Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Em relação ao planejamento da prática do exame psicológico nas perícias judiciais, recomendam-se os seguintes passos, dentre outros:


I – Leitura e estudo dos elementos contidos nos autos do processo.


II – Entrevistas de natureza clínica-pericial com o periciando.


III – Seleção, aplicação e mensuração das provas psicológicas.


Quais estão corretas?

Continua após a publicidade..

Resposta:

ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Em relação ao planejamento da prática do exame psicológico nas perícias judiciais, recomendam-se os seguintes passos, dentre outros:

 

Para a compreensão do assunto que traz a questão dividiu-se a análise em três partes:

1) Sobre o planejamento da prática do exame psicológico nas perícias judiciais

2) Análise das alternativas + justificativa da banca


 

1) Sobre o planejamento da prática do exame psicológico nas perícias judiciais

 

Conforme Evangelista (2000) quanto ao planejamento da prática do exame psicológico nas perícias judiciais, recomenda-se em geral os seguintes passos:

1 – leitura e estudo dos elementos contidos nos autos do processo. São informações valiosas que sinalizam aspectos relevantes do examinando, suas vicissitudes, declarações, atribuições de causalidade, versões, como também dos envolvidos direta ou indiretamente no processo.

2 – motivo da solicitação do exame. Isto por si já indica a natureza da ação e dá indicadores de alguns procedimentos, estratégias ou instrumentos psicológicos a serem utilizados no exame pericial.

3 – entrevistas de natureza clínica-pericial com o periciando e, se necessário, com o(s) acompanhante(s) ou responsáveis, tantas quantas forem necessárias. A primeira entrevista é de natureza mais aberta e as demais semi-estruturadas, pautadas dentro dos quesitos formulados pelos operadores do Direito e pela natureza da ação processual. Lembramos que a entrevista clínica é o instrumento por excelência para o estudo aprofundado da personalidade e correto diagnóstico diferencial, merecendo especial atenção.

4 – seleção, aplicação e mensuração das provas psicológicas. Os testes constituem um dos grandes conjuntos de técnicas para exame e diagnóstico psicológico, não devendo ser considerado o instrumento por excelência.

5 – análise e interpretação dos resultados obtidos com vistas ao contexto judicial. Lembramos que a válida interpretação dos resultados dos testes depende da complementação dos dados colhidos através da entrevista e observação de comportamento, relacionado com a natureza da perícia judicial.

6 – elaboração do informe/laudo ou parecer judicial. Lembramos que o informe não é um julgamento e este deve estar orientado aos objetivos judiciais, adequando inclusive a linguagem para profissionais em geral não vinculados à área de saúde mental.

7 – respostas aos quesitos (quando houver). Estas devem ser claras, objetivas, precisas e diretas, evitando tecer considerações, reportando-se sempre ao corpo do laudo.

 
 

2) Análise das alternativas + justificativa da banca

 

Considerando as proposições apresentadas “I – Leitura e estudo dos elementos contidos nos autos do processo; II – Entrevistas de natureza clínica-pericial com o periciando; III – Seleção, aplicação e mensuração das provas psicológicas”, a banca apresentou a seguinte justificativa para a ANULAÇÃO: O enunciado da questão faz referência ao “planejamento” da prática do exame psicológico nas perícias judiciais. Os recursos trazem o fato de que “no planejamento” não se executam entrevistas. Desta forma, o item II da questão está errado, ficando incorreta a resposta apresentada como correta no gabarito oficial.

 

_______________

Fonte consultada:

Evangelista, R. (2000). Algumas considerações sobre as perícias judiciais no âmbito cível. Revista Imesc2, 51-57.

Continua após a publicidade..
Continua após a publicidade..

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *