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Questões Sobre Psicologia Jurídica - Psicologia - concurso

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211) Sobre as famílias com membros dependentes de drogas:

  • A) devem ser orientadas a interditar juridicamente o drogadicto.
  • B) não devem passar por tratamento psicológico, pois podem reagir de forma a boicotar o tratamento do drogadicto.
  • C) devem passar por orientação e avaliação médica obrigatoriamente, pois podem ocultar outras dependências químicas.
  • D) devem passar por um tratamento psicológico, pois podem colaborar para a manutenção de uma estrutura adicta de funcionamento.
  • E) devem ser orientadas a se afastar do drogadicto enquanto perdurar o tratamento.

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A alternativa correta é letra D) devem passar por um tratamento psicológico, pois podem colaborar para a manutenção de uma estrutura adicta de funcionamento.

Gabarito Letra D

Sobre as famílias com membros dependentes de drogas:
a)  devem ser orientadas a interditar juridicamente o drogadicto.

Errado. A drogadição não é, isoladamente e sem considerar outros fatores, critério suficiente para interdição.


b)  não devem passar por tratamento psicológico, pois podem reagir de forma a boicotar o tratamento do drogadicto.

Errado. O tratamento psicológico para a família vem justamente para ajudar a família no apoio ao tratamento.


c)  devem passar por orientação e avaliação médica obrigatoriamente, pois podem ocultar outras dependências químicas.

Errado. Não há essa relação causal.


d)  devem passar por um tratamento psicológico, pois podem colaborar para a manutenção de uma estrutura adicta de funcionamento.

Certo!


e)  devem ser orientadas a se afastar do drogadicto enquanto perdurar o tratamento.

Errado. A presença da família no tratamento do drogadicto pode ser muito relevante no seu tratamento.

 

Nosso gabarito é Letra D

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212) Tradicionalmente, as falsas memórias vem sendo investigadas através de vários tipos de procedimentos experimentais que potencializam sua ocorrência utilizando diversos materiais. Na última década, uma metodologia bastante difundida é

  • A) a das Fábulas de Duss.
  • B) o Questionário Desiderativo.
  • C) a Lista de Palavras Associadas.
  • D) o Método de Rorschach.
  • E) a das Palavras Cruzadas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) a Lista de Palavras Associadas.

Gabarito Letra C

Tradicionalmente, as falsas memórias vem sendo investigadas através de vários tipos de procedimentos experimentais que potencializam sua ocorrência utilizando diversos materiais. Na última década, uma metodologia bastante difundida é
a)  a das Fábulas de Duss.
b)  o Questionário Desiderativo.
c)  a Lista de Palavras Associadas.
d)  o Método de Rorschach.
e)  a das Palavras Cruzadas.

 

O método utilizado no mundo todo no estudo experimental das falsas memórias são as listas de palavras associadas:

 

“O procedimento de Roediger e McDermott (1995), que utiliza listas de palavras associadas, vem sendo utilizado no mundo inteiro pela sua comprovada eficácia no estudo experimental das falsas memórias.”

“O primeiro estudo brasileiro a utilizar o procedimento DRM foi realizado por Stein e Pergher (2001). Foram traduzidas e adaptadas para o português 10 das 36 listas de Stadler et al. (1999) e, posteriormente, aplicadas em 60 universitários brasileiros. A memória foi verificada através de testes de reconhecimento. Nesse estudo de Stein e Pergher, foi investigado o efeito do momento da testagem nas memórias verdadeiras e falsas, e a persistência dessas memórias por um período de uma semana. Verificou-se, também, o efeito de um teste de memória anterior sobre um teste posterior. Os resultados desse estudo demonstraram a eficácia do procedimento para o estudo das falsas memórias para a população adulta brasileira. Além disso, foi observado que um simples teste de memória imediato aumentava os níveis de memória verdadeira e falsa no teste posterior e que, com a passagem do tempo, os índices de falsas memórias superavam àqueles das memórias verdadeiras.”

 

Nosso gabarito é Letra C

 

Fonte: Stein, Lilian Milnitsky, Feix, Leandro da Fonte e Rohenkohl, GustavoAvanços metodológicos no estudo das falsas memórias: construção e normatização do procedimento de palavras associadas. Psicologia: Reflexão e Crítica [online]. 2006, v. 19, n. 2 [Acessado 22 Maio 2022] , pp. 166-176.

