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Questões Sobre Psicodiagnóstico - Psicologia - concurso

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41) De acordo com Arzeno (1995), o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade do ponto de vista fundamentalmente clínico.

Analise as seguintes afirmativas sobre o psicodiagnóstico e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

(   ) Fazer um diagnóstico psicológico não significa necessariamente o mesmo que fazer um psicodiagnóstico. O termo psicodiagnóstico implica a administração de testes e estes nem sempre serão necessários.

(   ) O enquadre no processo psicodiagnóstico varia de acordo com o enfoque teórico do profissional, sua formação e características pessoais, bem como as características do consultante.

(   ) O estudo da personalidade é uma busca do entendimento profundo do funcionamento psicológico do indivíduo. Portanto, prescinde de um estudo do seu contexto étnico-sociocultural.

(   ) O psicodiagnóstico clínico é instrumento específico da clínica psicológica, não sendo indicado como base para outras investigações como trabalhistas, forenses etc.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.

  • A) (V) (V) (F) (F)
  • B) (F) (F) (V) (F)
  • C) (V) (F) (F) (V)
  • D) (F) (V) (V) (V)

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) (V) (V) (F) (F)

Gabarito: Letra A

Analise as seguintes afirmativas sobre o psicodiagnóstico e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.

 

(V) Fazer um diagnóstico psicológico não significa necessariamente o mesmo que fazer um psicodiagnóstico. O termo psicodiagnóstico implica a administração de testes e estes nem sempre serão necessários.

 Verdadeiro. É importante prestar atenção que a questão pede um referencial específico. Muitos autores atualmente não consideram que haja necessariamente a aplicação de testes para configurar um psicodiagnóstico, mas Arzeno sim.

“Ao consultar a literatura, identificamos convergências conceituais. Arzeno (1995, p. 5) diz, por exemplo, que “. . . fazer um diagnóstico psicológico não significa necessariamente o mesmo que fazer um psicodiagnóstico. Este termo implica automaticamente a administração de testes e estes nem sempre são necessários ou convenientes”. Portanto, parece claro o entendimento da autora de que toda avaliação psicológica que não utilize testes não deva ser nomeada de “psicodiagnóstico”.”

 

(V) O enquadre no processo psicodiagnóstico varia de acordo com o enfoque teórico do profissional, sua formação e características pessoais, bem como as características do consultante.

 Verdadeiro. Veja:

“O enquadre pode ser mais estrito, mais amplo, mais permeável ou mais plástico, conforme as diferentes modalidades do trabalho individual ou conforme as normas da instituição na qual se trabalhe. Varia de acordo com o enfoque teórico que serve como marco referencial predominante para o profissional, conforme a sua formação (seus antecedentes genealógicos, dizia Heinrich Racker), suas características pessoais e também conforme as características do consultante. Alguns profissionais afirmam que trabalham sem enquadre. Esta afirmação, no entanto, encerra uma falácia, pois essa posição de não-enquadre já é por si mesma uma forma de enquadre, em todo caso do tipo laissezfaire.”

 

(F) O estudo da personalidade é uma busca do entendimento profundo do funcionamento psicológico do indivíduo. Portanto, prescinde de um estudo do seu contexto étnico-sociocultural.

Falso. A personalidade do indivíduo é construída dentro de um contexto, e consequentemente é fundamental entender tal contexto.

 “Além do mais, conforme as últimas pesquisas, o contexto sócio-cultural e familiar deve ocupar um lugar importante no estudo da personalidade de um i:1divíduo, já que é de ondé ele provém. Portanto, o estudo da personalidade é, na reali dade, um estudo de pelo menos três gerações, que se desenvolveram em um determinado contexto étnico-sócio-cultural.”

 

(F) O psicodiagnóstico clínico é instrumento específico da clínica psicológica, não sendo indicado como base para outras investigações como trabalhistas, forenses etc.

Falso. Mais uma vez, um item que pode ser verdadeiro ou falso dependendo do autor usado como referência.

“Considero imprescindível revalorizar a etapa diagnóstica no trabalho clinico e sustento que um bon1 diagnóstico clínico está na base da orientação vocacional e profissional. do trabalho como peritos forenses ou trabalhistas, etc. Se somos consultados é porque existe um problema, alguém sofre ou está incomodado e devemos indagar a verdadeira causa disso. Fazer um diagnóstico psicológico não significa necessarian1ente o mesn10 que fazer um psicodiagnóstico. Este termo implica automaticamente a administração de testes e estes nem sempre são necessários ou convenientes”

 

Nosso gabarito é Letra A.

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42) O processo psicodiagnóstico parte de perguntas específicas, coletadas durante as entrevistas, cujas respostas se estruturam na forma de hipóteses a serem confirmadas ou não nas etapas subsequentes. Para tanto, deve ser elaborado um plano de avaliação, que defina os possíveis recursos a serem utilizados como subsídios à conclusão do processo e envolva a organização de uma bateria de testes.

Quanto à definição da bateria de testes aplicáveis a cada caso, os seguintes fatores devem ser considerados, EXCETO

  • A) idade cronológica do consultante, bem como elementos da personalidade a investigar.
  • B) impedimentos tecnológicos, como a dificuldade do consultante no manejo do computador.
  • C) nível sociocultural do consultante, bem como seu grupo étnico, para uma perfeita adequação das instruções a serem dadas.
  • D) origem da solicitação (escola, advogado, médico, família, próprio consultante etc), para delimitação dos motivos da demanda.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) impedimentos tecnológicos, como a dificuldade do consultante no manejo do computador.

Gabarito: Letra B

Quanto à definição da bateria de testes aplicáveis a cada caso, os seguintes fatores devem ser considerados, EXCETO
a)  idade cronológica do consultante, bem como elementos da personalidade a investigar.

Certo! Esse é um fator a ser considerado:

Idade Cronológica do Consultante Este é um fator muito importante, já que nem todos os testes são usados em todas as idades e, além disso, a técnica de administração valia. Uma caixa de brinquedos será imprescindível se a consulta for para uma criança. Na entrevista familiar também será incluída a caixa de brinquedos se houver crianças ou púberes. Nem sempre estes se sentem atraídos pelos brinquedos na entrevista individual, mas às vezes os usam”


b)  impedimentos tecnológicos, como a dificuldade do consultante no manejo do computador.

Errado. Esse não é um fator a ser consultado.


c)  nível sociocultural do consultante, bem como seu grupo étnico, para uma perfeita adequação das instruções a serem dadas.

Certo! Esse é um fator a ser considerado:

“O Nível Sócio-cultural do Paciente e o Seu Grupo Étnico Existem algumas dificuldades para administrar certos testes e outras que se referem mais à correta interpretação dos mesmos. A seleção de uma bateria de testes deve levar em consideração o seguinte: Que a instrução dada ao sujeito seja perfeitamente entendida. Isso ocorre com uma maioria estatística do grupo de idêntico nível sócio-cultural e pertencente ao mesmo grupo étnico. Que a conduta através da qual esperamos a resposta à instrução dada seja a habitual para o sujeito comum pertencente a esse grupo. Que o material usado como estímulo seja também o habitual para a maioria.”


d)  origem da solicitação (escola, advogado, médico, família, próprio consultante etc), para delimitação dos motivos da demanda.

Certo! Esse é um fator a ser considerado:

Quem Formula a Solicitação Se a consulta chegar diretamente a nós, podemos agir com inteira liberdade e selecionar os testes conforme as hipóteses provisórias surgidas na primeira entrevista e com base na história clinica do paciente. Se, no entanto, a solicitação for feita por outro profissional (psicanalista, advogado, professor, pediatra, etc.) é imprescindível pedir-lhe que seja absolutamente claro no que se refere ao motivo da solicitação de psicodiagnóstico, de forma a selecionar a bateria mais adequada. Algumas vezes eles enviam um paciente com a solicitação de que façamos um Rorschach ou um Bender. Os testes não são um objetivo em si mesmos, mas um meio para se chegar a um fim, e é isso que o paciente ou o profissional que o enviou devem esclarecer. Mas o teste que foi solicitado não deve ser excluído da bateria de testes a ser aplicada”

 

Nosso gabarito é Letra B.

