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Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso

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31) A cerca do psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir:

 

I. A aplicação de testes psicológicos é muito útil para o diagnostico, prognósticos e para as indicadores e contraindicações da terapia breve.

 

II. É obtido de antemão, um conhecimento amplo e profundo a cerca do paciente, que facilite a formulação da hipótese psicodinâmica inicial e consequentemente a tarefa terapêutica, com base em um plano de trabalho determinado em seus traços principais.

 

III. A aplicação de testes não deveria efetuar-se de maneira sistemática em pacientes para os quais se prevê a realização de um tratamento breve e planejado, nos casos em que se esbarre com dificuldades diagnosticas.

 

IV. O tempo investido no processo psicodiagnóstico, ainda que considerável, as vezes fica amplamente compensado, quando se deve empreender uma psicoterapia de duração limitada.

 

V. Embora pareça contraditório destinar um numero apreciável de horas a realização do psicodiagnóstico, quando se trata de poupar tempo, não o é, na realidade, pois a riqueza dos dados que podem ser obtidos não só pode contribuir para a consecução de bons resultados, mas também para agilizar o processo terapêutico, cuja duração poderá eventualmente abreviar-se no alcance dos objetivos propostos.

 

De acordo com as afirmativas acima, a alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

  • A) I e III

  • B) I, II e V

  • C) I, II, IV e V

  • D) II, III, IV e V

  • E) I, II, III, IV e V

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) I, II, IV e V

 

A cerca do psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir:

 

Essa questão está baseada no seguinte trecho do livro "Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica" de Braier:

 

"Papel do psicodiagnóstico


Embora  este  não  seja  meu  campo  específico  de  atividade, desejo fazer algumas considerações a respeito. A  aplicação  de  testes  psicológicos é muito útil para o diag­nóstico, prognóstico e para as indicações e contra-indicações  da terapia breve. Quando se recomenda esse tipo de tratamento, essa aplicação adquire suma importância no planejamento terapêutico.


Tenho dito e o repito: em P.B. coloca-se a necessidade de se obter, de antemão,  um conhecimento amplo e profundo acerca  do paciente,  que facilite a formulação da hipótese psicodinâmica ini­cial e conseqüentemente nossa tarefa terapêutica, com  a base num plano de trabalho determinado,  pelo menos em seus traços princi­pais. Sobretudo se a terapia é de duração limitada, não haverá tempo para esperar a  emergência de certos  conteúdos, como num tratamento analítico. Daí que a aplicação de testes deveria efetuar-se de maneira sistemática em pacientes para os quais se prevê a realização de um tratamento breve e planejado, ou pelo menos nos casos em que se esbarre com dificuldades diagnosticas e/ou tera­pêuticas. Sou dos que pensam que o tempo investido no processo psicodiagnóstico, ainda que considerável, às vezes fica ampla­mente compensado, quando se deve empreender uma psicoterapia de duração limitada.


Embora pareça contraditório destinar um número apreciável de horas à realização do psicodiagnóstico quando se trata de pou­par tempo (como ocorre no caso das terapias hospitalares de curto prazo), não o é, na realidade, pois a riqueza dos dados que podem ser obtidos não só pode contribuir  para a consecução de bons resultados, mas também para agilizar o processo terapêutico, cuja duração poderá eventualmente abreviar-se no alcance dos objeti­vos propostos."

 

"Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica" (Braier)

 

Agora vamos verificar as afirmativas abaixo.

 

I. A aplicação de testes psicológicos é muito útil para o diagnostico, prognósticos e para as indicadores e contraindicações da terapia breve.

 

II. É obtido de antemão, um conhecimento amplo e profundo a cerca do paciente, que facilite a formulação da hipótese psicodinâmica inicial e consequentemente a tarefa terapêutica, com base em um plano de trabalho determinado em seus traços principais.

 

III. A aplicação de testes não deveria efetuar-se de maneira sistemática em pacientes para os quais se prevê a realização de um tratamento breve e planejado, nos casos em que se esbarre com dificuldades diagnosticas.

