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Questões Sobre Psicologia Educacional - Psicologia - concurso

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361) Com relação à Psicopedagogia preventiva, afirma que “podemos dizer que o nosso sujeito é a instituição, com sua complexa rede de relações”. A partir dessa reflexão, podemos dizer que a instituição é um espaço físico e psíquico da aprendizagem, local e objeto de estudo da Psicopedagogia. Os procedimentos didáticos que interferem na aprendizagem devem ser analisados e discutidos, a fim de que possam ser ressignificados (Noffs, 2014).

 

O trabalho psicopedagógico de cunho preventivo destaca-se em variadas formas de intervenção:

 

I. releitura e reelaboração no desenvolvimento das programações curriculares, centrando a atenção na articulação dos aspectos afetivos-cognitivos, conforme o desenvolvimento integrado da criança e do adolescente;

 

II. análise mais detalhada dos conceitos, desenvolvendo atividades que ampliem as diferentes formas de trabalhar o conteúdo programático. Nesse processo, busca-se que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Complementa essa prática o desenvolvimento de projetos institucionais para as escolas da rede;

 

III. criação de materiais de orientação, textos, palestras para contribuir com a prática docente, assim como, nas estratégias de ensino-aprendizagem, desenvolvendo o raciocínio, construindo criativamente o conhecimento, integrando afeto e cognição no diálogo com as informações

 

Analise as proposições e marque a alternativa correta:

  • A) I e III estão corretas

  • B) I e II estão corretas

  • C) II e III estão corretas

  • D) I, II e III estão corretas

  • E) I apenas está correta

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) I, II e III estão corretas


 

Com relação à Psicopedagogia preventiva, afirma que “podemos dizer que o nosso sujeito é a instituição, com sua complexa rede de relações”. A partir dessa reflexão, podemos dizer que a instituição é um espaço físico e psíquico da aprendizagem, local e objeto de estudo da Psicopedagogia. Os procedimentos didáticos que interferem na aprendizagem devem ser analisados e discutidos, a fim de que possam ser ressignificados (Noffs, 2014).

Segundo Noffs et al. (2014):

“O trabalho psicopedagógico de cunho preventivo destaca-se em variadas formas de intervenção:

  • releitura e reelaboração no desenvolvimento das programações curriculares, centrando a atenção na articulação dos aspectos afetivos-cognitivos, conforme o desenvolvimento integrado da criança e do adolescente;
 
  • análise mais detalhada dos conceitos, desenvolvendo atividades que ampliem as diferentes formas de trabalhar o conteúdo programático. Nesse processo, busca-se que o aluno atue operativamente nos diferentes níveis de escolaridade. Complementa essa prática o desenvolvimento de projetos institucionais para as escolas da rede;
 
  • criação de materiais de orientação, textos, palestras para contribuir com a prática docente, assim como, nas estratégias de ensino-aprendizagem, desenvolvendo o raciocínio, construindo criativamente o conhecimento, integrando afeto e cognição no diálogo com as informações

 

Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que estão corretas as afirmativas “I, II e III ”, portanto, LETRA “D”.

 

_______________

Fonte consultada:

Noffs, N., Godinho, M., Ferreira, M., & Vieira, J. (2014). Proposta de atuação psicopedagógica na diretoria municipal de educação de Cajamar.

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362) A seguir serão apresentadas algumas formas de atuação que têm adquirido visibilidade nos últimos anos e que estão associadas a uma concepção muito mais ampla e abrangente do psicólogo na instituição escolar. Na maioria delas, a atitude pró-ativa do psicólogo é essencial, já que dificilmente lhe são colocadas como demandas explícitas na escola (Martínez, 2010). EXCETO uma não compete ao psicólogo escolar:

  • A) Diagnóstico, análise e intervenção em nível institucional, especialmente no que diz respeito à subjetividade social da escola, visando delinear estratégias de trabalho favorecedoras das mudanças necessárias para a otimização do processo educativo.

  • B) Contribuição para a coerção da equipe de direção pedagógica e para sua formação técnica

  • C) Participação no processo de seleção dos membros da equipe pedagógica e no processo de avaliação dos resultados do trabalho

  • D) Coordenação de disciplinas e de oficinas direcionadas ao desenvolvimento integral dos alunos

  • E) Participação na construção, no acompanhamento e na avaliação da proposta pedagógica da escola

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Contribuição para a coerção da equipe de direção pedagógica e para sua formação técnica

Gabarito: Letra B

A seguir serão apresentadas algumas formas de atuação que têm adquirido visibilidade nos últimos anos e que estão associadas a uma concepção muito mais ampla e abrangente do psicólogo na instituição escolar. Na maioria delas, a atitude pró-ativa do psicólogo é essencial, já que dificilmente lhe são colocadas como demandas explícitas na escola (Martínez, 2010). EXCETO uma não compete ao psicólogo escolar:

a)  Diagnóstico, análise e intervenção em nível institucional, especialmente no que diz respeito à subjetividade social da escola, visando delinear estratégias de trabalho favorecedoras das mudanças necessárias para a otimização do processo educativo.

Certo! O psicólogo tem papel importante na definição de estratégias para favorecer o processo educativo.

“A caracterização e o funcionamento da escola como instituição, bem como, o impacto desta nos processos de ensino-aprendizagem que nela se desenvolvem e no cumprimento da sua função educativa em um sentido mais geral, tem sido temas relativamente pouco abordados pela Psicologia Escolar a qual, como já dito, tem focalizado muito mais a dimensão psicoeducativa do que propriamente a dimensão psicossocial da escola.

Porém, na medida em que se reconhece que os indivíduos se constituem e, simultaneamente, são constituidores dos contextos sociais nos quais estão inseridos, os aspectos organizacionais da escola como instituição, em especial, sua subjetividade social4 adquirem especial importância. Esses constituem aspectos relevantes para compreendermos os processos relacionais que na escola ocorrem e que participam dos modos nos quais os profissionais e alunos sentem , pensam e atuam nesse espaço.

Por sua vez, a ação dos sujeitos nesse espaço social contribui para a configuração subjetiva que este assume, estabelecendo-se uma relação recursiva entre subjetividades individuais e subjetividade social. Os sistemas de relações que se dão entre os membros da instituição, os estilos de gestão, os valores, as normas, e o clima emocional, constituem apenas alguns exemplos de importantes fatores que influem, direta ou indiretamente, não apenas os modos de agir dos integrantes do coletivo escolar, mas também, os seus estados emocionais, a sua satisfação com a instituição e o seu compromisso e motivação com as atividades que realizam.

Enxergar a escola não apenas como um lugar onde uns ensinam e outros aprendem, mas como um espaço social sui generis no qual as pessoas convivem e atuam, implica reconhecer a importância da sua dimensão psicossocial assim como, o papel do trabalho do psicólogo escolar nesta importante dimensão.”

b)  Contribuição para a coerção da equipe de direção pedagógica e para sua formação técnica

Errado. O psicólogo educacional não tem função de coerção.

 

c)  Participação no processo de seleção dos membros da equipe pedagógica e no processo de avaliação dos resultados do trabalho

Certo! O psicólogo no contexto escolar também pode exercer essas funções mais relacionadas a psicologia organizacional, uma vez que a escola também é uma organização.

“Fundamentalmente no ensino particular se dá cada vez mais atenção à qualidade dos processos de recrutamento e seleção dos membros da equipe pedagógica com o objetivo de escolher os candidatos que melhor possam desenvolver um trabalho potencialmente efetivo. O psicólogo participa, junto a outros membros da equipe de direção pedagógica, na fundamentação e no delineamento geral do sistema de seleção levando em consideração a preparação e as características requeridas para o exercício de cada uma das funções a serem realizadas, em correspondência com a proposta pedagógica da escola e seus objetivos institucionais mais gerais.

O psicólogo também participa na elaboração dos instrumentos que integram o sistema de seleção (instrumentos escritos, vivenciais, de execução, etc) como também atua no processo de avaliação dos candidatos a partir dos indicadores que vão sendo gerados pelas informações proporcionadas por cada um dos instrumentos.

O processo de autoavaliação e avaliação individual e coletiva dos resultados do trabalho educativo realizado, ainda não faz parte essencial da cultura escolar. O psicólogo pode contribuir no delineamento de sistemas e estratégias de avaliação que, simultaneamente com seu objetivo de evidenciar os pontos fortes e fracos do trabalho realizado visando seu aprimoramento, possa também, se constituir em um processo construtivo de desenvolvimento para todos os envolvidos.

O processo de resignificação da avaliação do trabalho que, possui uma conotação negativa por razões muito diversas, dentre as quais se destaca o significado negativo com o qual os processos de avaliação em geral aparecem na representação social dominante, emerge como um importante desafio para o trabalho do psicólogo. A esse último corresponde delinear estratégias e ações tanto individuais quanto coletivas que possam contribuir para vencer resistências, assim como, para superar os obstáculos que impedem a utilização deste importante instrumento de trabalho no contexto escolar.”

 

d)  Coordenação de disciplinas e de oficinas direcionadas ao desenvolvimento integral dos alunos

Certo! O desenvolvimento integral dos alunos é um objetivo da psicologia escolar.

“Com maior frequência começam a ser incluídos nas propostas pedagógicas das escolas espaços curriculares não-tradicionais. Alguns destes componentes curriculares em forma de disciplinas, projetos de trabalho, oficinas ou outras, abordam temas de conteúdo propriamente psicológico como: autoconhecimento, desenvolvimento de habilidades interpessoais, desenvolvimento da criatividade, valores, elaboração de planos e projetos futuros e muitos outros.

As experiências do psicólogo em condição de “professor” ou de coordenador de disciplinas, oficinas e projetos dessa natureza, se evidenciam como positivas.

Uma das preocupações que tem surgido perante este tipo de atuação, quando realizada de forma simultânea com outras funções próprias do psicólogo dentro de um mesmo ambiente escolar, tem sido a de que a condição de “professor”, segundo o poder simbólico que esta figura apresenta, possa então limitar outras funções, que, na representação social estão associadas ao psicólogo como profissional, tais como confidente, mediador de conflitos, etc.

Mesmo significando uma preocupação legítima, pela importância das representações sociais nas formas de pensar e de agir dos indivíduos que delas participam, tal prática, até onde temos podido conhecer, mostra que este perigo potencial não se concretiza se, o psicólogo com profissionalismo, é capaz de delinear e articular adequadamente ações que na realidade não são antagônicas. Inclusive, constatamos em escolas nas quais temos trabalhado, que a participação do psicólogo no desenvolvimento de atividades curriculares, longe de afetar a realização de outras tarefas, potencializa-as.

Psicólogos bem preparados e com sucesso na sua atividade docente ganham prestígio diante do coletivo de professores, ampliam as oportunidades para conhecer mais profundamente os alunos e adquirem uma melhor compreensão da complexidade dos processos de ensinoaprendizagem e de muitas das dificuldades que têm que ser enfrentadas e resolvidas no dia a dia da vida escolar, elementos esses muito importantes para o aprimoramento de seu trabalho profissional.

 

e)  Participação na construção, no acompanhamento e na avaliação da proposta pedagógica da escola

Certo! O psicólogo escolar colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais.

“Apesar de se estabelecer como uma importante exigência para o funcionamento escolar, a proposta pedagógica, em muitas escolas, não tem sido ainda produto de um trabalho coletivo dos integrantes da instituição, nem funciona como um referente real que dá coerência necessária ao trabalho educativo que nela se realiza. Em muitas instituições escolares constitui um documento formal que pouco se relaciona com a realidade da vida escolar.

Tendo em conta que a proposta pedagógica não é apenas o documento escrito, mas sim a intencionalidade educativa que se expressa de forma viva no conteúdo e na forma que assumem as ações educativas que caracterizam o trabalho da escola em seu conjunto, se faz evidente a importância de um conjunto de fatores para os quais, por sua natureza, o psicólogo pode contribuir significativamente. Entre eles podemos salientar o trabalho coletivo, a reflexão conjunta, os processos de comunicação, a negociação de interesses e de pontos de vistas diferentes assim como os processos de mudança, criatividade e inovação.

O psicólogo escolar pode atuar de múltiplas formas visando que a proposta pedagógica constitua-se efetivamente como um instrumento útil para a organização coerente do trabalho educativo. Seu trabalho pode ser especialmente importante na integração e na coesão da equipe escolar; na coordenação do trabalho em grupo; na mudança de representações, de crenças e mitos, na definição coletiva de funções e, ainda no processo de negociação e resolução de conflitos, os quais são frequentes em qualquer tipo de trabalho coletivo que implique no encontro de pontos de vistas diferentes.

Particular importância tem também o trabalho que o psicólogo pode realizar na geração de ideias e na solução criativa de problemas utilizando técnicas específicas.”

Gabarito: Letra B

Referência

Martinez, Albertina Mitjáns. (2009). Psicologia Escolar e Educacional: compromissos com a educação brasileira. Psicologia Escolar e Educacional13(1), 169-177. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572009000100020

363) Martínez (2009), a partir da produção no campo da inovação educativa e da experiência de trabalho em relação à implantação da política de inclusão escolar, apresenta um conjunto de ações que o psicólogo pode realizar de forma sistêmica – considerando a complexidade que toda mudança institucional implica –, para contribuir de forma produtiva para a incorporação da política à vida cotidiana da escola. Entre elas destacam-se, EXCETO:

  • A) analisar criticamente as políticas a serem implantadas, reconhecendo seus pontos fortes e seus aspectos vulneráveis, visando à difusão de seus fundamentos na comunidade escolar;

  • B) analisar as experiências na implantação de políticas similares ou da mesma política em outros contextos, visando delinear estratégias específicas para o contexto em que atua;

  • C) identificar os pontos que possam constituir empecilhos para os processos de mudanças e delinear estratégias para neutralizá-los;

  • D) impedir formas abertas de comunicação e de gestão participativa que possibilitem o envolvimento dos professores no processo de tomada de decisões;

  • E) contribuir para a difusão de conhecimentos que possam favorecer a criatividade e a inovação.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) impedir formas abertas de comunicação e de gestão participativa que possibilitem o envolvimento dos professores no processo de tomada de decisões;

Gabarito: Letra D

 

A questão quer saber qual alternativa não traz uma atividade que Martinez propõe que os psicólogos possam exercer para facilitar de forma crítica, reflexiva e criativa a implementação das políticas públicas. Vamos ver todas as atividades propostas:

 

“• Analisar criticamente as políticas a serem implantadas reconhecendo seus pontos fortes e seus aspectos vulneráveis, visando a difusão de seus fundamentos na comunidade escolar. [Essa é a alternativa A]

• Analisar as experiências na implantação de políticas similares ou da mesma política em outros contextos visando delinear estratégias específicas para o contexto em que atua. [Essa é a alternativa B]

• Identificar os pontos que possam constituir empecilhos para os processos de mudanças e delinear estratégias para neutralizá-los. [Essa é a alternativa C]

Favorecer formas abertas de comunicação e de gestão participativa que possibilitem o envolvimento dos professores no processo de tomada de decisões.

• Favorecer a coesão da equipe pedagógica e potencializar a receptividade da comunidade educativa às mudanças.

• Contribuir para a difusão de conhecimentos que possam favorecer a criatividade e a inovação. [Essa é a alternativa E]

• Contribuir para enfrentar e negociar os conflitos que comumente acompanham os processos de mudanças.

• Favorecer a criação de sistemas de estímulos e de premiação dos resultados positivos alcançados.”

 

A única alternativa que está em desacordo com o apresentado pela autora é a Letra D, uma vez que o psicólogo deve favorecer formas abertas de comunicação, e não impedi-las.

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Referência

Martinez, Albertina Mitjáns. (2009). Psicologia Escolar e Educacional: compromissos com a educação brasileira. Psicologia Escolar e Educacional13(1), 169-177. https://dx.doi.org/10.1590/S1413-85572009000100020

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364) Segundo Moreira e Oliveira (2016), o fracasso escolar, portanto, não pode ser dimensionado apenas pelo insucesso na aprendizagem, não raro mensurado por meio de notas, mas deve ser levado em conta todo um universo de fatos, acontecimentos e relações que perpassam toda a vida prévia do aluno: as relações familiares, o meio mais ou menos culto em que vive a apropriação e instrumentos de aprendizagem e o modo pelo qual se dá a prática do ensino/aprendizagem na escola.

 

A atuação do psicólogo no ambiente escolar dependerá muito do conhecimento holístico desse profissional sobre a realidade do aluno e sobre todos os elementos que desencadeiam o fracasso escolar. Assim, para que o trabalho alcance seus objetivos no espaço escolar há que se levar em conta que o profissional da psicologia não é mais meramente um avaliador. É um profissional das ciências humanas que se enquadra na área da saúde, porque não tem como haver saúde sem humanização. Faz-se necessário ao psicólogo ter uma visão mais abrangente da realidade social, de maneira a compreender fenômenos sociais como a desigualdade.

 

  • A) O trabalho do psicólogo no ambiente escolar passa necessariamente pela análise da intervenção da família na aprendizagem, pois o fato da relação deficitária escola/família ser apenas parte das causas do fracasso escolar, não serve para isentar a família de seu importante e múltiplo papel de sustentar, guardar e educar os filhos.

  • B) Contudo, a atuação do psicólogo na educação, dentro ou fora dos muros escolares, é bem mais ampla, especialmente nos tempos atuais, em que os problemas de ordem psicológica com reflexo na aprendizagem tendem a aumentar.

  • C) As possibilidades de atuação do psicólogo na instituição escolar constituem, ainda, um tema de reflexão e de debate entre esses próprios profissionais [...]. O debate e os questionamentos se expressam, também, em diferentes instâncias do sistema educativo e deles participam, em diferentes graus, gestores, pedagogos e outros especialistas no campo da educação.

  • D) No que se refere especificamente ao ambiente escolar, a atuação do psicólogo é essencial para que determinados problemas de aprendizagem sejam devidamente analisados, descobertas as origens, diagnosticados e solucionados. Na verdade, o trabalho do psicólogo, neste sentido, se restringe apenas ao trato com os alunos que apresentem limitações cognitivas.

  • E) Além de estar atento à realidade social e familiar do aluno enquanto paciente, o psicólogo deve ainda atentar para a realidade da escola, ciente de que, muitas vezes, uma parte significativa dos problemas de aprendizagem decorre da metodologia adotada, do tipo de clientela da escola, dos profissionais que a integram e até mesmo do espaço físico pouco propício à prática docente.

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A alternativa correta é letra D) No que se refere especificamente ao ambiente escolar, a atuação do psicólogo é essencial para que determinados problemas de aprendizagem sejam devidamente analisados, descobertas as origens, diagnosticados e solucionados. Na verdade, o trabalho do psicólogo, neste sentido, se restringe apenas ao trato com os alunos que apresentem limitações cognitivas.

Gabarito: Letra D

 

Essa questão não especifica exatamente o que quer. Ela traz uma bibliografia e uma série de alternativas que segue, na literalidade e na mesma sequência, o que traz o artigo. Apenas uma alternativa troca uma palavra, e a partir disso entendemos que a questão busca a alternativa incorreta. A letra D traz que o trabalho do psicólogo se restringe ao trato com alunos que apresentam limitações, enquanto o texto original afirma que o trabalho desse profissional não se restringe a isso. De resto, todas as alternativas compõem exatamente o artigo original, como você verá:

 

“O trabalho do psicólogo no ambiente escolar passa necessariamente pela análise da intervenção da família na aprendizagem, pois o fato da relação deficitária escola/família ser apenas parte das causas do fracasso escolar, não serve para isentar a família de seu importante e múltiplo papel de sustentar, guardar e educar os filhos. [Letra A] Contudo, a atuação do psicólogo na educação, dentro ou fora dos muros escolares, é bem mais ampla, especialmente nos tempos atuais, em que os problemas de ordem psicológica com reflexo na aprendizagem tendem a aumentar. [Letra B]  As possibilidades de atuação do psicólogo na instituição escolar constituem, ainda, um tema de reflexão e de debate entre esses próprios profissionais [...]. O debate e os questionamentos se expressam, também, em diferentes instâncias do sistema educativo e deles participam, em diferentes graus, gestores, pedagogos e outros especialistas no campo da educação. [Letra C]  (16) No que se refere especificamente ao ambiente escolar, a atuação do psicólogo é essencial para que determinados problemas de aprendizagem sejam devidamente analisados, descobertas as origens, diagnosticados e solucionados. Na verdade, o trabalho do psicólogo, neste sentido, não se restringe apenas ao trato com os alunos que apresentem limitações cognitivas. [Letra D]  

Um olhar atento ao desenvolvimento integral dos estudantes permite ao psicólogo estruturar um trabalho de orientação a alunos e pais, seja de forma individualizada, seja de forma grupal, que contribua para o desenvolvimento almejado. A coordenação de grupos de orientação a pais, em função de suas demandas no que diz respeito aos aspectos psicológicos do desenvolvimento e da educação dos filhos, tem representado uma das vias mais significativas do trabalho do psicólogo nesse sentido mais amplo. (16) Além de estar atento à realidade social e familiar do aluno enquanto paciente, o psicólogo deve ainda atentar para a realidade da escola, ciente de que, muitas vezes, uma parte significativa dos problemas de aprendizagem decorre da metodologia adotada, do tipo de clientela da escola, dos profissionais que a integram e até mesmo do espaço físico pouco propício à prática docente. [Letra E]”

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: A importância do trabalho do psicólogo no ambiente escolar: perspectivas da educação na atualidade. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/268414476.pdf

365) As Teorias da Aprendizagem são modelos teóricos desenvolvidos cientificamente para explicar como ocorrem os processos de ensino-aprendizagem no transcorrer da história da Psicologia do Desenvolvimento Humano e da Psicologia da Educação, buscando dar respostas às perguntas e indagações surgidas nas instituições de ensino (Bock, Furtado & Teixeira, 2000). Diante do exposto analise as afirmativas em verdadeiras ou falsas:

 

I. Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da individualidade como unidade afetiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do desenvolvimento humano deve ser feito na sucessão das etapas e dos conflitos no decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que fornecem ao pensamento as ferramentas para a sua evolução; a sua interação com o mundo biológico não depende apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.

 

II. Segundo Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é pensado como um processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.

 

III. Para Rogers o professor tem a função de facilitador e deverá contar com o desejo de participação do aluno. Ele não exigirá a participação do grupo, que poderá aceitar ou recusar sua intervenção. O docente deve colocar recursos à disposição da turma, em interação grupal, num clima de liberdade, ficando atento às ideias e aos variados sentimentos dos alunos.

