A violência sexual consiste em um problema que, em muitos casos, fica em segredo. É importante que os profissionais saibam reconhecer indicadores desse tipo de violência na conduta da criança e do adolescente. Segundo Ferrari (2002), esses indicadores podem ser:
- A) regressão a comportamentos infantis e comportamento agressivo.
- B) abuso de álcool e outras drogas.
- C) defesa da disciplina corporal severa e timidez.
- D) exigência de perfeição e desempenho superior às possibilidades da criança/adolescente.
- E) postura insinuante, extremamente zelosa e protetora.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) regressão a comportamentos infantis e comportamento agressivo.
Os indicadores da violência sexual na conduta da criança e do adolescente podem ser:
- Mudança extrema, repentina e inexplicada no apetite, no humor e no desempenho escolar,
- Regressão a comportamentos infantis como chorar excessivamente ou chupar o dedo,
- Roupas rasgadas ou sujas de sangue,
- Hemorragia vaginal ou retal, dor ao urinar, genitais inchados ou com secreção,
- Comportamento agressivo,
- Pesadelo, grito ou agitação noturna,
- Interesse súbito e não usual por questões sexuais ou brincadeiras sexualizadas persistentes,
- Masturbação compulsiva
- Fuga de casa
Análise das alternativas:
a) Correta. Conforme trecho acima, a regressão a comportamentos infantis e comportamento agressivo são alguns dos indicadores de violência sexual contra criança ou adolescente.
b) Incorreta. Abuso de álcool e outras drogas não são considerados indicadores de violência sexual contra criança.
c) Incorreta. Alguns autores consideram o excesso de timidez e passividade como um indicador violência contra crianças e adolescentes. Porém defesa da disciplina não é citado por nenhum deles.
d) Incorreta. O desempenho escolar, geralmente, é prejudicado em crianças que sofreram violência, sendo que o fato não é explicado por problemas físicos ou no ambiente escolar.
e) Incorreta. O interesse por questões sexuais pode ser um indicativo, porém postura extremamente zelosa e protetora não é.
Fonte: http://www.sedes.org.br/Centros/o_fim_da_omissao.pdf
Ferrari, D. C. A. & Vecina,T. C. C. (orgs.). O fim do silêncio na violência familiar: teoria e prática. São Paulo, Ágora, 2002.
Deixe um comentário