213) Myra y Lopéz (2007, p.200 e seguintes) refere-se à inexatidão do depoimento por tendência afetiva, o que sugere cuidados especiais, principalmente nas situações carregadas de grande carga emocional. Manifesta-se por meio de diversos tipos de atitudes e comportamentos.


I. Identificação com a Vítima – quando a vítima apresenta fragilidade, grande sofrimento, graves dificuldades econômicas, deficiência orgânica ou psíquica ou com muitos filhos. Antipatia com a outra parte – a situação da outra parte desperta ideias preconceituosas.


II. Valor Moral – compreende-se a defesa de ideias internalizadas, que a situação da vítima demonstra terem sido transgredidos. Inclui “restaurar a verdade”, “defender o que é justo”, ou “defender os oprimidos”.


III. Falsas crenças – pode ocorrer por semelhanças de qualquer ordem (mesma formação, opção política, etnia, opção sexual) que podem incluir o fato de ter vivenciado situação similar ( a vítima foi agredida pelo marido, a entrevistadora ou a jurada também).


Está(ão) correta(s) APENAS:

  • A) I e II.
  • B) II e III.
  • C) II.
  • D) I e III.
  • E) I, II e III.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) I, II e III.

Gabarito Letra E

Myra y Lopéz (2007, p.200 e seguintes) refere-se à inexatidão do depoimento por tendência afetiva, o que sugere cuidados especiais, principalmente nas situações carregadas de grande carga emocional. Manifesta-se por meio de diversos tipos de atitudes e comportamentos.


I. Identificação com a Vítima – quando a vítima apresenta fragilidade, grande sofrimento, graves dificuldades econômicas, deficiência orgânica ou psíquica ou com muitos filhos. Antipatia com a outra parte – a situação da outra parte desperta ideias preconceituosas.

Certo! Essa distorção também pode ocorrer em seu lado oposto, na antipatia com a vítima.

Identificação com a vítima A identificação acontece em dois polos opostos. Em um deles, quando a vítima apresenta fragilidade, grande sofrimento, graves dificuldades econômicas, doenças, deficiência orgânica ou psíquica, com muitos filhos ou quando há grande disparidade de poder (físico, psíquico, econômico) em relação ao delinquente. No polo oposto, há a vítima rica, intelectual, que se dedica a atividade de grande expressão pública (artista, esportista etc.). A identificação também pode ocorrer por semelhanças de qualquer ordem (mesma formação, crença, opção política, cor, orientação sexual etc.), que podem incluir o fato de ter vivenciado situação similar (a vítima foi agredida pelo marido, a entrevistadora ou a jurada também).”


II. Valor Moral – compreende-se a defesa de ideias internalizadas, que a situação da vítima demonstra terem sido transgredidos. Inclui “restaurar a verdade”, “defender o que é justo”, ou “defender os oprimidos”.

Certo!

Valor moral Compreende a defesa de ideais internalizados, que a situação da vítima demonstra terem sido transgredidos. Inclui “restaurar a verdade”, “defender o que é justo”, “equilibrar a renda”, “defender os oprimidos” etc.”


III. Falsas crenças – pode ocorrer por semelhanças de qualquer ordem (mesma formação, opção política, etnia, opção sexual) que podem incluir o fato de ter vivenciado situação similar ( a vítima foi agredida pelo marido, a entrevistadora ou a jurada também).

A questão considera esse item com certo, entretanto, apesar das falsas crenças serem, de fato, um fator, a descrição que a questão traz é da identificação.

Falsas crenças Inúmeras, povoam o imaginário popular e orientam a forma de interpretar fatos e notícias. Alguns exemplos conhecidos: “policial bate nos mais fracos”, “morador de morro é bandido ou ajuda traficante”, “todo político é ladrão”, “não dá para confiar em empregado”, “patrão está a fim de ganhar dinheiro” etc”

 

Fonte: Psicologia Jurídica / José Osmir Fiorelli, Rosana Cathya Ragazzoni Mangini. – 10. ed. – São Paulo: Atlas, 2020.

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214) A Psicologia Jurídica, como a entendemos, guarda elementos gerais e outros muito particulares que a eleva ao patamar de disciplina distinta e diferenciada. O uso correto da terminologia é condição para elaboração de Laudos e Pareceres. Como se denomina a área da Psicologia Jurídica que contempla a atividade pericial aos casos apenados quando da solicitação de progressão de regime e nos casos de penas convertidas em Medida de Segurança ( exame de cessação de Periculosidade). Para esses fins o exame seria complementar nas perícias psiquiátricas e seria emitido o Parecer Psicológico.

  • A) Psicologia Judiciária.
  • B) Psicologia Forense.
  • C) Psicologia Social aplicada ao Judiciário.
  • D) Psicodiagnóstico Pericial.
  • E) Psicologia Criminal.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) Psicologia Criminal.

Gabarito Letra E

A Psicologia Jurídica, como a entendemos, guarda elementos gerais e outros muito particulares que a eleva ao patamar de disciplina distinta e diferenciada. O uso correto da terminologia é condição para elaboração de Laudos e Pareceres. Como se denomina a área da Psicologia Jurídica que contempla a atividade pericial aos casos apenados quando da solicitação de progressão de regime e nos casos de penas convertidas em Medida de Segurança ( exame de cessação de Periculosidade). Para esses fins o exame seria complementar nas perícias psiquiátricas e seria emitido o Parecer Psicológico.
a) 
 Psicologia Judiciária.
b)  Psicologia Forense.
c)  Psicologia Social aplicada ao Judiciário.
d)  Psicodiagnóstico Pericial.
e)  Psicologia Criminal.

 

É a psicologia criminal que estuda o ator do crime e avalia sua periculosidade, podendo emitir pareceres em casos de progressão de regime ou de conversão em medida de segurança. A psicologia criminal está contida dentro da psicologia forense, ou seja, não é errado pensar que a resposta é Letra B, porém, como é mais especificamente dentro da psicologia criminal que está o que foi descrito, é mais correto afirmar que a alternativa correta é a Letra E.

 

A Psicologia Criminal ocupa-se do estudo do delinqüente como autor do delito; a Psicologia Judiciária ocupa-se de seu comportamento como acusado de um delito; a Psicologia Carcerária quando condenado ao cumprimento de uma pena carcerária e a Psicologia Legal coordena noções psicológicas necessárias à avaliação e valoração de circunstâncias pessoais (menoridade, embriagues) e factuais (atenuantes e agravantes) ao se lhe aplicarem normas penais vigentes.”

“A Psicologia Forense é o subconjunto em que se incluem as práticas psicológicas relacionadas aos procedimentos forenses. É aqui que se encontra o assistente técnico. A Psicologia Forense corresponde a toda aplicação do saber psicológico realizada sobre uma situação que se sabe estar (ou estará) sob apreciação judicial, ou seja, a toda a Psicologia aplicada no âmbito de um processo ou procedimento em andamento no Foro (ou realizada vislumbrando tal objetivo). Incluem as intervenções exercidas pelo psicólogo criminal, pelo psicólogo judiciário, acrescidas daquelas realizadas pelo psicólogo assistente técnico. A Psicologia Criminal é um subconjunto da Psicologia Forense e, segundo Bruno (1967), estuda as condições psíquicas do criminoso e o modo pelo qual nele se origina e se processa a ação criminosa. Seu campo de atuação abrange a Psicologia do delinqüente, a Psicologia do delito e a Psicologia das testemunhas.”

 

Fonte: Análise do perfil psicológico do juiz criminal no contexto da psicologia judiciária, Disponível em: https://jus.com.br/artigos/4259/analise-do-perfil-psicologico-do-juiz-criminal-no-contexto-da-psicologia-judiciaria

215) A composição do papel do psicólogo no campo Jurídico foi objeto de análise no estudo realizado por Roehring e Siqueira (2007).

 

Segundo as autoras, é correto afirmar em relação ao papel do psicólogo:


I. A construção da identidade profissional tem, nos conceitos de identidade, papel e relação, o suporte para a estruturação do papel profissional, num processo similar ao do desenvolvimento humano.


II. Nos elementos de configuração do papel do psicólogo jurídico, o termo jurídico refere-se a uma qualidade desta identidade – indica uma relação com o campo do Direito.

 

III. Ao propor um esquema da rede de sustentação da identidade profissional, as autoras propõem: Núcleo Identitário, referências representacionais, e sentimento de identidade profissional. As referências representacionais abordam o processo de trabalho: objeto, processo e produto.


IV. Cabe ao psicólogo visualizar, além dos fenômenos e processos psicológicos, o processo humano e subjetivo que se desenrola na vida dos indivíduos envolvidos, dinâmicas relacionais implicadas num conflito devem ser consideradas no momento das indicações e intervenções realizadas.


Está(ão) correta(s) APENAS:

  • A) II, III e IV.
  • B) I, III e IV.
  • C) III e IV.
  • D) I, II e IV.
  • E) I e III.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) I, II e IV.

   

A composição do papel do psicólogo no campo Jurídico foi objeto de análise no estudo realizado por Roehring e Siqueira (2007).

  

Segundo as autoras, é correto afirmar em relação ao papel do psicólogo:

 

A questão está baseada no texto "Das Penas Alternativas ao Ser Humano: uma Reflexão sobre a Trajetória do Papel do Psicólogo no Contexto Jurídico" (Roehrig e Siqueira) presente no livro "Psicologia jurídica - temas de aplicação I" (Carvalho e Miranda).

 

As afirmativas I, II e IV estão de acordo com o livro.

 

A única alternativa incorreta é a III, pois distorce a seguinte classificação:

 

Núcleo Identitário - objeto de trabalho, processo e produto;

 

Referências Representacionais - perspectiva ideológica, teórica e política;

 

Sentimentos de identidade da profissão - valores.

 

Com isso, estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV.


I. A construção da identidade profissional tem, nos conceitos de identidade, papel e relação, o suporte para a estruturação do papel profissional, num processo similar ao do desenvolvimento humano.


II. Nos elementos de configuração do papel do psicólogo jurídico, o termo jurídico refere-se a uma qualidade desta identidade – indica uma relação com o campo do Direito.

 

III. Ao propor um esquema da rede de sustentação da identidade profissional, as autoras propõem: Núcleo Identitário, referências representacionais, e sentimento de identidade profissional. As referências representacionais abordam o processo de trabalho: objeto, processo e produto.


IV. Cabe ao psicólogo visualizar, além dos fenômenos e processos psicológicos, o processo humano e subjetivo que se desenrola na vida dos indivíduos envolvidos, dinâmicas relacionais implicadas num conflito devem ser consideradas no momento das indicações e intervenções realizadas.

 

Encontramos a resposta na Letra D.


Está(ão) correta(s) APENAS:


a)  II, III e IV.
b)  I, III e IV.
c)  III e IV.
d)  I, II e IV.
e)  I e III.

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216) A identificação da mentira e do engano em situações de perícia psicológica é um constante desafio técnico e exige do avaliador um nível de expertise.  Existem crenças que poderiam estar produzindo distorções quanto às causas e à frequência da mentira e do engano nas situações de avaliação forense.

 

São descritos como erros mais frequentes:


I. Associar simulação com doença mental.


II. Acreditar que a simulação não corre com frequência.


III. Acreditar que determinadas condições clínicas, como amnésia e alucinação, podem ser facilmente simuladas e dificilmente provadas quanto à falta de veracidade.


IV. Outros fatores dizem respeito à falta de preparo técnico do observador.


Está(ão) correta(s) APENAS:

  • A) I, II e III.
  • B) I e IV.
  • C) II e III.
  • D) III e IV.
  • E) I, II e IV.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) I, II e III.

Gabarito Letra A

 

A identificação da mentira e do engano em situações de perícia psicológica é um constante desafio técnico e exige do avaliador um nível de expertise.  Existem crenças que poderiam estar produzindo distorções quanto às causas e à frequência da mentira e do engano nas situações de avaliação forense.

 

São descritos como erros mais frequentes:

 

Veja o que Rovinski traz sobre esses erros:

“Observa-se que, ainda hoje, existem inúmeras crenças que acompanham os peritos da área de avaliação forense, com distorções quanto às causas e à freqüência da simulação. Hall e Pritchard (1996) descrevem como erros mais freqüentes:

acreditar que a simulação não ocorre com freqüência;

associar simulação com doença mental;

• acreditar que o avaliador não consegue ser enganado;

• valorizar excessivamente os traços de caráter em detrimento de uma avaliação contextual (inclusive reforçado por critérios estabelecidos pelo DSM-IV);

acreditar que determinadas condições clínicas, como amnésia e alucinações, podem ser facilmente simuladas e dificilmente provadas quanto à falta de veracidade;

• acreditar que a habilidade em detectar a simulação é uma arte e que não pode ser ensinada.”


