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Caso clínico 1A1-I

Artur, com 7 anos de idade, tem desenvolvido crises de raiva e irritabilidade. Durante a avaliação psicológica, sua mãe relatou que ele tem histórico de problemas escolares, com queixas de heteroagressividade entre os colegas, professores e assistentes da escola e, ainda, que não atende a comandos, possui baixa tolerância a frustrações e reação extrema quando da imposição de regras e limites. A mãe contou que ela e o pai de Artur são separados desde quando a criança tinha dois anos de idade; eles tinham muitos conflitos e divergiam sobre a criação do filho. Atualmente, ela tem a guarda unilateral de Artur. Por fim, informou que, havia 15 dias, Artur iniciou medicação prescrita pelo psiquiatra, que o encaminhou para o psicodiagnóstico.

Tendo como referência o caso clínico 1A1-I, assinale a opção correta, acerca das etapas do processo psicodiagnóstico.

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) Na primeira entrevista, deve-se definir o motivo manifesto e o motivo latente.

Gabarito: Letra B

a) Ao receber o caso, cabe ao psicólogo, inicialmente, estabelecer o contrato de trabalho, para só depois, avaliar os motivos do encaminhamento, sintomas e queixas.

Errado. O contrato de trabalho envolve o número de entrevistas que serão necessárias, a frequência delas, as obrigações do paciente e do profissional e, portanto, é necessário que o psicólogo já tenha feito essas avaliações iniciais.

b) Na primeira entrevista, deve-se definir o motivo manifesto e o motivo latente.

Certo!

“Seja qual for o local, em um primeiro momento deve-se realizar a primeira entrevista (entrevista inicial) para que se esclareça o encaminhamento. Ocampo, Arzeno e Piccolo (2009, p. 29) referem que, “. . . No motivo de consulta deve-se discriminar entre o motivo manifesto e motivo latente”. O motivo manifesto diz respeito ao que levou à solicitação do psicodiagnóstico, e é o que, de fato, preocupa, a ponto de tornar-se um sinal de alerta; já o motivo latente diz respeito ao que não é tão óbvio, às hipóteses subjacentes elaboradas pelo psicólogo enquanto escuta e reflete sobre o que é manifesto. Ainda nesse primeiro encontro, é preciso que fiquem bem definidos os papéis do psicólogo, dos familiares e do avaliando. O primeiro deve coletar o máximo de informações possível para que se possa conhecer exaustivamente a pessoa a ser avaliada e extrair da entrevista dados para a formulação de hipóteses, viabilizando, assim, o planejamento da avaliação; aos demais cabe não sonegar informações ao profissional. Se não tivermos os objetivos bem claros e acordados entre o avaliador e a pessoa que solicitou o psicodiagnóstico, o processo dificilmente será satisfatório (Urbina, 2007).”

c) Ao final do processo, o psicólogo deve elaborar um relatório essencialmente técnico, com teor universal e linguagem objetiva.

Errado. O relatório não é um documento baseado na avaliação psicológica, e sim o laudo.

d) A comunicação dos resultados é a última etapa do processo diagnóstico, devendo ser realizada em uma sessão, na presença de Artur e da responsável.

Errado. A devolução pode ser feita em mais de uma sessão, e não deve ser realizada com os pais e a criança ao mesmo tempo.

 

e) A entrevista de devolução, no caso de Artur, poderá ocorrer de maneira sistemática ou abrangente.

Errado. A entrevista de devolução pode ser sistemática ou assistemática.

“Objetivando o término do processo, as entrevistas de devolução podem ocorrer de forma sistemática ou assistemática. A forma sistemática é a entrevista mais habitual, que tem como objetivo a devolução dos resultados e a entrega do laudo. Já a forma assistemática é comumente utilizada nos casos em que há o predomínio de uma ansiedade mais elevada por parte do avaliando e/ou do seu responsável, em que se considera pertinente o fornecimento de pequenos feedbacks ao longo do andamento do processo, visando a dirimir essa ansiedade. Outra situação em que se faz necessária a devolução assistemática é em casos graves ou de risco de suicídio.”

 

Nosso gabarito é Letra B

Referência

Hutz, C. S., Bandeira, D. R., Trentini, C. M., & Krug, J. S. (Orgs.) (2016). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed.

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