 

IV. O tempo investido no processo psicodiagnóstico, ainda que considerável, as vezes fica amplamente compensado, quando se deve empreender uma psicoterapia de duração limitada.

 

V. Embora pareça contraditório destinar um numero apreciável de horas a realização do psicodiagnóstico, quando se trata de poupar tempo, não o é, na realidade, pois a riqueza dos dados que podem ser obtidos não só pode contribuir para a consecução de bons resultados, mas também para agilizar o processo terapêutico, cuja duração poderá eventualmente abreviar-se no alcance dos objetivos propostos.

 

Portanto, estão corretas as afirmativas I, II, IV e V. Encontramos a resposta na Letra C.

 

De acordo com as afirmativas acima, a alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

 

a) I e III

b) I, II e V

c) I, II, IV e V

d) II, III, IV e V

e) I, II, III, IV e V

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32) Segundo Walter Trinca, no processo diagnóstico de tipo compreensivo encontram-se, comumente associados em um mesmo estudo de caso, alguns principais fatores estruturantes, dentre eles:

  • A) a ênfase na dinâmica emocional consciente.
  • B) o objetivo de elucidar o significado das perturbações.
  • C) a busca de compreensão psicológica parcial do paciente.
  • D) a seleção de aspectos periféricos ao paciente.
  • E) o predomínio do julgamento preditivo, decorrentes dos resultados de instrumentos diagnósticos estatisticamente validados.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) o objetivo de elucidar o significado das perturbações.

Gabarito: Letra B

Segundo Walter Trinca, no processo diagnóstico de tipo compreensivo encontram-se, comumente associados em um mesmo estudo de caso, alguns principais fatores estruturantes, dentre eles:

Vamos, primeiro, relembrar todos os fatores estruturantes do processo compreensivo, de acordo com Trinca:

 

Fatores estruturantes do processo compreensivo

No caso do processo diagnóstico de tipo compreensivo encontram os, comumente associados em um mesmo estudo de caso, os seguintes principais fatores estruturantes:

2.2.1. O bjetivo de elucidar o significado das perturbações

Um dos principais fatores estruturantes é a importância dada pelo psicólogo ao esclarecimento do significado dos desajustamentos que ocasionaram a procura do atendimento psicológico. H á um compromisso do profissional para com a compreensão profunda das queixas, sintomas e perturbações, em termos de apreensão de conteúdos inconscientes da vida mental do paciente. Se usássemos o modelo médico, diríamos que importa atingir um a explicação etiológica; todavia, sob o modelo compreensivo, dizemos que o diagnóstico psicológico abrange a explicitação das funções das perturbações e dos motivos inconscientes que as mantêm. (...)

2 . 2 . 2 . Ênfase na dinâmica emocional inconsciente

A estruturação do processo diagnóstico de tipo compreensivo requer a familiarização do profissional com a abordagem psicanalítica dos fenômenos mentais. Ele deve estar apto a reconhecer os fenômenos inconscientes que incluem, principalmente, a dinâmica encoberta dos conflitos, a estrutura e a organização latentes da personalidade. Necessita, ainda, adotar o referencial psicanalítico para o conhecimento da dinâm ica fam iliar, um a vez que o jogo de forças que opera nas relações familiares é, em grande parte, de natureza inconsciente. O psicólogo costuma prestar atenção aos fenômenos da transferência e da contratransfevência, que se dão durante o processo diagnóstico, reconhecendo-os e lidando com os mesmos  (...)

2.2.3. Considerações de conjunto para o material clínico

O psicólogo interessado em estruturar um diagnóstico psicológico de tipo compreensivo realiza um levantamento exaustivo de dados e informações, abrangendo os múltiplos aspectos da personalidade do paciente, do ambiente familiar e social deste, e da interação entre esses fatores, enfim, de tudo que interessa ao esclarecimento dos problemas que demandaram a busca de atendimento. (...)

2.2.4. Busca de compreensão psicológica globalizada do paciente

Para o tipo de diagnóstico que estamos descrevendo, a avaliação psicológica é um a operação que atinge o paciente em sua totalidade. Isto difere de um a avaliação em que certos aspectos da personalidade são considerados independentem ente de outros. Por exemplo, um a avaliação do nível intelectual, realizada por testes psicológicos, que não leva em consideração o sentido dos resultados face à vida atual e à história clínica do paciente. (...)

2.2.5. Seleção de aspectos centrais e nodais

Este tipo de processo diagnóstico pressupõe que o profissional saiba discernir quais dados são significativos para com por o estudo de caso, de modo a exigirem um a escolha seletiva. Ele focaliza os aspectos essenciais, separando-os dos incidentais. Im porta assinalar que mesmo os aspectos não relevantes são considerados, dentro do pensam ento clínico. Mas o psicólogo não m istura os aspectos relevantes com os irrelevantes. Deste modo, a conclusão é decorrente de um a orientação segura, em que os fatores determ inantes se sobressaem dos demais. No caso das perturbações emocionais, trata-se de discrim inar os aspectos mais graves e examiná-los à luz de conhecimentos psicológicos atualizados. Com alguma experiência, o psicólogo pode visualizar, no contexto diagnóstico, as principais forças e conjuntos de forças psicopatológicas e psicopatogênicas que se ressaltam por sua intensidade, repetição, colorido emocional, m odo peculiar de se com portar, dano produzido etc

2.2.6. Predomínio do julgamento clínico

N a década de 1950, alguns profissionais da saúde mental estabeleceram , nos Estados Unidos, uma controvérsia a respeito do valor preditivo de afirmações diagnósticas, provenientes do julgam ento clínico, em com paração com o valor preditivo de afirmações provenientes de instrum entos diagnósticos estatisticam ente validados (vide Meehl, 1954; H olt, 1958). A tendência dom inante, na época, parecia em prestar grande im portância diagnóstica aos testes psicológicos objetivos, aqueles cujos resultados eram expressos o mais quantitativamente possível, e que tinham origem e desenvolvimento no modelo experimental. Conclusões de estudos psicológicos oriundos do método clínico não seriam consideradas plenam ente válidas, a não ser que fossem corroboradas ou subsidiadas por instrum entos de comprovada eficácia experim ental e estatística. Felizmente, esta posição foi revista ao longo do tempo, um a vez que conduzia a um estado de impasse na Psicologia Clínica

2.2.7. Subordinação do processo diagnóstico ao pensamento clínico .

 Em trabalho anterior (Trinca, 1983), caracterizam os, ilustram os e discutimos quinze diferentes formas de pensamentos clínicos em diagnóstico da personalidade. Vimos ali que a adoção _do poflto_ds. vista das formas de pensamentos pode transform ar todo o atual referencial teórico com que se enfoca o diagnóstico psicológico. Agora, podemos afirm ar que, no diagnóstico psicológico de tipo com preensivo, a estruturação do processo diagnóstico fica subordinada à forma de pensam ento que se realiza em cada caso clínico

2.2.8 Prevalência do uso de métodos e técnicas de exame fundamentados na associação livre

Para a estruturação de um processo diagnóstico, norm alm ente se empregam técnicas e métodos especializados de exame psicológico. No processo de tipo compreensivo, ocupam lugar de relevo a entrevista clínica, a observação clínica, os testes psicológicos, os testes psicológicos usados como formas auxiliares de entrevistas, demais técnicas de investigação clínica da personalidade etc.”

 


a)  a ênfase na dinâmica emocional consciente.
b)  o objetivo de elucidar o significado das perturbações.
c)  a busca de compreensão psicológica parcial do paciente.
d)  a seleção de aspectos periféricos ao paciente.
e)  o predomínio do julgamento preditivo, decorrentes dos resultados de instrumentos diagnósticos estatisticamente validados.

 

Nosso gabarito é Letra B

 

Fonte: Trinca, Walter. Diagnóstico psicológico: prática clínica / Walter Trinca e colaboradores. — São Paulo : EPU, 1984.

33) Segundo Jurema Cunha, num modelo psicológico, a história e o exame do paciente vai fundamentar o processo de psicodiagnóstico, com a coleta de subsídios

  • A) densos.
  • B) permanentes.
  • C) completos.
  • D) introdutórios.
  • E) testáveis.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) introdutórios.

Gabarito: Letra D

Segundo Jurema Cunha, num modelo psicológico, a história e o exame do paciente vai fundamentar o processo de psicodiagnóstico, com a coleta de subsídios

 

Vamos ver o que a bibliografia citada traz:

“A história e o exame do estado mental do paciente também constituem os recursos básicos de um diagnóstico e se desenvolvem, como outras interações clínicas, no contexto de uma entrevista (Strauss, 1999). Na realidade, compõem rotineiramente a avaliação clínica psiquiátrica. Num modelo psicológico, a história e o exame do paciente permitem a coleta de subsídios introdutórios que vão fundamentar o processo a que chamamos de psicodiagnóstico. Caracterizam, portanto, uma área de superposição profissional. Em muitos casos, a tarefa do psicólogo também vai se restringir à utilização desses recursos, dependendo das condições do paciente e/ ou dos objetivos do exame.”


a)  densos.
b)  permanentes.
c)  completos.
d)  introdutórios.
e)  testáveis.

 

A história e o exame do paciente permitem a coleta de subsídios introdutórios.

 

Nosso gabarito é Letra D.

 

Fonte: Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico] / Jurema Alcides Cunha ... [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.

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34) Para Cunha (2000) o Psicodiagnóstico constitui um:

  • A) Processo natural;
  • B) Processo estruturado;
  • C) Processo identificador;
  • D) Processo científico;
  • E) Nenhuma das alternativas acima.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Processo científico;

 

Para Cunha (2000) o Psicodiagnóstico constitui um:

 
 

Base teórica para a compreensão da questão

 

Para a análise das alternativas trazidas por esta questão, acompanhe o que preconiza Cunha (2005, p. 26), atentando-se para os grifos em azul:

 

Caracterizamos o psicodiagnóstico como um processo científico, porque deve partir de um levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou infirmadas através de passos predeterminados e com objetivos precisos. Tal processo é limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre paciente ou responsável e o psicólogo, tão logo os dados iniciais permitam estabelecer um plano de avaliação e, portanto, uma estimativa do tempo necessário (número aproximado de sessões de exame).”

 
 

Análise das alternativas

 
  • Considerando as alternativas disponíveis apenas a LETRA “D” (Processo científico) corresponde corretamente ao que requisita o enunciado e é mencionado pela literatura supracitada;
 
  • Concluindo a análise, destaca-se que as demais alternativas não são compatíveis ao que solicita a questão na íntegra, pela ausência de literalidade em relação a descrição do que é requisitado pelo enunciado;
 
  • Mediante isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “D” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.

   

_________________

Fonte consultada:

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

35) Em relação ao psicodiagnóstico, considere as afirmativas abaixo.

I. O psicodiagnóstico pode ter um objetivo de prevenção, quando visa identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, bem como da capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, conflitivas ou ansiogênicas.

II. O psicodiagnóstico pode ser realizado por uma equipe multiprofissional para a consecução dos objetivos, quando é utilizado o modelo de avaliação psicológica, incluindo técnicas e testes psicológicos.

III. O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, abrange todos os modelos de avaliação psicológica das diferenças individuais.

IV. O psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, em nível individual ou não.

Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.

  • A) Apenas II e IV.
  • B) Apenas I e II.
  • C) Apenas I e III.
  • D) Apenas I e IV.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Apenas I e IV.

