Marin (1999), ao abordar o funcionamento institucional e seus efeitos sobre as pessoas, retoma a noção de dupla determinação. A autora afirma que a fonte de infelicidade e distorção psicológica se baseia nas estruturas
- A) psicológicas dos pais e das crianças que precisaram ser internadas em instituições.
- B) econômicas das famílias de baixa renda que têm pouca escolaridade e cultura.
- C) culturais das famílias de baixa renda que não puderam acessar direitos básicos.
- D) escolares da rede pública que se encontram degradadas e defasadas.
- E) alienadas das instituições e do sistema de produção e distribuição da riqueza.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) alienadas das instituições e do sistema de produção e distribuição da riqueza.
Nessa questão, a banca utiliza uma ideia defendida por José Bleger, que foi citada por Marin (1999). Vejamos:
Mais uma vez, Bleger denuncia essa condição de dupla determinação social e psicológica, permitindo a abertura para a mudança.
"Uma fonte de infelicidade e distorção psicológica dos seres humanos na instituição se baseia na estrutura alienada das instituições relacionada com a mesma estrutura alienada de todo sistema de produção e distribuição de riqueza. Sobre esta mesma base se dão as características da alienação dos seres humanos. O que queremos investigar e desenvolver é esta ação recíproca dos seres humanos sobre as constituições por que este esclarecimento é parte da passagem de uma falsa consciência para uma maior consciência da realidade".
Com base nas informações acima, compreendemos que a fonte de infelicidade e distorção psicológica se baseia nas estruturas alienadas das instituições e do sistema de produção e distribuição da riqueza.
As outras alternativas apresentam caracterizações diversas das estruturas, que não condizem com o sentido proposto pela autora. Nem foram citadas as instituições pelas alternativas. Tentaram confundir o candidato mencionando estruturas dos pais, das crianças, das famílias e da rede pública.
Fonte: MARIN, Isabel da Silva Kahn. FEBEM, família e identidade. Editora Babel Cultural, 1999.
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