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Segundo Rotta (2006), as dificuldades de aprendizagem podem também ser chamadas de dificuldades de percurso e são causadas por problemas em alguma área da vida. De acordo com o autor, as áreas em que surgem esses problemas são:

 

I. fatores relacionados à escola.

II. fatores relacionados à família.

III. fatores relacionados à criança/adolescente.

 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

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Resposta:

A alternativa correta é letra D)  I, II e III

Gabarito Letra D

 

Segundo Rotta (2006), as dificuldades de aprendizagem podem também ser chamadas de dificuldades de percurso e são causadas por problemas em alguma área da vida. De acordo com o autor, as áreas em que surgem esses problemas são:

 

I. fatores relacionados à escola.

II. fatores relacionados à família.

III. fatores relacionados à criança/adolescente.

 

Rotta traz que os fatores envolvidos na dificuldade de aprendizagem podem ser divididos entre fatores relacionados à escola, fatores relacionados à família e fatores relacionados à criança. Relembremos:

 

“Atualmente, com o grande interesse pelo estudo de situações que, embora da maior importância, têm também um apelo comercial que não pode ser desprezado, uma criança com dificuldades de qualquer ordem para aprender corre o risco de ser “diagnosticada” de forma equivocada, em casa ou na escola. Não é raro que a criança chegue para a consulta neurológica já com o “diagnóstico” de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), só porque parece não estar tão interessada na aula quanto a professora esperava ou nas tarefas escolares como a família gostaria.

Os fatores envolvidos nas dificuldades para a aprendizagem podem ser divididos em:

• Fatores relacionados com a escola;

• Fatores relacionados com a família;

• Fatores relacionados com a criança.

 

FATORES RELACIONADOS COM A ESCOLA

Para que a criança tenha um bom aproveitamento escolar, é fundamental que, entre outras situações, a escola tenha:

• Condições físicas de sala de aula, que se relacionam com um ambiente seguro, limpo, arejado, com boa iluminação e com um limite aceitável de alunos em cada turma;

• Condições pedagógicas, que se relacionam à disponibilidade de material didático adequado para a faixa de idade a que se destina, método pedagógico de acordo com a realidade da criança, otimização da duração do turno escolar e a preocupação de interação escola-família;

• Condições do corpo docente, que se referem à motivação, dedicação, qualificação e remuneração adequada. Os problemas emocionais, sociais e econômicos do professor interferem em seu trabalho e em sua interação com o aluno. A baixa remuneração dos professores impede que muitos deles se dediquem a um grupo de alunos de cada vez, pois necessitam trabalhar em dois ou até três turnos, o que interfere em seu desempenho na sala de aula.

 

FATORES RELACIONADOS COM A FAMÍLIA

A família também deve oferecer condições para que o binômio ensino-aprendizagem se realize com sucesso. A escolaridade dos pais, principalmente das mães, em diferentes pesquisas, desempenha um papel fundamental na estimulação da criança para um melhor envolvimento com os estudos. O hábito da leitura na família, sem dúvida, constitui um diferencial na estimulação pedagógica do escolar. Nesse contexto, as condições socioeconômicas, na maioria das vezes com renda familiar insuficiente, são relevantes e, com frequência, estão implicadas no fracasso escolar. História familiar de alcoolismo e de uso de drogas, pais desempregados ou com comportamento antissocial costumam fazer parte de uma anamnese completa e, não raro, constituem a única etiologia ou um reforço para o insucesso da criança na escola. Fatores importantes na desagregação familiar, como pais separados ou em constantes litígios, também podem influenciar negativamente o desempenho escolar da criança. É importante que os pais estejam atentos às rotinas de estudo, de alimentação, de lazer e de sono da criança, de tal forma que as atividades escolares sejam vistas em um contexto normal e não como um castigo.

 

FATORES RELACIONADOS COM A CRIANÇA

Em relação à criança, temos de distinguir os problemas físicos em geral, os transtornos psiquiátricos, a deficiência mental e as patologias neurológicas. Problemas físicos em geral Entre os problemas físicos em geral, destacam-se as dificuldades sensoriais, responsáveis pela aferência perceptiva adequada, seja ela visual ou auditiva. Essas dificuldades podem ser hereditárias, congênitas ou adquiridas e agudas ou crônicas. Um exemplo de dificuldade de aprendizagem de causa adquirida bastante frequente é o das infecções de vias aéreas: as otites crônicas, as amigdalites e as sinusites que, atrapalhando a percepção auditiva, interferem no processo. A criança que não escuta bem frequentemente parece desatenta e inquieta. Muitas crianças têm dificuldades visuais, como as portadoras de estrabismo, principalmente convergente, que, com frequência, não é corrigido nos primeiros anos. Nesses casos, a criança, para enxergar melhor, deixa de usar um dos olhos e passa a ter a visão monocular, uma vez que a área occipital que corresponde ao olho excluído, não recebendo os estímulos visuais aferentes, deixa de funcionar e impede que a visão desse olho se estabeleça. Quando a cirurgia do estrabismo é feita tardiamente, só terá finalidade estética, pois a visão não se estabelecerá mais para aquele olho, e está instalada a ambliopia. Não só situações tão graves quanto esta podem interferir no aporte sensorial visual adequado, mas também situações como miopia, astigmatismo e hipermetropia podem estar presentes. Portanto, fica claro que tanto a percepção auditiva quanto a visual devem fazer parte do exame da criança em idade escolar. Outras doenças crônicas podem interferir no desempenho da criança na escola, por estar debilitada pela patologia ou pelo tratamento. Entre elas, destacam-se hipotireoidismo e outras patologias endócrinas, desnutrição, parasitoses, anemia, doenças reumáticas, nefropatias, cardiopatias, asma ou outras pneumopatias, hepatopatias e uma série de doenças imunoalérgicas. A desnutrição tem maior importância em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Em 1966, Cravioto e colaboradores15 realizaram um estudo minucioso em que abordavam de forma experimental e ecológica a relação nutrição, crescimento e desenvolvimento neurointegrativo.

 
 

Estão corretas I, II e III.

Gabarito Letra D.

 

Referência

ROTTA, N. T., OHLWEILER, L., RIESGO, R. S. Transtornos da Aprendizagem – abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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