 
 

Explorando o assunto que traz esta questão dividiu-se a análise em duas partes:

1) Sobre o Psicodiagnóstico

2) Análise das alternativas

 
 

1) Sobre o Psicodiagnóstico

 

Segundo Cunha (2005, p. 26):

 

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”

 

Acompanhe as possibilidades dos objetivos do psicodiagnóstico, conforme Cunha (2005, p. 27), atentando-se especificamente para os grifos em azul:

 

OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO

Fonte: Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000.

Objetivos

Classificação simples

O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual

Descrição

Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.

Classificação nosológica

Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos

Diagnóstico diferencial

São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia.

Avaliação compreensiva

É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos

Entendimento Dinâmico

Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo vendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc

Prevenção

Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes.

Prognóstico

Determina o curso provável do caso.

Perícia Forense

Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.

 
 

2) Análise das alternativas

 

CORRETA. A informação, de fato, diz respeito ao objetivo de “Prevenção”, portanto, opção CERTA.

 

 

INCORRETA. Contrariando a colocação, quando em configuração multiprofissional, Cunha (2005, p.29) recomenda:

“[...] por equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, assistente social ou outro), para a consecução dos objetivos citados e, eventualmente, de outros, desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito interdependentes (de natureza psicológica, médica, social, etc.).”

 

INCORRETA. Divergindo do exposto, Cunha (2005, p. 23) preconiza:

“Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais.”

 

 

CORRETA. A proposição é corroborada pelo recorte textual destacado em tópico explicativo supracitado, portanto, opção CERTA.

 


 

Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que apenas as afirmativas I e IV estão corretas, portanto, LETRA “D”.

   

_______________

Fonte consultada:

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

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36) A psicologia trabalha atualmente com diferentes abordagens metodológicas para a realização de psicodiagnóstico. Uma delas é o psicodiagnóstico interventivo. Apesar de possuir metodologia semelhante à das consultas terapêuticas, o psicodiagnóstico interventivo difere delas por

  • A) tratar da queixa e das resistências do cliente previamente à aplicação de testes projetivos.
  • B) dispensar o uso de testes psicológicos em detrimento de entrevistas de anamnese.
  • C) dispor das vantagens do uso de testes psicológicos ao lado da intervenção, desde as primeiras entrevistas.
  • D) proporcionar uma visão integrada do sujeito em virtude da aplicação de testes cognitivos.
  • E) caracterizar o paciente a partir de entrevistas estruturadas em paralelo à observação participante.

FAZER COMENTÁRIO

A psicologia trabalha atualmente com diferentes abordagens metodológicas para a realização de psicodiagnóstico. Uma delas é o psicodiagnóstico interventivo. Apesar de possuir metodologia semelhante à das consultas terapêuticas, o psicodiagnóstico interventivo difere delas por:

  • A) tratar da queixa e das resistências do cliente previamente à aplicação de testes projetivos.
  • B) dispensar o uso de testes psicológicos em detrimento de entrevistas de anamnese.
  • C) dispor das vantagens do uso de testes psicológicos ao lado da intervenção, desde as primeiras entrevistas.
  • D) proporcionar uma visão integrada do sujeito em virtude da aplicação de testes cognitivos.
  • E) caracterizar o paciente a partir de entrevistas estruturadas em paralelo à observação participante.

A resposta correta desta questão é:

A alternativa correta é letra C) dispor das vantagens do uso de testes psicológicos ao lado da intervenção, desde as primeiras entrevistas.

37) A prática do psicodiagnóstico compõe-se de diferentes etapas. Uma dessas etapas é a entrevista inicial, que pode ser sintetizada como etapa de

  • A) sintetização de informações acerca do paciente a partir do uso de testes psicológicos.
  • B) formulação de hipóteses para planejamento da bateria de testes a ser aplicada.
  • C) coleta e devolução, ao cliente, das hipóteses diagnósticas.
  • D) encaminhamento do cliente para psicoterapia tendo em vista as hipóteses levantadas.
  • E) reorganização psíquica para o cliente a partir de bateria de técnicas projetivas

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) formulação de hipóteses para planejamento da bateria de testes a ser aplicada.

