Em casos de abuso sexual, uma perícia psicológica pode auxiliar na tomada de providências legais necessárias. No entanto, é possível não haver vestígios ou marcas físicas que sirvam de indicadores da situação ocorrida para a perícia médica. Nesses casos, é correto afirmar, a respeito da perícia psicológica, que
- A) as marcas físicas servirão como indicadores do abuso sexual.
- B) se deve buscar a confissão do abusado.
- C) se deve buscar a confissão do abusador.
- D) a situação psicológica definirá o abuso sexual.
- E) não há indicadores específicos que determinem o abuso sexual.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) não há indicadores específicos que determinem o abuso sexual.
a) as marcas físicas servirão como indicadores do abuso sexual.
INCORRETA. Vide comentário da Letra “E”
b) se deve buscar a confissão do abusado.
INCORRETA. O abusado está no papel de vítima, e buscar sua confissão é como culpabilizá-lo.
c) se deve buscar a confissão do abusador.
INCORRETA. A busca pelo relato do abusador não é indicativo especifico em caso da perícia psicológica.
d) a situação psicológica definirá o abuso sexual.
INCORRETA. A “situação psicológica” não configura determinante para o ato de abuso sexual.
e) não há indicadores específicos que determinem o abuso sexual.
CORRETA. A perícia psicológica não está concentrada em provas físicas indicadoras de abuso, e segundo Schaefer & Cols. (2012, p.230):
“Na identificação do abuso sexual, um grande problema é que atos libidinosos podem não deixar vestígios, assim como marcas decorrentes de abuso físico podem desaparecer até a data em que for realizada a perícia médica [...] Na ausência de provas físicas, não há um indicador específico que determine se uma criança foi sexualmente abusada”
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Fonte consultada:
Schaefer, L. S., Rossetto, S., & Kristensen, C. H. (2012). Perícia psicológica no abuso sexual de crianças e adolescentes. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 28(2), 227-234.
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