

Nosso gabarito é Letra B.

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007.

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368) O psicodiagnóstico é caracterizado como um processo científico, limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre paciente ou responsável e o psicólogo. Para sua realização é necessária a definição de plano de avaliação, sobre o qual é CORRETO afirmar:

  • A) o psicólogo deverá empregar os instrumentos e técnicas metodológicas específicos, relacionados pelo SATEPSI, conforme cada hipótese diagnóstica.

  • B) o emprego instrumentos específicos, aplicados com um propósito específico, subsidiará a definição de atributos, após a definição diagnóstica.

  • C) é estabelecido com base nas perguntas ou hipóteses iniciais, definindo-se não só quais os instrumentos necessários, mas como e quando utilizá-los.
  • D) baseia-se na seleção e administração de bateria de testes e obtenção de dados que, inter-relacionados, fundamentam o psicodiagnóstico.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) é estabelecido com base nas perguntas ou hipóteses iniciais, definindo-se não só quais os instrumentos necessários, mas como e quando utilizá-los.

   

O psicodiagnóstico é caracterizado como um processo científico, limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre paciente ou responsável e o psicólogo. Para sua realização é necessária a definição de plano de avaliação, sobre o qual é CORRETO afirmar:

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.

 

Caracterizamos o psicodiagnóstico como um processo científico, porque deve partir de um levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou infirmadas através de passos predeterminados e com objetivos precisos. Tal processo é limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre paciente ou responsável e o psicólogo, tão logo os dados iniciais permitam estabelecer um plano de avaliação e, portanto, uma estimativa do tempo necessário (número aproximado de sessões de exame).

 

O plano de avaliação é estabelecido com base nas perguntas ou hipóteses iniciais, definindo-se não só quais os instrumentos necessários, mas como e quando utilizá-los. Pressupõe-se, naturalmente, que o psicólogo saiba que instrumentos são eficazes quanto a requisitos metodológicos. Portanto, a questão, aqui, é o quanto certos instrumentos podem ser eficientes, se aplicados com um propósito específico, para fornecer respostas a determinadas perguntas ou testar certas hipóteses.

(...)"

 

Fonte: "Psicodiagnóstico-V" (Cunha)

 

Portanto, a única alternativa que fala especificamente sobre o plano de avaliação é a Letra C.

 

a)  o psicólogo deverá empregar os instrumentos e técnicas metodológicas específicos, relacionados pelo SATEPSI, conforme cada hipótese diagnóstica.

 

b)  o emprego instrumentos específicos, aplicados com um propósito específico, subsidiará a definição de atributos, após a definição diagnóstica.

 

c)  é estabelecido com base nas perguntas ou hipóteses iniciais, definindo-se não só quais os instrumentos necessários, mas como e quando utilizá-los.

d)  baseia-se na seleção e administração de bateria de testes e obtenção de dados que, inter-relacionados, fundamentam o psicodiagnóstico.

369) As sementes da avaliação psicológica, considerada como uma das funções do psicólogo foram lançadas em uma fase que abrangeu o fim do século XIX e o início do século XX. Essa época foi um marco também em relação ao uso dos testes psicológicos. Neste sentido é relevante pensar o psicólogo como um profissional que, atualmente, utiliza estratégias de avaliação psicológica com objetivos bem definidos, para encontrar respostas a questões propostas com objetivos bem definidos.

(CUNHA, 2000.)

Sobre o conteúdo anterior que aborda avalição psicológica e os instrumentos utilizados para sua realização, assinale a afirmativa correta.

  • A) Ao realizar uma avaliação psicológica, a testagem pode ser um passo importante constituindo parte única deste processo.
  • B) O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, realizada com propósitos clínicos; contudo, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais.
  • C) Durante a primeira metade do século XX, os enfoques teóricos da avaliação psicológica eram predominantes em conceituações “comportamentais e psicanalíticas”; a segunda metade foi assinalada pela chamada “revolução comportamental”.
  • D) No que tange ao enfoque teórico adotado pelo psicólogo em relação as avaliações psicológicas, pode-se considerar que estas eram influenciadas pelas principais correntes de pensamento; contudo, este fator não deverá ser considerado como uma estratégia de avaliação.

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A alternativa correta é letra B) O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, realizada com propósitos clínicos; contudo, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais.

