Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso
391) De acordo com a autora Arzeno, “o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. Ela relata que, quando o objetivo do estudo é outro (trabalhista, educacional, forense etc.), o psicodiagnóstico é anterior e serve de base para as conclusões necessárias em outras áreas”. Sobre o enquadre no processo psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir.
- A) I e II.
- B) I e IV.
- C) I, II e III.
- D) II, III e IV.
A alternativa correta é letra C) I, II e III.
Gabarito: Letra C
De acordo com a autora Arzeno, “o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. Ela relata que, quando o objetivo do estudo é outro (trabalhista, educacional, forense etc.), o psicodiagnóstico é anterior e serve de base para as conclusões necessárias em outras áreas”. Sobre o enquadre no processo psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir.
Certo! O enquadre é fundamental na prática clínica.
“Em todas as atividades clinicas, e entre elas se inclui o psicodiagnóstico, é necessário partir de um enquadre. O enquadre pode ser mais estrito, mais amplo, mais permeável ou mais plástico, conforme as diferentes modalidades do trabalho individual ou conforme as normas da instituição na qual se trabalhe. Varia de acordo com o enfoque teórico que serve como marco referencial predominante para o profissional, conforme a sua formação (seus antecedentes genealógicos, dizia Heinrich Racker), suas características pessoais e também conforme as características do consultante.”
II. Alguns profissionais afirmam que trabalham sem enquadre. Esta afirmação, no entanto, encerra uma falácia, pois essa posição de não enquadre já é por si só uma forma de enquadre, em todo caso do tipo laissez-faire.
Certo! Veja o que diz Arzeno:
“Alguns profissionais afirmam que trabalham sem enquadre. Esta afirmação, no entanto, encerra uma falácia, pois essa posição de não-enquadre já é por si mesma uma forma de enquadre, em todo caso do tipo laissez-faire. Cada profissional assume um sistema de trabalho que o caracteriza, além das variáveis que possa introduzir no caso”
Certo! Veja o que diz Arzeno:
“A qualidade e grau da patologia do consultante nos obrigam a adaptar o enquadre a cada caso. Não é possível trabalhar da mesma forma com um paciente neurótico, com um psicótico ou com um psicopata grave. Cada caso implica diferentes graus de plasticidade. Uma pessoa absolutamente dependente exigirá esclarecimentos permanentes do que deve ou não fazer, enquanto que outros sentirão nossas intervenções como interferências desagradáveis. Um psicopata precisa ser limitado constantemente. O psicótico exige de nossa parte uma total concentração, precisa ser limitado, mas também cuidado, protegido ... e precisamos também proteger-nos.”
Errado. A idade é um fator fundamental para escolha do enquadre.
“A idade do paciente também influi no enquadre escolhido. Com uma criança pequena, sentaremos para brincar no chão se ela assim o solicitar: mas não com um adulto. Com adolescentes, sabemos que precisamos ser mais tolerantes quanto á sua freqüência, sua pontualidade e suas resistências para realizar certos testes dos quais "não gostam". Talvez queiram antes acabar de escutar uma música em seu toca-fitas. A escutaremos até ele dizer que podemos começar. Talvez fizéssemos o mesmo com uma criança ou com um adulto psicótico. Conclusão: é impossível trabalhar sem um enquadre, mas não existe um único enquadre.”
Nosso gabarito é Letra C.
392) A relação terapêutica é alvo de diversos estudos em psicoterapia, o que não ocorre a respeito dessa relação no processo psicodiagnóstico. Sobre a relação terapêutica no psicodiagnóstico, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
- A) A afirmativa I é falsa sobre o psicodiagnóstico, mas a II é verdadeira nas condições para realizá-lo.
- B) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à relação terapêutica no psicodiagnóstico e a II adverte quanto às exigências para realizá-lo.
- C) As afirmativas I e II são falsas e ambas se referem, respectivamente, à relação terapêutica e à forma de realização do psicodiagnóstico.
