O sigilo profissional é um ponto delicado na elaboração de um laudo psicológico forense. Nessa situação, recomenda-se que o psicólogo
- A) indique apenas pontos relacionados a risco de suicídio ou à vida de outra pessoa.
- B) considere o laudo forense como igual a um laudo psicológico clínico.
- C) evite mencionar dados do examinando que lhe sejam desabonadores.
- D) limite-se às questões pertinentes às perguntas colocadas pelo juiz ou advogados.
- E) revele apenas dados com os quais o examinando concorde em ter revelados.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) limite-se às questões pertinentes às perguntas colocadas pelo juiz ou advogados.
Segundo a Resolução CFP no 007/2003, que institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo:
2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS
2.1.Princípios Éticos
Na elaboração de DOCUMENTO, o psicólogo baseará suas informações na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do Psicólogo. Enfatizamos aqui os cuidados em relação aos deveres do psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações - identificando riscos e compromissos em relação à utilização das informações presentes nos documentos em sua dimensão de relações de poder.
[...] Relatório ou laudo Psicológico
[...] Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as questões relativas ao sigilo das informações. Somente deve ser relatado o que for necessário para o esclarecimento do encaminhamento, como disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. Não é recomendado que se omitam aspectos importantes do caso em questão, mesmo que não estejam relacionadas com suicídio ou à vida de outra pessoa.
b) Incorreta. O psicólogo deve considerar os contextos e as relações de poder envolvidas, nas quais é produzido o laudo psicológico.
c) Incorreta. As vezes será necessário mencionar dados desabonadores se isso for pertinente ao caso.
d) Correta. O psicólogo deve analisar a demanda e relatar o que for necessário para o esclarecimento do caso, limitando-se às questões pertinentes às perguntas colocadas pelo juiz ou advogados.
e) Incorreta. Não se recomenda que o psicólogo revele apenas dados com os quais o examinando concorde em ter revelados.
Fonte: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf
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