Questões Sobre Psicologia Jurídica - Psicologia - concurso
31) Segundo Solange Maria Amaral S. Pinheiro, a criança ou o adolescente vitimizados apresentam alterações de comportamento, queixas somáticas, alterações psicológicas, refletindo algumas características comuns, podendo aparecer as mais variadas combinações dos seguintes sinais:
- A) apresenta dificuldades de aprendizagem atribuíveis ao ambiente escolar.
- B) está sempre alerta, esperando que algo bom aconteça.
- C) fica apreensiva quando outras crianças começam a sorrir.
- D) demonstra mudanças lentas no desempenho escolar.
- E) desconfia dos contatos com os adultos e tem receio dos pais.
A alternativa correta é letra E) desconfia dos contatos com os adultos e tem receio dos pais.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. A criança apresenta dificuldades de aprendizagem não atribuíveis a problemas físicos específicos ou a problemas no próprio ambiente escolar.
b) Incorreta. A criança está sempre alerta, esperando que algo de ruim aconteça.
c) Incorreta. A criança fica apreensiva quando outras crianças começam a chorar.
d) Incorreta. Demonstra mudanças súbitas no desempenho escolar ou no comportamento. Além disso, demonstra comportamentos que poderiam ser considerados como extremos (agressivos, disruptivos, destrutivos ou excessivamente tímidos, passivos, retraídos).
e) Correta. A criança vitimizada desconfia dos contatos com os adultos e tem receio dos pais e evita, muitas vezes, sua casa. Logo, esta alternativa será nossa resposta.
Fonte: PINHEIRO, Solange. Crianças e adolescentes vitimizados: rotina dos atendimentos. In. SHINE, Sidney. Avaliação psicológica e lei: adoção, vitimização, separação conjugal, dano psíquico e outros temas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
32) Lídia Rosalina Folgueira Castro, em seu livro “Disputa de guarda e visitas: no interesse dos pais ou dos filhos?”, menciona o fato de que os estudos atuais sobre a problemática afetiva dos ex-casais em disputa atribuem-lhe como causa o ex-casal não ter conseguido elaborar a separação. Refutando esta idéia a partir do que encontrou nos casos que analisou, procurou compreender porque a idéia é tão generalizada. Acredita ser importante que se compreenda que a separação, embora seja um momento sempre muito difícil, não se dá da mesma forma e pelas mesmas razões para todos os indivíduos. Apontou que há desde aqueles que se separam porque
- A) a disputa judicial seria, exclusivamente, um meio do ex-casal continuar relacionando-se, até aqueles que apresentam uma recusa da separação, diante da imensa infelicidade vivida.
- B) os indivíduos, em sendo freqüentemente neuróticos, não são capazes de favorecer acordos, nas disputas judiciais que desencadeiam na Vara de Família, o que faz com que os pais focalizem a disputa e esqueçam a relação de cada um com os filhos, até os que desejam apenas vingança.
- C) não têm maturidade para enfrentar as limitações e desafios que um casamento impõem, até aqueles que se separam justamente porque conseguiram o mínimo de diferenciação e evolução afetiva, quer para buscar a felicidade, quer para fugir de uma infelicidade insuportável vivida no casamento.
- D) quando estão brigando na Justiça, encontram uma forma de manterem-se unidos, na esperança de resolverem conflitos antigos, até aqueles que gravemente enfermos, encontram-se sem capacidade de reflexão para o estabelecimento de acordos, quanto às visitas e à opção de guarda.
- E) acertaram na eleição do cônjuge, porém não consideraram fatores importantes, pois ao comporem uma família, reeditaram estruturas patológicas inesperadas presentes nos modelos neuróticos da família.