I. Associar simulação com doença mental.


II. Acreditar que a simulação não corre com frequência.


III. Acreditar que determinadas condições clínicas, como amnésia e alucinação, podem ser facilmente simuladas e dificilmente provadas quanto à falta de veracidade.


IV. Outros fatores dizem respeito à falta de preparo técnico do observador.

 

Das afirmativas apresentadas pela questão, apenas I, II e III aparecem na bibliografia.

Nosso gabarito é Letra A

 

Fonte: Rovinski, Sonia Liane Reichert Fundamentos da perícia psicológica forense I Sonia Liane Reichert Rovinski.- 23 ed. São Paulo: Vetor, 2007

217) A mediação é um processo de intervenção cuja finalidade é produzir um acordo. É um processo pacífico onde a solução da discórdia não é imposta senão que surge das próprias partes interessadas. A mediação deve ultrapassar a perspectiva do episódio que determina o conflito para ser compreendida como parte de um processo. Este processo de mediação, como procedimento, pode ser desenvolvido em etapas.


Considere as possíveis etapas ( proposta de Tavares, 2002):


I. Apresentação do mediador e das regras da mediação.


II. Exposição dos problemas pelos clientes mediados.


III. Procurar por padrões objetivos dependendo da vontade de cada um dos lados


IV. Geração de ideias para resolver os problemas e os acordos parciais, para chegar a um acordo final.

 

Está(ão) correta(s) APENAS:

  • A) I, II e III.
  • B) II e II.
  • C) III e IV.
  • D) I, II e IV.
  • E) I e II.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) I, II e IV.

Gabarito Letra D

Considere as possíveis etapas ( proposta de Tavares, 2002):


I. Apresentação do mediador e das regras da mediação.


II. Exposição dos problemas pelos clientes mediados.


III. Procurar por padrões objetivos dependendo da vontade de cada um dos lados


IV. Geração de ideias para resolver os problemas e os acordos parciais, para chegar a um acordo final.

 

Vamos relembrar as etapas da mediação:

“Vezzulla (1998) dividia o processo de mediação em seis etapas: (I) apresentação do mediador e das regras da mediação; (II) exposição dos problemas pelas partes; (III) resumo e primeiro ordenamento dos problemas; (iv) descoberta dos interesses ainda ocultos; (v) geração de idéias para resolver os problemas (acordos parciais); e (vi) acordo final.”

 

Não há uma etapa de procura por padrões objetivos dependendo das vontades.

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: A Mediação Como Mecanismo De Resolução De Conflitos Socioambientais Claudia Vechi Torres. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/149/1/2006_ClaudiaVechiTorres.pdf

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218) Algumas vezes, na disputa judicial, é a partilha de bens que ganha especial destaque no litígio; outras vezes (não raras) a luta pela guarda dos filhos, que ficam na berlinda, ante à batalha travada pelos pais, na busca de maior poder. Para compreender e manejar conflitos é preciso um exame rigoroso da correlação de poderes.

 

Muszkat (2005), baseada nas ideias foucaultianas, apresenta as seguintes considerações:


I. O poder, que se exerce a partir das relações que são desiguais, nunca é exterior ao sujeito.


II. O poder gera uma força oposta, ao determinar a conduta do dominado, uma inevitável força contrária, uma resistência.


III. O discurso do poder se reforça pela repetição, tornando-o tanto mais forte quanto menos puder ser questionado.


IV. O poder é relacional, podendo ser co-construído, mas nem sempre é reconhecido pela outra parte.


Está(ão) correta(s) APENAS:

  • A) I, II e IV.
  • B) II e III.
  • C) II e IV.
  • D) III.
  • E) I, II e III.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra E) I, II e III.

