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A gestante Paula, 27 anos, foi encaminhada ao Juízo da Infância e da Juventude pela assistente social do posto de saúde onde fazia seu pré-natal, a quem revelou sua intenção de entregar o bebê em adoção. Existem estudos sobre as mães que, por entrega ou por abandono, separam-se de seus bebês, que revelam que:

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Resposta:

A alternativa correta é letra C) muitas entregas são protetivas da criança e algumas se configuram em verdadeiro ato de amor da mãe pela criança;

Análise das alternativas:

 

a)   a motivação para a entrega das crianças em adoção ou pelo seu abandono é a falta de condições econômicas das mães;

 

INCORRETA. Não houve essa conclusão nos estudos. Eles apontam que o amor que as mães não tiveram nas suas vidas presumem que não poderão dar, então renunciam aos filhos para que sejam cuidados por outros. 

 

b)  o abandono é uma perversão do instinto materno inerente aos processos filogenéticos da gestação, do parto e do aleitamento;

 

INCORRETA. Não é considerado uma perversão do instinto materno. Algumas delas fazem a entrega do filho por amor a ele. 

 

c)  muitas entregas são protetivas da criança e algumas se configuram em verdadeiro ato de amor da mãe pela criança;

 

CORRETA. O trabalho de Bonnet (1991) trouxe uma outra visão sobre aquilo que a nossa sociedade chama de abandono ao afirmar que a ruptura da filiação é um ato de amor para proteger a criança. Segundo a autora, se as mães decidiram se separar definitivamente de seus bebês desde o seu nascimento, o fazem para protegê-los da violência que as habita. Assim, isto é considerado um ato de amor, pois as mães se identificam com as necessidades da criança. 

 

d)  os laços de sangue são prioritários e o acolhimento da criança abandonada enquanto se resgata o amor materno é a medida mais indicada;

 

INCORRETA. Os laços afetivos também são importantes, portanto, se a criança for bem acolhida por outra família seu desenvolvimento não deixará a desejar se comparado com crianças que são criadas com laços de sangue.

 

e)  os pais devem ser excluídos do processo de decisão quanto à entrega em adoção, já que o ônus da maternagem será da mulher.

 

INCORRETA. Os pais não devem ser excluídos do processo de decisão quanto à entrega em adoção.

 


Fonte:

 

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932003000100011&script=sci_arttext

 

Osorio, L.C.; Do Valle, M.E. Manual de terapia familiar [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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