- D) A afirmativa I é verdadeira em relação aos aspectos da relação terapêutica no psicodiagnóstico; a II é falsa em relação aos fatores inerentes ao processo.
- E) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à relação terapêutica no psicodiagnóstico e a II explica os fatores que caracterizam e explicam a relação no processo psicodiagnóstico.
A alternativa correta é letra E) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à relação terapêutica no psicodiagnóstico e a II explica os fatores que caracterizam e explicam a relação no processo psicodiagnóstico.
Gabarito: Letra E
Certo! Sabemos que a opinião de um paciente sobre o psicólogo frequentemente se generaliza para além da pessoa do profissional: se estende a toda a categoria “psicólogo”.
“Quando atender seu paciente em um processo psicodiagnóstico, tenha em mente que a relação a ser estabelecida não é apenas entre o paciente e você, mas sim entre o paciente e os psicólogos. Você fará muito bem a ele caso consiga demonstrar sua confiabilidade, mas será melhor ainda se ele aceitar que pode procurar um psicólogo em qualquer momento da vida para auxiliá-lo a enfrentar suas dificuldades. Não raro, somos o primeiro psicólogo na vida do paciente, e também não é raro que o encaminhamento inclua a psicoterapia. Desse modo, acredito que o psicólogo avaliador pode ter um importante papel na aderência do paciente aos tratamentos futuros”
Certo! O psicodiagnóstico é um processo científico, e por isso mesmo é fundamental assegurar a consistência e confiabilidade do processo.
Veja também a justificativa da banca para o gabarito:
“A questão aborda o tema da relação terapêutica e a situa no processo psicodiagnóstico, o qual, além do objetivo específico de uma dada demanda, coloca em evidência a relação de uma pessoa com a psicologia, representada pelos psicólogos. Nesse sentido, a afirmativa I demonstra exatamente a abrangência dessa relação, que é para além do processo psicodiagnóstico ao suscitar no paciente uma concepção sobre o profissional da psicologia e como o perceberá a partir dessa relação cuja gênese é a relação terapêutica no psicodiagnóstico. Essa concepção suscitada acontece porque durante da tomada de dados sobre o paciente é preciso haver confiabilidade e consistência no processo como um todo, ao mesmo tempo em que se mantem atenção no foco da demanda e nos objetivos da solicitação que motivou o psicodiagnóstico, visto ser, na maioria das vezes, para a psicoterapia, já que é sempre clínico. Essa explicação é apresentada na afirma II, a qual se relaciona à primeira por meio da conjunção explicativa porque, justamente para justificar a associação de ambas as afirmativas. Isso pode ser melhor compreendido em Hutz, Bandeira e Trentini (2016, p. 43), “acredito que existam dois aspectos principais a serem abordados aqui. Um diz respeito ao objetivo da relação no psicodiagnóstico e o outro ao seu limite. O objetivo é estabelecer um senso de colaboração e confiança. Esse trabalho em conjunto é essencial para a coleta de informações fidedignas e sinceras, de modo que o paciente possa se expor e confiar na devolução e nos encaminhamentos do psicólogo. Quando atender seu paciente em um processo psicodiagnóstico, tenha em mente que a relação a ser estabelecida não é apenas entre paciente e você, mas sim entre o paciente e os psicólogos. Você fará muito bem a ele, caso consiga demonstrar sua confiabilidade, mas será melhor ainda se ele aceitar que pode procurar um psicólogo em qualquer momento da vida para auxiliá-lo a enfrentar suas dificuldades. Não raro somos o primeiro psicólogo na vida do paciente e também não é raro que o encaminhamento inclua a psicoterapia. Desse modo, acredito que o psicólogo avaliador pode ter um importante papel na aderência do paciente aos tratamentos futuros”. Tendo isso em vista, dado que a questão traz a conjunção explicativa porque na relação entre as afirmativas I e II, a opção E (As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à relação terapêutica no psicodiagnóstico e a II explica os fatores que caracterizam e explicam a relação no processo psicodiagnóstico) é a única que mostra tal relação evidenciando a referida diferença utilizando, inclusive, a palavra explica para sinalizar a justificativa e fatores inerentes a relação terapêutica no psicodiagnóstico”
Nosso gabarito é Letra E
Fonte: Psicodiagnóstico [recurso eletrônico] / Organizadores, Claudio Simon Hutz ... [et al.]. – Porto Alegre : Artmed, 2016. e-PUB
393) Texto 18A1-I
- A) Certo
- B) Errado
A alternativa correta é letra A) Certo
Gabarito: Item Certo
Certo. A comuicação temáica é um dos critérios utilizados por Greenspan na análise da entrevista lúdica.