   

As sementes da avaliação psicológica, considerada como uma das funções do psicólogo foram lançadas em uma fase que abrangeu o fim do século XIX e o início do século XX. Essa época foi um marco também em relação ao uso dos testes psicológicos. Neste sentido é relevante pensar o psicólogo como um profissional que, atualmente, utiliza estratégias de avaliação psicológica com objetivos bem definidos, para encontrar respostas a questões propostas com objetivos bem definidos. 

 

Sobre o conteúdo anterior que aborda avalição psicológica e os instrumentos utilizados para sua realização, assinale a afirmativa correta.

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"As sementes da avaliação psicológica, que hoje constitui uma das funções do psicólogo, foram lançadas numa fase que abrangeu o fim do século XIX e o início do século XX, época que marcou a inauguração do uso dos testes psicológicos. Historicamente, portanto, justifica-se a imagem que o leigo formou do psicólogo, como um profissional que usa testes, já que principalmente testólogo é o que ele foi, na primeira metade do século XX (Groth-Marnat, 1999). Atualmente, o psicólogo utiliza estratégias de avaliação psicológica, com objetivos bem definidos, para encontrar respostas a questões propostas com vistas à solução de problemas. A testagem pode ser um passo importante do processo, mas constitui apenas um dos recursos de avaliação possíveis. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos; portanto, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (Cunha et alii, 1993; Cunha, 1996).

 

Estratégias de avaliação psicológica, como expressão cada vez mais utilizada na literatura específica, aplicam-se a uma variedade de abordagens e recursos à disposição do psicólogo no processo de avaliação.

 

Em primeiro lugar, estratégia de avaliação pode-se referir ao enfoque teórico adotado pelo psicólogo. A avaliação psicológica foi fundamentalmente influenciada, durante o século XX, pelas principais correntes de pensamento que salientaram, cada uma, a primazia do comportamento, do afeto e da cognição, na organização e no funcionamento do psiquismo humano.

 

Na primeira metade do século XX, predominaram "conceituações comportamentais e psicanalíticas", enquanto a segunda metade foi assinalada pela chamada "revolução cognitiva" (Mahoney, 1993, p.8).

 

Fonte: "Psicodiagnóstico-V" (Cunha)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.


a)  Ao realizar uma avaliação psicológica, a testagem pode ser um passo importante constituindo parte única deste processo.


b)  O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, realizada com propósitos clínicos; contudo, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais.


c)  Durante a primeira metade do século XX, os enfoques teóricos da avaliação psicológica eram predominantes em conceituações “comportamentais e psicanalíticas”; a segunda metade foi assinalada pela chamada “revolução comportamental”.


d)  No que tange ao enfoque teórico adotado pelo psicólogo em relação as avaliações psicológicas, pode-se considerar que estas eram influenciadas pelas principais correntes de pensamento; contudo, este fator não deverá ser considerado como uma estratégia de avaliação.

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370) Segundo Cunha (2000), é pertinente mencionar que o processo de psicodiagnóstico pode ter um ou vários objetivos, dependendo dos motivos alegados ou reais de encaminhamento ou consulta que norteiam o elenco de hipóteses inicialmente formuladas, delimitando o escopo da avaliação. Sobre os objetivos do processo do psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir.

I. Um dos objetivos do processo do psicodiagnóstico é a prevenção, que tem como objetivo identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis e estressantes.

II. A perícia forense pode ser considerada como um dos objetivos do psicodiagnóstico, considerando que esta fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades, ou patologias que podem se associar com infrações da Lei.

III. O diagnóstico diferencial e o prognóstico compõem os objetivos do psicodiagnóstico, em que o primeiro busca investigar irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia; o segundo determina o curso provável do caso.

IV. A classificação simples compõe o objetivo do psicodiagnóstico. Este exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual.

Está correto o que se afirma em

  • A) I, II, III e IV.
  • B) I e IV, apenas.
  • C) II e III, apenas.
  • D) I, II e IV, apenas.

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A alternativa correta é letra A) I, II, III e IV.

   

  

A questão está baseada na seguinte tabela presente no livro de Cunha (Psicodiagnóstico-V):

 

 

Com isso, nota-se que todas as afirmativas abaixo estão corretas.

 

  

  

  

 

Portanto, encontramos a resposta na Letra A.

 

Está correto o que se afirma em


a)  I, II, III e IV.
b)  I e IV, apenas.
c)  II e III, apenas.
d)  I, II e IV, apenas.

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