 

Fonte: ArLeno, Maria Esther García Psicodiagnóstico clínico: novas contribuições/ Maria Esther GarcíaArzeno; trad. Beatriz Affonso Neves. - Porto Alegre: Artes Mêdicas, 1995.

43) De acordo com Arzeno (1995), o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade do ponto de vista fundamentalmente clínico e é desenvolvido em etapas ou momentos específicos sem, no entanto, haver um modelo rígido a ser aplicado em todas as situações.

Nesse contexto, numere a sequência CORRETA das etapas do psicodiagnóstico.

1. 1ª etapa

2. 2ª etapa

3. 3ª etapa

4. 4ª etapa

5. 5ª etapa

( ) Reflexão sobre o material colhido, construção das hipóteses iniciais e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem utilizados.

( ) Realização da estratégia diagnóstica planejada.

( ) Esclarecimento do motivo latente e o motivo manifesto da consulta.

( ) Análise mais profunda do material na busca de recorrências ou convergências dentro do material produzido, correlacionando os instrumentos utilizados entre si e com a história do indivíduo e da família.

( ) Solicitação da consulta até o encontro pessoal com o psicólogo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência de números CORRETA.

  • A) (1) (4) (3) (5) (2)
  • B) (3) (2) (5) (4) (1)
  • C) (3) (4) (2) (5) (1)
  • D) (2) (1) (3) (4) (5)

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) (3) (4) (2) (5) (1)

   
 

Para a compreensão da correção desta questão, peço ao aluno que não deixe de acompanhar as seguintes observações em destaque divididas em três partes:

1) Compreensão sobre psicodiagnóstico

2) Modelos principais e passos de um processo psicodiagnóstico

3) Análise das alternativas

 
 

1) Compreensão sobre psicodiagnóstico

 

Segundo Cunha (2005, p. 105):

 

“O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. Geralmente, temos um ponto de partida, que é o encaminhamento. Qualquer pessoa que encaminha um paciente o faz sob a pressuposição de que ele apresenta problemas que têm uma explicação psicológica.”

 
 

2) Modelos principais e passos de um processo psicodiagnóstico

 

Embora no Brasil, o modelo psicodiagnóstico compreensivo (Trinca, 1984) e a proposta fenomenológica (Ancona-Lopez, 1995) sejam frequentemente utilizadas, é o modelo sistematizado por Arzeno (2003) e Ocampo, Arzeno & Piccolo (2005), que foi sintetizado por Cunha et al. (2000), que tem norteado o trabalho de grande parte dos profissionais de psicologia.

Considerando isto, Arzeno (2003) descreve o processo Psicodiagnóstico através de sete etapas; acompanhe através da tabela a seguir:

 

Psicodiagnóstico através de sete etapas (conforme Arzeno - 2003)

1º Passo:

o primeiro passo inclui desde a solicitação da consulta pelo cliente até o primeiro encontro pessoal com o profissional. Nessa fase, é importante observar como é feito o contato inicial, quais as primeiras impressões etc.

2º Passo:

o segundo passo envolve a realização das primeiras entrevistas, quando se busca identificar o motivo latente e manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que o paciente, pais e/ou família apresentam, as expectativas e fantasias de doença e de cura que trazem.

3º Passo:

o terceiro passo é o momento de reflexão sobre o material colhido e análise das hipóteses iniciais, para planejamento dos passos seguintes e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem empregados.

4º Passo:

o quarto passo é o momento da realização da estratégia diagnóstica planejada – entrevistas e aplicação dos testes e técnicas selecionadas, de acordo com o caso. Em geral, age-se conforme o planejado, mas, se houver necessidade, podem-se introduzir modificações, durante o processo.

5º Passo:

o quinto passo é o momento da análise e integração dos dados levantados. É o estudo conjunto do material apreendido nas entrevistas, nos testes e na história clínica, para obter uma compreensão global do caso. [...]

6º Passo:

o sexto passo é o momento da devolução da informação, que pode ser feita em uma ou mais entrevistas. Geralmente, é realizada de forma separada – uma com o indivíduo que foi trazido como protagonista principal da consulta, e outra com os pais e o restante da família. Frequentemente, durante a entrevista devolutiva, surgem novos elementos, os quais ajudam a validar as conclusões ou esclarecer os pontos obscuros.

7º Passo:

o sétimo passo envolve a elaboração do laudo psicológico com as conclusões diagnósticas e prognósticas, incluindo as recomendações terapêuticas adequadas ao caso. A elaboração do laudo é um aspecto importante do processo, pois, quando malfeito, pode prejudicar o paciente, em vez de ajudá-lo.

 
 

3) Análise das alternativas

 

Relacionando cada uma das etapas apresentadas, enumerando-as de acordo com a descrição correspondente, tem-se a seguinte associação:

 

( 3 ) Reflexão sobre o material colhido, construção das hipóteses iniciais e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem utilizados.

( 4 ) Realização da estratégia diagnóstica planejada.

( 2 ) Esclarecimento do motivo latente e o motivo manifesto da consulta.

( 5 ) Análise mais profunda do material na busca de recorrências ou convergências dentro do material produzido, correlacionando os instrumentos utilizados entre si e com a história do indivíduo e da família.

(1) Solicitação da consulta até o encontro pessoal com o psicólogo.

 

 

Considerando a associação apresentada, ratifica-se que a alternativa que corresponde à sequência correta é “(3) (4) (2) (5) (1)”, portanto, LETRA “C”.

 

_______________

Fonte consultada:

ARZENO, M. E. G. Psicodiagnóstico clínico. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul

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44) No que se refere à atuação do psicólogo e às técnicas e teorias utilizadas por esse profissional, julgue o item subsecutivo.O psicodiagnóstico requer a utilização de uma bateria de testes projetivos e de inteligência, que permitam ao profissional ter a noção geral do funcionamento e da personalidade do indivíduo avaliado.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Errado

ITEM ERRADO. O principal instrumento em um psicodiagnóstico é a entrevista, seja ela livre ou estruturada. Um psicodiagnóstico nem sempre requer uma bateria de testes, muitas vezes requer apenas um ou outro tipo de teste. Mesmo quando testes são utilizados, nem sempre é necessário avaliar a inteligência. Os testes projetivos são mais importantes para um psicodiagnóstico do que os de inteligência, pois são, na maioria dos casos, testes de personalidade.

 

Conferir:

CORDIOLI, Aristides Volpato (org.). Psicoterapias: abordagens atuais. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008, pp. 85 – 102.

45) No que se refere à atuação do psicólogo e às técnicas e teorias utilizadas por esse profissional, julgue o item subsecutivo.De acordo com a teoria psicanalítica, neurose e psicose são duas possibilidades de estruturação psíquica do indivíduo, que se diferenciam em relação às maneiras de lidar com a castração ou mesmo com sua ameaça.

  • A) Certo
  • B) Errado
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Certo

ITEM CERTO. De acordo com a psicanálise, são três as possibilidades de estruturação psíquica: neurose, psicose e perversão. Cada uma das estruturas possui um mecanismo de defesa para lidar com a ameaça de castração: recalque (neurose), foraclusão (psicose) e desmentido (perversão). A questão cita apenas a neurose e a psicose, mas não afirma que são as únicas. Portanto, está correta, mesmo deixando a perversão de lado.  

 

Conferir:

FARIAS, Francisco Ramos de. As três formas de negação à castração. In: Psicanálise & Barroco em revista. v.8, n.2: 74-94, dez.2010.

Disponível em: http://www.psicanaliseebarroco.pro.br/Revista/revistas/16/P&Brev16Farias.pdf

Acesso: 06/06/2014

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46) O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica feita com propósitos clínicos, mas não abrange, porém, todos os modelos de avaliação de diferenças individuais. A respeito do psicodiagnóstico, é correto afirmar que

  • A) derivou das ciências sociológicas, que já realizavam diagnósticos da condição humana na sociedade.
  • B) é um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico.
  • C) seu objetivo precípuo é obter a classificação psiquiátrica.
  • D) foi desenvolvido pelos trabalhos psicanalíticos de Freud, Jung e Adler.
  • E) é sinônimo de psicometria.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) é um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico.

Cunha (2000) explica:

Pode-se dizer que avaliação psicológica é um conceito muito amplo. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia. Isso não significa que a classificação psiquiátrica seja um objetivo precípuo do psicodiagnóstico, mas sim que, para medir forças e fraquezas no funcionamento psicológico, devem ser considerados como parâmetros os limites da variabilidade normal (Yager & Gitlin, 1999).


Análise das alternativas:

 

a) Incorreta. O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, introduzida por Lighter Witmer, em 1896, e criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica. 

 

b) Correta. Em consonância com o trecho apresentado, podemos afirmar que o psicodiagnóstico é um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico. Portanto, esta alternativa será nossa resposta. 

 

c) Incorreta. Consta no trecho apresentado que a classificação psiquiátrica não é objetivo precípuo do psicodiagnóstico. 

 

d) Incorreta. Nessa área, foram marcantes os trabalhos de Galton, que introduziu o estudo das diferenças individuais, de Catell, a quem se devem as primeiras provas, designadas como testes mentais, e de Binet, que propôs a utilização do exame psicológico como coadjuvante da avaliação pedagógica. Por tais razões, a esses três autores é atribuída a paternidade do psicodiagnóstico. 

 

e) Incorreta. O psicodiagnóstico não é sinônimo de psicometria. Nesta, valoriza-se os aspectos técnicos da testagem, enquanto naquele, há utilização de testes e de outras estratégias, para avaliar um sujeito de forma sistemática, científica, orientada para a resolução de problemas. 

 


Fonte: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico V. 5ª ed rev. Porto Alegre: Artmed, 2000.

47) O psicodiagnóstico é um processo científico que parte de perguntas específicas e formula hipóteses que serão confirmadas ou não. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.

  • A) Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das perguntas iniciais.
  • B) Uma vez estabelecido o contrato de trabalho, esse deve ser inflexível para evitar modificações e revisões de suas bases.
  • C) Pode-se afirmar que a psicometria e o psicodiagnóstico são sinônimos.
  • D) O plano de avaliação é um cronograma de atendimento apresentado aos clientes, contemplando a entrevista inicial, as sessões de atendimento e a entrevista devolutiva.
  • E) Atribui-se a paternidade do psicodiagnóstico a Freud, Jung e Adler pelos trabalhos realizados no campo psicanalítico.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das perguntas iniciais.

Análise das alternativas:

 

a)  Os objetivos do psicodiagnóstico dependem das perguntas iniciais.

 

CORRETA. No momento em que é possível levantar as questões básicas e estabelecer os objetivos, o que, em geral, ocorre no fim da primeira ou segunda entrevista, há condições para o estabelecimento de um plano de avaliação com base nas hipóteses.
 

b)  Uma vez estabelecido o contrato de trabalho, esse deve ser inflexível para evitar modificações e revisões de suas bases.
 

INCORRETA. O contrato de trabalho deve envolver certo grau de flexibilidade, devendo ser revisto sempre que o desenvolvimento do processo tiver de sofrer modificações, seja porque novas hipóteses precisam ser investigadas, seja por ficar obstaculizado por defesas do próprio paciente. 

 

c)  Pode-se afirmar que a psicometria e o psicodiagnóstico são sinônimos.

 

INCORRETA. O psicodiagnóstico não é sinônimo de psicometria. Nesta, valoriza-se os aspectos técnicos da testagem, enquanto naquele, há utilização de testes e de outras estratégias, para avaliar um sujeito de forma sistemática, científica, orientada para a resolução de problemas. 