Gabarito Letra E

 

Muszkat (2005), baseada nas ideias foucaultianas, apresenta as seguintes considerações:

 

Vamos, primeiro, relembrar o que a autora diz:

“Muszkat (2005, p. 47) afirma que é impossível compreender e manejar conflitos sem um exame mais rigoroso da correlação de poderes presentes na dinâmica das relações entre as partes litigantes. E, baseada nas ideias foucaultianas, a autora desenvolve as seguintes considerações:

  • o poder nunca é exterior ao sujeito… ele se exerce a partir das relações que são desiguais;
  • reconhecendo a interioridade, ele é posto em ação por intermédio de uma forma comunicacional (verbal ou não verbal) que define a relação;
  • o poder é relacional, é coconstruído e deve sempre ser reconhecido pela outra parte;
  • o poder é interdependente, surge da dependência mútua de recursos;
  • se uma das partes tiver poder absoluto sobre a outra, não haverá conflito;
  • a dependência de recursos pode ser concreta, simbólica, idealizada ou fantasiada e necessita de constante reconhecimento… o efeito do poder por meio do consentimento é muito mais eficaz do que o obtido pela força;
  • o poder gera uma força oposta, ao determinar a conduta do dominado, uma inevitável força contrária, uma resistência;
  • o discurso do poder se reforça pela repetição, tornando-o tanto mais forte quanto menos puder ser questionado.”


I. O poder, que se exerce a partir das relações que são desiguais, nunca é exterior ao sujeito.

Certo!


II. O poder gera uma força oposta, ao determinar a conduta do dominado, uma inevitável força contrária, uma resistência.

Certo!


III. O discurso do poder se reforça pela repetição, tornando-o tanto mais forte quanto menos puder ser questionado.

Certo!


IV. O poder é relacional, podendo ser co-construído, mas nem sempre é reconhecido pela outra parte.

Errado. Ele deve sempre ser reconhecido pela outra parte.

 

Assim, apenas I, II e III estão corretas.

Gabarito Letra E

 

Fonte: Fiorelli, José Osmir Psicologia Jurídica / José Osmir Fiorelli, Rosana Cathya Ragazzoni Mangini. – 10. ed. – São Paulo: Atlas, 2020.

219) Com relação à Síndrome de Alienação Parental, podemos afirmar que:

  • A) Se trata de um processo que consiste em programar uma criança para que odeie, justificativamente, um dos seus genitores.

  • B) Quando os genitores estão psicologicamente debilitados, os aspectos de natureza persecutória podem instalar uma crise, desencadeando um processo de alienação do outro cônjuge.

  • C) Ela pode produzir nas crianças problemas como depressão crônica, incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial normal, mas não transtornos de identidade e de imagem.

  • D) De acordo com Lowenstein, a avaliação psicodiagnóstica deve ser feita, sempre que possível, com ambos os genitores e a(s) criança(s), para que o profissional tenha acesso à dinâmica intrafamiliar.

  • E) O profissional pode basear-se unicamente na opinião e avaliação do(s) filho(s), sendo, via de regra, desnecessária ou contraindicado o contato com os pais.

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A alternativa correta é letra B) Quando os genitores estão psicologicamente debilitados, os aspectos de natureza persecutória podem instalar uma crise, desencadeando um processo de alienação do outro cônjuge.

Gabarito Letra B

Com relação à Síndrome de Alienação Parental, podemos afirmar que:

a)  Se trata de um processo que consiste em programar uma criança para que odeie, justificativamente, um dos seus genitores.

Errado. Não há justificativa plausível na alienação parental.

 

b)  Quando os genitores estão psicologicamente debilitados, os aspectos de natureza persecutória podem instalar uma crise, desencadeando um processo de alienação do outro cônjuge.

Certo!

“Logo após a separação dos pais, quando ainda o nível de conflitualidade é intenso, é comum surgirem problemas e preocupações com as primeiras visitas ao outro progenitor, pois fantasias, medos e angústias de retaliação ocupam o imaginário dos pais e dos próprios filhos, ainda não acostumados com as diferenças impostas pela nova organização da família. Quando os genitores estão psicologicamente debilitados, os aspectos de natureza persecutória, de conteúdos predominantemente paranóide, ligados ao ataque e defesa, podem instaurar uma crise. Esta crise será capaz de desencadear um processo de alienação do outro cônjuge. Num pressuposto de imaturidade e instabilidade emocional, utiliza-se o filho como instrumento de agressividade direcionada ao outro, principalmente, quando padece de sentimentos de abandono e rejeição enquanto fantasmas de uma relação ainda não adequadamente resolvida através de um luto bem elaborado”

 

c)  Ela pode produzir nas crianças problemas como depressão crônica, incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial normal, mas não transtornos de identidade e de imagem.

