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A seguir serão apresentadas algumas formas de atuação que têm adquirido visibilidade nos últimos anos e que estão associadas a uma concepção muito mais ampla e abrangente do psicólogo na instituição escolar. Na maioria delas, a atitude pró-ativa do psicólogo é essencial, já que dificilmente lhe são colocadas como demandas explícitas na escola (Martínez, 2010). EXCETO uma não compete ao psicólogo escolar:

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) Contribuição para a coerção da equipe de direção pedagógica e para sua formação técnica

Gabarito: Letra B

A seguir serão apresentadas algumas formas de atuação que têm adquirido visibilidade nos últimos anos e que estão associadas a uma concepção muito mais ampla e abrangente do psicólogo na instituição escolar. Na maioria delas, a atitude pró-ativa do psicólogo é essencial, já que dificilmente lhe são colocadas como demandas explícitas na escola (Martínez, 2010). EXCETO uma não compete ao psicólogo escolar:

a)  Diagnóstico, análise e intervenção em nível institucional, especialmente no que diz respeito à subjetividade social da escola, visando delinear estratégias de trabalho favorecedoras das mudanças necessárias para a otimização do processo educativo.

Certo! O psicólogo tem papel importante na definição de estratégias para favorecer o processo educativo.

“A caracterização e o funcionamento da escola como instituição, bem como, o impacto desta nos processos de ensino-aprendizagem que nela se desenvolvem e no cumprimento da sua função educativa em um sentido mais geral, tem sido temas relativamente pouco abordados pela Psicologia Escolar a qual, como já dito, tem focalizado muito mais a dimensão psicoeducativa do que propriamente a dimensão psicossocial da escola.

Porém, na medida em que se reconhece que os indivíduos se constituem e, simultaneamente, são constituidores dos contextos sociais nos quais estão inseridos, os aspectos organizacionais da escola como instituição, em especial, sua subjetividade social4 adquirem especial importância. Esses constituem aspectos relevantes para compreendermos os processos relacionais que na escola ocorrem e que participam dos modos nos quais os profissionais e alunos sentem , pensam e atuam nesse espaço.

Por sua vez, a ação dos sujeitos nesse espaço social contribui para a configuração subjetiva que este assume, estabelecendo-se uma relação recursiva entre subjetividades individuais e subjetividade social. Os sistemas de relações que se dão entre os membros da instituição, os estilos de gestão, os valores, as normas, e o clima emocional, constituem apenas alguns exemplos de importantes fatores que influem, direta ou indiretamente, não apenas os modos de agir dos integrantes do coletivo escolar, mas também, os seus estados emocionais, a sua satisfação com a instituição e o seu compromisso e motivação com as atividades que realizam.

Enxergar a escola não apenas como um lugar onde uns ensinam e outros aprendem, mas como um espaço social sui generis no qual as pessoas convivem e atuam, implica reconhecer a importância da sua dimensão psicossocial assim como, o papel do trabalho do psicólogo escolar nesta importante dimensão.”

b)  Contribuição para a coerção da equipe de direção pedagógica e para sua formação técnica

Errado. O psicólogo educacional não tem função de coerção.

 

c)  Participação no processo de seleção dos membros da equipe pedagógica e no processo de avaliação dos resultados do trabalho

Certo! O psicólogo no contexto escolar também pode exercer essas funções mais relacionadas a psicologia organizacional, uma vez que a escola também é uma organização.

“Fundamentalmente no ensino particular se dá cada vez mais atenção à qualidade dos processos de recrutamento e seleção dos membros da equipe pedagógica com o objetivo de escolher os candidatos que melhor possam desenvolver um trabalho potencialmente efetivo. O psicólogo participa, junto a outros membros da equipe de direção pedagógica, na fundamentação e no delineamento geral do sistema de seleção levando em consideração a preparação e as características requeridas para o exercício de cada uma das funções a serem realizadas, em correspondência com a proposta pedagógica da escola e seus objetivos institucionais mais gerais.

O psicólogo também participa na elaboração dos instrumentos que integram o sistema de seleção (instrumentos escritos, vivenciais, de execução, etc) como também atua no processo de avaliação dos candidatos a partir dos indicadores que vão sendo gerados pelas informações proporcionadas por cada um dos instrumentos.

O processo de autoavaliação e avaliação individual e coletiva dos resultados do trabalho educativo realizado, ainda não faz parte essencial da cultura escolar. O psicólogo pode contribuir no delineamento de sistemas e estratégias de avaliação que, simultaneamente com seu objetivo de evidenciar os pontos fortes e fracos do trabalho realizado visando seu aprimoramento, possa também, se constituir em um processo construtivo de desenvolvimento para todos os envolvidos.

O processo de resignificação da avaliação do trabalho que, possui uma conotação negativa por razões muito diversas, dentre as quais se destaca o significado negativo com o qual os processos de avaliação em geral aparecem na representação social dominante, emerge como um importante desafio para o trabalho do psicólogo. A esse último corresponde delinear estratégias e ações tanto individuais quanto coletivas que possam contribuir para vencer resistências, assim como, para superar os obstáculos que impedem a utilização deste importante instrumento de trabalho no contexto escolar.”

 

d)  Coordenação de disciplinas e de oficinas direcionadas ao desenvolvimento integral dos alunos

Certo! O desenvolvimento integral dos alunos é um objetivo da psicologia escolar.

“Com maior frequência começam a ser incluídos nas propostas pedagógicas das escolas espaços curriculares não-tradicionais. Alguns destes componentes curriculares em forma de disciplinas, projetos de trabalho, oficinas ou outras, abordam temas de conteúdo propriamente psicológico como: autoconhecimento, desenvolvimento de habilidades interpessoais, desenvolvimento da criatividade, valores, elaboração de planos e projetos futuros e muitos outros.

As experiências do psicólogo em condição de “professor” ou de coordenador de disciplinas, oficinas e projetos dessa natureza, se evidenciam como positivas.

Uma das preocupações que tem surgido perante este tipo de atuação, quando realizada de forma simultânea com outras funções próprias do psicólogo dentro de um mesmo ambiente escolar, tem sido a de que a condição de “professor”, segundo o poder simbólico que esta figura apresenta, possa então limitar outras funções, que, na representação social estão associadas ao psicólogo como profissional, tais como confidente, mediador de conflitos, etc.

Mesmo significando uma preocupação legítima, pela importância das representações sociais nas formas de pensar e de agir dos indivíduos que delas participam, tal prática, até onde temos podido conhecer, mostra que este perigo potencial não se concretiza se, o psicólogo com profissionalismo, é capaz de delinear e articular adequadamente ações que na realidade não são antagônicas. Inclusive, constatamos em escolas nas quais temos trabalhado, que a participação do psicólogo no desenvolvimento de atividades curriculares, longe de afetar a realização de outras tarefas, potencializa-as.

Psicólogos bem preparados e com sucesso na sua atividade docente ganham prestígio diante do coletivo de professores, ampliam as oportunidades para conhecer mais profundamente os alunos e adquirem uma melhor compreensão da complexidade dos processos de ensinoaprendizagem e de muitas das dificuldades que têm que ser enfrentadas e resolvidas no dia a dia da vida escolar, elementos esses muito importantes para o aprimoramento de seu trabalho profissional.

 

e)  Participação na construção, no acompanhamento e na avaliação da proposta pedagógica da escola

Certo! O psicólogo escolar colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais.

“Apesar de se estabelecer como uma importante exigência para o funcionamento escolar, a proposta pedagógica, em muitas escolas, não tem sido ainda produto de um trabalho coletivo dos integrantes da instituição, nem funciona como um referente real que dá coerência necessária ao trabalho educativo que nela se realiza. Em muitas instituições escolares constitui um documento formal que pouco se relaciona com a realidade da vida escolar.

Tendo em conta que a proposta pedagógica não é apenas o documento escrito, mas sim a intencionalidade educativa que se expressa de forma viva no conteúdo e na forma que assumem as ações educativas que caracterizam o trabalho da escola em seu conjunto, se faz evidente a importância de um conjunto de fatores para os quais, por sua natureza, o psicólogo pode contribuir significativamente. Entre eles podemos salientar o trabalho coletivo, a reflexão conjunta, os processos de comunicação, a negociação de interesses e de pontos de vistas diferentes assim como os processos de mudança, criatividade e inovação.

O psicólogo escolar pode atuar de múltiplas formas visando que a proposta pedagógica constitua-se efetivamente como um instrumento útil para a organização coerente do trabalho educativo. Seu trabalho pode ser especialmente importante na integração e na coesão da equipe escolar; na coordenação do trabalho em grupo; na mudança de representações, de crenças e mitos, na definição coletiva de funções e, ainda no processo de negociação e resolução de conflitos, os quais são frequentes em qualquer tipo de trabalho coletivo que implique no encontro de pontos de vistas diferentes.

Particular importância tem também o trabalho que o psicólogo pode realizar na geração de ideias e na solução criativa de problemas utilizando técnicas específicas.”

Gabarito: Letra B

Referência

Martinez, Albertina Mitjáns. (2009). Psicologia Escolar e Educacional: compromissos com a educação brasileira. Psicologia Escolar e Educacional13(1), 169-177. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572009000100020

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