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Uma jovem de 15 anos, afetiva e muito sociável, repete pela – segunda vez o 6º ano do ensino fundamental e apresenta elevada dificuldade para acompanhar o desempenho da turma. Durante processo avaliativo, constatou-se: baixo nível de consciência fonológica, realiza a leitura de palavras de forma imprecisa e lenta, elevada dificuldade para compreender o que foi lido, dificuldade para dominar o senso numérico, preservada capacidade de cópia dos textos escritos e dificuldade para elaborar o texto espontaneamente, desempenho cognitivo classificado como médio inferior e desempenho adequado quando é avaliada por meio de prova oral. O quadro descrito é compatível com:

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) Dislexia.


 

Uma jovem de 15 anos, afetiva e muito sociável, repete pela - segunda vez o 6º ano do ensino fundamental e apresenta elevada dificuldade para acompanhar o desempenho da turma. Durante processo avaliativo, constatou-se: baixo nível de consciência fonológica, realiza a leitura de palavras de forma imprecisa e lenta, elevada dificuldade para compreender o que foi lido, dificuldade para dominar o senso numérico, preservada capacidade de cópia dos textos escritos e dificuldade para elaborar o texto espontaneamente, desempenho cognitivo classificado como médio inferior e desempenho adequado quando é avaliada por meio de prova oral. O quadro descrito é compatível com:


 

No DSM -5, a dislexia integra a categoria "Transtornos de Neurodesenvolvimento", sendo referida como "Transtorno Específico de Aprendizagem". Conforme o manual, o seu diagnóstico elenca pelo menos um dos seguintes sintomas:

“1. Leitura de palavras é feita de forma imprecisa ou lenta, demandando muito esforço. A criança pode, por exemplo, ler palavras isoladas em voz alta, de forma incorreta (ou lenta e hesitante); frequentemente, tenta adivinhar as palavras e tem dificuldade para soletrá-las;

2. Dificuldade para compreender o sentido do que é lido. Pode realizar com precisão, porém não compreende a sequência, as relações, as inferências ou os sentidos mais profundos do que é lido;

3. Dificuldade na ortografia, sendo identificadas, por exemplo, adição, omissão ou substituição de vogais e/ou consoantes;

4. Dificuldade com a expressão escrita, podendo ser identificados múltiplos erros de gramática ou pontuação nas frases; emprego ou organização inadequada de parágrafos; expressão escrita das ideias sem clareza.”

 

a) Dislexia.

CORRETA. Considerando os critérios propostos pelo DSM-5, aponta-se a dislexia como quadro compatível com os aspectos trazidos pelo enunciado. Complementando o assunto sobre esse transtorno, aproveitamos para diferenciá-los de outros que trazem nomenclatura parecida, acompanhe:

  • Dislexia: etimologicamente, dislexia deriva dos termos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura ou reconhecimento das palavras), depreendendo-se “dislexia” como uma dificuldade de aprendizagem relacionada a leitura.
 
  • Disgrafia: nomenclatura “disgrafia” origina-se dos termos “dis” (desvio) + “grafia” (escrita), ou seja, caracteriza-se por um distúrbio de aprendizagem relacionada a qualidade da escrita do indivíduo.
  
  • Dislalia: pela etimologia da palavra, tem-se “dis” (desvio) + “lalia” (fala / pronúncia), dessa forma depreende-se “dislalia” como um distúrbio relacionado a pronúncia de determinadas palavras.
  

b) Agnosia.

INCORRETA. Sobre “agnosia”, Lefèvre (1946) menciona:

“Agnosias e afasias são tipos especiais de amnésias devidas a lesões focais cerebrais. A falta de reconhecimento de uma cousa como objeto é rotulada como agnosia e a falta do conhecimento de seu significado simbólico como afasia.”

 

c) Agrafia.

INCORRETA. A Agrafia caracteriza-se pela incapacidade total ou parcial de produzir linguagem escrita, geralmente proveniente de lesão cerebral.

 

d) Alexia.

INCORRETA. Deuschle & Cechella (2009), diferenciam a alexia da dislexia da seguinte forma:

“Um dos transtornos mais comuns da leitura é a dislexia do desenvolvimento que, diferentemente da alexia que está relacionada com a perda da capacidade de ler associada a um dano cerebral, é um transtorno específico na aquisição da leitura e se manifesta em dificuldades reiteradas e persistentes para aprender a ler”

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Fonte consultada:

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Lefèvre, Antonio B.. (1946). Agnosia, apraxia, aphasia: Their value in cerebral localization. J. M. Nielsen. Arquivos de Neuro-Psiquiatria4(4), 427-428. https://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1946000400008

Deuschle, Vanessa Panda, & Cechella, Cláudio. (2009). O déficit em consciência fonológica e sua relação com a dislexia: diagnóstico e intervenção. Revista CEFAC11(Suppl. 2), 194-200. Epub December 05, 2008.https://dx.doi.org/10.1590/S1516-18462008005000001

Mayeda, Gilmara Bertechine Gonzalez, Navatta, Anna Carolina Rufino, & Miotto, Eliane Correa. (2018). Intervenção fonológica em escolares de risco para dislexia: revisão de literatura. Revista Psicopedagogia35(107), 231-241. 

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