“Critérios de análise da entrevista lúdica diagnóstica utilizados por S. I. Greenspan e Greenspan (1993)
1. Desenvolvimento físico e neurológico
- Coordenação geral (postura, marcha, equilíbrio, coordenação motora fina e grossa, tenacidade dos membros)
- Qualidade e tom da voz
- Reações às sensações e dificuldade para processá-las (dificuldades para ouvir, para ver, de tato)
- Bem-estar físico geral (altura, peso, tonalidade da pele e saúde geral)
- Nível de atividade (no início e durante a entrevista)
2. Humor (tom emocional geral)
- Evolução do humor ao longo da sessão
- Discrepância entre o tema abordado e o sentimento expresso (expressão facial)
- Conteúdo da entrevista
- Sentimento subjetivo do avaliador
3. Capacidade para relacionamentos humanos Indicadores gestuais (contato visual, ato de apontar, sons ou vocalizações simples, expressões faciais, gestos motores, diferentes expressões sutis de afeto, etc.)
- Modo como se relaciona com o avaliador
- Modo como se relaciona com outras pessoas (família, sala de espera, etc.)
- Qualidade de vinculação e relacionamento
- Grau de calor humano e profundidade de vinculação
- Capacidade para representar e simbolizar a experiência (usar palavras e jogos de faz de conta para negociar a relação com o entrevistador)
- Capacidade para negociar baseada na lógica (perguntar se pode realizar algo)
4. Afetos e ansiedades
- Estados afetivos nas várias etapas da sessão (início, meio, fim)
- Estados afetivos nos vários temas abordados (dependência, agressão, curiosidade, competição, inveja, excitação, etc.)
- Capacidade de uso de símbolos e de representações de afetos Riqueza e profundidade dos afetos (superficiais, intensos, etc.)
- Estabilidade dos afetos Perturbação súbita no desenvolvimento de um tema (ansiedade)
- Natureza da ansiedade (medo de danos corporais, de separação, etc.)
- Sequência dos temas Mudança nos níveis representacionais (mais e menos evoluídos)
5. Uso do ambiente (na sala de espera e na sala de jogos)
- Capacidade de integração de toda a sala
6. Desenvolvimento temático
- Organização temática (presença ou ausência de elos lógicos entre os temas)
- Riqueza e profundidade temática (grau em que a criança pode desenvolver uma história antes de encontrar restrições ou bloqueios que impeçam seu desdobramento)
- Sequência temática (natureza das preocupações da criança, níveis desenvolvimentais dos conflitos nucleares e defesas usadas)
- Pertinência dos temas apropriados à idade (nível etário a partir do qual os conflitos da criança derivam-se e o modo como ela lida com os conflitos)
- Características da comunicação temática
- Capacidade de uso de representações ou ideias nos jogos de faz de conta ou no uso intencional das palavras (descrição de objetos versus representação de objetos)
- Amplitude de temas
7. Reações subjetivas do avaliador
- Sentimentos que a criança evoca no avaliador
- Fantasias que ocorrem ao avaliar durante o curso do diagnóstico”
Fonte: Psicodiagnóstico [recurso eletrônico] / Organizadores, Claudio Simon Hutz ... [et al.]. – Porto Alegre : Artmed, 2016. e-PUB
394) Entre as modalidades de entrevista psicológica está a entrevista clínica, a qual consiste em um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional, com o objetivo de descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos, para encaminhamento ou propostas de intervenção. No âmbito da entrevista psicológica, há a entrevista diagnóstica. Sobre a entrevista diagnóstica, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.
- A) A afirmativa I é falsa em relação à entrevista diagnóstica; a II é verdadeira em relação ao diagnóstico sindrômico.
- B) A afirmativa I é verdadeira em relação aos aspectos do diagnóstico sindrômico; a II é falsa em relação ao caráter completar entre sindrômico e psicodinâmico.
- C) As afirmativas I e II são falsas e ambas se referem, respectivamente, aos diagnósticos preponderantes em entrevista diagnóstica e à forma de operacionalização enquanto estratégia de entrevista.
- D) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à provável concepção dicotômica entre diagnósticos sindrômico e psicodinâmico; a II adverte quanto à necessidade de interpretá- los como complementares.
A alternativa correta é letra D) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à provável concepção dicotômica entre diagnósticos sindrômico e psicodinâmico; a II adverte quanto à necessidade de interpretá- los como complementares.
A questão está baseada no seguinte texto:
"De um certo modo, toda entrevista clínica comporta elementos diagnósticos. Nessa perspectiva, empregamos o termo de maneira bem ampla. Em outro sentido, empregamos o termo diagnóstico de modo mais específico, definindo-o como o exame e a análise explícitos ou cuidadosos de uma condição na tentativa de compreendê-la, explicá-la e possivelmente modificá-la. Implica descrever, avaliar, relacionar e inferir, tendo em vista a modificação daquela condição. A entrevista diagnóstica pode priorizar aspectos sindrômicos ou psicodinâmicos. O primeiro visa à descrição de sinais (baixa auto-estima, sentimentos de culpa) e sintomas (humor deprimido, ideação suicida) para a classificação de um quadro ou síndrome (Transtorno Depressivo Maior). O diagnóstico psicodinâmico visa à descrição e à compreensão da experiência ou do modo particular de funcionamento do sujeito, tendo em vista uma abordagem teórica. Tanto o diagnóstico sindrômico quanto o psicodinâmico visam à modificação de um quadro apresentado em benefício do sujeito.
Algumas vezes, a característica classificatória do diagnóstico sindrômico parece se contrapor a uma compreensão dinâmica do mesmo; contudo, estas duas perspectivas devem ser vistas como complementares, operando dentro de uma mesma estratégia de entrevista. Tradicionalmente, os textos tendiam a enfatizar uma ou outra abordagem. Hoje em dia, entretanto, vemos cada vez mais um esforço de integração dessas duas abordagens (Jacobson & Cooper, 1993; McWilliams, 1994; Othmer & Othmer, 1994). Por exemplo, sabemos que pessoas deprimidas (um sintoma ou síndrome) freqüentemente dirigem sua agressividade contra si mesmas (um aspecto dinâmico), e que isso pode resultar em comportamentos autodestrutivos (sinais) ou, no extremo, em ideação suicida (um sintoma). Quando existem sintomas clínicos claros, o diagnóstico sindrômico torna-se necessário por motivos que nos parecem óbvios."Fonte: "Psicodiagnóstico-V" (Cunha)
Com isso, nota-se que as duas afirmativas abaixo estão corretas.
PORÉM
Portanto, encontramos a resposta na Letra D.