A alternativa correta é letra C) não têm maturidade para enfrentar as limitações e desafios que um casamento impõem, até aqueles que se separam justamente porque conseguiram o mínimo de diferenciação e evolução afetiva, quer para buscar a felicidade, quer para fugir de uma infelicidade insuportável vivida no casamento.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. A autora cita, na segunda ponta de comparação, aqueles que se separam para fugir de uma infelicidade insuportável vivida no casamento. Não os que apresentam um recusa da separação diante desse sofrimento.
b) Incorreta. A autora não cita a incapacidade de estabelecer acordos e o desejo de vingança como motivos da separação conjugal.
c) Correta. Castro defende que é importante que se compreenda que a separação, embora seja um momento sempre muito difícil, não se dá da mesma forma e pelas mesmas razões para todos os indivíduos. Há desde aqueles que se separam porque não têm maturidade para enfrentar as limitações e desafios que um casamento impõe até aqueles que se separam justamente porque conseguiram o mínimo de diferenciação e evolução afetiva, quer para buscar a felicidade, quer para fugir de uma infelicidade insuportável vivida no casamento.
d) Incorreta. A autora não menciona o caso de pessoas gravemente enfermas e como elas lidam com a separação conjugal. A tese defendida pela autora é menos específica do que isso.
e) Incorreta. Nesse item, não foi falado sobre a outra ponta de comparação. Considerando a frase do enunciado: "Apontou que há desde aqueles que se separam porque", imaginamos que a sentença que a completa seja "até aqueles que".
Fonte: CASTRO, Lídia Rosalina Folgueira. Disputa de Guarda e visitas: no interesse dos pais ou dos filhos? São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003
33) Segundo Sidney Shine, o psicólogo pode assumir diferentes papéis no Enquadre Jurídico, dada sua forma de encarar e realizar o trabalho pericial. O perito que é contratado pelo advogado ou pela parte, torna-se um perito dentro da arena jurídica. É também chamado de “assessor da parte” ou “perito particular” ou, no termo corrente mais comum, por assistente técnico. Shine o denomina de Perito
- A) Parcial.
- B) Testemunhal (Factual).
- C) “Pistoleiro”.
- D) Adversarial.
- E) Imparcial
A alternativa correta é letra A) Parcial.
Análise das alternativas:
a) Correta. Shine destaca que o psicólogo, aceitando atuar para uma das partes, colocar-se-á parcial porque o seu lugar na arena jurídica lhe condiciona aquilo com o qual entrará em contato e será matéria de sua avaliação. Portanto, é denominado Perito Parcial.
b) Incorreta. Há uma distinção entre o psicólogo atuando com testemunha e o psicólogo atuando como perito. Como testemunha, ele deverá prestar informações sobre fatos concretos que tenha presenciado e que podem auxiliar na resolução do caso em questão. Essas informações, portanto, não podem ser baseadas nos depoimentos de seus pacientes ou em inferências que o profissional possa fazer a partir de atendimentos que está realizando. Já a perícia é um testemunho sobre alguém, mas de outra ordem - que implica um conhecimento de natureza específica e especializada.
c) Incorreta. O Perito Pistoleiro é o profissional assistente técnico que, imbuído pela lógica adversarial, pretende que o seu laudo vai estar a favor de quem o contratou, a priori. Ou seja, as técnicas de avaliação serão utilizadas tendo em vista realçar a "verdade" que interessa a parte-cliente.
d) Incorreta. Quando a questão final a ser concluída é colocada (a guarda deve ficar com quem?), o Perito Adversarial é aquele que escolhe alguém seja por um motivo ou outro. Em outros termos, é o perito que toma a posição de dar um laudo conclusivo, entendendo-se "conclusivo" no sentido de ir ao mérito mesmo da ação que está sendo julgada.
e) Incorreta. O Perito Imparcial simplesmente apresenta as descobertas, opiniões e previsões de forma imparcial e neutra, sendo que opiniões podem ser emitidas a respeito dos possíveis resultados de diferentes arranjos de guarda, mas nunca se oferecem recomendações conclusivas.
Fonte: SHINE, Sidney. Avaliação psicológica e lei: adoção, vitimização, separação conjugal, dano psíquico e outros temas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
34) Segundo John M. Haynes e Marilene Marodin, a mediação é um processo no qual uma terceira pessoa, o mediador, auxilia os participantes na resolução de uma disputa. Acreditam que a mediação é idealmente apropriada para disputas familiares e que, como a resolução do problema envolve mais do que uma pessoa, a solução escolhida deve satisfazer
- A) principalmente as necessidades dos progenitores no grupo.
- B) a maioria dos participantes da disputa.
- C) ambos os genitores de cada grupo familiar em disputa.
- D) os genitores dos grupos em disputa.
- E) todos os participantes da disputa.
A alternativa correta é letra E) todos os participantes da disputa.
John M. Haynes e Marilene Marodin (1996) afirmam que
Mediação é um processo no qual uma terceira pessoa estranha - o mediador - auxilia os participantes na resolução de uma disputa. O acordo final resolve o problema com uma solução mutuamente aceitável e será estruturado de modo a manter a continuidade das relações das pessoas envolvidas no conflito. Para resolver a disputa, os participantes devem negociar uma solução e esta etapa já faz parte do processo das negociações. Como a resolução do problema envolve mais do que uma pessoa, a solução escolhida deve satisfazer todos os participantes na disputa. Os participantes devem negociar qual solução ou combinação de soluções são aceitáveis para todos. Por isso a mediação é idealmente apropriada para disputas familiares.
Com base no trecho acima, podemos dizer que a solução encontrada através da mediação deve satisfazer todos os participantes da disputa.
Fonte: HAYNES, John M.; MARODIN, Marilene. Fundamentos da mediação familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
35) Susana Muszkat afirma que, na violência doméstica, não há vencedores e que a tendência natural é a de se isolar o sujeito identificado como “agressor” a fim de poupar maior sofrimento àqueles identificados como vítimas. Acredita que, como o “agressor” é parte ativa e operante dentro de um sistema vivo de interações afetivas, ao simplesmente retirá-lo, impedimos que a família possa refletir sobre seu funcionamento de maneira global; que o padrão de relacionamento deve ser compreendido como uma forma de comunicação; e que a escolha de parceiros não é aleatória, mas calcada em estruturas
- A) conscientes.
- B) inconscientes.
- C) transacionais.
- D) mediadas.
- E) situacionais.
A alternativa correta é letra B) inconscientes.
De acordo com Susana Muszkat (2006)
Outro fator, fornecido pela psicanálise de casal e família e observado na nossa prática clínica, confirma como determinadas dinâmicas de relacionamento se repetem ainda que os parceiros sejam distintos. Ou seja, o padrão de relacionamento deve ser compreendido como uma forma de comunicação, já que a escolha de parceiros não é aleatória e, sim, calcada em estruturas inconscientes primitivas, bem como em modelos identificatórios com as famílias de origem de cada um dos sujeitos. Sem entender-se qual é a comunicação que está ocorrendo e qual a necessidade de se estabelecerem determinadas pautas de relacionamento, troca-se o parceiro, mas se perpetua o padrão quando da formação de uma nova dupla.
Com base no trecho acima, constatamos que a escolha de parceiros é calcada em estruturas inconscientes.
O restante das alternativas apresenta expressões que não condizem com a ideia defendida pela autora. Dessa forma, podemos eliminá-las.
Fonte: MUSZKAT, Susana. Violência e masculinidade: uma contribuição psicanalítica aos estudos das relações de gênero. Dissertação de Mestrado. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006.
36) A reinsersação do indivíduo na sociedade que cometeu um crime e, após cumprir sua pena, entra na fase de livramento condicional, têm levantado questões. É comum que o indivíduo, na ressocialização, encontre dificuldades para se adaptar novamente ao meio social no qual pretende inserir-se, pois é provável que o preso tenha incorporado a cultura da instituição carcerária e se desvinculado do mundo social, encontrando uma realidade que não mais é a que deixou. Nessas ocasiões, podem ocorrer as reincidências. Acresce-se a isso, os constrangimentos sociais que acentuam a situação de discriminação a que ficam submetidos os egressos do sistema prisional. Para Maristela Schneider Vettorazi e Mirella Alves de Brito, o conjunto desses aspectos assinala a necessidade de um trabalho multidisciplinar
- A) no sistema prisional associado à avaliação da dimensão do poder da coerção e do alcance da imposição de regras a serem cumpridas pelo egresso.
- B) na administração das Instituições Penais para a melhoria das condições sociais e jurídicas dos estabelecimentos fechados.
- C) junto ao egresso do sistema prisional, para a avaliação de sua estrutura de personalidade e condições de enfrentamento diante de dificuldades a serem enfrentadas em caso de reincidência.
- D) junto ao egresso do sistema prisional, que envolva conhecimentos e meios de intervenção jurídicos, assistenciais e psicológicos, entre outros.
