Ao elaborar o documento decorrente de uma avaliação psicológica no contexto forense, conforme recomenda S. Rovinski (em Lourenço, Ortiz e Shine, 2021) o psicólogo deve ter em mente que tal documento deve
- A) ser bem mais sucinto e breve do que o produzido no contexto clínico, porque a demanda é mais pontual e focada.
- B) assegurar o uso de linguagem compatível com a teoria psicológica que o fundamenta, embora nem sempre inteligível para profissionais de outras áreas.
- C) apresentar os dados obtidos de outras avaliações realizadas, de modo a confirmar as próprias conclusões.
- D) se fundar em pensamento científico rigoroso associado a um olhar empático que valorize a essência humana do examinando.
- E) incorporar os dados das entrevistas que lhe pareçam verossímeis e descartar aqueles que lhe pareçam fantasiosos ou distorcidos.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) se fundar em pensamento científico rigoroso associado a um olhar empático que valorize a essência humana do examinando.
Gabarito Letra D
Ao elaborar o documento decorrente de uma avaliação psicológica no contexto forense, conforme recomenda S. Rovinski (em Lourenço, Ortiz e Shine, 2021) o psicólogo deve ter em mente que tal documento deve
a) ser bem mais sucinto e breve do que o produzido no contexto clínico, porque a demanda é mais pontual e focada.
Errado. O profissional não pode correr o risco de deixar informações incompletas ou faltando. É fundamental que o documento seja o mais conciso possível, mas isso não necessariamente significa breve.
b) assegurar o uso de linguagem compatível com a teoria psicológica que o fundamenta, embora nem sempre inteligível para profissionais de outras áreas.
Errado. Especialmente no contexto forense, a comunicação deve ser clara para leigos na ciência psicológica. É fundamental que as informações seja inteligíveis para profissionais de outras áreas.
c) apresentar os dados obtidos de outras avaliações realizadas, de modo a confirmar as próprias conclusões.
Errado. O documento é feito a partir da avaliação do próprio profissional, e não de outras avaliações realizadas.
d) se fundar em pensamento científico rigoroso associado a um olhar empático que valorize a essência humana do examinando.
Certo!
“A aprendizagem da escrita de relatórios e pareceres na área da Psicologia apre- senta-se como um desafio a alunos e professores. Para alguns, a escrita é consi- derada uma arte, portanto, difícil de ser ensinada. Para outros, a escrita deve seguir apenas procedimentos técnicos, que exigem conhecimento de regras e suas apli- cações. A diretriz que norteia este capítulo parte da premissa de que arte e ciência devem caminhar juntas neste tipo de trabalho. Para que um documento atinja seus objetivos, respondendo às necessidades daqueles que buscam e se submetem a um processo de avaliação psicológica, deve comunicar seus achados por meio do pensamento lógico e sistemático da ciência associado ao olhar estético que tra- duza a sensibilidade e a empatia desenvolvida durante os procedimentos da avali- ação, evitando a apresentação de dados mecanicistas com perda da essência hu- mana (Groth-Marnat & Davis, 2014).
e) incorporar os dados das entrevistas que lhe pareçam verossímeis e descartar aqueles que lhe pareçam fantasiosos ou distorcidos.”
Errado. O profissional deve integrar as informações, em uma avaliação abrangente e que busque ao máximo evitar se enviesar.
Nosso gabarito é Letra D.
Fonte: Produção de documentos em psicologia 2ª Ed. Arlindo da Silva Lourenço, Sidney Shine, Marta Cristina Meirelles Ortiz. Vetor Editora
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