Errado. Transtornos de identidade e de imagem também podem ser desencadeados.

“Os efeitos nas crianças vítimas da Alienação Parental, de forma geral segundo o psiquiatra norte-americano, vão desde a depressão crônica, passando por uma incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial normal, transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla personalidade e, às vezes, até suicídio. Outra consequência tão grave quanto estas, alerta Gardner, é a tendência de o filho alienado reproduzir a mesma patologia psicológica que o genitor alienador, alimentando um círculo vicioso e perverso.”

 

d)  De acordo com Lowenstein, a avaliação psicodiagnóstica deve ser feita, sempre que possível, com ambos os genitores e a(s) criança(s), para que o profissional tenha acesso à dinâmica intrafamiliar.

Errado. O psicodiagnóstico é usado em contextos clínicos, com foco na identificação de transtornos.

 

e)  O profissional pode basear-se unicamente na opinião e avaliação do(s) filho(s), sendo, via de regra, desnecessária ou contraindicado o contato com os pais.

Errado. A opinião e avaliação dos filhos pode estar enviesada.

 

Nosso gabarito é Letra B

 

Fonte: Alienação parental e família contemporânea: um estudo psicossocial / organização de Álvaro de Oliveira Neto, Maria Emília Miranda de Queiroz e Andreia Calçada; coordenação, Maria Quitéria Lustosa de Sousa. -- Recife : FBV /Devry, 2015.

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220) Com relação à guarda dos filhos, assinale a alternativa INCORRETA:

  • A) Os seus princípios norteadores são: o melhor interesse da criança e a proteção integral.

  • B) Denomina-se Poder Familiar quando ambos os genitores são responsáveis por cuidar e velar pelo crescimento saudável dos filhos.

  • C) A guarda partida consiste em dividir a guarda dos filhos, de forma que um pai fique com uns filhos, e o outro, com os demais.

  • D) A guarda compartilhada ocorre quando ambos os pais detêm, segundo instituído pelo Código Civil, o poder familiar.

  • E) A educação dos filhos, sublinhando seu desenvolvimento psicológico, é atribuição prioritária do genitor responsável pela guarda, nos casos de guarda partida e repartida.

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ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Questão anulada

Com relação à guarda dos filhos, assinale a alternativa INCORRETA:

a)  Os seus princípios norteadores são: o melhor interesse da criança e a proteção integral.

Certo! O ordenamento jurídico no que diz respeito à criança e adolescente é pautado na doutrina da proteção integral e do melhor interesse da criança.

 

b)  Denomina-se Poder Familiar quando ambos os genitores são responsáveis por cuidar e velar pelo crescimento saudável dos filhos.

Errado. O Poder familiar “consiste num conjunto de direitos e obrigações, quanto à pessoa e bens do filho menor não emancipado, exercido em igualdade de condições por ambos os pais, para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse e a proteção dos filhos.” O exercício do poder familiar compete aos pais, igualmente, pois não é o exercício de uma autoridade, mas de um encargo imposto pela paternidade e maternidade. Sendo uma responsabilidade, mesmo quando um dos genitores não a assume, ela ainda chama poder familiar.

 

c)  A guarda partida consiste em dividir a guarda dos filhos, de forma que um pai fique com uns filhos, e o outro, com os demais.

Certo! Essa é a definição de guarda partida, uma modalidade não recomendada.

“Uma alternativa é a guarda partida, que é a divisão da guarda dos filhos, de maneira que um pai fique com uns filhos e o outro com os demais. Conforme pontua Silva (2003), não é indicado que irmãos sejam separados, pois que acarretaria nas crianças uma segunda separação e perda que só viria a somar à quebra do vinculo com o genitor ausente.”

 

d)  A guarda compartilhada ocorre quando ambos os pais detêm, segundo instituído pelo Código Civil, o poder familiar.

Certo! Na guarda compartilhada há compartilhamento equalitário das responsabilidades do poder familiar.

 

e)  A educação dos filhos, sublinhando seu desenvolvimento psicológico, é atribuição prioritária do genitor responsável pela guarda, nos casos de guarda partida e repartida.

Errado. A educação dos filhos é responsabilidade de ambos os genitores. Na guarda repartida, inclusive, o filho fica com os dois genitores, em períodos definidos e alternados.

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