 

d)  O plano de avaliação é um cronograma de atendimento apresentado aos clientes, contemplando a entrevista inicial, as sessões de atendimento e a entrevista devolutiva.

 

INCORRETA. Essencialmente, o plano de avaliação é um processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas. Em outras palavras, consiste em programar a administração de uma série de instrumentos adequados ao sujeito específico e especialmente selecionados para fornecer subsídios para que se possa chegar às respostas para as perguntas iniciais. 

 

e)  Atribui-se a paternidade do psicodiagnóstico a Freud, Jung e Adler pelos trabalhos realizados no campo psicanalítico.

 

INCORRETA. Nessa área, foram marcantes os trabalhos de Galton, que introduziu o estudo das diferenças individuais, de Catell, a quem se devem as primeiras provas, designadas como testes mentais, e de Binet, que propôs a utilização do exame psicológico como coadjuvante da avaliação pedagógica. Por tais razões, a esses três autores é atribuída a paternidade do psicodiagnóstico. 

 


Fonte: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico V. 5ª ed rev. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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48) No processo psicodiagnóstico, a entrevista na qual se transmite ao paciente ou aos pais, a compreensão obtida durante este processo, é denominada de entrevista

  • A) devolutiva.
  • B) diagnóstica.
  • C) conclusiva.
  • D) mediativa.
  • E) pontual.  

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) devolutiva.

Segundo Cunha (2000):

"a entrevista de devolução tem por finalidade comunicar ao sujeito ou aos responsáveis o resultado da avaliação, além disso, permite ao sujeito expressar seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e recomendações do avaliador. Destaca-se como objetivo último da entrevista devolutiva ajudar o sujeito a compreender as conclusões e recomendações e a remover distorções ou fantasias contraproducentes em relação a suas necessidades."


Com base no trecho acima, concluímos que a descrição do enunciado refere-se à entrevista devolutiva.

 

Quanto às alternativas B e C, a "entrevista diagnóstica" é qualquer entrevista utilizada durante a avaliação de um paciente, com a finalidade de obter embasamento para o diagnóstico dele. Já a "entrevista conclusiva" foi uma expressão colocada com a intenção de gerar dúvida através do significado que o termo 'conclusiva' transmite. Com relação a alternativa D, a "entrevista mediativa" pode estar presente em uma mediação entre partes, por exemplo. Por último, a alternativa E, "entrevista pontual" refere-se a algo isolado, único, sem conexão com um processo. Considerando a análise, podemos eliminá-las, pois não correspondem à definição feita pelo enunciado. 

 


 

Fonte: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico V. 5ª ed rev. Porto Alegre: Artmed, 2000.

49) Para Maria Esther Garcia Arzeno, o primeiro passo do psicodiagnóstico ocorre

  • A) quando há a realização de estratégia diagnóstica planejada, fazendo-se modificações durante o percurso, se necessário.
  • B) na ou nas primeiras entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo latente e o motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a pessoa que consulta mostra, a fantasia de doença, cura e análise que cada um traz.
  • C) com a disponibilidade para refletir sobre o material colhido anteriormente e sobre nossas hipóteses iniciais para planejar os passos a serem seguidos e os instrumentos diagnósticos a serem utilizados.
  • D) desde o momento em que o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro pessoal com o profissional.
  • E) quando se estuda o material colhido para obter um quadro o mais claro possível sobre o caso em questão.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) desde o momento em que o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro pessoal com o profissional.

Etapas do processo psicodiagnóstico, segundo Arzeno:

Primeiro Momento: ocorre desde o momento em que o consultante faz a solicitação da consulta até o encontro pessoal com o profissional.

 

Segundo Momento: ocorre nas primeiras entrevistas nas quais tenta-se esclarecer o motivo latente e o motivo manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que a pessoa que consulta mostra (e seus pais ou o resto da família), a fantasia de doença, cura e análise que cada um traz e a construção da história do indivíduo e da família em questão.