- E) de discussão do modelo punitivo prisional, identificado como um modelo de encarceramento violento, junto ao egresso.
A alternativa correta é letra D) junto ao egresso do sistema prisional, que envolva conhecimentos e meios de intervenção jurídicos, assistenciais e psicológicos, entre outros.
Devemos considerar o contexto apresentado pelo enunciado para responder essa questão. Foram citadas as autoras que discorrem sobre o tema, no entanto, é possível que não conheçamos a referência em questão. Por isso, vamos jogar com as ferramentas que nos foram apresentadas: os dados do enunciado. Vejamos:
A reinsersação do indivíduo na sociedade que cometeu um crime e, após cumprir sua pena, entra na fase de livramento condicional, têm levantado questões. É comum que o indivíduo, na ressocialização, encontre dificuldades para se adaptar novamente ao meio social no qual pretende inserir-se, pois é provável que o preso tenha incorporado a cultura da instituição carcerária e se desvinculado do mundo social, encontrando uma realidade que não mais é a que deixou. Nessas ocasiões, podem ocorrer as reincidências. Acresce-se a isso, os constrangimentos sociais que acentuam a situação de discriminação a que ficam submetidos os egressos do sistema prisional.
Então, o conjunto desses aspectos assinala a necessidade de um trabalho multidisciplinar:
a) no sistema prisional associado à avaliação da dimensão do poder da coerção e do alcance da imposição de regras a serem cumpridas pelo egresso.
Incorreta. Aqui foi falado sobre avaliação do poder da coerção no sistema prisional, que nada tem a ver com a ideia transmitida pelo enunciado.
b) na administração das Instituições Penais para a melhoria das condições sociais e jurídicas dos estabelecimentos fechados.
Incorreta. O enunciado não discorre sobre a necessidade de se desenvolver um trabalho focado dentro dos estabelecimentos fechados, mas sim com o egresso do sistema.
c) junto ao egresso do sistema prisional, para a avaliação de sua estrutura de personalidade e condições de enfrentamento diante de dificuldades a serem enfrentadas em caso de reincidência.
Incorreta. Essa poderia gerar dúvida. O erro consiste em especificar a avaliação de condições de enfrentamento apenas nos casos de reincidência.
d) junto ao egresso do sistema prisional, que envolva conhecimentos e meios de intervenção jurídicos, assistenciais e psicológicos, entre outros.
Correta. É a alternativa que vai ao encontro da ideia transmitida pelo enunciado, que fala sobre o trabalho com o egresso do sistema prisional e medidas que podem ser tomadas a seu favor.
e) de discussão do modelo punitivo prisional, identificado como um modelo de encarceramento violento, junto ao egresso.
Incorreta. A discussão do modelo punitivo prisional é algo que fica apenas na teoria, não caracterizando o trabalho multidisciplinar, o qual possui a intenção de ser atuante.
37) Segundo Caroline Michels Siega e Saidy Karolin Maciel, do ponto de vista psicológico, no que se refere à adoção (de crianças e adolescentes), é indicado que seja levado em consideração o significado atribuído
- A) ao papel do psicólogo jurídico na adoção.
- B) ao papel dos demais familiares em relação à chegada do adotado.
- C) ao lugar da escolaridade para os adotantes.
- D) ao momento de escolha das características do filho.
- E) à maternidade e à paternidade pelos adotantes.
A alternativa correta é letra E) à maternidade e à paternidade pelos adotantes.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. Não se trata de considerar o significado atribuído ao papel do psicólogo jurídico na adoção.
b) Incorreta. Também não há indicação de se levar em conta o significado atribuído ao papel dos demais familiares em relação à chegada do adotado.
c) Incorreta. Não se trata de considerar o significado atribuído ao lugar da escolaridade para os adotantes.
d) Incorreta. O significado atribuído ao momento de escolha das características do filho é mencionado pro Bowlby (2006), o qual afirma que as pessoas que adotam atitudes rígidas, de escolher determinadas características, fazem-no por motivos relacionados a seus próprios conflitos emocionais, originados na infância.
e) Correta. Essa é a opção mais coerente com o tema. Dentre as alternativas, conseguimos selecioná-la de forma intuitiva. Portanto, as autoras indicam que seja levado em consideração o significado atribuído à maternidade e à paternidade pelos adotantes.
38) Significativas transformações ocorreram na vida doméstica na sociedade brasileira com a legalização do divórcio em 1977. A família assumiu novas configurações e surgiram novas denominações, como o uso dos termos família “uniparental” ou “singular”, ou como na demografia se utiliza, família “monoparental”. Estes termos referem-se à família composta pelo indivíduo que vive com os filhos
- A) e responde pelo seu cuidado sem a presença de um(a) companheiro(a), embora ele(a) possa existir, ou seja, o(s) filho(s) habita(m) com o pai ou a mãe.
- B) mas não responde pelo seu cuidado, ou seja, o(s) filho(s) habita(m) com o pai, mas não com a mãe.
- C) e responde pelo seu cuidado, com a presença de um(a) novo(a) cônjuge, em regime de co-habitação.
- D) com a presença de um(a) companheiro(a), ou seja, o(s) filho(s) habitam com o pai e a mãe.
- E) e os avós paternos e maternos, mas não com o cônjuge, que se une ao grupo somente nos finais de semana.
A alternativa correta é letra A) e responde pelo seu cuidado sem a presença de um(a) companheiro(a), embora ele(a) possa existir, ou seja, o(s) filho(s) habita(m) com o pai ou a mãe.
Para Brauner, dentre as diversas manifestações de vida familiar, a família monoparental caracteriza-se por:
"[...] ser constituída por apenas um dos pais e seu(s) filho(s). Normalmente as famílias monoparentais envolvem a relação pós-separação, divórcio ou viuvez, quando um dos genitores exerce isoladamente a guarda e criação do filho, ou também, referem-se à relação de maternidade celibatária (voluntária ou involuntária), podendo ser uma filiação biológica ou afetiva (no caso de adoção)."
Análise das alternativas:
a) Correta. Com base nas informações acima, podemos dizer que a família monoparental refere-se à família composta pelo indivíduo que vive com os filhos e responde pelo seu cuidado sem a presença de um(a) companheiro(a), embora ele(a) possa existir, ou seja, o(s) filho(s) habita(m) com o pai ou a mãe.
b) Incorreta. O indivíduo vive com os filhos e responde pelos seu cuidados.
c) Incorreta. Na família monoparental, o indivíduo não tem novo cônjuge em regime de co-habitação. Se isso vier a acontecer e o novo cônjuge também tiver filhos, então a nova configuração denomina-se família mosaico.
d) Incorreta. Os filhos habitam ou com o pai ou com a mãe.
e) Incorreta. Na família monoparental, não se vive com os filhos e os avós paternos e maternos. Esse tipo de configuração denomina-se família extensa ou alargada.
39) No trabalho de mediação familiar, os participantes devem negociar qual solução ou combinação de soluções são aceitáveis para todos. A mediação é, portanto, um processo no qual uma terceira pessoa – o mediador – auxilia os participantes na resolução de
- A) uma avaliação.
- B) um caso.
- C) um planejamento.
- D) uma disputa.
- E) um fato futuro.
A alternativa correta é letra D) uma disputa.
Na mediação familiar, o papel do mediador é facilitar a comunicação entre os participantes para que possam chegar a uma solução mutuamente aceitável. Nesse contexto, os participantes frequentemente estão envolvidos em disputas relacionadas a questões familiares, como divórcio, guarda de filhos, pensão alimentícia, entre outros. Portanto, a mediação visa resolver essas disputas de forma colaborativa, promovendo o entendimento e o acordo entre as partes envolvidas.
40) Segundo John M. Haynes e Marlene Marodin, no trabalho de mediação familiar, o mediador utiliza algumas estratégias reduzindo a
- A) prolixidade.
- B) dissonância.
- C) defensividade.
- D) imaturidade.
- E) severidade.
A alternativa correta é letra C) defensividade.
No trabalho de mediação familiar, o mediador muitas vezes se depara com situações de conflito emocionalmente carregadas. Para lidar eficazmente com esses conflitos, é fundamental que o mediador esteja ciente das possíveis reações das partes envolvidas. A defensividade é uma dessas reações comuns, na qual as pessoas tendem a se proteger, justificar ou racionalizar suas posições, impedindo assim a resolução construtiva do conflito.