Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Quanto à modalidade de psicodiagnóstico interventivo, sob a perspectiva fenomenológico-existencial, é correto afirmar que o psicólogo

Continua após a publicidade..

Resposta:

A alternativa correta é letra A) valoriza a colaboração do cliente com o objetivo de que o esforço conjunto possa trazer, para o cliente, uma nova compreensão das questões apresentadas.

 

Quanto à modalidade de psicodiagnóstico interventivo, sob a perspectiva fenomenológico-existencial, é correto afirmar que o psicólogo

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"Segundo Ancona-Lopez, M. (1984) desenvolveram-se, a partir dessa postura, três modelos de psicodiagnóstico: médico, psicométrico e behaviorista. O modelo médico de psicodiagnóstico "enfatizou os aspectos patológicos do indivíduo, usando como quadros referenciais as nosologias psicopatológicas e enfatizou o uso de instrumentos de medidas de determinadas características do indivíduo". (p. 4). Nesse modelo, foram criados os testes psicológicos usados como instrumentos para realização dos diagnósticos. Ancona-Lopez, M. (1984) comenta essa abordagem: "Do ponto de vista do psicólogo, a grande ênfase nos aspectos psicopatológicos deixava em segundo plano características não patológicas do comportamento das pessoas, limitando o estudo e o conhecimento sobre o indivíduo. (p. 5)

 

(...)

 

A Psicologia Fenomenológica, segundo Forghieri (1993), buscando compreender a experiência e seus significados, trabalha na clínica em dois movimentos: envolvimento existencial e distanciamento reflexivo. São esses os movimentos que utilizamos ao trabalhar o processo Psicodiagnóstico em uma abordagem fenomenológico-existencial, procurando entender, junto com os indivíduos que nos procuram, os significados que eles atribuem as suas experiências.

 

(...)

 

No Psicodiagóstico Interventivo Fenomenológico-Existencial, o psicólogo busca compreender esse campo fenomenal e evita que as explicações teóricas se anteponham ao sentido dado pelo cliente.

 

(...)

1.7 O Psicodiagnóstico Interventivo e o papel do psicólogo e dos clientes

 

Convém reiterar que os clientes, nesse atendimento, têm um papel ativo, participam da construção de uma compreensão sobre o que acontece com eles. O psicólogo solicita e valoriza a sua colaboração na intenção de que o esforço conjunto possa produzir novo entendimento para as questões por eles trazidas. Desse modo, tanto as experiências do cliente quanto as impressões do psicólogo sobre elas são compartilhadas, caindo por terra à idéia de que existem aspectos que não devem ser mencionados pelo psicólogo ao cliente: o importante é como dizer e não o que dizer.

 

Nesse sentido, diz Ancona-Lopez, M. (1995): 'Pais e psicólogo engajam-se no processo de criação de sentido e, diminuída a assimetria na relação, o conhecimento profissional perde seu caráter de verdade, mostrando-se como uma forma possível de significação' ( p. 98)

 

(...)

 

A fim de que possa compreender o campo fenomenal o psicólogo deve, com os clientes, desconstruir a situação apresentada e buscar seu significado principal. Ancona-Lopez (1995) discorre: "A queixa deixou de ser vista de modo isolado para tornar-se via de acesso ao mundo do sujeito, a seus objetos intencionais, e aos conflitos nele instalados, considerando-se o esclarecimento dos significados ali presentes como processo necessário para uma possível re-significação e conseqüente modificação do modo de estar consigo e com o outro" (p. 94).

 

(...)

 

O segundo encontro destina-se a anamnese, que pode ser feita de duas formas. Segundo Ancona-Lopez, M. (1995) é possível entregar o questionário o de anamnese aos pais, que o levam para casa e lá o respondem. Quando retornam ao atendimento, conversam com o profissional sobre suas respostas e sobre como responderam ao questionário: se apenas o pai ou a mãe o fez ou se a família se reuniu em torno dos temas, revivendo sua história, se consultaram outros membros da família em relação às informações etc... Outra forma de encaminhamento da questão é entrevistar os pais ou responsáveis durante atendimento. Essa é a maneira que prefiro utilizar em meu trabalho, pois me permite ver, sentir as emoções que os pais refletem a cada pergunta ou cada etapa da vida do filho."

 

Fonte: "A Compreensão da Religiosidade do Cliente no Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico Existencial" (Donatelli)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra A.


a)  valoriza a colaboração do cliente com o objetivo de que o esforço conjunto possa trazer, para o cliente, uma nova compreensão das questões apresentadas.


b)  procura chegar, com a colaboração do cliente, a uma classificação nosológica que oriente uma intervenção futura.


c)  busca compreender as vivências do paciente à luz das explicações teóricas que orientam a sua prática clínica.


d)  a anamnese pode ser dispensada, porque se refere a dados do passado que não são relevantes para a compreensão existencial.


e)  tenta usar a queixa como eixo central de suas intervenções e compreensão de possíveis conflitos ainda não conscientes.

Continua após a publicidade..
Continua após a publicidade..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *