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Conforme o artigo “Medicalização e patologização da educação: desafios à psicologia escolar e educacional” (SCARIN; Souza, 2020), analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Em relação ao termo nominal “estatístico” do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), as autoras pontuam que não há apresentação ou discussão sobre os aspectos estatísticos apresentados ou prospectados, apenas as apresentações à indicação dos dados, considerados somente do ponto de vista numerário e classificatório que são pautados por um olhar clínico dos comportamentos humanos.

( ) As autoras também pontuam que a origem das psicopatologias é considerada nos psicodiagnósticos que se valem do DSM, permitindo, assim, que se faça uma reflexão e crítica sobre a lógica do sofrimento mental, sem que seja uma mera proposta classificatória. Ou seja, na maioria dos psicodiagnósticos orientados pelo DSM, interessa mais o contexto social-histórico-cultural do que a localização nominal da patologia em questão.

( ) Conforme a pesquisa realizada pelas autoras, as publicações favoráveis aos textos utilizados no DSM contemplam uma abordagem biologicista do comportamento e afeto humanos, sendo a questão neurológica apontada como a causa do comportamento humano e fundante do afeto.

( ) A escola, de acordo com o estudo mencionado, tem apresentado maior suscetibilidade a esses aspectos diagnósticos. De maneira que os estudantes “que não aprendem” são encaminhados para profissionais como médicos, psiquiatras ou psicólogos para a realização de exames e avaliações neurológicas e neuropsicológicas. O que implica, em muitos casos, em uma intensa medicalização desta população.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) V – F – V – V.

   

  

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"O que salta aos olhos, conforme vem sendo discutido, é que o nome do DSM é Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e, a despeito do termo “estatístico” nominalmente presente, não há apresentação e/ou discussão acerca dos aspectos estatísticos apresentados ou prospectados, limitando as apresentações à indicação dos dados, considerados tão somente do ponto de vista numerário e classificatório, pautados por um olhar clínico dos comportamentos humanos.

 

Prosseguindo com a reflexão, pode-se considerar o que é acarretado pela ausência da discussão acerca das questões etiológicas na área da psicopatologia, a qual é dotada de enorme complexidade e, assim, de muitos pontos ainda obscuros. As questões ideológicas, certamente, permeiam essa seara da obscuridade, apontando uma tendência possível à confusão entre fenômeno patológico e seu hospedeiro ideológico. O que se perde em meio a essa proposta classificatória maciça é a abertura para discussão acerca da lógica do sofrimento mental e, por conseguinte, das questões concernentes e fundantes do que tange a relação saúde/doença. Esse aspecto fica reduzido à mera possibilidade de localização nominal da patologia em questão, quando há um processo psicodiagnóstico em curso.

(...)

Considerando o conteúdo, as publicações favoráveis aos textos dos DSMs contemplam uma abordagem biologicista do comportamento e afeto humanos. A questão neurológica como causa do comportamento humano e fundante do afeto é explanada de maneira clara, trazendo à baila a consequência dessa maneira de compreender o funcionamento mental humano: o tratamento medicamentoso. Quanto à autoria, predominam médicos, sejam psiquiatras, neurologistas, e mesmo psicólogos atuantes na área da neuropsicologia. A discussão de comportamento e afeto realizada nesse formato traz no seu bojo a inserção da biologia como determinante desses aspectos tão humanos, e o resultado é a interferência desses pontos de vista profissionais no tocante a questões não só da saúde, mas da educação e da socialização.

 

A escola tem apresentado enorme suscetibilidade a esses aspectos diagnósticos. A criança e o adolescente “que não aprendem” são frequentemente encaminhados ao médico, que na maioria das vezes, realiza exames neurológicos e solicita avaliações neurospicológicas os quais, uma vez concluídos, afirmam ter essa criança ou adolescente algo como “risco para TDAH”, “risco para Dislexia”, “risco para Transtorno Específico de Aprendizagem”, “risco para Transtorno Opositivo Desafiador”, ou mesmos esses citados quadros já consolidados (no caso, o diagnóstico é apresentado sem a palavra “risco’)."

 

Fonte:Medicalização e patologização da educação: desafios à psicologia escolar e educacional” (Scarin e Souza)

 

Com isso, podemos identificar as afirmativas verdadeiras e falsas abaixo.

 

( V ) Em relação ao termo nominal “estatístico” do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), as autoras pontuam que não há apresentação ou discussão sobre os aspectos estatísticos apresentados ou prospectados, apenas as apresentações à indicação dos dados, considerados somente do ponto de vista numerário e classificatório que são pautados por um olhar clínico dos comportamentos humanos.

  

( F ) As autoras também pontuam que a origem das psicopatologias é considerada nos psicodiagnósticos que se valem do DSM, permitindo, assim, que se faça uma reflexão e crítica sobre a lógica do sofrimento mental, sem que seja uma mera proposta classificatória. Ou seja, na maioria dos psicodiagnósticos orientados pelo DSM, interessa mais o contexto social-histórico-cultural do que a localização nominal da patologia em questão.

  

( V ) Conforme a pesquisa realizada pelas autoras, as publicações favoráveis aos textos utilizados no DSM contemplam uma abordagem biologicista do comportamento e afeto humanos, sendo a questão neurológica apontada como a causa do comportamento humano e fundante do afeto.

  

( ) A escola, de acordo com o estudo mencionado, tem apresentado maior suscetibilidade a esses aspectos diagnósticos. De maneira que os estudantes “que não aprendem” são encaminhados para profissionais como médicos, psiquiatras ou psicólogos para a realização de exames e avaliações neurológicas e neuropsicológicas. O que implica, em muitos casos, em uma intensa medicalização desta população.

 

Portanto, a sequência ficou V F V V. Encontramos a resposta na Letra A.

 

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:


a)  V – F – V – V.
b)  V – F – F – V.
c)  F – F – V – V.
d)  F – V – F – F.
e)  V – V – V – F.

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