 

Dentre as afirmativas são verdadeiras:

  • A) I e II estão corretas

  • B) I, II e III estão corretas

  • C) I apenas está correta

  • D) I e III estão corretas

  • E) II e III estão corretas

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A alternativa correta é letra B) I, II e III estão corretas

Gabarito: Letra B

 

I. Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da individualidade como unidade afetiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do desenvolvimento humano deve ser feito na sucessão das etapas e dos conflitos no decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que fornecem ao pensamento as ferramentas para a sua evolução; a sua interação com o mundo biológico não depende apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.

Certo! A afetividade é um elemento de fundamental importância na teoria de Wallon.

“Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da individualidade enquanto unidade afetiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do desenvolvimento humano deve ser feito na sucessão das etapas e dos conflitos no decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que fornecia ao pensamento as ferramentas para a sua evolução; em que, a sua interação com o mundo biológico não dependia apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.” 

 

II. Segundo Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é pensado como um processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem.

Certo! A teoria de Vygotsky é uma teoria interacionista.

“Segundo Vygotsky (1998), a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é pensado como um processo em que estão presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem. Vygotsky é considerado como um dos principais interacionistas que estudaram as funções psicológicas dos indivíduos; relacionou a ação da criança como transformadora de suas relações com os conteúdos estudados e, enquanto estas são constitutivas de sua inteligência, é capaz de formar sua personalidade. O professor pode ser um mediador do ensino e aprendizagem através da ZDP, que é a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. Assim, para Vygotsky, segundo Vasconcellos (1995, p. 15), “o surgimento da consciência se dá através das ações do indivíduo no mundo e da interiorização transformadora da fala e dos símbolos culturais”. A atividade do aluno, além de ser capaz de criar novas conexões e elaborações no nível de certos conteúdos, favorece, assim, o crescimento de procedimentos intelectuais superiores que envolvem análise, síntese, abstração, decodificação e generalização. Com base em Vygotsky (1998, p. 47), ressaltamos: A linguagem não depende necessariamente do som. Há, por exemplo, a linguagem dos surdos-mudos e a leitura dos lábios, que é também interpretações de movimento. Na linguagem dos povos primitivos, os gestos têm um papel importante e são usados juntamente com o som. Em princípio, a linguagem não depende da natureza do material que utiliza. Portanto, de acordo com o que destaca Vygotsky, a relação indivíduo-sociedade não tem de imediato característica tipicamente humana, pois, desde o dia em que o indivíduo nasce e passa a conhecer a dialética do homem e seu meio sociocultural, pode notar as transformações que ocorrem para atender a si mesmo e às suas necessidades básicas para sua existência.”

 

III. Para Rogers o professor tem a função de facilitador e deverá contar com o desejo de participação do aluno. Ele não exigirá a participação do grupo, que poderá aceitar ou recusar sua intervenção. O docente deve colocar recursos à disposição da turma, em interação grupal, num clima de liberdade, ficando atento às ideias e aos variados sentimentos dos alunos.

Certo! Rogers acredita no potencial individual de cada pessoa de se desenvolver, e pensa o professor e o terapeuta como auxiliadores desse processo, e não responsáveis únicos por ele.

“Fazendo referência a sua experiência como professor, Rogers (2001) afirma que a atividade docente só pode ter consequências eficazes, promovendo a aprendizagem, se esta tiver influência sobre o comportamento do aluno, o que chama de aprendizado autodescoberto, auto-apropriado. O professor tem a função de facilitador e deverá contar com o desejo de participação do aluno. Ele não exigirá a participação do grupo, que poderá aceitar ou recusar sua intervenção. O docente deve colocar recursos à disposição da turma, em interação grupal, num clima de liberdade, ficando atento às ideias e aos variados sentimentos dos alunos. Para Rogers (1983), referindo-se ao professor: [...] sejam quais forem os recursos de ensino que forneça – um livro, uma sala de trabalho, um novo aparelho, uma oportunidade para observar um processo industrial [...] suas próprias reações emocionais – ele sentiria que essas coisas são oferecidas para serem usadas se forem úteis ao aluno [...] não pretende que elas sejam guias, expectativas, comandos, imposições de exigências (p. 333-334). Rogers propõe uma educação humanista que tenha como condição prévia a existência de professores (facilitadores, líderes) seguros de si e de seus relacionamentos, e confiantes na auto-aprendizagem e na capacidade dos alunos no que tange ao pensar e ao sentir. Professores que incentivem a participação ativa do grupo no processo de planejamento das atividades em sala, oferecendo recursos didáticos e solicitando dos alunos que tragam suas contribuições, ou seja, desenvolvam programas de aprendizagem em grupo, assumam seus interesses, suas escolhas e as consequências destas.”

 

Assim, I, II e III estão corretos.

Gabarito Letra B

  

Fonte: A importância da psicologia da aprendizagem e suas teorias para o campo do ensino-aprendizagem. Disponível em: http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/article/downloadSuppFile/4495/350

Psicologia da aprendizagem. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431616/2/Livro_Psicologia%20da%20Aprendizagem.pdf

        

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366) Libâneo (2000) relata que os estudos atuais sobre o sistema escolar e as políticas educacionais têm se centrado na escola como unidade básica e espaço de realização dos objetivos e metas do sistema educativo. Para este autor o realce da escola como objeto de estudo se explica pela cultura e pelas estratégias de modernização e de busca de eficácia do sistema educativo. Uma destas estratégias é a

  • A) informatização da gestão, abrindo um espaço para comunicação entre equipes da escola.

  • B) articulação de gestão entre escolas situadas no mesmo setor.

  • C) integração dos conteúdos da educação a nível nacional.

  • D) descentralização do ensino, atribuindo às escolas maior poder de decisão e maior autonomia.

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A alternativa correta é letra D) descentralização do ensino, atribuindo às escolas maior poder de decisão e maior autonomia.

Gabarito Letra D
Para este autor o realce da escola como objeto de estudo se explica pela cultura e pelas estratégias de modernização e de busca de eficácia do sistema educativo. Uma destas estratégias é a

a)  informatização da gestão, abrindo um espaço para comunicação entre equipes da escola.

b)  articulação de gestão entre escolas situadas no mesmo setor.

c)  integração dos conteúdos da educação a nível nacional.

d)  descentralização do ensino, atribuindo às escolas maior poder de decisão e maior autonomia.

 

Segundo o autor, para conseguir essa maior eficácia e modernização, é necessário uma descentralização do ensino.

“Os estudos atuais sobre o sistema escolar e sobre as políticas educacionais têm-se centrado na escola como unidade básica e como espaço de realização das metas do sistema escolar. A ideia de ter as escolas como referencial para a formulação e gestão das políticas educacionais não é nova, mas adquire importância crescente no planejamento das reformas educacionais exigidas pelas recentes transformações do mundo contemporâneo. Por essa razão, as propostas curriculares, as leis e as resoluções referem-se atualmente a práticas organizacionais como autonomia, descentralização, projeto pedagógico-curricular, gestão centrada na escola e avaliação institucional. Conforme Libâneo há pelo menos, duas formas de ver a gestão educacional centrada na escola. Explica que na perspectiva neoliberal, pôr a escola como centro das políticas significa liberar boa parte das responsabilidades do Estado, deixando ás comunidades e ás escolas à iniciativa de planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Já na perspectiva sociocrítica, a decisão significa valorizar as ações concretas dos profissionais na escola que sejam decorrentes de sua iniciativa, de seus interesses, de suas interações (autonomia e participação), em razão do interesse público dos serviços educacionais prestados, sem, com isso, desobrigar o Estado de suas responsabilidades. A escola sendo avaliada na perspectiva sociocrítica e seu modo de se organizar constitui um ambiente educativo, isto é, um espaço de formação e de aprendizagem construído por seus componentes, um lugar que os profissionais podem decidir sobre seu trabalho e aprender mais sobre sua profissão. Desta maneira acredita-se que não são apenas os professores que educam. Todas as pessoas que trabalham na escola realizam ações educativas, embora não tenham as mesmas responsabilidades nem atuem de forma igual. Como exemplo, o atendimento aos pais, efetuado pela secretaria escolar, pode ser respeitoso ou desrespeitoso, inclusivo ou excludente, grosseiro ou atencioso; a distribuição da merenda envolve atitudes e modos de agir das funcionárias da escola que influenciam a educação das crianças de maneira positiva ou negativa; as reuniões pedagógicas podem tornar-se espaço de participação das pessoas ou de manifestação do poder pessoal do diretor.”

“A gestão democrática da escola pública, entendida como sinônimo de participação da comunidade, autonomia e descentralização administrativa, vem ganhando ênfase nas políticas educacionais encaminhadas no Brasil, a partir da década de 90, especialmente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96). Propõe-se como principais instrumentos de gestão escolar democrática, a criação dos Conselhos e Grêmios Estudantis, a elaboração do Projeto Políticopedagógico no âmbito interno, escolha direta de diretores, dentre outros.”

“Repensar o modo pelo qual se daria a gestão dos espaços escolares era fundamental na instauração de uma educação democrática. Foi neste contexto que a gestão escolar, em uma nova forma caracterizada principalmente pela descentralização do poder e pela autonomia, se redimensionou e, gradativamente, se instaurou nos sistemas de ensino como Gestão Democrática”

 

Nosso gabarito é Letra D.

 

Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/218-2.pdf

http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/gestao_em_foco/gestao_escolar_democratica_unidade1.pdf

http://uniserratga.com.br/letter/projeto/uploads/artigos/2015/07/-1436227098.pdf

367) Guzzo (2005) aponta que hoje temos a escola e o processo educativo imersos em uma sociedade capitalista, em que a civilização capitalista ocidental, em sua forma atual, cria valores que permeiam as relações sociais, a cultura e a educação como um todo. Não importa o que pensam ou sentem as pessoas que vivem neste sistema. A civilização do dinheiro e do capital transforma tudo em mercadoria e esta situação reflete o ambiente escolar. Crianças são excluídas ou rejeitadas por sua pobreza, pela forma de vestir, pelo seu espaço de moradia e pelo seu jeito de agir, falar e sentir. Neste contexto capitalista, no Brasil, até a década de 1980,a situação das escolas públicas era de exclusão, refletida pela evasão e reprovação. Nos dias atuais as escolas públicas passaram a

  • A) ter o discurso de inclusão, mas na verdade, inclui para excluir.

  • B) incluir quase todas as crianças nas escolas e a dar oportunidade de desenvolvimento.

  • C) criar estratégias que evitam a exclusão, mesmo tendo que ir contra o sistema capitalista.

  • D) incluir os alunos reduzindo o analfabetismo e as reprovações.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) ter o discurso de inclusão, mas na verdade, inclui para excluir.

 

Guzzo (2005) aponta que hoje temos a escola e o processo educativo imersos em uma sociedade capitalista, em que a civilização capitalista ocidental, em sua forma atual, cria valores que permeiam as relações sociais, a cultura e a educação como um todo. Não importa o que pensam ou sentem as pessoas que vivem neste sistema. A civilização do dinheiro e do capital transforma tudo em mercadoria e esta situação reflete o ambiente escolar. Crianças são excluídas ou rejeitadas por sua pobreza, pela forma de vestir, pelo seu espaço de moradia e pelo seu jeito de agir, falar e sentir. Neste contexto capitalista, no Brasil, até a década de 1980,a situação das escolas públicas era de exclusão, refletida pela evasão e reprovação. Nos dias atuais as escolas públicas passaram a

 

Observe o que diz o artigo "A Psicologia Escolar Crítica e seu Compromisso Social" de Sousa:

 

"Guzzo aponta os impactos da ideologia capitalista no processo de ensino formal (escolar), considerando o contexto de coisificação, ao qual estamos imersos, onde tudo se reduz a bens de consumo, produtos ou mercadorias, incluindo-se a educação. A escola, enquanto instituição de formação do sujeito, reverbera a lógica da dominação, por meio de ensino domesticador, alienante, amordaçado e descontextualizado, incapaz de problematizar o quadro social ou mesmo refletir de forma crítica sobre o mesmo.

 

Essa situação reflete o descaso do poder público (posto sob os interesses das classes economicamente dominantes) com uma forma de educação emancipadora, difundindo ensino pragmático como uma justificativa para a acomodação. Nesse sentido, a escola é posta como uma instituição voltada para a adaptação do sujeito ao meio. Ela contribui para o processo de alienação recorrendo a um currículo estéril, burocrático e pouco voltado para a conscientização e libertação. Ademais, conforme a autora, inclui, para excluir."

 

Com base nisso, encontramos a resposta na Letra A.

 

a)  ter o discurso de inclusão, mas na verdade, inclui para excluir.

b)  incluir quase todas as crianças nas escolas e a dar oportunidade de desenvolvimento.

c)  criar estratégias que evitam a exclusão, mesmo tendo que ir contra o sistema capitalista.

d)  incluir os alunos reduzindo o analfabetismo e as reprovações.

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368) De acordo com Bock (2003) o século XX trouxe muitas transformações no mundo. As grandes guerras trouxeram uma valorização da infância, tomada como o futuro. A escola também respondeu a estas novas ideias com a proposta da Escola Nova. A escola então passou a ser espaço de liberdade e de comunicação, assim, todas as manifestações infantis foram tomadas, em seu natural, como boas e desejáveis. Neste contexto a escola manteve-se vigilante no que diz respeito ao desenvolvimento psicológico da criança. A Psicologia se desenvolve como prática capaz de contribuir no processo educacional, em que

  • A) a Psicologia Clinica se desenvolve contribuindo com os saberes que pretendem dinamizar e qualificar o processo educacional.

  • B) a Psicologia Educacional começa a atender crianças com dificuldades de aprendizagem.

  • C) os instrumentos da Psicologia, como testes, têm uma aplicação na escola para formar classes mais homogêneas e para avaliar o desenvolvimento pedagógico das crianças.

  • D) o Psicólogo, por meio de testes psicológicos avaliam as dificuldades de aprendizagem das crianças criando técnicas voltadas para o desenvolvimento destas.

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A alternativa correta é letra C) os instrumentos da Psicologia, como testes, têm uma aplicação na escola para formar classes mais homogêneas e para avaliar o desenvolvimento pedagógico das crianças.

Gabarito Letra C

 

De acordo com Bock (2003) o século XX trouxe muitas transformações no mundo. As grandes guerras trouxeram uma valorização da infância, tomada como o futuro. A escola também respondeu a estas novas ideias com a proposta da Escola Nova. A escola então passou a ser espaço de liberdade e de comunicação, assim, todas as manifestações infantis foram tomadas, em seu natural, como boas e desejáveis. Neste contexto a escola manteve-se vigilante no que diz respeito ao desenvolvimento psicológico da criança. A Psicologia se desenvolve como prática capaz de contribuir no processo educacional, em que

 

a)  a Psicologia Clinica se desenvolve contribuindo com os saberes que pretendem dinamizar e qualificar o processo educacional.

Errado. É a psicologia educacional que faz isso.

 

b)  a Psicologia Educacional começa a atender crianças com dificuldades de aprendizagem.

Errado. É a psicologia clínica que faz isso.

 

c)  os instrumentos da Psicologia, como testes, têm uma aplicação na escola para formar classes mais homogêneas e para avaliar o desenvolvimento pedagógico das crianças.

Certo!

 

d)  o Psicólogo, por meio de testes psicológicos avaliam as dificuldades de aprendizagem das crianças criando técnicas voltadas para o desenvolvimento destas.

Errado. Essa afirmativa misturou tudo que a autora traz em seu texto.

 

Veja a bibliografia:

“O século XX trouxe muitas transformações no mundo. As Grandes Guerras trouxeram uma valorização da infância, tomada como o futuro. A escola também responde u a estas novas ideias com a proposta da Pedagogia da Escola Nova, que pôs no avesso as ideias da escola tradicional. A criança, agora, era vista como naturalmente boa. Sua natureza humana mantinha-se dupla: uma parte boa, manifesta desde o nascimento e uma outra corruptível. À escola cabia, agora, manter na criança a bondade e a espontaneidade que a caracterizavam. Escola passou a ser espaço de liberdade e de comunicação. Lugar onde a criança poderia manifestar sua afetividade, expressa como carinho ou agressividade; sua criatividade, expressa como construção ou destruição; sua liberdade, expressa como obediência ou rebeldia. (...)

E por que a Escola Nova precisou da Psicologia? Porque precisava conhecer a criança e seu desenvolvimento natural, sem ser corrompido, para poder trabalhar para mante-la assim. Era preciso saber como se dá o desenvolvimento natural das crianças para poder vigiá-las deste ponto de vista. Com isto, a Pedagogia da Escola Nova se alia à Psicologia, que aparece como a área do saber capaz de fornecer as respostas que a se necessitava. As principais teorias do desenvolvimento são deste período. Muita coisa será produzida sobre o desenvolvimento das crianças: de seu pensamento e inteligência, de seus afetos e de sua sociabilidade, oferecendo à educação um saber imprescindível ao seu trabalho. A Psicologia se desenvolve não só com o conhecimento, mas também com o prática capaz de contribuir no processo educacional: instrumentos da Psicologia, como os testes, têm uma aplicação na escola para formar classes mais homogéneas e para avaliar o desenvolvimento psicológico das crianças; a Psicologia Clínica começa a atender crianças com dificuldade para o aprendizado; a Psicologia Educacional se desenvolve contribuindo com saberes que pretendem dinamizar e qualificar o processo educacional.”

 

Nosso gabarito é Letra C.

369) Martinez (2010) conceituou a Psicologia Escolar como

  • A) um espaço de atuação psicológica com específicas funções de orientação profissional de forma a contribuir com a formação do aluno e otimizar a sua atuação pautada em sua vocação.

  • B) uma área de atuação profissional que possibilita ao psicólogo educacional a criar projetos de intervenção junto aos alunos possibilitando a eles o conhecimento acerca da orientação sexual.

  • C) um campo de atuação do psicólogo (e eventualmente de produção científica) caracterizado pela utilização da Psicologia no contexto escolar, com o objetivo de contribuir para otimizar o processo educativo, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade.

  • D) um campo de atuação do psicólogo que apesar de restrito e com desenvolvimento lento possibilita, por meio de orientações aos alunos e aos pais destes, repararem as dificuldades dos alunos em frequentar as aulas e desenvolver as atividades em prazos determinados pelos professores.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) um campo de atuação do psicólogo (e eventualmente de produção científica) caracterizado pela utilização da Psicologia no contexto escolar, com o objetivo de contribuir para otimizar o processo educativo, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade.

Gabarito Letra C

 

Martinez (2010) conceituou a Psicologia Escolar como

 

a)  um espaço de atuação psicológica com específicas funções de orientação profissional de forma a contribuir com a formação do aluno e otimizar a sua atuação pautada em sua vocação.

Errado. A psicologia escolar não se restringe a orientação profissional.

 

b)  uma área de atuação profissional que possibilita ao psicólogo educacional a criar projetos de intervenção junto aos alunos possibilitando a eles o conhecimento acerca da orientação sexual.

Errado. Essa alternativa também reduz de forma exagerada a função do psicólogo escolar.

 

c)  um campo de atuação do psicólogo (e eventualmente de produção científica) caracterizado pela utilização da Psicologia no contexto escolar, com o objetivo de contribuir para otimizar o processo educativo, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade.

Certo!

“O trabalho do psicólogo nessa forma institucionalizada de educação tem sido, já há alguns anos, nosso foco de análise (Martínez, Fariñas, 1993; Martínez, 1996, 2001, 2003a, 2003b, 2005, 2007), o que nos permite conceituar a Psicologia Escolar como: um campo de atuação do psicólogo (e eventualmente de produção científica) caracterizado pela utilização da Psicologia no contexto escolar, com o objetivo de contribuir para otimizar o processo educativo, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade (Martinez, 2003b, p. 107). A especificidade do que denominamos Psicologia Escolar em relação a outras áreas ou ramos da Psicologia, tal como estão constituídas hoje, está dada pela conjunção de dois elementos: em primeiro lugar, pelo seu objetivo, sendo esse a contribuição para a otimização dos processos educativos que acontecem na instituição escolar entendidos de forma ampla e também complexa pelos múltiplos fatores que neles intervêm (não apenas aqueles de ordem pedagógica, mas também de ordem subjetiva, relacional e organizacional); e, em segundo lugar, pelo locus de atuação constituído pelas diferentes instâncias do sistema educativo, em especial a instituição escolar.”

 

d)  um campo de atuação do psicólogo que apesar de restrito e com desenvolvimento lento possibilita, por meio de orientações aos alunos e aos pais destes, repararem as dificuldades dos alunos em frequentar as aulas e desenvolver as atividades em prazos determinados pelos professores.

Errado. A psicologia escolar não é um campo restrito e nem tem desenvolvimento lento.

 

Nosso gabarito é Letra C.

 

Fonte: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6292/1/ARTIGO_QuePodeFazer.pdf

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370) Moreira e Guzzo (2014) entendem que, ao invés de explicar porque a criança não aprende ou porque a escola não ensina, o psicólogo na escola deve buscar

  • A) estratégias pedagógicas que possam colaborar com o ensino-aprendizagem.

  • B) condições e circunstancias que envolvem o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino-aprendizagem.

  • C) atuar, enquanto membro da equipe multidisciplinar, junto aos professores para encaminhar os alunos com dificuldade.

  • D) novas formas de implementar políticas de atuação no ensino-aprendizagem priorizando a relação entre professores e alunos.

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A alternativa correta é letra B) condições e circunstancias que envolvem o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino-aprendizagem.

 

Moreira e Guzzo (2014) entendem que, ao invés de explicar porque a criança não aprende ou porque a escola não ensina, o psicólogo na escola deve buscar

 

Essa questão está baseada em um texto presente no livro "Psicologia Escolar: Desafios e Bastidores na Educação Pública" de Guzzo (org.):

 

"Esta é a psicologia que defendemos. Cientes dos seus limites e das suas implicações políticas e econômicas, mas, ainda assim, uma outra psicologia que tem como horizonte a emancipação e libertação de todos, porque o processo educativo tem esta possibilidade: contribuir para o desenvolvimento de novos sujeitos para uma nova maneira de viver em sociedade. Reiteramos, então, que este horizonte pode ser o objetivo das ações que definem a atuação do psicólogo na escola. Entendemos que, ao invés de explicar porque a criança não aprende ou porque a escola não ensina, o psicólogo na escola deve buscar condições e circunstâncias que envolvam o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino-aprendizagem. Compreendendo os nexos entre estas condições e circunstâncias ele pode identificar quais promovem e quais dificultam o desenvolvimento"

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.

 

a)  estratégias pedagógicas que possam colaborar com o ensino-aprendizagem.

b)  condições e circunstancias que envolvem o desenvolvimento das crianças e o processo de ensino-aprendizagem.

c)  atuar, enquanto membro da equipe multidisciplinar, junto aos professores para encaminhar os alunos com dificuldade.

d)  novas formas de implementar políticas de atuação no ensino-aprendizagem priorizando a relação entre professores e alunos.

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