Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Jean Oury, médico psiquiatra e psicanalista francês, trouxe importantes contribuições para a prática nas instituições psiquiátricas por meio da psicanálise. Dentre essas, elaborou a noção de coletivo, que implica uma lógica que permite preservar uma dimensão singular dos sujeitos, mesmo estando estes inseridos em uma organização. Segundo Geoffroy e Alberti (2015), tal conceito é essencial para a prática da psicologia na escola, podendo facilitar a emergência do sujeito, resistindo à lógica frequentemente observada nas instituições escolares de normatização e consequente produção de crianças desadaptadas. O coletivo, portanto, “implica na função de colocar em funcionamento alguma coisa que, num meio amorfo, praticamente inerte e muito misturado, possibilite algum tipo de distinção”

(Cavalcanti, 1992, p. 197).


GEOFFROY, R.; ALBERTI, S. Contribuições de Jean Oury para verificar uma possível emergência do sujeito na escola.
Estilos da Clínica, v. 20, n. 2, 2015.
CAVALCANTI, M. T. O tear das cinzas. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Rio de Janeiro: UFRJ, 1992.


A função mencionada no texto, concernida ao coletivo, a qual possibilita a distinção entre diferentes registros e patamares, é compreendida por Oury como

Continua após a publicidade..

Resposta:

A alternativa correta é letra A) diacrítica.

Gabarito Letra A

 

A função mencionada no texto, concernida ao coletivo, a qual possibilita a distinção entre diferentes registros e patamares, é compreendida por Oury como
a)  diacrítica.
b)  decisória.
c)  anacrônica.
d)  apaziguadora.

 

Sem conhecer a teoria de Oury, com simples semântica é possível resolver essa questão. “Diacrítico” é um sinal gráfico que muda o valor de um símbolo, que marca uma característica linguística. Ou seja, que permite a distinção entre diferentes registros.

“Oury irá desenvolver várias noções para dar conta deste funcionamento, dentre as quais se destaca a função diacrítica, entendida como vetor do que chamará de distinguibilidade. Diacrítica no sentido utilizado pela acentuação na gramática, pela semiologia médica ao colocar em valor determinados sinais: “uma função que permite distinguir as diferentes coisas […] separar os planos, os registros. No fim das contas, é uma função de análise estrutural” (p. 93).” (Fonseca, 2009)

 

“Quando oferecemos a possibilidade de emergência do sujeito, distinto do lugar de objeto que as pessoas ocupam com tanta frequência no contexto institucional, trata-se de outra forma de fazer clínica, “cuja finalidade essencial é fazer funcionar todas as estruturas institucionais em uma dimensão psicoterápica” (Oury, 2009, p. 93). Trata-se de uma função diacrítica, uma função que possibilita a distinção entre diferentes registros e planos, uma função de análise estrutural. A presença do analista na escola introduz um corte na estrutura institucional, fazendo funcioná-la dentro da dimensão psicoterápica” (Geoffroy e Alberti, 2015)

 

Dessa forma, nosso gabarito é Letra A.

 

Referência

GEOFFROY, R.; ALBERTI, S. Contribuições de Jean Oury para verificar uma possível emergência do sujeito na escola. São Paulo: Estilos da Clínica, v. 20, n. 2, 2015.

FONSECA, R. G. O agente do oblíquo. Disponível em: < http://revistapercurso.uol.com.br/index.php?apg=artigo_view&ida=145&id_tema=92> Acesso em 04 de janeiro de 2019.

Continua após a publicidade..
Continua após a publicidade..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *