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Na avaliação de crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar, Falcke afirma que:

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) O psicólogo, em suas manifestações em juízo, deve atentar para não pressupor sempre como verdadeiro o relato de uma criança sobre uma situação de abuso sexual, devendo avaliar a credibilidade do testemunho.

 

Na avaliação de crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar, Falcke afirma que:

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"A violência intrafamiliar caracteriza-se por ação ou omissão que viole a integridade física ou psicológica de outro membro da família, comprometendo o direito de seu desenvolvimento pleno. Ela pode ser infringida em qualquer espaço, desde que envolva pessoas que são consideradas como familiares, incluindo aquelas que exercem função parental, mesmo que não tenham laços de consanguinidade (Cesca, 2004).

(...)

Na avaliação psicológica de casos de vitimização sexual infantil, a busca pela identificação da ocorrência ou não do abuso em geral ocorre considerando-se características e sintomas comumente encontrados nas vítimas de abuso sexual. As informações para essa constatação costumam ser obtidas em entrevistas com o genitor e outras pessoas envolvidas no processo, além de pelo contato direto com a criança, por meio de entrevista, hora do jogo e utilização de testes psicológicos, especialmente os projetivos. Todavia, é necessária muita atenção nesse processo, pois não existem características psicológicas que sejam identificadas exclusivamente em casos de crianças vitimizadas sexualmente.

(...)

Em algumas situações, o discurso das crianças e dos adolescentes pode estar contaminado pela influência das pessoas envolvidas, sendo necessário que o profissional da psicologia, quando chamado em juízo manifestar-se, cuide para não pressupor com total certeza que o relato de uma criança sobre uma situação de abuso sempre verdadeiro, sem avaliar a credibilidade do testemunho, que pode estar influenciado pelos interesses escusos de um de seus genitores (Silva, 2012). Na mesma direção, Brito (1999) e Silva (2012) destacam que também se constitui como grave equívoco delegar à criança a decisão sobre visitar ou não um dos genitores, em especial quando existe alguma acusação de violência física, psicológica ou sexual, cuja procedência é duvidosa ou inconclusiva. A tarefa do psicólogo é contribuir para avaliar as situações de violência envolvidas, de que parte elas provêm e, com base nisso, recomendar a continuidade ou descontinuidade da visitação."

 

Fonte: "Avaliação psicológica na violência intrafamiliar" (Falcke) In: "Avaliação Psicológica no Contexto Forense" (Hutz et al.)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.


a)  É importante identificar características psicológicas exclusivas que sejam indicativas de vitimização sexual.


b)  O psicólogo, em suas manifestações em juízo, deve atentar para não pressupor sempre como verdadeiro o relato de uma criança sobre uma situação de abuso sexual, devendo avaliar a credibilidade do testemunho.


c)  No caso de acusação de violência física, psicológica ou sexual, objetivando a garantia de direitos da criança, é indicado que ela seja indagada acerca da visitação ou não do genitor investigado.


d)  Aspectos sociais e culturais transgeracionais, relativos à educação por meio de castigos físicos, devem ser considerados na avaliação psicológica parental por não se constituírem em violência contra a criança.


e)  Deve-se considerar que a violência intrafamiliar é infringida em qualquer espaço, desde que envolva pessoas que são consideradas como familiares, com laços de consanguinidade.

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