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Sobre o psicodiagnóstico da criança e a entrevista familiar diagnóstica, assinale a alternativa INCORRETA:

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Resposta:

A alternativa correta é letra E)  Mitos familiares são encobertos pela rotina do funcionamento familiar. O mito promove a homeostase, pois consente que a relação se mantenha inalterada. Logo desvendar o mito familiar, sendo uma tarefa corriqueira, incluiria o terapeuta na dinâmica da família, tornando a situação favorável.

Gabarito Letra E

Sobre o psicodiagnóstico da criança e a entrevista familiar diagnóstica, assinale a alternativa INCORRETA:

a)  O sintoma da criança é o emergente de um sistema intrapsíquico que está, por sua vez, circunscrito no contexto familiar também doente com a sua própria dinâmica.

Certo! Esse é um princípio das teorias sistêmicas.

“1. O sintoma da criança é o emergente de um sistema intrapsíquico que está. por sua vez. inserido no esquema familiar também doente, com a sua própria economia e dinâmica. Este principio tem sido aceito por todos os setores das diferentes escolas psicanalíticas e outras. Aurora Pérez diz a esse respeito:' A entrevista familiar é constituída por dois sistema em convívio estável que modelam entre si uma relação continente-conteúdo. Ambos sistemas estão cm crescimento e desenvolvimento. O continente ( ... ) está constituído pelo casal parental. ( .. . ) O conteúdo está representado pelos filhos. ( ... ) Assim o fundo da criação é uma situação assimétrica cm relação de dependência. (...) Quando a trama familiar não abriga. não metaboliza. não transforma adequadamente, a atmosfera familiar torna-se rarefeita, intoxicada e começa a aparecer a doença ... É um sinal de alarme de que algo está acontecendo no ãmbito familiar. ( ... )Assim o clima de saúde vai sendo perturbado e começam a instalar-se patterns de doença.”

 

b)  Quanto menor a criança, mais importante será ponderar a entrevista familiar diagnóstica, pois ela está em pleno processo de formação e em direta dependência emocional de seus pais.

Certo! Veja:

Quanto menor a criança. mais importante será considerar esta recomendação, pois ela está em pleno processo de formação e em estreita e direta dependência emocional de seus pais. Neste aspecto são novamente importantes as recomendações de Anna Freud:

No que se refere ao papel dos pais na causa de doenças, o analista infantil deve ter muito cuidado para que as aparências superficiais não o desorientem e principalmente para não confundir os efeitos da anormalidade infantil sobre a mãe, com a influência patogênica da mãe sobre a criança. O método mais seguro e trabalhoso para avalia essas interações é a análise simultânea dos pais com seus filhos ... Algumas mães ou pais dão ã criança um papel dentro da sua própria patologia, estabelecendo as suas relações sobre essa base e não sobre as necessidades reais da criança. Muitas mães realmente transferem seus sintomas para seus filhos e logo os encenam conjuntamente como se fosse uma folie à deux (p. 42). No tratamento. principalmente os menores revelam até que ponto estão dominados pelo mundo objetal. ou seja, em que medida o ambiente chega a influenciar para determinar a sua conduta e a sua patologia (p. 45). Os pais são modelos que a criança está incorporando durante uma etapa decisiva. Detectar o modelo que os pais estão apresentando e ajudá-los a retificá-lo, se necessário. pode constituir-se em ajuda para todo o grupo familiar, mais útil que qualquer tratamento individual de um de seus filhos.”

 

c)  Entrevista familiar propicia condutas observáveis para os pais, a criança e o profissional que podem ser tomadas como ponto de referencia na devolução do diagnostico.

Certo! Essa é uma vantagem desse tipo de entrevista.

“Outro motivo importante para realizar uma entrevista familiar é que ela propicia condutas observáveis para os pais, a criança e o profissional que podem ser tomadas como ponto de referência na devolução do diagnóstico. Em muitos casos o conflito é evidente somente para o profissional, sempre que houver confirmação das suas hipóteses no material clínico. Mas isso nem sempre é suficiente para que os pais aceitem tanto o diagnóstico como a recomendação terapêutica cio psicólogo”

 

d)  Quanto mais grave for a hipótese diagnóstica, mais necessária será a entrevista familiar.

Certo! Quadros mais graves exigem mais envolvimento da família no tratamento.

Quanto mais grave for a hipótese diagnóstica, mais necessaria será a entrevista familiar. por exemplo. nos casos de psicose. quadros borderline, perversão. psicopatias ou hipocondrias graves. Quando há suspeita de uma psicose simbiótica ou. pelo menos, de uma simbiose não resolvida é conveniente incluir também uma entrevista com o binômio em questão.”

 

e)  Mitos familiares são encobertos pela rotina do funcionamento familiar. O mito promove a homeostase, pois consente que a relação se mantenha inalterada. Logo desvendar o mito familiar, sendo uma tarefa corriqueira, incluiria o terapeuta na dinâmica da família, tornando a situação favorável.

Errado. Desvendar os mitos familiares é uma atividade delicada, e não corriqueira, que pode colocar a família contra o terapeuta.

“Os mitos ocorrem em todas as famílias. não somente nas patológicas. Significam para a família o mesmo que as defesas para o indivíduo. Por exemplo, um pai impulsivo. alcoólico e uma mãe abstênia, severa e repressora. é um mito enquanto esconde a parte oposta de cada um encenada pelo outro membro do casal. O mito promove a homeostase pois permite que a relação se mantenha inalterada. Segundo Ferreira, desvendar o mito familiar requer delicadeza e discrição porque pode colocar toda a família contra o terapeuta.

  

Nosso gabarito é Letra E

 

Fonte: Arzeno, Maria Esther García Psicodiagnóstico clínico: novas contribuições - Porto Alegre: Artes Mêdicas, 1995.

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