 

Terceiro Momento: é o que dedicamos a refletir sobre o material colhido anteriormente e sobre nossas hipóteses iniciais para planejar os passos a serem seguidos e os instrumentos diagnósticos a serem utilizados: hora do jogo individual com crianças e púberes, entrevistas familiares diagnósticas, testes gráficos, verbais, lúdicos, etc. Em alguns casos é imprescindível incluir entrevistas vinculares com os membros mais implicados na patologia do grupo familiar. 

 

Quarto Momento: consiste na realização da estratégia diagnóstica planejada. A melhor orientação para cada caso virá da experiência clínica e nível de análise pessoal do profissional. 

 

Quinto Momento: é aquele dedicado ao estudo do material colhido para obter um quadro o mais claro possível sobre o caso em questão. É necessário buscar recorrências e convergências dentro do material, encontrar o significado de pontos obscuros ou produções estranhas, correlacionar os diferentes instrumentos utilizados entre si e com a história do indivíduo e da família. Os testes devem ser tabulados corretamente e deve-se interpretar estes resultados para integrá-los ao restante do material. 

 

Sexto Momento (Entrevista de Devolução): Pode ser somente uma ou várias. Geralmente é feita de forma separada, uma com o indivíduo que foi trazido como protagonista principal da consulta e outra com os pais e o restante da família. Se a consulta foi iniciada como familiar, a devolução e nossas conclusões também serão feitas a toda a família. 

 

Sétimo Momento: Consiste na elaboração do informe psicológico, se solicitado.


Análise das alternativas:

 

a) Incorreta. Aqui é descrito o quarto passo.

 

b) Incorreta. A alternativa descreve o segundo passo do diagnóstico.

 

c) Incorreta. Aqui é descrito o terceiro passo.

 

d) Correta. A alternativa descreve o primeiro passo do diagnóstico, conforme exposto acima. Esta será nossa resposta.

 

e) Incorreta. Aqui é descrito o quinto passo.

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50) No que se refere ao psicodiagnóstico, assinale a opção correta.

  • A) O psicodiagnóstico corresponde a uma avaliação psicológica com propósitos clínicos, que abrange todos os modelos de avaliação psicológica individual.
  • B) O psicodiagnóstico e seus respectivos testes derivam da psicologia experimental.
  • C) O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão das informações que se pretende solicitar.
  • D) Em se tratando de psicodiagnóstico infantil, para não comprometer o vínculo de confiança entre a criança e o terapeuta, recomenda-se que a entrevista com os pais seja realizada na presença da criança.
  • E) Os pais não devem conversar com a criança com antecedência, somente no primeiro encontro com o psicólogo, sobre o motivo da ida ao psicólogo, pois isso aumentaria suas defesas inconscientes.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão das informações que se pretende solicitar.

Análise das alternativas:

 

a) Incorreta.  O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica com propósitos clínicos e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. 

 

b) Incorreta. O psicodiagnóstico derivou da psicologia clínica, introduzida por Lighter Witmer, em 1896, e criada sob a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica.

 

c) Correta. O fato de o resultado de um psicodiagnóstico nem sempre satisfazer às necessidades da fonte de solicitação deve-se, geralmente, à dificuldade de precisão das informações que se pretende solicitar. A afirmação está coerente e, portanto, será nossa resposta.

 

d) Incorreta. No psicodiagnóstico infantil, costuma-se entrevistar os pais, antes de ver a criança, com o objetivo de obter informações o mais abrangentes possíveis sobre o problema e sobre como a criança é. Dessa forma, na entrevista com os pais, a criança, geralmente, não está presente.

 

e) Incorreta. Nas entrevistas realizadas com os pais, deve-se combinar que eles conversem com a criança a respeito do motivo pelo qual é levada ao psicólogo. Assim, esse pode ser o início do diálogo com a criança, dentro da sala de jogo, sendo importante, então, perguntar se sabe o que está fazendo ali ou o que seus pais falaram sobre sua vinda ao psicólogo. 

 


Fonte: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico V. 5ª ed rev. Porto Alegre: Artmed, 2000.

 

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