Assinale a alternativa correta.
a) A afirmativa I é falsa em relação à entrevista diagnóstica; a II é verdadeira em relação ao diagnóstico sindrômico.
b) A afirmativa I é verdadeira em relação aos aspectos do diagnóstico sindrômico; a II é falsa em relação ao caráter completar entre sindrômico e psicodinâmico.
c) As afirmativas I e II são falsas e ambas se referem, respectivamente, aos diagnósticos preponderantes em entrevista diagnóstica e à forma de operacionalização enquanto estratégia de entrevista.
d) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à provável concepção dicotômica entre diagnósticos sindrômico e psicodinâmico; a IIadverte quanto à necessidade de interpretá- los como complementares.
395) Sobre a entrevista motivacional, definida no livro “Psicodiagnóstico, V” – (CUNHA, 2003), é correto afirmar, EXCETO:
- A) É um processo terapêutico que não pode ser breve, a saber, não é possível realizá-lo em uma única entrevista.
- B) Foi desenhada para o auxílio na modificação de comportamentos considerados aditivos, tais como transtornos alimentares, tabagismo, abuso de álcool e drogas, jogo patológico e outros comportamentos compulsivos.
- C) Pode ser baseada em várias abordagens, especialmente na terapia cognitivo-comportamental, terapia sistêmica, terapia centrada na pessoa, combinando elementos diretivos e não-diretivos.
- D) Tem como objetivo principal trabalhar a resolução da ambivalência, auxiliando nos processos de mudanças comportamentais.
A alternativa correta é letra A) É um processo terapêutico que não pode ser breve, a saber, não é possível realizá-lo em uma única entrevista.
Gabarito: Letra A
Sobre a entrevista motivacional, definida no livro “Psicodiagnóstico, V” – (CUNHA, 2003), é correto afirmar, EXCETO:
a) É um processo terapêutico que não pode ser breve, a saber, não é possível realizá-lo em uma única entrevista.
Errado. A EM é uma técnica breve.
“A técnica é breve, podendo ser realizada numa única entrevista, ou, como um processo terapêutico, é comumente desenvolvida em quatro a cinco entrevistas. Inspira-se em várias abordagens, principalmente na terapia cognitivo-comportamental, terapia sistêmica, terapia centrada na pessoa, combinando elementos diretivos e não-diretivos. As estratégias da EM são mais persuasivas do que coercivas, mais suportivas que argumentativas (Miller & Rollnick, 1991)”
b) Foi desenhada para o auxílio na modificação de comportamentos considerados aditivos, tais como transtornos alimentares, tabagismo, abuso de álcool e drogas, jogo patológico e outros comportamentos compulsivos.
Certo!
“AEntrevista Motivacional (EM) é uma técnica descrita originalmente pelo psicólogo americano William Miller (1983), na Universidade do Novo México (EUA), amplamente difundida na Europa, na Austrália e, mais recentemente, no Brasil. O objetivo principal é auxiliar nos processos de mudanças comportamentais, trabalhando a resolução da ambivalência. Basicamente, foi delineada para ajudar aos clientes na decisão de mudança nos comportamentos considerados aditivos, tais como transtornos alimentares, tabagismo, abuso de álcool e drogas, jogo patológico e outros comportamentos compulsivos.”
c) Pode ser baseada em várias abordagens, especialmente na terapia cognitivo-comportamental, terapia sistêmica, terapia centrada na pessoa, combinando elementos diretivos e não-diretivos.
Certo! Essa afirmação está no trecho apresentado na Letra A.
d) Tem como objetivo principal trabalhar a resolução da ambivalência, auxiliando nos processos de mudanças comportamentais.
Certo! Essa afirmação está no trecho apresentado na Letra B.
Nosso gabarito é Letra A
Fonte: Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico] / Jurema Alcides Cunha ... [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
396) Cunha (2003) define os objetivos de uma avaliação psicológica clínica. Suas especificações são:
- A) Avaliação compreensiva. Descrição. Classificação nosológica. Entendimento dinâmico. Classificação simples.
- B) Classificação simples. Entendimento dinâmico. Classificação nosológica. Avaliação compreensiva. Descrição.
- C) Descrição. Avaliação compreensiva. Classificação simples. Classificação nosológica. Entendimento dinâmico.
- D) Entendimento dinâmico. Classificação nosológica. Descrição. Classificação simples. Avaliação compreensiva.
A alternativa correta é letra B) Classificação simples. Entendimento dinâmico. Classificação nosológica. Avaliação compreensiva. Descrição.
Gabarito: Letra B
Vamos relembrar os objetivos da avaliação psicológica segundo Jurema Alcides Cunha:
I. “O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual”.
Essa é a classificação simples.
II. “Pressupõe um nível mais elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos etc.”.
Esse é o entendimento dinâmico.
III. “Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos”.
Essa é a classificação nosológica.
IV. “É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, compreensiva em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos”.
Essa é a avaliação compreensiva.
V. "Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos”.
Essa é a descrição.
Nosso gabarito é Letra B.
Fonte: Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico] / Jurema Alcides Cunha ... [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
397) Assinale a opção correta no tocante a uma situação em que o objetivo do psicólogo seja avaliar sintomas de ansiedade para realizar um psicodiagnóstico.
- A) As informações sobre as reações apresentadas durante uma crise de ansiedade devem ser captadas apenas do paciente e não de seus familiares ou pessoas próximas.
- B) A entrevista semiestruturada é inadequada e pode comprometer o resultado.
- C) É adequado incluir na entrevista perguntas diretas sobre a ocorrência de pensamentos, imagens ou impulsos indesejados percebidos em determinadas situações.
- D) As entrevistas de avaliação são, por definição, individuais e não grupais.
A alternativa correta é letra C) É adequado incluir na entrevista perguntas diretas sobre a ocorrência de pensamentos, imagens ou impulsos indesejados percebidos em determinadas situações.
a) As informações sobre as reações apresentadas durante uma crise de ansiedade devem ser captadas apenas do paciente e não de seus familiares ou pessoas próximas.
Os familiares ou pessoas próximas são fontes importantes de informação para uma avaliação psicológica.
Assertiva Falsa.
b) A entrevista semiestruturada é inadequada e pode comprometer o resultado.
A entrevista semi-estruturada é muito utilizada no contexto de avaliação psicológica.
Assertiva Falsa.
c) É adequado incluir na entrevista perguntas diretas sobre a ocorrência de pensamentos, imagens ou impulsos indesejados percebidos em determinadas situações.
Essas são perguntas que podem ser incluídas na avaliação.
Assertiva Correta.
d) As entrevistas de avaliação são, por definição, individuais e não grupais.
As entrevistas também podem ser em grupo.
"1. O que é avaliação psicológica?
A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área de conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica e constitui-se em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins para os quais a avaliação se destina. Segundo a Resolução CFP nº 007/2003, “os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de Avaliação Psicológica”. Cabe enfatizar que os resultados das avaliações psicológicas têm grande impacto para as pessoas, os grupos e a sociedade."
Fonte: "Avaliação Psicológica" (CRP13)
Assertiva Falsa.
Portanto, a alternativa correta é a Letra C.
398) Psicodiagnóstico, na perspectiva de Cunha (2000), é um processo científico, uma avaliação psicológica com propósitos clínicos. Nesse processo, há
- A) utilização exclusivamente de testes como maneira para obter dados.
- B) o objetivo restrito de conferir quais os critérios diagnósticos são preenchidos pelo caso.
- C) a necessidade de se fazer o levantamento dos dados quantitativos, prioritariamente.
- D) identificação de forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.
A alternativa correta é letra D) identificação de forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.
Psicodiagnóstico, na perspectiva de Cunha (2000), é um processo científico, uma avaliação psicológica com propósitos clínicos. Nesse processo, há
Base teórica para a compreensão da questão
Para a análise das alternativas trazidas por esta questão, peço gentilmente ao aluno, que não deixe acompanhar o recorte textual a seguir, extraído da obra de Cunha (2005, p.23), atentando-se especialmente para os grifos em azul:
“Pode-se dizer que avaliação psicológica é um conceito muito amplo. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.”