 

A prática do psicodiagnóstico compõe-se de diferentes etapas. Uma dessas etapas é a entrevista inicial, que pode ser sintetizada como etapa de

 
 

Base teórica para a compreensão da questão

 

Para a análise das alternativas trazidas por esta questão, peço gentilmente ao aluno, que não deixe acompanhar os recortes textuais a seguir, extraídos da obra de Cunha (2000, p.26), atentando-se especialmente para os grifos em azul:

 

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções”

 

Complementando o assunto, segundo Cunha (2005, p. 30-31) de forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica, seriam os seguintes:

 

a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados; d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame; e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.”

 
 

Análise das alternativas

   

a)  sintetização de informações acerca do paciente a partir do uso de testes psicológicos.

INCORRETA. Corrigindo: as informações aludem, principalmente, a etapas posteriores do processo de psicodiagnóstico, portanto, opção FALSA.

 

b)  formulação de hipóteses para planejamento da bateria de testes a ser aplicada.

CORRETA. As possibilidades trazidas pela alternativa reune alguns dos passos iniciais mencionados por Cunha (2005), em que de um modo geral as entrevistas iniciais estão sendo aplicadas na construção psicodiagnóstico, portanto, opção VERDADEIRA.

   

c)  coleta e devolução, ao cliente, das hipóteses diagnósticas.

INCORRETA. Corrigindo: as colocações são compatíveis, principalmente, a etapas finais do processo de psicodiagnóstico onde ocorrem a comunicação dos resultados, portanto, opção FALSA.

   

d)  encaminhamento do cliente para psicoterapia tendo em vista as hipóteses levantadas.

INCORRETA. Corrigindo: o encaminhamento do cliente é uma probabilidade das etapas finais do processo de psicodiagnóstico, portanto, opção FALSA.

   

e)  reorganização psíquica para o cliente a partir de bateria de técnicas projetivas

INCORRETA. Para consulta do gabarito da questão, vide LETRA “B”.

 

_______________

Fonte consultada:

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

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38)   Texto associado

Durante o século XX, o prestígio do psicodiagnóstico e a prática concreta das estratégias de avaliação psicodiagnósticas refletiram o debate teórico que vem marcando o campo da saúde mental desde seus primórdios.


Ari Pedro BALIEIRO JUNIOR. Psicodiagnóstico e psicoterapia dimensões e paradoxos. In: Psicol. cienc. prof Brasília. 2005 v. 25, n.º 2. <http://pepsic.bvsalud.org>. Acesso em 13/2/2012.

Tais debates, no campo da saúde mental, levaram a comunidade científica, na prática do psicodiagnóstico, a

  • A) criar uma tipologia dos tipos de caráter por traços de fisionomia.
  • B) sistematizar os parâmetros para a prática psicoterápica breve.
  • C) padronizar testes cognitivos individualizados de acordo com raça e gênero.
  • D) buscar um sistema de classificação diagnóstica unificada.
  • E) pesquisar os diferentes tipos de patologias mentais de origem genética.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) buscar um sistema de classificação diagnóstica unificada.

O psicodiagnóstico, ao longo do século XX, acompanhou o debate teórico no campo da saúde mental. A busca por um sistema de classificação diagnóstica unificada reflete a necessidade de padronização e organização das estratégias de avaliação psicodiagnóstica. Isso visa facilitar a comunicação entre profissionais da saúde mental, possibilitando uma compreensão mais precisa e abrangente dos diferentes transtornos psicológicos. Portanto, a alternativa D é a mais adequada, pois responde diretamente ao contexto histórico e às demandas do campo psicodiagnóstico.

39) Durante o processo psicodiagnóstico com a criança, pode ser que a mesma requeira a participação do psicólogo em seu jogo.

Neste caso, o analista deve:

  • A) entrar na fantasia da criança, encenando o papel demandado por ela.

