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Considere as seguintes afirmações sobre Síndrome da Alienação Parental (SAP) e marque V se a afirmação for verdadeira, e F, se for falsa.

(   ) Para que se configure efetivamente o quadro da SAP, é preciso ter certeza de que o genitor alienado não merece ser rejeitado pela criança por meio de comportamentos depreciativos.

(   ) Um dos sintomas que costuma aparecer nas crianças vítimas da SAP é a ambivalência em relação ao que sente pelo progenitor alienado (ora ódio, ora culpa).

(   ) Uma das características da SAP é que a própria criança deve denegrir a imagem do genitor alienado, mesmo que influenciada pelo genitor alienador.

(   ) Para diagnosticar a SAP, recomenda-se realizar entrevistas ora com a criança e o genitor alienador, ora com a criança e o genitor alienado.

Qual a sequência correta?

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Resposta:

A alternativa correta é letra D) V – F – V – F.

    

Base teórica para a compreensão da questão

 

Para a análise das alternativas trazidas por esta questão, peço gentilmente ao aluno, que não deixe acompanhar o recorte textual a seguir, extraído da publicação de Lago & Bandeira (2009, p.294) explicando a SAP (Síndrome de Alienação Parental), atentando-se especialmente para os grifos em azul:

 

“O termo síndrome de alienação parental foi criado pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner. O referido autor observou um aumento significativo das situações em que um dos genitores programa o filho para alienar-se do outro, na esperança de que isso o favoreça na disputa judicial. A partir daí, Gardner (2002) constatou não apenas que o genitor alienador incutia no filho idéias negativas em relação ao ex-cônjuge, mas que havia também uma contribuição dos filhos para essa desmoralização.”

  

Análise das alternativas

 

V ) Para que se configure efetivamente o quadro da SAP, é preciso ter certeza de que o genitor alienado não merece ser rejeitado pela criança por meio de comportamentos depreciativos.

VERDADEIRA. Corroborando o exposto, Silva (2006) menciona:

“Quando essa síndrome se instala, o vínculo da criança com o genitor alienado (não guardião) torna-se irremediavelmente destruído. Porém, para que se configure efetivamente esse quadro, é preciso estar seguro de que o genitor alienado não mereça, de forma alguma, ser rejeitado e odiado pela criança, através de comportamentos tão depreciáveis.”

 

( F ) Um dos sintomas que costuma aparecer nas crianças vítimas da SAP é a ambivalência em relação ao que sente pelo progenitor alienado (ora ódio, ora culpa).

FALSA. No conjunto de sintomas que costumam aparecer nas crianças vítimas desse processo (os quais variam de um nível moderado a grave), Lago & Bandeira (2009, p.295), citando Gardner (1999), destacam:

“...ausência de ambivalência (o sentimento do filho pelo genitor alienado é inequívoco: é o ódio)”

 

V ) Uma das características da SAP é que a própria criança deve denegrir a imagem do genitor alienado, mesmo que influenciada pelo genitor alienador.

VERDADEIRA. A informação trazida pela assertiva pode ser depreendida da literatura de Lago & Bandeira (2009, p.294) citando Gardner (1999), leiamos:

“...a SAP se caracteriza pelo fato de o alienador programar o filho para denegrir a imagem do outro genitor e pelas contribuições criadas pela própria criança, que sustentam essa desmoralização do genitor alienado. Sem essa contribuição da criança, não é possível falar em SAP, pois a mesma só se estabelece mediante a complementaridade entre destruição da imagem pelo genitor e pelo próprio filho, ainda que influenciado pelo primeiro.”

 

 

F ) Para diagnosticar a SAP, recomenda-se realizar entrevistas ora com a criança e o genitor alienador, ora com a criança e o genitor alienado.

FALSA. Divergindo do exposto, Lago & Bandeira (2009, p.295) preconizam:

“Para o diagnóstico da síndrome de alienação parental, Gardner (2002) ressalta a importância de realizar entrevistas conjuntas, com todas as partes envolvidas e em todas as combinações possíveis. É durante as entrevistas conjuntas que o examinador tem a possibilidade de confrontar as informações e investigar a verdade.”

 

   

Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que SÃO VERDADEIRAS as afirmativas “I e IV”, resultando na sequência “V – F – V – F”, corroborando-se, portanto, que a alternativa que apresenta a opção CERTA encontra-se na LETRA “D”.

 

 

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Fonte consultada:

Silva, D. M. P. (2006). Psicologia jurídica no processo civil brasileiro. São Paulo: Casa do Psicólogo. 

Lago, Vivian de Medeiros, & Bandeira, Denise Ruschel. (2009). A Psicologia e as demandas atuais do direito de família. Psicologia: ciência e profissão29(2), 290-305. 

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