Análise das alternativas
a) utilização exclusivamente de testes como maneira para obter dados.
INCORRETA. Note que conforme Cunha (2005) o “psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos”, portanto, opção FALSA.
b) o objetivo restrito de conferir quais os critérios diagnósticos são preenchidos pelo caso.
INCORRETA. A informação não encontra respaldo na literatura supracitada de Cunha (2005), portanto, opção FALSA.
c) a necessidade de se fazer o levantamento dos dados quantitativos, prioritariamente.
INCORRETA. Conforme Cunha (2005), um dos objetivos do processo psicodiagnóstico pode ser “levantar dados quantitativos e qualitativos”, portanto, opção FALSA.
d) identificação de forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia.
CORRETA. A informação divulgada pela alternativa é compatível com que o menciona a literatura supracitada de Cunha (2005), no tópico explicativo inicialmente apresentado, portanto, opção CERTA.
________________
Fontes consultadas:
Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.
399) A respeito do processo diagnóstico, analise as afirmativas a seguir:
- A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
- B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
- C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
- D) se todas as afirmativas estiverem corretas.
A alternativa correta é letra B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
A questão está baseada no seguinte texto:
"Qual a diferença entre psicodiagnóstico e avaliação psicológica?
Como já explicamos, o psicodiagnóstico é apenas um tipo de avaliação psicológica, que utiliza testes e métodos para aprofundamento e por fim, um diagnóstico e confirmação das hipóteses primordiais do especialista.
De modo geral, a avaliação psicológica consiste em toda e qualquer forma de processo científico praticado pelo profissional da psicologia.
Com isso, a avaliação psicológica é considerada a área que abrange todas as outras segmentadas, e pode ser aplicada em diversos âmbitos, como: o trabalho, a saúde física, avaliação de potencial, teste vocacional entre outros.
Já o psicodiagnóstico atua em ambiente clínico, especificamente para um diagnóstico e posterior tratamento. É muito mais específico, bem como suas práticas."
Fonte: "O que é Psicodiagnóstico e como é seu processo?" (Site "Unibf", autor não encontrado)
Com isso, podemos identificar as afirmativas verdadeiras e falsas abaixo.
I. É apenas um tipo de avaliação psicológica, que utiliza testes e métodos para aprofundamento e, por fim, um diagnóstico e confirmação das hipóteses primordiais do especialista.
II. O processo diagnóstico abrange todas as outras áreas segmentadas; pode ser aplicado em diversos âmbitos, como trabalho, saúde física, avaliação de potencial, teste vocacional, entre outros.
III. O psicodiagnóstico atua em ambiente clínico, especificamente para um diagnóstico e posterior tratamento. É muito mais específico, bem como suas práticas.
Portanto, estão corretas as afirmativas I e III. Encontramos a resposta na Letra B.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.
400) O Psicodiagnóstico utiliza “técnicas e testes psicológicos, em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível. Ao partir de levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou não através de passos predeterminados e com objetivos precisos” (CUNHA, 2007, p. 26), ele é considerado um processo:
- A) intuitivo
- B) científico
- C) aplicativo
- D) cognitivo
A alternativa correta é letra B) científico
Gabarito: Letra B
O Psicodiagnóstico utiliza “técnicas e testes psicológicos, em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível. Ao partir de levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou não através de passos predeterminados e com objetivos precisos” (CUNHA, 2007, p. 26), ele é considerado um processo:
O psicodiagnóstico é um processo científico:
“Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.”
a) intuitivo
b) científico
c) aplicativo
d) cognitivo
Nosso gabarito é Letra B
Fonte: Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico] / Jurema Alcides Cunha ... [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.