  • B) encerrar a sessão, a fim de evitar a contratransferência.

  • C) interpretar imediatamente o conteúdo latente, expondo-o à criança.

  • D) observar, compreender e cooperar com a criança.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) observar, compreender e cooperar com a criança.

Gabarito: Letra D

 

Segundo Arzeno, a função do psicólogo é onservar, compreender e cooperar com a criança.

“O papel que o psicólogo cumpre durante o processo psicodiagnóstico é um papel passivo, já que funciona como observador, e ativo na medida em que sua atitude atenta e aberta (atenção flutuante) permite-lhe a compreensão e a formulação de hipóteses sobre a problemática do entrevistado. Pode acontecer que a criança requeira nossa participação. fazendo-nos desempenhar um papel complementar. Pode surgir, inclusive, a necessidade de uma sinalização (por exemplo, quando a criança se bloqueia ou manifesta sua rejeição através da inibição da atividade lúdica). Entendemos por sinalização a explicitação de aspectos dissociados manifestos da conduta Em hipótese alguma devem ser incluidas interpretações, já que estas apontam para o latente. Outro tipo de participação é o estabelecimento declimites, Caso 0 paciente tenda a romper o enquadramento. Neste sentido, toda a participação do entrevistador tem como objetivo criar as condições ótimas para que a criança possa brincar com a maior espontaneidade possivel, uma vez que esta, como qualquer outra situação nova, provoca ansiedade. A função especifica consiste em observar, compreender e cooperar com a criança.”

a)  entrar na fantasia da criança, encenando o papel demandado por ela.

b)  encerrar a sessão, a fim de evitar a contratransferência.

c)  interpretar imediatamente o conteúdo latente, expondo-o à criança.

d)  observar, compreender e cooperar com a criança.

 

Nosso gabarito é Letra D

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40) Ao contrário de um diagnóstico para doença física, o psicodiagnóstico possui condições específicas, sendo possível afirmar que:

  • A) com o avanço das técnicas em neuroimagem, tornou-se irreal falar em diferença entre um diagnóstico de doença física e um diagnóstico psicológico ou psiquiátrico.

  • B) o psicodiagnóstico pode ser realizado com rapidez e eficiência apenas com base na fala do paciente, sendo de significativa importância o conhecimento e a habilidade do clínico que o realiza.

  • C) é pouco provável que se obtenha um psicodiagnóstico com base na etiologia da doença, sendo de significativa importância o conhecimento e a habilidade do clínico que o realiza.

  • D) profissionais da área da saúde que tenham acesso ao Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais são capazes de realizar psicodiagnósticos eficazmente.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) é pouco provável que se obtenha um psicodiagnóstico com base na etiologia da doença, sendo de significativa importância o conhecimento e a habilidade do clínico que o realiza.

Gabarito: Letra C

a)  com o avanço das técnicas em neuroimagem, tornou-se irreal falar em diferença entre um diagnóstico de doença física e um diagnóstico psicológico ou psiquiátrico.

Errado. Os diagnósticos psicológicos e psiquiátricos ainda não são passíveis de serem estabelecidos por exames de neuroimagem.

 

b)  o psicodiagnóstico pode ser realizado com rapidez e eficiência apenas com base na fala do paciente, sendo de significativa importância o conhecimento e a habilidade do clínico que o realiza.

Errado. O psicodiagnóstico é um processo científico, que não deve ser feito de forma leviana.

 

c)  é pouco provável que se obtenha um psicodiagnóstico com base na etiologia da doença, sendo de significativa importância o conhecimento e a habilidade do clínico que o realiza.

Certo! O conhecimento, habilidade e experiência do profissional é fundamental para o psicodiagnóstico.

 

d)  profissionais da área da saúde que tenham acesso ao Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais são capazes de realizar psicodiagnósticos eficazmente.

Errado. O psicodiagnóstico é privativo do psicólogo.

 

Nosso gabarito é Letra C

1 2 3 4 5 6 44