Maria Helena Souza Patto (2005) aponta que pesquisas recentes têm demonstrado que a origem da violência que vem marcando a vida nas escolas públicas só pode ser entendida ao se levar em conta:
- A) a tendência antissocial dos estudantes
- B) a violência das escolas, em que se inclui as más condições de trabalho dos professores
- C) a violência nas escolas, em que se inclui a depredação ao patrimônio público
- D) a síndrome de burnout, comum ao corpo docente
Resposta:
A alternativa correta é letra B) a violência das escolas, em que se inclui as más condições de trabalho dos professores
Gabarito: Letra B
Maria Helena Souza Patto (2005) aponta que pesquisas recentes têm demonstrado que a origem da violência que vem marcando a vida nas escolas públicas só pode ser entendida ao se levar em conta:
a) a tendência antissocial dos estudantes
b) a violência das escolas, em que se inclui as más condições de trabalho dos professores
c) a violência nas escolas, em que se inclui a depredação ao patrimônio público
d) a síndrome de burnout, comum ao corpo docente
A autora mencionada traz que a violência nas escolas só pode ser entendida levando em conta a violência das escolas, a violência causada pelo descaso dos governantes com a educação pública:
“A discussão deste tema requer, antes de mais nada, que se indague sobre a origem da violência que vem marcando a vida nas escolas públicas de primeiro e segundo graus. São muitas as pesquisas que têm mostrado que a violência nas escolas só pode ser entendida se levarmos em conta a violência das escolas. Esta é a contribuição que pretendo dar ao debate: voltar para dentro das escolas o olhar dos que se preocupam com violência escolar.
Os que pesquisam a escola pública brasileira de primeiro e segundo graus há muito vêm denunciando as más condições de trabalho dos professores, decorrente de secular desrespeito a essa categoria profissional. Segundo Florestan Fernandes -- sociólogo que se destacou na luta em defesa da escola pública -, esse desrespeito assume, basicamente, três formas: baixos salários, má qualidade dos cursos de formação docente e exclusão dos educadores das decisões sobre a política educacional.
A baixa remuneração obriga a maioria dos professores a duplas jornadas de trabalho, a um número de horas-aula semanal estafante, não raro em unidades escolares situadas em pontos opostos da cidade, e a dificuldades crônicas de vida. A má formação faz do sucesso profissional meta inatingível para muitos, que se desgastam em tentativas vās de conseguir que os alunos aprendam os conteúdos curriculares e se comportem do modo esperado pela escola. A exclusão dos centros decisórios torna-os "peões de reformas e projetos pedagógicos efêmeros, impostos de cima para baixo, da noite para o dia diferentes a cada governo, num suceder de mudanças que mais contribuem para desorganizar as relações escolares do que para melhorar a qualidade do ensino”
Nosso gabarito é Letra B
Referência
Patto, M. H. S. (2010). Exercícios de indignação: escritos de indignação e psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo.
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